quinta-feira, outubro 30, 2003

A MARAVILHA DO MULTI-RACIALISMO

De França, chega-nos um bom exemplo do bem que o multi-racialismo pode fazer à Europa. Quem for ao site abaixo indicado, poderá ler sobre o modo harmonioso e saudável como os jovens filhos de imigrantes se relacionam com os jovens franceses. Assim, tornou-se banal a moda de gangues de rapazinhos que violam meninas de 13 anos, durante meses a fio.

http://www.iht.com/articles/114798.html
MAIS UM PORTUGUÊS ASSASSINADO EM ÁFRICA

Foi na segunda feira assassinado mais um imigrante português na África do Sul. O décimo sexto crime de morte cometido este ano contra portugueses, nesse país.

E o Governo Português, o que tem feito?

Muitos dos portugueses que vivem na África do Sul, querem regressar a Portugal, mas não têm dinheiro para isso, pois que não conseguem, em muitos casos, vender aquilo que por lá possuem de modo a poder instalar-se condignamente na sua terra natal.
O Governo Português, que gasta obscenos milhões de euros em estádios, e que obscenamente perdoa milhões de euros de dívidas a países africanos, não terá meios para auxiliar económicamente esses poucos emigrantes?...

E ainda há quem fale no investimento em África... e ainda há quem queira ver Portugueses a ir viver e investir em África... para quê, para depois, mais dia menos dia, se correr o risco de se ser ameaçado e, até, de se perder a própria vida, tantas vezes com quilos de dor antes do óbito?...

Há pessoas que não entendem mesmo que Portugal tem cada vez menos a ganhar com a ligação a África.
Pelo contrário.
Com essa ligação, Portugal só tem é, cada vez mais, a perder.

É essa ligação que, por exemplo, possibilita a calamitosa imigração vinda do sul do planeta, que é um perigo para a identidade nacional, além de trazer para Portugal um "cheirinho" cada vez mais intenso daquilo que se vive hoje na África do Sul: grupos de negros a violar e a matar brancos, em série.

terça-feira, outubro 28, 2003

DIVISIONISMOS E TRAIÇÕES

A partir do blog sem blague de um camarada Puro e Duro como uma barra de ferro, tomei conhecimento de umas bizarrias - valiosas ou nem por isso - e de umas vergonhas que povoam a internet portuguesa.

Vejamos, primeiro, as bizarrias: o PNP e o MIL.

O PNP, Partido Nacionalista Português, até tem uma imagem interessante, com o cruzamento do Gládio e do Martelo a fazer lembrar o símbolo do CNR (Coordenadora Nacional Revolucionária), símbolo esse que pretendia, na CNR, evocar as raizes espirituais e marciais indo-europeias da identidade portuguesa.
Só que o PNP, em cima, acrescenta-lhe uma cruz cristã, que até nem fica nada bem, e o que ainda fica pior é o conteúdo do site, a propagandear uma ideologia passadista e particularmente perigosa, nomeadamente no que respeita a esse veneno ideológico que é o multi-culturalismo e a incitação à miscigenação racial - ou seja, o PNP apoia de braços abertos aquilo que mais ameaça a identidade nacional, identidade nacional que é e só pode ser essencialmente europeia, e não uma mistela afro-euro-pimba.
Voltando ao símbolo, a sua extrema semelhança com o do CNR faz pensar num plágio mal amanhado, de alguém que está interessado em dividir a Direita Nacionalista Portuguesa, por meio de grupúsculos, e que, se calhar, nem acredita nas ideias que diz defender. Ou pode-se também dar o caso de o site deste partido ser apenas uma construção utópica de um salazarista solitário, o que até nem me surpreendia nada, visto que, na era da internet, o indivíduo solitário, anónimo, possui uma imensa capacidade de disseminar as suas ideias.

O MIL, Movimento Integralismo Lusitano, é uma formação política de cariz monárquico e nacionalista que já mostra outra postura ideológica. É anti-imigracionista, é partidário da união com a Galiza, e realça também a questão de Olivença, caso de usurpação territorial por parte de Castela, que mantém na sua posse algo que só a Portugal pertence.
Diz-se seguidor da linha doutrinal de António Sardinha, um dos cérebros do Integralismo Lusitano.



Quanto às vergonhas, o caso é mais grave, ou, pelo menos, mais triste: PNA e PLPM.

Considerando a melhor das hipóteses, que é a de tratarem-se de sites feitos por dois ou três desocupados com ideias mirabolantes, ainda assim o perigo é real, por menor que seja, pois que, como se disse acima, vive-se hoje numa época em que um militante solitário mas decidido pode fazer a diferença, quanto mais não seja como incendiário que acende o rastilho do fogo que, mais depressa do que possa parecer, se propaga, descontrolado.

O PNA é o Partido Nacionalista Açoreano - como se os Açores fossem uma Nação, e não uma parte de Portugal, sem diferenças de peso no que respeita à língua e ao povo.
Ao menos, ainda tem algum sentido de humor, ora repare-se: «Pois há muito que somos habitantes destas ilhas Atlânticas,mesmo antes da chegada dos Portugueses à nossa querida pátria.»
Portanto, este movimento é composto de açores, isto é, de passarinhos de rapina, uma vez que não havia gente na ilha antes de Portugal a descobrir.

Mais grotesco ainda é o PLPM, Partido da Liberdade do Praino Mirandês.
Um grupo separatista de Miranda, que quer a independência em relação a Portugal.
O mais engraçado, é que reclama a posse de um idioma próprio distinto do Português (e é, quando muito, um dialecto, pois que o título do partido em questão é igual em Português e em «Mirandês») e, no entanto, toda a página está escrita na língua de Camões.

Diz o camarada do Puro e Duro que, afinal, contrariamente ao que ele pensava, Portugal tem situações como a da Córsega.
Eu não concordo. Nós não temos situações como a da Córsega - mas há por aí gente interessada em que venhamos a tê-las.

