segunda-feira, outubro 31, 2016

CROUGA, COCA, ABÓBORAS LUMINOSAS - RAÍZES EVENTUALMENTE PRÉ-ROMANAS DE UMA TRADIÇÃO FOLCLÓRICA PORTUGUESA





Crouga é provavelmente uma Divindade adorada pelos Lusitanos há cerca de dois mil anos na área de Viseu e também na Galiza. O Seu nome parece provir do termo proto-celta *krowkā-. Pode eventualmente ser equivalente ao irlandês Crom Cruaich, Deus a Quem eram sacrificados

os primogénitos de cada clã e Cujo nome parece significar algo como «Cabeça Curva», e Cujo equivalente galês seria Pen Crug. Na inscrição lusitana de Lamas de Moledo, parece ler-se que a Crouga Magareaicus é sacrificado um ovídeo jovem, o que lembra o facto de a Crom Cruaich serem sacrificados os primogénitos de cada clã, crianças nalguns casos. Ambos os teónimos (nomes de Deuses) podem estar ligados ao vocábulo «Craic» que designa «Pedra» em Irlandês. 

Inscrição de Lamas de Moledo, na qual se pode ler «Crouga Magareaicus»


Quanto ao Coco ou Coca, diz a Wikipedia o seguinte (apenas o texto a itálico é da Wikipedia):

A coca é um ser mítico, uma espécie de fantasma, bruxa ou bicho-papão com que se assustam meninos. Embora não tenha uma aparência definida, este ser assustador tinha uma representação figurada, a sua cabeça era uma espécie de abóbora ou cabaça da qual saía luz (ou fogo). A representação da coca era feita com uma panela ou abóbora oca em que se faziam três ou quatro buracos, imitando olhos, nariz e boca, e em que se colocava uma luz dentro e deixava-se, durante a noite, num lugar bem escuro para assustar crianças e pessoas que passavam.
A coca é um ser feminino, o equivalente masculino é o coco embora ambos acabem por ser dois aspectos do mesmo ser, e confundem-se um com o outro na sua representação e no seu papel de assustar meninos; como nenhum destes seres tem uma forma definida toma-se um pelo outro.
O mito do Coco teve origem em Portugal e na Galiza. Segundo o dicionário da Real Academia Espanhola[2] , “el coco” (também chamado de “el cuco” na América Latina) teve origem no fantasma português: “(Del port. côco, fantasma que lleva una calabaza vacía, a modo de cabeza). Fantasma con que se mete miedo a los niños”. A palavra coco é usada em linguagem coloquial para significar a cabeça humana em português e espanhol.[4] Coco também significa crânio. A palavra "cocuruto" em português significa a coroa da cabeça e o lugar mais alto. "Gogo" em basco significa espírito. Na Galiza "crouca" significa cabeça, deriva do proto-celta *krowkā-, e tem a variante "croca"; e quer coco ou coca também significam cabeça. São cognatos o córnico "crogen" que significa crânio, o bretão "krogen ar penn" que significa crânio, e o irlandês "clocan" que também significa crânio.
Na mitologia Calaico-Lusitana Crouga (do proto-celta *krowkā-) é o nome de uma divindade ainda com contornos obscuros,[19] [20] a quem são feitas oferendas, no entanto na inscrição de Ginzo de Limia é a Crouga que é oferecida.
(...)

