Em Poltava, na Ucrânia, o local onde está a ser construído um templo de Júpiter Perennus foi violentamente atacado por cristãos e vandalizado; o sacerdote principal, que dá pelo nome de M. Octavius Corvus, teve de ser hospitalizado por ferimentos recebidos, mas entretanto teve alta.
O blogue Cultus Deorum Romanorum entrevistou-o, como a seguir se lê (texto a itálico):
Cultus Deorum Romanorum (CDR): Ficámos todos chocados ao ouvir a notícia do ataque. Em primeiro lugar, o que é que aconteceu ao certo?
M. Octavius Corvus (MOC): O ataque aconteceu na manhã de 26 de Setembro, por volta das quatro da madrugada.
CDR: Estava sozinho?
MOC: Eu estava em casa e toda a minha família estava comigo.
CDR: Houve algum aviso? Quero dizer, tinha havido algum conflito na área, há alguma explicação por isto ter acontecido quando aconteceu?
MOC: Há vários meses foram colocadas mensagens de ameaça em todos os tópicos do forum Sarmatia. Diziam que todos e cada um dos altares, santuários e templos pagãos serão destruídos. Além disso havia também uma citação da Bíblia com ameaças para todos os gentios e o slogan «Morre, pagão» - exactamente as palavras que foram escritas na minha cerca durante o ataque.
É por isso que penso que os autores dessas ameaças no nosso forum e as pessoas que atacaram o nosso templo são as mesmas. Os avatares que foram usados para colocar essas mensagens no forum continham o logotipo de uma organização de combate da Igreja Ortodoxa Russa - os Portadores do Pendão Ortodoxo (Союза православных хоругвеносцев). Por outro lado esta organização só tem estado activa na Rússia e não há prova de que os atacantes pertenciam mesmo a essa organização.
CDR: Como é que se apercebeu do que estava a acontecer?
MOC: Eu ouvi o barulho da roda no mastro - alguém estava a baixar a bandeira sármata no templo. Olhei pela janela e vi uma silhueta a mover-se no templo. Sem acender a luz, peguei na minha arma e silenciosamente saí de casa. Mas como eu avançasse, outro indivíduo que estava escondido atrás da garagem atingiu-me com um pau na mão direita e na cabeça. Consegui disparar para o ar e ambos os atacantes fugiram por cima da cerca. Cerca de trinta minutos depois o Lupus e o Rufus vieram a minha casa. A minha esposa pôs-me ligaduras e os meus amigos levaram-me ao hospital.
CDR: (Os atacantes) eram dois?
MOC: Vi dois deles no meu quintal.
CDR: Pôde ver qualquer deles com clareza?
MOC: Não, ainda estava escuro a essa hora e só vi os atacantes a fugir.
CDR: Que danos foram feitos ao certo? A partir das fotos que vimos, parece que pintaram letras com spray na cerca e começaram a fazer o mesmo na cobertura do altar. Houve mais alguma coisa?
MOC: Sim, escreveram «Morre, pagão» na cerca, começaram a desenhar a cruz ortodoxa na cobertura do altar - graças aos Deuses que não notaram no escuro que era só a cobertura!
E conseguiram deitar abaixo a bandeira sármata e cortá-la. Mais tarde encontrámos dois cocktails Molotov que os atacantes não tiveram hipótese de usar.
(...)
CDR: Houve mais alguma actividade anti-pagã na sua área desde então?
MOC: Não, não houve actividade hostil desde então e também nenhuma actividade de Internet. Não é todavia a primeira vez que cristãos fanáticos profanam ou destroem santuários pagãos na Ucrânia ou na Rússia. Houve pelo menos dois incidentes desses na minha cidade nos últimos dez anos.
CDR: Como é que a vossa comunidade está a reagir?
MOC: Dois homens armados da nossa comunidade permanecem em minha casa todas as noites. Estou muito grato aos meus colegas que protegeram o templo e a minha casa enquanto eu estava no hospital. Quero comprar um cão - os meus dois pastores morreram subitamente um mês antes do ataque - e eu agora suspeito que eles foram de antemão envenenados pelos atacantes. E planeamos montar aparelhos de segurança para proteger o templo contra futuros ataques. Foi a última vez que disparei a minha arma para o ar, e espero que os atacantes pensem duas vezes antes de atacarem - da próxima vez não perderei a minha hipótese de disparar directamente contra os invasores - tenho pleno direito de o fazer de acordo com a lei ucraniana.
CDR: Pode dar-nos um relatório sumário sobre os progressos no templo? Qual é o ponto da situação?
MOC: Neste verão comprámos licença para tecnologia de construção especial para usar na edificação do templo. Estamos agora a preparar elementos de construção e vamos começá-la em Novembro. Este ano planeamos construir o podium do templo. Temos de consultar a empresa que nos vendeu a licença para saber se temos autorização de publicar fotos da construção na Internet. Este ano recolhemos quase quatro mil dólares para a construção do templo e mais de quinhentos e cinquenta dólares foram doados pelos nossos colegas e amigos do PRO DIIS, do sítio internético Cultus Deorum Romanorum e do ResPublica Romana, pelo qual estou profundamente grato. Estamos também a preparar um sítio internético absolutamente novo que irá ajudar-nos a arranjar fundos para mais construção. Espero apresentá-lo na Saturnália.
Quero agradecer a todas e a cada uma das pessoas que nos apoiaram, nos ajudaram e que rezaram por nós - obviamente que as vossas orações encontraram o seu caminho para os ouvidos dos Deuses - recuperei-me muito depressa e parece que iremos prosseguir os nossos planos na construção do templo. Como o provérbio diz - toda a nuvem tem um revestimento de prata - todos os problemas que temos só fazem crescer a nossa Romanidade e tornam mais forte a nossa comunidade mundial. Tenho a sensação muito intensa de que os Deuses de Roma retornaram e estão a ajudar-nos todos os dias. Não tenho a mais pequena dúvida do sucesso da nossa Causa Sagrada!
Nada disto surpreende quem souber que a intolerância religiosa é inerente aos credos totalitários semitas, dos quais o Cristianismo constitui precisamente o mais numeroso representante. Todo o bom europeu dedica por isso a este grupo pagão ucraniano as mais vivazes saudações e votos de solidariedade, para que continuem o bom trabalho do Grande Renascimento Europeu - o retorno pleno do antigo Génio dos Europeus, que tem como corolário o culto aos Deuses da herança étnica indo-europeia.