Recordo-me, por exemplo, do lançamento em Portugal de um dos mais recentes livros de Ásterix, há poucos anos.
Sabe-se que Ásterix é um rebelde gaulês que luta pela liberdade da sua pequena aldeia, num norte, contra o poder imperial de Roma.
Ora, em Portugal, houve alguém que teve a ideia de publicar a história de Ásterix em Português e em Mirandês.

Teve a ideia, e também teve o dinheiro.


E, assim, a minha conclusão final é a mesma que a do Puro e Duro:

De facto, há gente perigosa na internet portuguesa.
PNR VISTO PELO PÚBLICO

No site

jornal.publico.pt/2003/10/27/Nacional/P50.html

o jornal Público apresenta um bom artigo sobre o PNR, sem calúnias nem comentários desonestos, o que é de louvar, comparado com o que já se viu por aí ser escrito a respeito desta formação política.

Comete apenas um erro, a respeito da ligação entre o PNR e o II Congresso Nacionalista Português, com base em informação desactualizada, mas, creio, trata-se de um pormenor de somenos importância.

LUSO-AFRICANISMOS MORIBUNDOS...

Disse o governo angolano a Durão Barroso: «Portugal não pode esperar um tratamento de excepção», no que respeita ao investimento português em Angola.

Óptimo.

São coisas destas que ajudam a liquidar o luso-tropicalismo, veneno que só serve para aniquilar Portugal. De África, nada vem de bom. Só imigração de descomunais e calamitosas proporções, com graves consequências no que respeita à identidade racial e cultural de Portugal, e também no que se refere à segurança dos Portugueses, nas ruas e mesmo nas casas do seu próprio País.

No plano económico internacional, o governo português prepara-se entretanto para perdoar mais uma grande parte da dívida externa angolana.

E para quê?

Já basta de ligações que mas não são do que matéria viscosa que se nos agarra às pernas e nos impede de progredir.


Será preciso ver, com clareza,

Portugal fora de África de uma vez por todas...

...África fora de Portugal, agora e para sempre.

segunda-feira, outubro 27, 2003

EXTREMA-DIREITA NACIONALISTA EM FRANÇA

EXTREMA-DIREITA NACIONALISTA EM FRANÇA

De acordo com o semanário Expresso desta semana, a Frente Nacional francesa pode alcançar uma boa votação nas eleições regionais francesas que serão realizadas em Março de 2004.

Esta perspectiva causa temor nas Gálias...

A «Direita» e a Esquerda francesas são unânimes no seu cagaço perante o avanço do Nacionalismo lepénico.
Por isso, estão dispostos, a Esquerda e a «Direita», a engolir todos os sapos e mais alguns, unindo-se a qualquer custo, só para derrotar os «fascistas».

Não acontece o mesmo quando a extrema-esquerda cresce.

Porquê? A «Direita» não tem medo dos sequazes de terroristas como Estaline, Lenine, Trotsky?
E nem vale a pena falar da Esquerda «democrática» neste caso, que é a mesma que simpatiza, tantas vezes, com o ditador totalitário Fidel Castro.

Prevendo uma aliança entre a Esquerda e a «Direita» para o impedirem de triunfar, Le Pen já disse «Se a esquerda e a direita se unirem, é a prova de que eles comem do mesmo tacho».
Comem do mesmo tacho... interesses comuns... o que eles querem é poleiro... certamente que é isso, mas não é só isso.

Que a Esquerda fique histérica de medo de cada vez que o Nacionalismo avança, é compreensível; que tente por todos os meios - inclusivamente a chantagem abjecta e a ameaça - travar o Nacionalismo, é desprezível, mas não é surpreendente; agora, que a chamada «Direita» se porte do mesmo modo, fazendo coro com os seus aparentes adversários do lado canhoto do espectro político, isso é que já parece mais estranho.

Parece mais estranho, mas não é.

E não é, porque a chamada «Direita» anti-Nacionalista, não é a verdadeira Direita, mas sim um conglomerado de burgueses adeptos do capitalismo, e, nos casos mais «direitistas», de arautos da fé oriental universalista, fundada com base nas palavras do judeu que morreu na cruz.

Tanto entre burgueses capitalistas e liberais, como entre «conservadores» cristãos, há a crença de que o universalismo sem fronteiras de Raça e de Nação, é uma coisa boa. Esse ideal ganha terreno nas consciências de muita gente, não admirando portanto que quase todos eles sejam adeptos da globalização capitalista made in Yankilândia, e não admirando também que a própria Igreja dê cada vez mais apoio à imigração de todos e mais alguns para dentro da Europa.

E o Nacionalismo é ontologicamente oposto ao universalismo «multi-racial».

Não há reconciliação doutrinal possível, mas tão somente confronto ideológico, e, naturalmente, a exigência da democracia e da liberdade de expressão para que ambas as tendências possam coexistir dentro de um mesmo país.


E, no fim, ou o Nacionalismo Racial vence, ou então a Europa morre.
O PUTO BRUXO BRITÂNICO CHEGOU AO PANTEÃO NACIONAL DE PORTUGAL

A editora Presença (de tudo, menos de espírito) conseguiu apresentar o último livro de Harry Potter no Panteão Nacional.

Isto é, uma obra de ficção, de autoria estrangeira, narrando umas aventuras de um puto copinho de leite aprendiz de truques mágicos, tinha de ser lançada em Portugal precisamente no Panteão Nacional, onde repousam os mortos da Pátria, nem podia mesmo ser outro o local, tinha de ser aquele, talvez para levar a alegria infanto-juvenil aos fantasmas dos antepassados ilustres.
Isto é pelo menos tão mau como por exemplo ter a ideia de apresentar ao público uma nova revista de Mandrake ou de Super-homem num cemitério público, sobre uma campa de um qualquer cidadão português - talvez os familiares desse falecido não apreciassem a ideia.

Quem autorizou a Presença a fazer uma destas, foi o IPPAR, Instituto Português do Património Arqueológico, responsável pelo Panteão Nacional.
Ou seja, uma organização que deve zelar pela conservação e pelo respeito para com o património do País, permite uma vergonha deste jaez.