O Coco come crianças, tal como o irlandês Crom Cruaich:
O nome do coco é usado frequentemente como aviso de um mal iminente nos países de língua castelhana, tal como acontecia em Portugal, quando as crianças desobedecem a seus pais, não querem dormir, não querem comer, ou para as dissuadir de ir para lugares perigosos e de se afastarem de casa. Não é o aspecto do coco mas o que ele faz que assusta a maioria das crianças. O coco é um comedor de criança (um papa-meninos) e um sequestrador. Ele imediatamente devora a criança e não deixa rastro dela ou leva a criança para um lugar sem volta.
Mas ele só faz isso às crianças desobedientes.[29] A coca fica a vigiar as crianças mal comportadas do topo do telhado (fica à coca). O coco toma a forma de qualquer sombra escura e fica também de guarda. Eles são atraídos pela desobediência de uma criança. Ambos representam o oposto do anjo da guarda e são frequentemente comparados ao diabo. Há ainda quem veja o coco como a representação dos defuntos da comunidade local.
No Minho a máscara que se faz com a casca de uma abóbora é chamada de coco[32] . Na antiga Beira Alta era costume os rapazes levarem espetada num pau, como símbolo das almas do outro mundo, uma abóbora esculpida em forma de cara, com uma vela acesa dentro, lembrando uma caveira.
Segundo Rafael Loureiro, a tradição de esculpir abóboras com rostos é uma tradição milenar na Península Ibérica que remonta ao tempo dos celtiberos[34] , um costume parecido ao que Diodoro Sículo atribuía aos guerreiros Iberos na batalha de Selinunte em 469 a.C., que penduravam nas lanças as cabeças dos inimigos.
"O costume outonal e infantil de esvaziar abóboras e talhar na sua casca olhos, nariz e boca buscando uma expressão tétrica, longe de ser uma tradição importada por um recente mimetismo cultural americanizante, é um rasgo cultural antiquíssimo na Península Ibérica" ~ Rafael Loureiro
Esta tradição estaria ainda relacionada com o culto celta das "cabeças cortadas" na península Ibérica.
Nas Décadas da Ásia (1563), João de Barros descreve como o nome do coco (fruto), teve origem nesta tradição:
“Esta casca per onde aquelle pomo recebe o nutrimento vegetal, que he pelo pé, tem uma maneira aguda, que quer semelhar o nariz posto entre dous olhos redondos, per onde elle lança os grellos, quando quer nascer: por razão da qual figura, sem ser figura , os nossos lhe chamaram coco, nome imposto pelas mulheres a qualquer cousa, com que querem fazer medo ás crianças, o qual nome assi lhe ficou, que ninguem lhe sabe outro, [...]”
Rafael Bluteau, no primeiro dicionário da língua portuguesa o Vocabulario Portuguez e Latino (1712) define o coco e a coca como caveiras:
“O Coco ou a Coca. Usamos destas palavras, para pôr medo aos meninos, porque a segunda casca do Coco tem na sua superfície três buracos com feição de caveira.“
Na primeira metade do século XX a coca era parte integrante de festejos como o do Dia de Finados ou o peditório ritual do Pão-por-Deus. O Pão-por-Deus, já mencionado no século XV, é um peditório ritual feito por crianças, embora antigamente participassem também os pobres, feito com o fim de partilhar o pão ou guloseimas com as alminhas queridas, os defuntos da comunidade, que eram aguardados ansiosamente e chegavam de noite em forma de borboletas ou pequenos animais. Conforme a região, este peditório assume diferentes nomes: santoro ou santorinho,[45] dia dos bolinhos, fieis de Deus, já na Galiza o peditório tem o nome de migalho (migallo).
"Nesta mesma cidade de Coimbra, onde hoje nos encontramos, é costume andarem grupos de crianças pelas ruas, nos dias 31 de Outubro e 1 e 2 de Novembro, ao cair da noite, com uma abóbora oca e com buracos recortados a fazer de olhos, nariz e boca, como se fosse uma caveira, e com um coto de vela aceso por dentro, para lhe dar um ar mais macabro."
"Em Coimbra o peditório menciona «Bolinhos, bolinhós», e o grupo traz uma abóbora esvaziada com dois buracos a figurarem os olhos de um personagem e uma vela acesa dentro[...]outro exemplo da utilização da abóbora ou cabaço como figuração humana, nas máscaras dos embuçados das esfolhadas de Santo Tirso de Prazins (Guimaräes), que depois, estes passeiam, alçadas num pau e com uma vela dentro, e deixam espetados em qualquer sitio mais ermo, para meterem medo a quem passa." 
(...)
"Em Landim (Famalicão) fingia-se, para amedrontar a gente das esfolhadas, um rosto humano com um cabaço ôco onde se metia uma vela a arder. A seguir espetava-se o cabaço num espeque, e deixava-se num ponto de passagem."
Na Galiza começava-se a talhar as cabaças com cara de caveiras perto do dia de São Miguel (21 de Setembro), e continuava-se pelo outono dentro. Toda a estação do outono era tempo de fazer caveiras com as cabaças.
As cabeças teriam poderes protectores, protegiam as pessoas ou comunidades. Teriam também poderes divinatórios ou proféticos e de cura. Os locais de exibição das cabeças cortadas, da Idade do Ferro, situavam-se dentro e fora dos edifícios, notando-se uma preferência por locais públicos, de trânsito e locais altos acima do nível de circulação das pessoas (ruas, varandas ou entradas de edifícios, paredes e pilares), sempre com uma preferencia pelos locais mais visíveis.
A representação da coca, com uma abóbora iluminada, faz parte do património imaterial galego-português . Na Galiza é tema na festa das caliveras, ou samaín[63] , e assume vários nomes: calacús, caveiras de melón, calabazotes, colondros etc.
Os rituais em torno da Nossa Senhora da Cabeça, em Portugal, incluem a oferta de ex-votos com a forma de cabeças de cera, rezar a Avé Maria com uma estátua da Nossa Senhora em cima da cabeça, e rezar com a cabeça dentro de um buraco aberto na parede da capela.
A capela de Nossa Senhora das Cabeças localizada a 50 m NW das ruínas do templo romano de Nossa Senhora das Cabeças (Orjais, Covilhã) evidencia uma continuidade no uso de um espaço sagrado que passou de uma área de culto pagão para a de um culto cristão e que continuou a ser um local culto nos séculos seguintes até ao dia de hoje. De acordo com Pedro Carvalho os achados pré-romanos e a localização invulgar das ruínas romanas dentro das muralhas de um castro do século VIII a.c. sugerem a possibilidade de o local ter sido inicialmente de um culto pré-romano. Em Mileu, a capela de nossa Senhora das Cabeças tem cabeças humanas, uma cabeça com gorro, e cabeças de lobo como motivos decorativos. Na aldeia de Ponte, freguesia de Mouçós, num monte que dá para o Rio Corgo, há uma capelinha chamada de Santo Cabeço que a lenda diz ter sido construída pelos Mouros. Na parede voltada para o sul tem uma cavidade redonda onde os Mouros metiam a cabeça para ouvir o mar. O povo local tem também o costume de colocar a cabeça no buraco: uns para ouvirem o sussurro semelhante ao das ondas, outros para aliviarem as dores de cabeça.
Prudêncio e Martinho de Braga afirmavam que os habitantes da Hispânia veneravam pedras e árvores sagradas.
Para além das tradicionais abóboras, fazem-se as lanternas com buracos a figurarem um rosto com panelas velhas furadas, com melões, e com caixas de sapato.
(...)
Coca é o nome que se dava à capa ou traje com um capuz que cobria o rosto. Era também o nome do vestido de noiva, tradicionalmente de cor preta, com capuz, que ainda se usava no início do século XX. Camilo Castelo Branco relembrava com saudade o poder sedutor da coca:
"Ai! Eu ainda conheci mulheres formosas de mantilha. A graça com que elas a apanhavam e refegavam na cintura! Como as nalgas se relevavam redondas debaixo do lapim! E o bamboar dos cabelos anelados sob o docel negro e arqueado da côca...";
(...)
Nas Viagens do Barão de Rozmital, de 1465 a 1467, encontram-se algumas referências ás tradições fúnebres da época: "...os parentes do morto acompanham o funeral vestidos de roupas brancas próprias dos enterros com capuzes à maneira dos monges, com o qual vestuário se vestem de um modo admirável. Aquelles porém, que são assalariados para carpirem o defuncto vão vestidos com roupa preta, e fazem um pranto como o d'aquelles que entre nós pulam de contentes ou estão alegres por terem bebido."
Em Portimão nas celebrações da Semana Santa, durante a “procissão dos Passos", organizada pela Misericórdia, o arauto, um homem vestido de negro com uma capa e um capuz, que tinha três buracos correspondentes aos olhos e boca, a cobrir a sua cara, que liderava a procissão e anunciava a morte de Cristo, era chamado quer de coca, farnicoco, (farricunco, farricoco do Latim far, farris e coco) ou morte. Dava-se o nome de coca quer à capa quer ao homem que a vestia.
(...)
“Vai-te coca vai-te coca
Para cima do telhado
Deixa dormir o menino
Um soninho descansado.”
(...)


Recomenda-se vivamente a leitura do artigo completo,https://pt.wikipedia.org/wiki/Coca_(folclore), visto tratar-se de um tesouro ímpar do folclore português, indevidamente desconhecido e particularmente importante para os pagãos nacionais, por motivos óbvios.

ANTES DO HALLOWEEN, ERA O «PÃO POR DEUS» EM PORTUGAL... E MUITO ANTES ERA O COCO...

Se um grupo de miúdos lhe bater à porta, a cantarolar “Bolinhos, Bolinhós, para mim para vós”, não estranhe. O dia 1 de Novembro também é, por tradição, dia de lhes encher os sacos com guloseimas.
Bolinhos e bolinhós/Para mim e para vós./Para dar aos finados/Qu'estão mortos, enterrados./À porta da bela cruz/Truz! Truz! Truz!/ A senhora que está lá dentro/Assentada num banquinho./Faz favor de s'alevantar/P’ra vir dar um tostãozinho.”
A cantilena é antiga e quem a decorou espera receber em troca alguma coisa e agradecer dizendo: “Esta casa cheira a broa/Aqui mora gente boa./Esta casa cheira a vinho/Aqui mora algum santinho”. Debaixo da língua traz mais uns versos, apropriados para responder aos que nem chegam a abrir-lhe a porta: “Esta casa cheira a alho/Aqui mora algum espantalho./Esta casa cheira a unto/Aqui mora algum defunto”.
Reza a história que o Pão por Deus tem raízes num ritual pagão do século XV que foi cimentado um ano depois do terramoto de 1755. Nesse dia 1 de Novembro, a população mais pobre de Lisboa terá aproveitado para sair às ruas e bater à porta dos mais afortunados, e, assim, mitigar um pouco a fome.
A tradição manteve-se ao logo dos tempos, sobretudo fora das grandes cidades, e com duas alterações significativas. O “peditório” passou a ser feito apenas por crianças, e, em vez de pão, os donos das casas dão hoje bolinhos, romãs e frutos secos (em Trás-os-montes, por exemplo) ou doces e guloseimas. Para gáudio de uns poucos, também há quem dê dinheiro.
Por isso, já sabe: se um grupo de miúdos lhe bater à porta este domingo, exija-lhes que façam como deve ser. Cantarolando os versos do início deste artigo ou, a bem da tradição, que digam pelo menos: “Pão por Deus/Fiel de Deus./Bolinho no saco/Andai com Deus.”
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Fonte: http://visao.sapo.pt/actualidade/sociedade/2015-10-31-Antes-do-Halloween-era-o-Pao-por-Deus   (Artigo originariamente redigido sob o acordo ortográfico de 1990 mas corrigido aqui à luz da ortografia portuguesa.)