Harry-porra! Potter que os pariu a todos.

As coisas que o dinheiro compra...Oh tempus!, oh mores!...



sexta-feira, outubro 24, 2003

O DINHEIRO QUE PORTUGAL VAI DAR AO IRAQUE

Afinal, não são vinte milhões, mas sim dezassete milhões e meio de euros.

Ah bom, assim já estou mais descansado.

Ou, para falar com mais precisão, ligeiramente mais descansado: em vez de vinte milhões, fiquei só com dezassete milhões e meio de indignações.
ETERNO DESCARAMENTO?...

O artigo de José António Lima, no Expresso desta semana, evidencia o silêncio do PS a respeito de violações do segredo de justiça referentes a outros casos políticos ou politizados, em

http://online.expresso.pt/home/interior.asp?id=24741017&comentarios=sim


Esta revelação de factos pouco ou nada mencionados agora pela imprensa, só prova, mais uma vez, uma coisa: o descaramento da Esquerda (ou pelo menos de boa parte dela) continua, com uma falta de vergonha que parece inverosímil e na qual não se acredita se não se vir com os seus próprios olhos, ou ouvir com os seus próprios ouvidos.



quarta-feira, outubro 22, 2003

DEFESA NACIONAL E VOCAÇÃO ATLÂNTICA

Se aquilo que Paulo Portas promete a respeito da promoção e do desenvolvimento das Forças Armadas e da movimentação portuguesa no Atlântico não for mais um dos seus discursos demagógicos, deve dizer-se que

é um bom sinal que a Defesa Nacional seja fortalecida, na medidas das possibilidades. É também um bom sinal que se lancem os fundamentos para que Portugal volte a ter uma construção naval digna do passado tradicional da Pátria.

Porque a força de Portugal, durante o período imperial, consistiu precisamente na sua vocação atlântica, a qual consiste simplesmente na sua força militar e marítima e na sua capacidade navegadora.
VOARÃO MILHÕES PARA O IRAQUE?

A menos que, nos bastidores, haja garantias de que Portugal virá a ser recompensado em termos económicos por este astronómico dispêndio de dinheiro,

é inadmissível que, numa altura em que toda a gente, a começar pelos governantes, tece lamúrias a respeito das dificuldades económicas do País, um Estado como Portugal, tão carente em imensa coisa, vá dar vinte (20) milhões de Euros a um país que, para além de não ter nenhuma afinidade com Portugal (para além da pertença à mesma raça caucasóide) pode contar e contará com muitos outros auxílios, que lhes chegarão de diversas partes do mundo.

Isto é, o dinheiro que acabará por por chegar ao Iraque mesmo que Portugal nada dê, é o mesmo dinheiro que faz imensa falta por cá, na Saúde, na Educação, na Defesa, na Habitação, etc..

INVEJA POPULAR, OU VINGANÇA ÉTICA?

Já se tornou num lugar-comum, em certos meios mais ou menos intelectuais, dizer-se que o caso da Casa Pia tem suscitado uma grande exaltação popular devido, em boa parte, ao ódio da populaça para com os «grandes», o ressentimento para com os famosos.
Ora bem, não nego que haja, da parte de muitos, um prazer rancoroso em ver gente importante cair do pedestal e afundar-se na lama, pisoteada pelo povo «humilde». Mas o que também há aqui é uma vingança moral, que até é justa, para com aqueles que passaram a vida com poses moralistas e atitudes de quem dá lições como quem come pevides, umas a seguir às outras, por dá cá aquela palha. E isso aplica-se perfeitamente ao PS (bem como a Carlos Cruz, outro que dava lições de moral sem ninguém lhas pedir), formação política que, tal como a restante Esquerda em geral, sempre se achou dona de toda a bondade e da boa formação moral.

Sempre se pautou, de facto, por um enjoativo autoritarismo moral, à antiga maneira cristã: é uma tara típica da Esquerda o auto-proclamar-se, com toda a sinceridade dos fanáticos, como detentora do único modelo possível de ética, amaldiçoando todas as doutrinas ontologicamente diferentes como sendo produtos do mal e/ou da estupidez.
Ou não fosse a Esquerda, essencialmente, o Cristianismo sem Deus.

Iniciei o artigo com um dito da sabedoria popular, e é com uns ditos inspirados pela sabedoria popular que termino:
No melhor pano cai a nódoa (bem, primeiro, era preciso que o PS tivesse algum dia sido «o melhor pano»...)
Não há cu que não dê traque (desgrada-me usar vocabulário reles quando escrevo textos que levo a sério, especialmente o termo atrás utilizado para referir o ânus, até porque a dicção da palavra faz a boca ficar inestéticamente esticada para a frente), dos saudosos Trabalhadores do Comércio, grupo musical do Porto;
Ninguém as calce que as não borre (esta, é do meu avô).

VIOLAÇÃO DO SEGREDO DE JUSTIÇA E SEUS CÚMPLICES

Diz o Povo que tão ladrão é o que rouba como o que fica a guardar, isto é, a vigiar para que o ladrão não seja apanhado pela polícia.

Esquecidos da sabedoria popular, que é considerada, tacitamente, como algo ultrapassado, os comentadores e justiceiros populares de hoje olvidam a evidência da culpa que a imprensa tem, quando revela publicamente o que quer que lhe chegue às mãos, visto que os responsáveis da imprensa sabem que, se determinada informação está em segredo de justiça, é porque não pode ser exposta nos meios de comunicação social.

Ora, se essa exposição acontece, então os culpados são, não só os anónimos que fazem as informações chegarem aos jornalistas, mas também, e sobretudo, os próprios jornalistas.

segunda-feira, outubro 20, 2003

MAIS UMA LUZ AO FUNDO DO TÚNEL

Na Suíça, o UDC, União Democrática do Centro, foi o partido mais votado nas eleições legislativas ocorridas ontem. Trata-se de uma formação política que os média dizem ser de extrema-direita, atribuindo-lhe uma linha ideológica «xenófoba», rótulo que a esquerda politicamente correcta gosta de aplicar a quem não abra os braços para abraçar todos os que não forem europeus.
Assim, e até que eu saiba de mais informações a respeito da real linha ideológica do UDC, tenho de dizer que, de facto, é devida uma grande saudação ao Povo Suiço, que soube sem dúvida escolher a melhor alternativa. São donos do seu destino, e não se deixam atemorizar pela escumalha nojenta sub-humana que gosta de armar em democrata mas que depois é tão rasca que tenta usar boicotes económicos e outras chantagens abjectas para deitar abaixo uma ideologia com a qual não concordam.

Viva a Suíça nacionalista, com uma crescente consciência étnica, e que toda a Europa siga o seu exemplo.

FOGO COMBATE-SE COM FOGO

A respeito das recentes ameaças do terrorista islâmico Bin Laden contra os aliados dos E.U.A., tratar deste assunto é só uma questão de usar a força de modo cada vez mais esmagador, até que a escumalha que põe em risco a vida dos ocidentais seja pura e simplesmente erradicada.
É realmente assim tão simples, e é assim que tem de ser feito. Não há outro caminho a não ser aniquilar o oponente antes que ele nos aniquile a nós, ou aos nossos, porque
trata-se, reconhecidamente, de um oponente que não tem sentido dos limites e está disposto a tudo, e, por essa razão, dispostos a tudo devemos nós estar também;
para nós, do mesmo modo que vale mais a vida de um irmão ou mesmo de um primo do que as vidas de centenas de pessoas que não conhecemos, também é verdade que mais vale a vida de um só dos nossos (cidadãos do mundo ocidental) do que a vida de milhões dos deles.

quinta-feira, outubro 16, 2003

VIRIATO VISTO PELO DR. FREITAS DO AMARAL

Vi ontem a peça de teatro «Viriato», da autoria do Dr. Freitas do Amaral e em exibição no Trindade.
Tem bom argumento, bons actores, bom cenário, boa utilização da tela audiovisual, bom som, etc..
Dá informações interessantes sobre a Lusitânia, se é que são realmente fiéis à realidade histórica: por exemplo, já li alguma coisa sobre esses nossos ancestrais pré-Romanos, mas nunca vi escrito em lado nenhum que os Lusitanos usassem o termo «cintux» para designar um líder militar. Se bem me lembro, esta palavra é de raiz gaulesa e significa «o primeiro». Não contesto, todavia, que os Lusitanos a utilizassem.
Não sabia, ou não me lembrava, que Táutalo, o qual veio a ser sucessor de Viriato na liderança da Lusitânia, fosse maneta.
Não sabia também que Minuro se tinha recusado a pactuar com a traição urdida pelo general romano, por Audax e por Ditalco. E também nunca me tinha constado que o dito Minuro fosse especialmente religioso.

Pareceu-me que havia ali uma imprecisão de vocabulário histórico, quando as personagens falam na «Galácia». Penso que se estavam a referir à zona para além do rio Douro, ou para além do Minho, e essa área chamava-se GalÉcia e não Galácia. Galécia é a terra dos Galaicos, parentes e vizinhos setentrionais dos Lusitanos; Galácia era a terra dos Gálatas, isto é, Celtas estabelecidos na região da Ásia Menor, actual Turquia.

Parece-me também que, por uma questão de rigor histórico, os actores a desempenhar o papel de homens lusitanos deviam estar vestidos de negro, já que foi assim que o antigo grego Estrabão os descreveu.

Os Lusitanos da peça mencionam várias vezes o «seu Deus» Endovélico. Ora, tanto quanto se sabe, o culto de Endovélico era da zona do actual Alentejo, mais precisamente do Alandroal, área que pertenceria aos Celtici. Tanto quanto sei, não há indícios do culto a Endovélico em mais parte nenhuma da Ibéria. E a terra dos Lusitanos propriamente ditos, situava-se entre o Douro e o Tejo (talvez ainda um bocadito a sul do Tejo, mas não muito), sobretudo na zona da actual Beira Baixa. E os seus Deuses, eram Arentius e Arentia, Band, Crouga, Trebaruna, Reva, entre outros.

Claro que o autor não escreveu a peça para falar da religião lusitana; o seu objectivo, declarado por ele numa entrevista emitida pela tsf no dia 14/10/03, era abordar o aspecto político da saga lusitana - da intriga política, dos jogos de poder nos bastidores, da posição dos povos perante os impérios.
O Dr. Freitas do Amaral, na entrevista, afirmou que os E.U.A. são comparáveis ao Império Romano, e deixou claro que a Europa pode ser amiga dos seus parentes de além-Atlântico, mas não deve ser sua subordinada. Na peça, Viriato diz que «podemos até vir a ser amigos dos Romanos, mas não queremos ser colonizados por eles».

Muito bem.

Então, se o autor quer falar de política, há na sua peça duas falhas graves. Ambas dizem respeito a palavras historicamente atribuídas a Viriato - uma das falhas, consiste numa falisificação; a outra, numa omissão.

A primeira, é referente às palavras que Viriato dirige a Astolpas no dia do casamento com a filha deste último. Na peça, o seu sogro Astolpas, oferece-lhe o usufruto de riquezas, e Viriato responde «Não precisamos dessas riquezas; eu e Tangina (mulher de Viriato, filha de Astolpas) viveremos do nosso amor.»
Ora, no registo histórico, Viriato diz algo de bem diferente, perante a riqueza do seu sogro: «Todas essas riquezas nada valem perante a minha verdadeira riqueza, que é a lança. É a minha lança que protege as tuas riquezas».
Freitas do Amaral, democrata-cristão, conservador, bom burguês, não quer que o seu herói afirme a primazia dos militares sobre os civis. E, por isso, em vez de ser fiel a um dos poucos registos históricos a respeito de Viriato, prefere atribuir ao caudilho lusitano uma sentimentalada ao bom gosto burguês: «o amor e uma cabana».