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O artigo é útil, porque pelo menos mostra que a tradição do Primeiro de Novembro já vem de há uns séculos, mas há muito mais para dizer, olá se há... afinal, a própria abóbora luminosa já era feita em Portugal muito antes de ser «inventada» na América e pode ter raiz no culto de uma Divindade eventualmente céltica ou proto-céltica, adorada pelos antigos Lusitanos e Galaicos: 

«(...) Segundo Rafael Loureiro, a tradição de esculpir abóboras com rostos é uma tradição milenar na Península Ibérica que remonta ao tempo dos celtiberos[34], um costume parecido ao que Diodoro Sículo atribuía aos guerreiros Iberos na batalha de Selinunte em 469 a.C., que penduravam nas lanças as cabeças dos inimigos[35].
"O costume outonal e infantil de esvaziar abóboras e talhar na sua casca olhos, nariz e boca buscando uma expressão tétrica, longe de ser uma tradição importada por um recente mimetismo cultural americanizante, é um rasgo cultural antiquíssimo na Península Ibérica" ~ Rafael Loureiro
Esta tradição estaria ainda relacionada com o culto celta das "cabeças cortadas" na península Ibérica [36][37]
(...)
Rafael Bluteau, no primeiro dicionário da língua portuguesa o Vocabulario Portuguez e Latino (1712) define o coco e a coca como caveiras:
“O Coco ou a Coca. Usamos destas palavras, para pôr medo aos meninos, porque a segunda casca do Coco tem na sua superfície três buracos com feição de caveira.“[39]
Na primeira metade do século XX a coca era parte integrante de festejos como o do Dia de Finados ou o peditório ritual do Pão-por-Deus. O Pão-por-Deus, já mencionado no século XV,[40] é um peditório ritual feito por crianças, embora antigamente participassem também os pobres, feito com o fim de partilhar o pão ou guloseimas com as alminhas queridas, os defuntos da comunidade, que eram aguardados ansiosamente e chegavam de noite em forma de borboletas ou pequenos animais. (...)
O mito do Coco teve origem em Portugal e na Galiza. Segundo o dicionário da Real Academia Espanhola[2], “el coco” (também chamado de “el cuco” na América Latina) teve origem no fantasma português: “(Del port. côco, fantasma que lleva una calabaza vacía, a modo de cabeza). Fantasma con que se mete miedo a los niños”[3]. A palavra coco é usada em linguagem coloquial para significar a cabeça humana em português e espanhol.[4] Coco também significa crânio.[5] A palavra "cocuruto" em português significa a coroa da cabeça e o lugar mais alto.[6] "Gogo" em basco significa espírito.[7][8] Na Galiza "crouca" significa cabeça,[9][10][11] deriva do proto-celta *krowkā-,[12] e tem a variante "croca";[13] e quer coco ou coca também significam cabeça.[14] São cognatos o córnico "crogen" que significa crânio,[15] o bretão "krogen ar penn" que significa crânio,[16][17] e o irlandês "clocan" que também significa crânio.[18]

Na mitologia Calaico-Lusitana Crouga (do proto-celta *krowkā-) é o nome de uma divindade ainda com contornos obscuros,[19][20] a quem são feitas oferendas, no entanto na inscrição de Ginzo de Limia é a Crouga que é oferecida.[21](...)
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Coca_(folclore)

O equivalente irlandês a Crouga pode bem ser o menos desconhecido Crom Cruaich, ao Qual se sacrificavam crianças, ou seja, «comia crianças», tal como a Coca...
Hoje pode-se-Lhe oferecer uma cabeça de abóbora, que vem mais a calhar com os hábitos e escrúpulos da época...




MAIS UM HOMICÍDIO COMETIDO NA EUROPA POR UM MUÇULMANO EM NOME DO CALIFADO

O grupo extremista Estado Islâmico reivindicou esta madrugada de domingo a morte de um adolescente em Hamburgo este mês, um caso que está a ser investigado pela polícia alemã.
"Um soldado do Estado islâmico esfaqueou duas pessoas na cidade de Hamburgo no dia 16 deste mês. Ele conduziu esta operação" em retaliação contra os países da coligação que estão na Síria e no Iraque contra o Estado Islâmico, informou a agência de notícias Aamaq, ligada ao grupo extremista.
Contactada pela agência de notícias francesa AFP, a polícia em Hamburgo recusou-se a comentar esta reivindicação.
No passado dia 17 de Outubro, a polícia informou em comunicado estar à procura de um jovem, com idades entre 23 e os 25 anos, do tipo "mediterrâneo", que alegadamente tinha esfaqueado até a morte no dia anterior um jovem de 16 anos, que se encontrava à beira do rio Alster, em Hamburgo, com um amigo de 15 anos.
"O motivo do crime é desconhecido e está sob investigação", disse na altura a polícia.
A reivindicação difundida pela agência de notícias Aamaq não dá qualquer detalhe sobre o autor do crime, nem sobre os factos cometidos.
Alemanha tem sido poupada aos atentados do grupo EI, como os ocorridos em Paris e Bruxelas. Contudo, têm sido realizados recentemente vários ataques islamitas cometidos por pessoas isoladas.
A AFP recorda que o adolescente alemão de origem marroquina está a ser julgado por ter esfaqueado um polícia, em Fevereiro, em Hannover.
De acordo com a acusação, o ataque tem a assinatura do Estado Islâmico, embora nunca tenha sido reivindicado.
Em Julho, o EI anunciou ter organizado um ataque cometido por um sírio, de 27 anos, depois de ter visto negado o seu pedido de asilo.
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Fonte: http://www.jn.pt/mundo/interior/estado-islamico-reivindica-morte-de-um-adolescente-em-hamburgo-5471251.html

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Mais um caso, um casozito, mais uma morte (de um europeu?) em solo europeu às mãos de um alógeno... mais uma pontita do aicebergue daquilo que está realmente a suceder na Alemanha e no resto da Europa com a iminvasão vinda do terceiro-mundo.

ACÇÃO DE FORMAÇÃO DO PNR EM COIMBRA

O PNR realizou, no dia 29 de Outubro, mais uma acção de formação destinada aos responsáveis de núcleo e ao trabalho local. Coimbra foi a cidade escolhida para o efeito. Miguel Costa Marques, responsável do PNR nesta cidade, foi o anfitrião e, como tal, moderou os trabalhos ao longo de todo o dia.
A parte da manhã foi ocupada com um debate subordinado ao tema “Trabalho Local: identificar dificuldades, procurar soluções”, orientado por Vítor Ramalho, da Comissão Política e responsável pelos núcleos-Norte, também ele residente no Distrito de Coimbra (Cantanhede).  A participação empenhada por parte de muitos, permitiu uma enriquecedora troca de impressões e propostas de soluções. Foi encerrada por José Pinto-Coelho que procedeu a uma conclusão e ao traçado de um plano detalhado de objectivos.
Após um agradável almoço de convívio no Hotel Dom Luís, local da reunião, realizou-se um curto módulo sobre critérios de escrita, orientados concretamente para as notícias e pequenos artigos a difundir nas redes sociais e comunicação social local.
Por fim, ocupando quase toda a tarde, o tema das Autárquicas 2017 viu o pontapé-de-saída ser dado, definindo-se todas as linhas de orientação para a participação do PNR neste acto eleitoral, bem como os seus critérios estratégicos e objectivos.
A sessão, conduzida por José Pinto-Coelho, João Pais do Amaral, João Patrocínio e Anselmo Oliveira, foi extremamente esclarecedora. Definiu-se uma estratégia, elencou-se uma verdadeira lista de tarefas e estabeleceu-se a data limite de 31 de Dezembro para que cheguem à Comissão Política as propostas de participação eleitoral dos diversos concelhos, devidamente estruturadas e fundamentadas, para apreciação e aprovação.
Em Janeiro, o PNR divulgará, oficialmente, em que Autarquias irá concorrer e, em Fevereiro, numa cidade ainda a definir, haverá uma nova acção de formação para todos os militantes empenhados neste processo.
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Fonte: http://www.pnr.pt/2016/10/pnr-coimbra-formacao-compromisso/