Quanto à segunda falha grave, é para mim incompreensível, pelo menos por enquanto.
Quando chegou a Ituca, cidade ibérica apanhada no meio da guerra entre a Lusitânia e Roma, Viriato contou aos habitantes uma parábola, que foi a seguinte: um homem tinha duas mulheres, uma velha e outra nova. Quando estava com a nova, esta arrancava-lhe os cabelos brancos porque não queria que ele tivesse aspecto idoso; quando estava com a mulher velha, esta arrancava-lhe os cabelos negros, porque não se sentia bem ao pé de um homem com aspecto jovem. Resultado: o homem ficou careca. Quis com isto dizer, Viriato, que Ituca tinha de se decidir entre aliar-se a Roma ou ficar ao lado dos Lusitanos - não podia continuar na posição ambígua de até então.
Não entendo como é que Freitas do Amaral, que deve ter estudado a fundo toda a gesta de Viriato, pôde ter ignorado por completo este episódio.
Então as palavras do ilustre caudilho, neste caso, não terão imenso a ver com a relação entre os povos e os grandes impérios? Ainda recentemente se pôde observar um caso destes, na Europa, a propósito da questão do Iraque: de um lado, o império americano, do outro, os resistentes à ordem yanke (França e Alemanha), e, pelo meio, os países europeus que queriam manter boas relações com ambos os lados.

quarta-feira, outubro 15, 2003

INJUSTO CONDICIONAMENTO

Não gosto nada desta coisa das datas diárias dos blogs. Numa época em que as pessoas querem é saber o que está a acontecer agora, agora mesmo, poucos darão muita atenção a qualquer artigo que seja datado da semana passada.
Por isso, estimados leitores, não liguem às datas. Leiam isto tudo que escrevo, até lá baixo ao fim da página, e fiquem contentes.
DE QUEM É A ANGÚSTIA

É um lugar-comum dar-se, como exemplo do sofrimento emocional de realizar uma tarefa difícil, a chamada «angústia do guarda-redes antes do penálti».
Nunca fui jogador profissional, mas parece-me que, no momento do penálti, a maior angústia é do jogador que tem de marcar, e não do guarda-redes. Porque o penálti é difícil de defender, e é mais frequente converter-se em golo do que ser gorado, ninguém culpa muito um guarda-redes que não consegue defender a sua baliza numa situação destas (a menos que este cometa grave e infamante frangalhice). Agora, o jogador que não consegue marcar um penálti, é insultado de cima a baixo, e pior, têm pena dele.

A POLÍTICA MUNDIAL PARA ALÉM DAS FRONTEIRAS DA TERRA

A China conseguiu finalmente colocar no espaço um dos seus muitos milhões de indivíduos.

É preocupante que os Chineses já tenham conseguido realizar uma coisa desta natureza, e os Europeus não.
Não?
Bem, os Russos são europeus. E, por isso, pensando bem, os Europeus foram os primeiros...:)

De qualquer modo, os povos da Europa Ocidental podiam já ter colocado um homem no espaço.
Quem tiver paciência, leia algo a respeito do projecto Hermes, que poderia mandar um astronauta para o alto no ano de 1995:
http://www.astronautix.com/craft/hermes.htm
com um desenho do bicho cosmo-navegador e tudo.

PODER ESLAVO DE VOLTA?

A Rússia testou um míssil com sucesso.
Até que enfim, boas notícias tecnológico-militares vindas de leste.
Agora, só era preciso que a Rússia se juntasse à Europa Ocidental, porque a Rússia, ao contrário da Turquia, é europeia.
MAIS OUTRO QUE TEM MEDO DO REFERENDO...

Ferro Rodrigues quer que o referendo à constituição europeia só aconteça após as eleições para o Parlamento Europeu.

Ferro Rodrigues é só mais outro que não quer o «NÃO»...

Como disse o constitucionalista Jorge Miranda, o referendo deve acontecer MUITO ANTES das eleições europeias, para que o Estado Português tenha tempo de se opôr à constituição europeia que é proposta, em vez de ser confrontado com um facto consumado.

Portanto, Ferro Rodrigues também não quer que o povo possa dizer NÃO a esta constituição. Quer lá meter, no Parlamento Europeu, o maior número possível de gajos seus, que lutarão a favor do «sim», e depois, como foram eleitos pelos portugueses, dizem que se trata de uma escolha «democrática»... já basta desse procedimento revoltante esquerdista flagrantemente anti-democrático.
REALMENTE DRAMÁTICO... E, ALÉM DE DRAMÁTICO, PERIGOSO.

E REVOLTANTE.

E sintomático...

Aqui atrasado, saiu uma notícia, pouco ou nada comentada nos média, segundo a qual um estudo divulgado pelo Sindicato de Profissionais de Polícia da Polícia de Segurança Pública (SPP/PSP), que foi entregue ao presidente da câmara municipal da Amadora, deixa evidente dois factos significativos:
- a criminalidade do concelho da Amadora duplicou desde o ano passado;
- a esmagadora maioria dos crimes foi cometida por indivíduos de origem africana.
A respeito deste último aspecto, vale a pena dizer que
- só na Damaia, se contaram mais 154 crimes do que no ano anterior,
- no Cacém, por exemplo, se iniciaram 1.594 processos-crime,
- na Damaia e na Reboleira, em dois meses, só dois assaltos foram cometidos por brancos.

Esta situação é corroborada por um estudo da CP, segundo o qual a linha de Sintra é a mais perigosa da Europa, especialmente no que respeita às estações da Damaia, da Amadora e da Reboleira, mercê do tipo de população que vive nessas áreas.

Talvez as actuais «elites» - políticos, jornalistas, intelectuais dominantes nos mé(r)dia - não se preocupem com a possibilidade, crescente, de se espalharem dezenas, centenas de Damaias pelo País todo.