CASAL CHINÊS TRAZIA IMIGRAÇÃO ILEGAL E PROSTITUIÇÃO

Segundo a PGDL, pelo menos desde Março de 2016, os arguidos dedicaram-se a recrutar na China, através de anúncio na internet, jovens do sexo feminino, que eram trazidas para Portugal, com a promessa de lhe ser proporcionado trabalho legal, ganhos avultados e a obtenção de documentos de legalização no território nacional.
"Uma vez em Portugal, as jovens passavam a dedicar-se à prostituição, por determinação e em benefício dos arguidos", adianta a PGDL.
A detenção do casal ocorreu na sequência de mandados de busca e detenção emitidos pelo Ministério Público.
O arguido ficou em prisão preventiva, tendo a mulher ficado sujeita às medidas de obrigação de se apresentar à autoridade policial da área da sua residência, e de proibição de contactar as testemunhas já identificadas no processo.
A investigação prossegue sob a direcção do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa.
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Fonte: https://www.noticiasaominuto.com/pais/679901/detido-casal-de-chineses-por-auxilio-a-imigracao-ilegal-e-prostituicao   (Artigo originariamente redigido sob o acordo ortográfico de 1990 mas corrigido aqui à luz da ortografia portuguesa)

PRIMEIRO-MINISTRO QUER ABRIR AS FRONTEIRAS DE PORTUGAL A TODA A CPLP

O primeiro-ministro, António Costa, vai propor a “liberdade de fixação de residência” no espaço da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) para os cidadãos naturais dos respectivos Estados-membros, sabe o PÚBLICO. A proposta será defendida por António Costa na Cimeira de Brasília da CPLP que decorre esta segunda-feira, dia 31 de Outubro. Esta é a primeira Cimeira da CPLP em que António Costa participa como primeiro-ministro português.
A ideia de “liberdade de fixação de residência” é uma proposta que dá sequência à defesa feita por António Costa de que, para além da CPLP ser um espaço comum e coordenado a nível político e diplomático, deve ser também “um espaço comum de cidadania”. Se a proposta que vai ser apresentada pelo primeiro-ministro português em Brasília na segunda-feira for aprovada pelos Estados-membros significa que passará a haver liberdade de residência entre os cidadãos dos Estados-membros da CPLP: Portugal, Brasil, Angola, Moçambique, Guiné, Cabo-Verde, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e Guiné Equatorial.
A questão que se pode colocar é a da compatibilização desta medida com as regras do Espaço Schengen que estabelece regras a liberdade de circulação dentro das fronteiras de alguns Estados-membros da União Europeia. A adopção da proposta que agora irá ser apresentada por António Costa à CPLP terá assim de ter em conta a salvaguarda da existência prévia do acordo de Schengen, de que Portugal é subscritor desde a sua criação em 1997.
A defesa da “liberdade de fixação de residência” na CPLP não é nova, ela consta da proposta programática de António Costa para o PS e para o país. E foi já defendida pelo primeiro-ministro na visita oficial que fez a Cabo Verde e faz parte do programa do Governo, do programa eleitoral do PS e até da Agenda para a Década, documento doutrinário estratégico apresentado por António Costa antes das legislativas de 2015.
Nestes três documentos, os termos em que a proposta vem referida são absolutamente idênticos. E nos três documentos pode ler-se que “aprofundar a dimensão da cooperação política e social passa, desde logo, por alargar o leque de direitos de cidadania, reciprocamente, reconhecidos no espaço da CPLP”, isto como forma de dar “corpo cada vez mais expressivo à noção de cidadania da CPLP”. Uma mudança que os socialistas consideram dever ser criada “através de um importante instrumento jurídico: a ‘Carta de Cidadão Lusófono’.”
O programa do Governo, o programa eleitoral e a Agenda para a Década afirmam ainda sobre esta questão que “os tratados de amizade e cooperação geral entre o Brasil e os outros países da CPLP, nomeadamente o da igualdade de direitos entre o Brasil e Portugal” são “um exemplo do que pode ser negociado, agora numa base transnacional.”
E segue-se, nos três documentos, a especificação de como esta reconhecimento de cidadania deve ser concretizado: “Liberdade de fixação de residência; reconhecimento de qualificações académicas e profissionais; exercício de direitos políticos; portabilidade de direitos sociais.”
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Fonte: https://www.publico.pt/politica/noticia/primeiroministro-propoe-liberdade-de-fixacao-de-residencia-na-cplp-1749354

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É o que ando a dizer há vários anos - a UE pode ter defeitos em barda, mas fora da UE estaríamos muito pior, precisamente por causa destas e doutras. Parece certo que toda a elite ocidental está a favor da imigração em massa, mas a elite tuga é ainda mais trópico-africanista que as da maioria dos outros países europeus. Conforme faz notar o camarada Afonso de Portugal no seu blogue, não se ouve aqui nenhum protesto da chamada «Direita» par(a)lamentar contra esta proposta do Costa...
«Lá fora», na Europa além Pirinéus, a coisa está um pouco diferente. Ali há o factor Extrema-Direita: em vários países europeus as forças nacionalistas já estão muito avançadas no terreno - porque enveredaram há muito pelo combate democrático - e as elites desses países têm medo deste avanço, logo, não lhes convém permitir que a imigração em massa aconteça de maneira ainda mais descarada do que a actual, pelo que possivelmente não vão aceitar esta ideia tugó-tropicalista. Por isso é que, de momento, só mesmo a UE nos pode salvar da enchente afro-tropical...

ELITE QUE CONTROLA A UE QUER OBRIGAR SUÍÇA A DESRESPEITAR OPINIÃO DO SEU PRÓPRIO POVO

O governo suíço rejeita a iniciativa Rasa ("Vamos sair do impasse"), que propõe aos Suíços cancelar o artigo constitucional sobre a imigração em massa. O Conselho Federal decidiu na quarta-feira combater a iniciativa com um contra-projecto cujo conteúdo será definido apenas no próximo ano.
A iniciativa "Sair do Impasse" (RASA) visa revogar o artigo constitucional aprovado em 9 de Fevereiro de 2014 por uma pequena maioria dos Suíços e cuja aplicação é uma verdadeira dor de cabeça para as autoridades suíças (Keystone)
A iniciativa "Sair do Impasse" (RASA) visa revogar o artigo constitucional aprovado em 9 de Fevereiro de 2014 por uma pequena maioria dos suíços e cuja aplicação é uma verdadeira dor de cabeça para as autoridades suíças.
O governo suíço quer esperar até que o Parlamento aprove uma resolução para implementar a iniciativa "contra a imigração em massa", aprovada por uma pequena maioria dos cidadãos em 9 de Fevereiro de 2014. Como os iniciadores, acredita que a Suíça precisa de manter uma relação estável e favorável com a União Europeia e que a manutenção dos acordos bilaterais é essencial.
Por razões relacionadas com o funcionamento democrático, o Conselho Federal diz-se contrário a voltar atrás ao resultado de uma votação após um período de tempo tão curto. O governo recomendou, portanto, que a iniciativa fosse rejeitada.
A revogação do novo artigo constitucional resolveria o conflito fundamental entre as disposições em matéria de imigração e o acordo sobre a livre circulação de pessoas, mas iria cancelar o mandato que o povo e os cantões (estados) deram ao Conselho Federal de gerir e limitar a imigração.
A decisão permite ao governo ganhar tempo. Se o Parlamento encontrar uma solução para implementar a iniciativa do SVP («Partido do Povo Suíço» em Alemão) compatível com os acordos bilaterais, os proponentes da Rasa poderiam retirar o seu texto. O Conselho Federal vai decidir o conteúdo do seu "eventual contra-projecto" dentro do prazo legal, ou seja, até 27 de Abril de 2017.
O suspense vai durar. O Conselho dos Estados (Senado) tem que decidir em Dezembro e validar ou não a implementação "light" da iniciativa SVP preconizada pelo Conselho Nacional (Câmara dos Deputados). Em caso de forte imigração, o Conselho Federal pode exigir que os empregadores comuniquem as vagas disponíveis aos centros regionais de emprego, de modo que a força de trabalho residente seja informada primeiro. Se isso não for o suficiente para conter a imigração, podem ser tomadas outras medidas, mas não sem o acordo da União Europeia no caso de não respeitarem o acordo sobre a livre circulação. Teriam de obter a aprovação do comité misto que reúne Suíça e UE.
Descontentamento
Essas garantias não impediram o desagrado europeu. Uma reunião extraordinária da Comissão Mista, convocada a pedido de embaixadores da UE, reuniu um número incomum de participantes em Bruxelas, na terça-feira. Entre os pontos criticados, o facto da Suíça poder decidir quais as medidas são contrárias ao acordo.
Bruxelas sempre se mostrou inflexível sobre a livre circulação e não quer abrir uma brecha por causa da Grã-Bretanha. O Conselho Federal acredita que a solução da Câmara pode ser compatível com o acordo. Já o SVP critica a solução por não prever contingentes e limites máximos anuais de imigração previstos agora na constituição.
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Fonte: http://www.express.co.uk/news/world/725280/switzerland-swiss-jobs-people-immigration-eu-european-union-Mario-Gattiker
Pode ler-se mais sobre o tema aqui: http://www.express.co.uk/news/world/725280/switzerland-swiss-jobs-people-immigration-eu-european-union-Mario-Gattiker

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A elite que controla a UE quer portanto obrigar a Suíça a violar a sua própria democracia, porque o voto democrático se opôs à imigração em massa. Este é mais um caso clássico, típico, absolutamente paradigmático, de como a Democracia constitui uma aliada potencial natural do Nacionalismo. E é também um caso clássico, típico e absolutamente paradigmático daquele que é o grande combate político do nosso tempo: Nacionalismo vs. Globalismo, em que o Povo e os militantes nacionalistas estão de um dos lados da barricada e a elite político-cultural reinante (maioria dos políticos, dos intelectuais, dos artistas, dos professores, dos juristas) está do outro.

MINISTRO POLACO DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROS SUGERE QUE ALEGADOS REFUGIADOS FORMEM UM EXÉRCITO PARA IR COMBATER NA SÍRIA...

O ministro polaco dos Negócios Estrangeiros defende que os milhares de refugiados sírios que entram diariamente na Europa podem ser treinados para formar um exército e regressar para libertarem a sua terra Natal.
Em declarações à televisão pública polaca, Witold Waszczykowski disse ainda que esta seria uma maneira de terem um trabalho remunerado, em vez de ficarem a "beber café na [avenida de Berlim] Unter den Linden" ou de outras cidades europeias".
"Centenas de milhar de sírios chegaram recentemente à Europa. Podemos ajudá-los a formarem um exército". afirmou.
Witold Waszczykowski referiu também que "dezenas de milhar de homens jovens desembarcaram de barcos de borracha com um iPad na mão e em vez de pedirem comida ou bebida, perguntam onde podem carregar os telemóveis".
"Eles podem ir lutar para libertarem o seu país com a nossa ajuda", disse o ministro, que toma posse na segunda-feira.
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Fonte: http://rr.sapo.pt/noticia/39558/polonia_sugere_que_refugiados_formem_um_exercito_e_voltem_para_a_siria

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Boa maneira de salientar que a esmagadora maioria dos alegados refugiados que agora entram na Europa não é composta de mulheres e crianças...

domingo, outubro 30, 2016

RECORDAR A BATALHA DO SALADO


O dia trinta de Outubro é mais uma data que merecia bem um feriado europeu ou pelo menos ibérico, ou pelo menos umas celebrações públicas conjuntas luso-espanholas.

Vale a pena ler com atenção o sucinto e valioso artigo da Wikipédia (texto a itálico; o negrito e a cor são da minha responsabilidade):