Mas os cidadãos que ainda têm alguma consciência nacional, dirão que:
- Sim, é mesmo preciso que os criminosos estrangeiros sejam expulsos do País, após cumprirem a respectiva pena de prisão por inteiro (de preferência, com trabalhos em prol da comunidade, para a compensar dos danos sofridos).
- Sim, é mesmo preciso pôr um fim à imigração, pelo menos à que vem de África.
- Sim, é mesmo preciso que a polícia possa actuar com mais dureza, sem temer as campanhas difamadoras movidas por sosracistas e aberrações afins.

- Sim, é mesmo preciso que a Lei da Nacionalidade mude de forma a que cidadania portuguesa só seja concedida aos filhos de Portugueses, e não a todos os filhos de estrangeiros nascidos em território português.

Neste último caso, trata-se de salvaguardar algo cujo valor está ainda acima da segurança nas ruas: trata-se da preservação da identidade étnica portuguesa.

CONVOCAÇÃO «DRAMÁTICA»

O ministro da Defesa convocou os jovens de 18 anos para participarem nas comemorações do Dia da Defesa Nacional.
Muita gente ficou escandalizada com isto, porque era «prepotência» (como se os jovens não tivessem, por exemplo, de ser obrigados a ir à escola), e porque era «fascismo!!!!!», e outras atoardas bacocas.

Mas qual é a tragédia de os putos terem de ir a comemorações da Defesa Nacional? Não é bem o mesmo que os mandar para a guerra... mas a cambada de esquerda tem assim tanto ódio a tudo o que pareça dever nacional que não admite sequer que os jovens sejam educados a respeitar e honrar a Pátria?

terça-feira, outubro 14, 2003

DIFERENÇAS ENTRE PAÍSES

Em países democráticos, fazem-se referendos.
Em países onde vigorem despotismos «esclarecidos», a cambada governante toma decisões sem consultar o povo, o qual é tido como uma gigantesca catrefa de atrasadinhos mentais.

Em países livres e democráticos, há uma consciência cívica: do mesmo modo que cada indivíduo percebe que não deve atirar lixo para a rua (mesmo que alguns outros o façam), também o povo percebe que, se várias Nações disserem NÃO a uma constituição castradora, a dita constituição não será imposta a toda a Europa.
Turcos Pelo Iraque Adentro

São um perigo, estes asiáticos de raiz mongol, parentes dos Hunos de Átila.

Estão a afiar as garras para entrar no antigo país de Saddam, o que desperta suspeitas sobre as suas reais intenções: levar a doce paz ao Iraque, ou levar a paz final à população curda, transferindo-a em bloco para sete palmos abaixo da terra?

A Nação Curda (estirpe de origem ariana), povo sem pátria, tem vivido horrores, às mãos dos Turcos (Uralo-Altaicos, parentes longínquos dos actuais Mongóis), bem como dos Iraquianos de Saddam Hussein (Árabes, isto é, Semitas), em virtude de ter lutado, ao longo de décadas, por uma Pátria, um pedaço de terra ao qual possa chamar seu e no qual seja soberana (ou tão soberana quanto a crescente mundialização o permita). Isto porque o território onde actualmente vivem os Curdos, está ainda dividido entre a Turquia, o Iraque, o Irão, e, segundo creio, a Síria.

Agora, com a actual situação caótica que se vive no Iraque, seria oportuno oferecer uma parte desse país aos Curdos, permitindo assim a formação de um novo Estado. Mas o governo de Ancara não quer um Estado Curdo a dar força aos separatistas curdos que vivem em território turco.

Se a Europa fosse regida por forças nacionalistas, isto é, etnicamente conscientes, os vários governos deste velho continente não deixariam de auxiliar os seus parentes Curdos, militarmente se preciso fosse, quer por uma questão de laços de família, quer até por uma questão de solidariedade para com um Povo que tem direito a uma Pátria.

De resto, também é evidente que se os países europeus fossem dirigidos pelo Nacionalismo, a Turquia nunca entraria na União Europeia (a qual, por sua vez, nem sequer existiria nos seus actuais moldes, nem nunca se encaminharia para o Federalismo), separada como está da margem norte do Mediterrâneo, quer por questões étnicas, quer por questões culturais, quer por questões religiosas, uma vez que um país de população tão numerosa como a Turquia ia trazer para dentro da Europa, não só um tendencialmente totalitário poder islâmico (como se não bastasse o aumento numérico de muçulmanos em Estados como a França, a Inglaterra, a Espanha, a Itália), mas também uma constante divisão conflituosa, entre Turquia e Grécia.
Foguetes socialistas antes da festa...

Não sei se Paulo Pedroso é ou não culpado de ter cometido quinze (15) crimes de pedofilia, nem me vou agora pronunciar sobre isso.
Acho no entanto que é bastante estranha a alegria demonstrada pelos maiorais do PS aquando da libertação deste deputado, uma vez que ele é ainda arguido, pelo que pode ainda ser condenado. Quem não soubesse nada sobre o caso, era capaz de dizer, pelo aspecto oferecido por tanta comoção (com lágrimas e tudo...), que o sujeito tinha sido finalmente considerado inocente.

Por outro lado, não creio que o PS arriscasse deitar tantos foguetes se não tivesse já alguma segurança quanto ao veredicto final. Mas... como seria isso possível?...
Entretanto, a dra. Ana Gomes apareceu ontem na televisão, exaltadíssima de todo, talvez porque tenham aparecido mais provas a pesar para o lado da condenação de Paulo Pedroso. Com a raiva que sentia, até se pôs a falar da necessidade que havia de esclarecer os Portugueses sobre as suspeitas lançadas pela publicação francesa «Le Point» a respeito da possível existência de dois ministros pedófilos no governo português. Só que quem acusa é que tem de mostrar provas, e, de acordo com a Provedoria, o artigo da referida revista, ou jornal, não continha nada de preciso.

Portanto, socialistas, haja paciência.

segunda-feira, outubro 13, 2003

Um conflito ao qual se tem dado relativamente pouca importância nos meios de comunicação social, é o que opõe o Paquistão à India, países que se confrontam por várias razões, sendo a mais imediata a da posse de Caxemira.