A Batalha do Salado foi travada a 30 de Outubro de 1340, entre Cristãos e Mouros, junto da ribeira do Salado, na província de Cádis (sul de Espanha).
História
Abul-Hassan, rei de Fez e de Marrocos, aliado com o emir de Granada, decidira reapossar-se a todo o custo dos domínios cristãos, e as forças muçulmanas já haviam entrado em acção contra Castela. A frota do prior de S. João do Hospital, almirante castelhano, que tentara opôr-se ao desembarque dos Mouros, foi completamente destroçada por uma tempestade, e esse desastre obrigou Afonso XI de Castela a humilhar-se, mandando pedir à esposa - a quem tanto desrespeitara com os seus escandalosos amororos com Leonor de Gusmão - que interviesse junto de seu pai, o rei português Afonso IV de Portugal, para que este enviasse uma esquadra de socorro.
Estava D. Maria recolhida num convento em Sevilha e, apesar dos agravos que sofrera, acedeu ao pedido. Todavia, Afonso IV, no intuito de humilhar ainda mais o genro, respondeu ao apelo dizendo, verbalmente, ao enviado da filha, que se o rei de Castela precisava de socorro o pedisse directamente. Vergando o seu orgulho ao peso das circunstâncias, Afonso XI de Castela repetiu pessoalmente - por carta - o pedido foi feito, e o soberano português enviou-lhe imediatamente uma frota comandada pelo almirante genovês Manuel Pessanha (ou Pezagno) e por seu filho Carlos. Mas era cada vez mais desesperada a situação de Afonso XI, a quem o papa censurava asperamente.
Além da frota portuguesa, Castela recebia um reforço de doze galés cedidas pelo rei de Aragão, mas tudo isto nada era em comparação com o número incontável dos contingentes mouros. O rei de Granada, Yusef-Abul-Hagiag, tomou em Setembro de 1340 o comando das tropas, às quais pouco depois se juntou, em Algeciras, um formidável exército sob as ordens de Abul-Hassan. A ameaça muçulmana era apavorante - os Mouros, embora repelidos nas primeiras tentativas de ataque a Tarifa, não deixavam prever a possibilidade de vantagens futuras para as hostes cristãs.
Reconhecendo quanto lhe seria útil a ajuda efectiva do rei de Portugal, Afonso XI de novo rogou a intervenção de D. Maria. Esta acedeu uma vez mais e foi-se encontrar com D. Afonso IV, em Évora. O soberano português atendeu as súplicas da filha, e logo esta foi dar a boa notícia a seu marido, que, ansioso, a fora esperar a Juromenha.
D. Afonso IV reuniu então em Elvas o maior número possível de cavaleiros e peões, e à frente do exército, que ía aumentando durante o caminho com os contingentes formados em vários pontos, dirigiu-se a Espanha, onde por ordens do genro foi recebido com todas as honras. Em Sevilha, o próprio Afonso XI acolheu festivamente o rei de Portugal e sua filha, a rainha D. Maria. Ali se desfizeram, quanto menos momentaneamente, os ressentimentos de passadas discórdias.
Assente entre os dois monarcas o plano estratégico, não se demoraram em sair de Sevilha a caminho de Tarifa, tendo chegado oito dias depois a Pena del Ciervo onde se avistava o extensíssimo arraial muçulmano. Em 29 de Setembro, reunido o conselho de guerra, foi decidido que Afonso XI de Castela combateria o rei de Marrocos, e Afonso IV de Portugal enfrentaria o de Granada. Afonso XI designou D. João Manuel para a vanguarda das hostes castelhanas, onde íam também D. João Nunes de Lara e o novo mestre de Sant'Iago, irmão de Leonor de Gusmão. Com D. Afonso IV viam-se o bispo de Braga, o prior do Crato, o mestre da Ordem de Avis e muitos denodados cavaleiros.
No campo dos cristãos e dos muçulmanos tudo se dispunha para a batalha, que devia travar-se ao amanhecer do dia seguinte. A cavalaria castelhana, atravessando o Salado, iniciou a peleja. Logo saiu, a fazer-lhe frente, o escol da cavalaria muçulmana, não conseguindo deter o ataque. Quase em seguida avançou Afonso XI, com o grosso das suas tropas, defrontando então as inumeráveis forças dos Mouros. Estava travada, naquele sector, a ferocíssima luta. O rei de Castela, cuja bravura não comportava hesitações, acudia aos pontos onde o perigo era maior, carregando furiosamente sobre os bandos árabes até os pôr em debandada.
Nessa altura a guarnição da praça de Tarifa, numa surtida inesperada para os Mouros, caía sobre a retaguarda destes, assaltando o arraial de Abul-Hassan e espalhando a confusão entre os invasores. No sector onde combatiam as forças portuguesas, as dificuldades eram ainda maiores, pois os mouros de Granada, mais disciplinados, combatiam pela sua cidade sob o comando de Yusef-Abul-Hagiag, que via em risco o seu reino. Mas D. Afonso IV, à frente dos seus intrépidos cavaleiros, conseguiu romper a formidável barreira inimiga e espalhar a desordem, precursora do pânico e da derrota entre os mouros granadinos. E não tardou muito que numa fuga desordenada, africanos e granadinos abandonassem a batalha, largando tudo para salvar a vida. O campo estava juncado de corpos de mouros vítimas da espantosa mortandade.
E o arraial enorme dos reis de Fez e de Granada, com todos os seus despojos valiosíssimos em armas e bagagens, caiu finalmente em poder dos cristãos, que ali encontraram ouro e prata em abundãncia, constituindo tesouros de valor incalculável. Ao fazer-se a partilha destes despojos, assim como dos prisioneiros, quis Afonso XI agradecer ao sogro, pedindo-lhe que escolhesse quanto lhe agradasse tanto em quantidade como em qualidade. Afonso IV, porém num dos raros gestos de desinteresse que praticou em toda a sua vida, só depois de muito instado pelo genro escolheu, como recordação, uma cimitarra cravejada de pedras preciosas e, entre os prisioneiros, um sobrinho do rei Abul-Hassan. A 1 de Novembro ao princípio da tarde, os exércitos vencedores abandonaram finalmente o campo de batalha, dirigindo-se para Sevilha onde o rei de Portugal pouco tempo se demorou, regressando logo ao seu país.
Pode-se imaginar sem custo a impressão desmoralizadora que a vitória dos cristãos, na Batalha do Salado, causou em todo o mundo muçulmano, e o entusiasmo que se espalhou entre o cristianismo europeu. Era ao cabo de seis séculos, uma renovação da vitória de Carlos Martel em Poitiers. Afonso XI para exteriorizar o seu regozijo, apressou-se a enviar ao Papa Benedito XII uma pomposa embaixada portadora de valiosíssimos presentes, constituídos por uma parte das riquezas tomadas aos mouros, vinte e quatro prisioneiros portadores de bandeiras que haviam caído em poder dos vencedores, muitos cavalos árabes ricamente ajaezados e com magníficas espadas e adagas pendentes dos arções, e ainda o soberbo corcel em que o rei castelhano pelejara.
Quanto ao auxílio prestado por Portugal, que sem dúvida fora bastante importante para decidir a vitória dos exércitos cristãos, deixou-o Benedito XII excluído dos louvores que, em resposta, endereçou a Afonso XI em consequência da opulenta «lembrança» enviada pelo rei de Castela. D. Afonso IV, que durante o seu reinado praticou as maiores crueldades, ficaria na História com o cognome de «o Bravo», em consequência da sua acção na Batalha do Salado.

Topa-se porque é que nunca se salienta a importância central, em poderio político-militar e em desempenho marcial, que Portugal teve neste confronto de alto valor simbólico para a Europa - os Castelhanos, por natural arrogância e, diga-se em abono da verdade, compreensível egocentrismo; os outros estrangeiros, porque pura e simplesmente desconhecem o que se passou ou consideram a Ibéria como sendo de menor importância; quanto aos tugas historiadores e contadores de histórias, dividem-se quase sempre em dois grupos: o dos patriotas à moda antiga que, por força do seu anti-espanholismo, não têm interesse em enaltecer um feito de armas no qual Portugueses e Castelhanos estiveram unidos; os da politicagem correcta, mais «civilizados» e «subtis», que não ligam nada a essas coisas de espírito épico e nutrem deleitosa preferência por desmistificar a glória portuguesa propagandeada pelo Estado Novo ou uma merda assim, bem como em mostrar ao Zé Povinho que ele sempre foi coitadinho, pequenino, pobrezinho, que teve foi muita sortezinha em contactar por cá com os Árabes que lhe ensinaram a navegar, e em ser bem recebido por muitos povos escurinhos, e que quando enfrentou os mais fracos cometeu crueldades cobardes mas que, «felizmente misturou-se muito, criando o mulato»...
Passando por cima de tão deprimente maralhal ideológico, nunca é demais lembrar o exemplo de D. Afonso IV, que, quer pela coragem em combate, quer pela sobriedade distante e desapegada com que tratou o saque de guerra, fez curiosamente lembrar o estilo e a postura de Viriato (estará isto no sangue luso, esta falta de interesse por riquezas?...)...

Deve também salientar-se que a rivalidade de princípio entre Portugal e Castela não impediu tais nações irmãs de unir armas contra a Moirama - esta é a diferença entre rivais e inimigos. No essencial, as mesmas distâncias mantêm-se, estando os Europeus de hoje obrigados a saber ultrapassar as disputas entre si para fazerem frente a oponentes estranhos à Europa.

ALÓGENO APANHADO A ROUBAR... FICA EM LIBERDADE, CLARO...

Um jovem de 19 anos foi apanhado pela GNR de Salvaterra de Magos depois de ter roubado uma máquina de tabaco do interior de um estabelecimento na vila, na madrugada deste domingo, 30 de Outubro.
Após o alerta para o furto, os militares conseguiram interceptar o suspeito ao volante do carro que usou para fugir, perto do local do crime, e onde transportava a máquina e os cigarros roubados.
Segundo um comunicado do Comando da GNR de Santarém, esta operação envolveu também militares dos destacamentos de Coruche e Santarém e do Destacamento de Intervenção de Santarém.
O jovem, de nacionalidade estrangeira, foi constituído arguido e restituído depois à liberdade, com termo de identidade e residência.
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Fonte: http://www.rederegional.com/index.php/sociedades/17251-jovem-apanhado-a-roubar-maquina-de-tabaco

ASSOCIAÇÃO IMIGRANTE QUER DAR RESIDÊNCIA A MAIS UMAS DEZENAS DE MILHARES DE ALÓGENOS

O presidente da associação Solidariedade Imigrante, Timóteo Macedo, defendeu hoje que só mudando a lei se pode resolver o problema de 30 mil imigrantes sem autorização de residência, e quer uma «enorme» manifestação já em Novembro.
Em declarações à Lusa durante uma manifestação de imigrantes junto da Assembleia da República, em dia de discussão de dois projectos de alteração da lei da imigração, o responsável disse que se a lei não for modificada hoje terá de o ser noutro momento, e lembrou que para dia 13 de Novembro já está marcada outra manifestação de protesto, no Martim Moniz, em Lisboa.
Os motivos da manifestação de hoje, que juntou centenas de imigrantes, são os mesmos da iniciativa marcada para Novembro: o facto de milhares de imigrantes trabalharem em Portugal, fazerem descontos para a Segurança Social, pagarem impostos, mas não terem autorização de residência.
O Bloco de Esquerda pretende resolver o problema alterando a lei e hoje a líder o partido, Catarina Martins, falou com os imigrantes no exterior do Parlamento, "pessoas de vários continentes, que falam diferentes línguas, que são trabalhadores que pedem para ser tratados com dignidade", como disse depois aos jornalistas.
"É um atentado à dignidade que ninguém pode aceitar", disse em relação ao facto de muitos trabalhadores não terem visto de residência. "O trabalho ilegal só ajuda quem abusa dos trabalhadores, não é aceitável esta injustiça", afirmou.
O PCP apresentou também um projecto de alteração da lei, na parte da extradição, e também considerou que as duas iniciativas podem "resolver em parte os problemas das pessoas", por um lado para estarem legais e não correrem o risco de expulsão, e por outro para impedir que pessoas que vivem há décadas em Portugal possam ser expulsas pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) no caso de cometerem um ilícito, o que é "uma tremenda injustiça".
Timóteo Macedo concorda, diz que é preciso que o processo de legalização não se feche para os que trabalham na agricultura, na construção civil, na hotelaria ou na limpeza e que seja respeitada a dignidade dos que estão a colmatar necessidades de mão-de-obra.
Dario Araújo, um brasileiro pela segunda vez em Portugal e sempre sem autorização de residência diz que já se registou como trabalhador independente, que emite facturas, que contribui para o enriquecimento do país, mas que está sem autorização.
"Estou ilegal para umas coisas e legal para outras", disse, acrescentando: se todos os imigrantes se forem embora não vai haver mais quem sirva o cafezinho, quem construa as vossas casas, porque não são vocês quem vai trabalhar 12 horas por dia por pouco salário.
Brasileiros mas também paquistaneses, como Muhammad Naseer, a trabalhar na agricultura em Beja há quase dois anos e sem autorização. Ou nepaleses, como Bhim Kamal: "trabalhamos aqui um, dois, três anos e não temos documentos nem data marcada, dizem que vão analisar e esperamos muito tempo. Por isso o agrupamento familiar também é difícil".
E são tantos os nepaleses em Portugal, 20 mil, metade deles sem autorização de residência, diz Kamal, presidente da Associação Nepalesa.
Showket Osman não sabe quantos mas diz que do Bangladesh, como ele, são muitos e que "gostam muito" de viver em Portugal. Ele chegou em 1992 e garante que até hoje tem esse problema de documentos.
E resume assim o que todos gritam, o pensamento dos que usam camisolas brancas com a frase "Documentos para Todos" patrocinadas por um restaurante, os cartazes "Com ou sem visto , existo", as palavras de ordem, o motivo da manifestação enfim: "esta lei trás muito problema".
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Agradecimentos ao Arauto por ter aqui trazido esta notícia: http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=847984   (Artigo originariamente redigido sob o acordo ortográfico de 1990 mas corrigido aqui à luz da ortografia portuguesa.)

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Causa um acrescido asco o que quer o PCP: «um projecto de alteração da lei, na parte da extradição, e também considerou que as duas iniciativas podem "resolver em parte os problemas das pessoas", por um lado para estarem legais e não correrem o risco de expulsão, e por outro para impedir que pessoas que vivem há décadas em Portugal possam ser expulsas pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) no caso de cometerem um ilícito, o que é "uma tremenda injustiça".»

Pois, é uma «tremenda injustiça» não expulsar delinquentes estrangeiros; o que é bom, bonito e justo é obrigar os Portugueses a aceitar criminosos alógenos em sua própria casa, só porque sim, porque tais alógenos decidiram para cá vir e nós não podemos fechar as portas da nossa própria casa porque o anti-racistame diz que isso é pecado, porque o anti-racistame quer encher o país de imigrantes para diluir as identidades étnicas, para aumentar o rol de desempregados de classe baixa (e assim fomentar a luta de classes), enquanto o patronato esfrega as mãos de contente com a vinda de mais mão-de-obra barata... só o PNR declara: é um direito, até um dever, não permitir que haja mais imigração em massa quando há centenas de milhares de portugueses sem emprego e em muitos casos a recorrer à emigração.

E o desabafo do brasuca também tem que se lhe diga... afirma ele que «"Estou ilegal para umas coisas e legal para outras", disse, acrescentando: se todos os imigrantes se forem embora não vai haver mais quem sirva o cafezinho, quem construa as vossas casas, porque não são vocês quem vai trabalhar 12 horas por dia por pouco salário.»
Esquece o fulano que há muitos portugueses a trabalhar tanto ou mais que ele nessas mesmas funções ou noutras, mais socialmente desprestigiadas - e por acaso quase só vejo brancos portugueses na recolha do lixo urbano, olha que estranho... acresce que não pode permitir-se a continuação desta exploração da mão-de-obra barata, que faz baixar os salários; com menos brasileiros e outros alógenos, o patronato seria obrigado a pagar salários decentes a toda a massa laboral. É isto que os trabalhadores portugueses devem perceber o quanto antes.