No fundo, trata-se de um combate entre o Islamismo e o Hinduísmo, que é uma religião pagã, nacional, que identifica espiritualmente uma Nação, etnicamente parente da maior parte das Nações europeias, uma vez que pertence à família indo-europeia, também chamada, por muitos, de ariana.

E o Islamismo não aprecia religiões nacionais, nem tampouco pagãs.

Os Hindus mais moderados (ou mais frouxos...) resolveram por isso dar uma parte da sua própria terra aos islâmicos, e foi assim que nasceu o Paquistão.

Mas os islâmicos radicais, quando lhes dão uma mão, querem logo o braço, e não descansam enquanto não tiverem o corpo todo.

Por isso, também querem Caxemira - e vão querer ter tudo o que puderem conquistar.

Parece no entanto que, no Ocidente, há quem esteja interessado em mostrar os islâmicos como bons rapazes, se bem que um bocadito sanguinários, os quais, coitadinhos, só querem é defender o seu direito ao Estado palestiniano e combater o poder judaico e norte-americano que os oprime, e etc. e tal.
E, sendo assim, os intelectuais do sistema - opinion makers e afins - esquecem-se de comentar outras guerras nas quais os islâmicos estão envolvidos e que nada têm a ver nem com Israel nem com os E.U.A.. E, deste modo, a visão daquilo que o Islamismo faz hoje no mundo, fica a meio... ou a um terço...


De um ponto de vista pessoal, afirmo, mesmo sem ter lido o Corão, que a palavra de Maomé parece de facto uma doutrina universalista, igualitária e dogmática, possuindo assim os elementos necessários para levar a cabo uma campanha totalitária à escala mundial.

Porque, de facto, não há maior derramador de sangue, inclusivamente entre irmãos, do que o universalismo igualitário, tanto na versão islâmica, como na versão cristã, como na versão esquerdista.

E, assim, a India não terá paz; e, assim, os Hindus ficarão progressivamente mais radicalizados, porque sabem que fogo combate-se com fogo.
DEIXEM-NOS PODER VOTAR «NÃO»

A ausência de qualquer referendo será uma vergonha e um insulto ao Povo Português.
Num momento em que a identidade nacional está cada vez mais próxima da morte, por absorção, há certos senhores que querem mesmo que isso aconteça, e por conseguinte têm muita pressa em que esta constituição vá avante, e, por isso, têm imenso medo do referendo, talvez porque percebam que o Povo não aceitaria tal salto no escuro e tal auto-mutilação.
Esses senhores, abjectamente descarados, que enchem a boca com a palavra «democracia», inspiram um nojo profundo pela sua descarada falsidade, inimigos que são da liberdade, manipuladores que são do conceito de «povo».

Não são pois autênticos democratas, mas sim déspotas - literalmente déspotas.
Déspotas porque, aquilo que defendem, ao fim ao cabo, é o lema do Despotismo Esclarecido: «Governar para o Povo, mas SEM o povo».
Isto é, o povo é muito giro, muito catita, muito caturra, para levar às festas dos partidos, para beijar nas feiras, para alegrar o carnaval diário, para ir às urnas ajudar a legitimar a falsidade que é esta democracia; mas, quando se corre o risco de o Povo, autêntico Povo, mostrar a SUA verdadeira vontade, nessa altura já o Povo passa a ser considerado como uma chusma de ignaros e de semi-adultos, que, coitadinhos, têm de ser devidamente orientados...

Nenhum dos argumentos desses falsos democratas é válido, nem tampouco o da «falta de informação» do povo, pois que, se esses senhores quisessem REALMENTE que o Povo soubesse o que está a acontecer, não deixariam de lançar uma campanha maciça de informação.
Mas não têm interesse nisso. Não querem sustos irritantes, como aqueles que os Irlandeses e os Dinamarqueses pregaram aos criptocratas, quando votaram NÃO.

Falou-se hoje, no fórum da tsf, de um novo programa escolar no qual se inclui a discussão de programas televisivos como o Big Brother, bem como de telenovelas, em substituição de textos literários. Não pude falar porque não houve tempo, embora o moderador tenha arranjado uma brechazinha para dar notícias do futebol, como se em Portugal não houvesse outro momento nem outro espaço de comunicação em que se pudesse referir os jogos que a selecção vai fazer, mas enfim, siga.

É de facto inadmissível que se espetem com bombas destas nas ventas imberbes dos alunos, como se estes não fossem já suficientemente sujeitos à estupidificação, vinda de quase todos os lados.
Dito isto, posso também dizer que, por um lado, compreendo o ponto de vista segundo o qual, exigindo a cultura um diálogo constante entre o indivíduo e o mundo que o rodeia, torna-se forçoso que os futuros adultos pensem a respeito daquilo com que se relacionam, e não há grandes dúvidas de que aquilo com que a maior parte dos futuros adultos se relacionam, é com a televisão e todo o seu cortejo de bons e maus programas. O bb e as telenovelas fazem os jovens pensar, no dia a dia, e é a partir daí que os professores lhes querem pegar.
Só que quem assim raciocina, esquece-se de um pormenor essencial: é que a escola serve para ENSINAR, isto é, para mostrar COISAS NOVAS. Se não for a escola a dar aos jovens uma porta de entrada no mundo do pensamento português, ninguém mais o fará, numa altura em que até boa parte, ou mesmo a maior parte dos programas televisivos feitos por portugueses, nos canais portugueses, são baseados em séries estrangeiras.

Mesmo correndo o risco de parecer pretensioso (e eu ralado), acho que se trata aqui de um confronto de mentalidades, mais profundo e radical do que possa parecer a muita gente, e esse confronto teve a sua expressão no referido fórum da tsf, quando um dos participantes (um sociólogo, creio, e, se for mesmo um sociólogo, isso talvez seja significativo) afirmou, entre outras coisas, que o Latim era uma língua morta. Este participante era favorável ao novo programa escolar, contra a «recitação medievalesca» dos textos de autores antigos, ou coisa parecida.
Em resposta, a convidada, Dr. Maria do Carmo, inimiga absoluta da iniciativa anti-literária e pimbó-televisística, disse, entre outras coisas, que o Latim não morreu, pois que o Português dessa antiga língua descende.
Ora, eu não posso falar em nome do referido participante, mas estou quase certo de que ele não ficou convencido pelos argumentos da Dr. Maria do Carmo. Ele, quando disse que o Latim está morto, falou com toda a sinceridade - ele é daquele tipo de pessoa que acha mesmo que o passado está morto, e o que está morto fica para trás, nada tem a ver com a vida. A dra., pelo contrário, acha que o passado está vivo - está em nós, e só somos como somos porque temos o passado que temos.

O Português é por isso uma língua latina, e ignorar isso é ignorar a própria identidade portuguesa.

E é o avanço da mentalidade bastardizante e anti-tradição que está a fazer com que Portugal fique cada vez mais doente, vítima da infecciosa rasquite.

A respeito das praxes, há a salientar um aspecto que não vi ainda ser comentado com algum desenvolvimento.
Falo da mentalidade geral que permite as praxes em larga escala: o ovino modo de ser, alimentado por uma grande parte da sociedade, até mesmo pelo veio dominante do sistema.

É o desejo de querer ser aceite por um colectivo, mas um colectivo já completamente desprovido dos conceitos transpessoais de Raça, de Estirpe, de Credo até.

É simplesmente um colectivo «socialista», num sentido literal do termo, na medida em que significa o predomínio do colectivo sobre o individual.
É um colectivo realmente socialista, agora sem aspas, uma vez que, devido à ausência dos valores realmente tradicionais acima citados - de Estirpe, ou também de Fé - acaba por constituir o colectivo de esquerda por excelência, ou seja, a amálgama de indivíduos, todos iguais, cujas diferenças (de sexo, raça, idade, etc.) estão já esbatidas ou mesmo suprimidas, isto é, mutiladas.

Todavia, uma vez que a Diferença é inerente à condição humana, acaba sempre por surgir, de um modo ou de outro, e foi por isso que, por exemplo, se viu, nos anos oitenta, a divulgação das chamadas «tribos juvenis» (modas de gosto, de vestuário, de atitude), e é também por isso que, nas escolas, se observa cada vez mais, da parte das crianças, a valorização absoluta das marcas, de calçado, vestuário, e não só, como critério de aprovação... colectiva.

Ora, se a sociedade alimenta este estado psicológico, não é de estranhar que tantos e tantos (a maioria, provavelmente) jovens caloiros aceitem tão passivamente tantos e tantos abusos perpetrados pelos praxistas. É que os meninos, coitadinhos, têm medo de não ser aceites «pelo colectivo». É esse o seu maior medo. E depois os tais «veteranos», por vezes auto-proclamados «defensores da tradição» (o que é quase sempre falso, simples pretexto para exercer, impunemente, uma ridícula violência psicológica, pois que esta raça de adolescentes retardados o que aprecia é andar à zorro, a cantar estopadas acompanhadas à viola, e possuir servos), abusam, como já se sabe.

Recordo-me, entretanto, que, certa vez, ouvi dizer, na televisão, algo que me pareceu muito sintomático. Perante o caso, frequente e típico, de um grupo de jovens fumando marijuana, um certo sociólogo afirmava ficar mais preocupado com o jovem que, do meio do grupo, emergia na recusa em participar do vício, do que com os outros jovens, que aceitavam a participação em tão socializante actividade.
Dir-se-á talvez que isto é só um ouvir dizer, já em segunda mão, ainda por cima de um único caso, mas, quanto a mim, não há fumo sem fogo, e a mentalidade que atribuo ao referido sociólogo parece-me estar muito profundamente entranhada na actual sociedade urbana, nomeadamente nas universidades, e restantes ambientes juvenis, fortemente infiltrados por elementos de esquerda. Aliás, a Sociologia parece dominada pela esquerda, e o conjunto formado por sociólogos, jornalistas e universitários em geral é o viveiro e a força eleitoral de formações muito na moda como o Bloco de Esquerda. Repare-se por exemplo na divergência de posições entre esta coligação e o PCTP/MRPP, partido radical de outra geração, cujo líder Garcia Pereira lançou umas farpas ao grupo de Louçã, dizendo algo como «Não somos daqueles que vão para o Bairro Alto fumar ganzas e acham muito bem o consumo da droga».

Isto não é para dizer, evidentemente, que a esquerda radical moderna é que quer a droga e as praxes - o que afirmo é que a dominação cultural de esquerda, ao destituir (ou tentar fazê-lo) os autênticos valores tradicionais - os quais, pela sua própria natureza, transcendem a autoridade de qualquer líder - criou as condições para que se estabelecessem as drogas, bem como as actuais praxes e outras demonstrações de tibieza psicológica (Big Brother, por exemplo), de efeito maciçamente invertebrante, passe o neologismo; e, não obstante, são ainda certos jovens da esquerda radical quem lidera, no seio da juventude, o movimento de contestação contra a praxe (e «contra a tradição!», claro, que a esquerda aproveita sempre todas as oportunidades para fazer passar os seus slogans), fazendo lembrar uma cobra que morde a sua própria cauda.

Quando os valores transpessoais são deitados abaixo, fica só o «ser humano». O ser humano na sua forma «pura», diriam os defensores da teoria do bom selvagem. Isto é, fica só a vontade de poder anárquica, sem limites nem vergonha.

É pois inútil criticar os praxistas abusadores: ninguém abdica de uma posição de poder só por causa de umas quantas repreensões morais.

O que é preciso é dizer aos caloiros que, para travar certas vergonhas, basta dizer «não», inequívoca e inflexivelmente, por uma questão de princípios.
É preciso fazê-los compreender que não precisam da «ajuda» posterior dos estudantes mais velhos que exercem as praxes, já que estes não podem ajudar assim tanto, carregados que estão de vícios e de imbecilidades várias.
Até porque vale mais uma coluna vertebral direita do que uma licenciatura.