COVA DA MOURA: BAIRRO FEITO À CONTA DE OCUPAÇÃO ILEGAL

Ao fim de quase 40 anos à espera de uma compensação do Estado pela ocupação ilegal dos seus terrenos, os proprietários da Cova da Moura, na Amadora, vão exigir indemnização.
A família Canas é proprietária há várias gerações do terreno onde foi ilegalmente construído o bairro da Cova da Moura, na Amadora. A área urbanizável dos 16 hectares às portas de Lisboa está hoje avaliada em perto de 100 milhões de euros mas, além de esperar há anos por uma compensação por parte do Estado, a família tem de pagar todos os anos três mil euros de IMI pelo terreno que foi ocupado.
Na década de 70 a família viu os terrenos, que eram uma exploração agrícola, serem ocupados por milhares de pessoas desesperadas, provenientes das ex-colónias. Depois assistiu à construção ilegal de barracas e depois de casas, observou a Câmara Municipal a desenvolver algumas obras de saneamento e a cobrar IMI e água aos residentes, à EDP e as operadoras de comunicações a fazerem contratos, sem lhe terem pedido nenhuma autorização. Nos últimos anos tem ouvido responsáveis políticos a prometerem-lhe uma solução que o possa compensar da perda irreversível do seu património.
O caso dura há 40 anos e nada foi resolvido. "A nossa paciência esgotou-se e se até ao final do ano não resolverem a situação, avançamos em várias frentes com processos em tribunal contra o Estado, a Câmara e todas as empresas privadas que têm feito negócio à nossa revelia. A Cova da Moura tem dono e todos lucram à nossa conta", garante Pedro Canas, filho de uma e representante das duas actuais proprietárias, a sua mãe, com 80 anos, e a sua tia, com 82.
Pedro Canas não esconde o seu desapontamento quando conta a história deste processo "inadmissível". A ocupação deu-se "numa altura politicamente complicada, durante o PREC e achámos melhor esperar", lembra. Em 1983 apresentaram ao município um projecto de urbanização que foi chumbado "sob o argumento que não tinham alternativa para os milhares de pessoas que lá viviam".
Segundo descreve, foram "sempre tentando resolver tudo a bem, compreendendo a dificuldade encontrar uma alternativa de residência para aqueles milhares de pessoas. Aceitámos prescindir do terreno e negociar uma compensação, depois até concordámos com uma permuta, que até podia ser com terrenos fora de Lisboa, tendo em conta que a família está ligada ao sector agrícola. Foram reuniões e mais reuniões, promessas de presidentes de câmara e de governos, sem resultado".
Quando conversámos esta semana, Pedro Canas mostrou uma tímida "esperança" de que se podia estar perto de uma solução, pois as reuniões no gabinete do ministro indicado para este dossiê, José Pedro de Matos Fernandes, que tem a pasta do Ambiente e do Ordenamento do Território, estavam a correr "muito bem".
Contudo, questionado pelo DN, o porta-voz oficial do governante respondeu que "o processo relativo às reivindicações da família proprietária dos terrenos do bairro da Cova da Moura não está a ser tratado no Ministério do Ambiente, já que é um assunto da esfera de decisão da Câmara Municipal da Amadora". Contactado o município, a presidente, eleita pelo PS, Carla Tavares foi também peremptória: "o governo não falou comigo. A câmara não tem capacidade para resolver sozinha essa situação. Nem sequer temos terrenos para permutar", declarou. Reconhece a "legitimidade dos proprietários para reivindicar uma compensação", mas "também para cuidar que os seus terrenos não tivessem sido ocupados há 40 anos".
Pedro Canas mostra-se "perplexos e chocado com a circunstância de o poder político provar que não tem vontade para resolver o problema. A verdade é que empurram a solução de um para o outro, mesmo quando quem não tem obrigação de o fazer - como é o caso dos proprietários - por várias vezes já tentou um acordo e já apresentou soluções concretas passíveis de desbloquear o problema. O Estado não quer resolver. Ponto".
A família Canas Vingouroux já escreveu uma carta ao Presidente da República, onde apela à sua intervenção. Lamentam que Governo e município da Amadora "não cheguem a nenhum entendimento" e que os proprietários se vejam "impossibilitados de exercer na plenitude o seu direito de propriedade, constitucionalmente consagrado, com todas as consequências inerentes".
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Agradecimentos ao camarada Arauto por ter aqui trazido esta notícia: http://www.dn.pt/sociedade/interior/a-cova-da-moura-tem-dono-e-todos-lucram-a-nossa-conta-5458925.html   (Artigo originariamente redigido sob o acordo ortográfico de 1990 mas corrigido aqui à luz da ortografia portuguesa.)

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Uma mistura do habitual laxismo de quem manda com corrupçãozita lucrativa para uns quantos tubarões... e como expulsar alógenos está completamente fora de questão, porque tal coisa seria «racismo!!!!!!!!!!!!!», e como não há ninguém mais fraco que esta família Canas Vingouroux que possa ser sacrificado, eis que quem fica pior são, de facto, os mais desfavorecidos, ou seja, a parte do Povo Português que «tem de» suportar a presença de um bairro destes na sua vizinhança, em sua própria casa.

BE QUER LIMITAR SALÁRIO DOS GESTORES PÚBLICOS AO DO PRIMEIRO-MINISTRO

"Propomos que os salários dos gestores públicos, incluindo da Caixa Geral de Depósitos, não sejam superiores ao do primeiro-ministro, o cargo executivo mais importante do país", anunciou Pedro Filipe Soares esta tarde.
Nesse sentido, o BE quer eliminar as excepções criadas e dessa forma responder a vencimentos "inaceitáveis e incompreensíveis", apresentando a sua visão sobre a matéria na discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2017. "Apresentaremos uma proposta justa, decente, razoável e adequada para acabar com esta vergonha nacional", continuou o líder da bancada do BE.
Pedro Filipe Soares elencou ainda alguns gestores públicos e não só - Zeinal Bava, Henrique Granadeiro e Ricardo Salgado - para defender que pagamentos "luxuosos" não são garantia de uma boa gestão.
"Não aceitamos que se faça uma chantagem sobre o próprio Estado" sobre os salários, disse ainda.
O bloquista anunciou a intenção do partido em Vila Real, na conferência de imprensa que fechou dois dias de jornadas parlamentares do partido tidas em Trás-os-Montes.
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Fonte: http://24.sapo.pt/atualidade/artigos/bloco-avanca-com-proposta-para-limitar-salario-dos-gestores-publicos-ao-ordenado-do-primeiro-ministro   (Artigo originariamente redigido sob o acordo ortográfico de 1990 mas corrigido aqui à luz da ortografia portuguesa.)

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Nisto o BE até tem razão - e é sintomático que mais nenhum partido com assento par(a)lamentar advogue tal tipo de medidas, mostra bem a desgraça que a classe política é em matéria de defesa da igualdade e combate aos desequilíbrios sócio-económicos. Do lado contrário, só o PNR defenderia tal tipo de medidas.

sexta-feira, outubro 28, 2016

PNR DENUNCIA BATOTA DE GUTERRES CONTRA O NACIONALISMO


O ex-primeiro-ministro português e futuro secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, disse que o “mundo está a testemunhar uma tendência muito perigosa de populismo político” e sublinhou o seu compromisso de “lutar contra a xenofobia e o populismo, para fazer entender que a diversidade é uma riqueza e não uma ameaça”. Guterres falou mesmo de uma “batalha”: “Este é o tipo de batalha ideológica que uma organização como a ONU deve liderar no mundo actual”.
Guterres fez esta declaração quando lhe perguntaram o que achava do candidato presidencial norte-americano Donald Trump. E nada do que Guterres afirmou foi surpreendente – o conteúdo dos seus comentários, previsível e até estereotipado, é típico da elite político-cultural que controla o Ocidente e quer impingir aos Povos a imigração em massa para criar um mundo sem fronteiras nem identidades. Quando Guterres fala em diversidade, aquilo de que está realmente a falar é de salganhada, porque a diversidade a sério só é defendida pelos Nacionalistas – só num mundo com fronteiras nacionais salvaguardadas é que podem continuar a existir diferentes Nações, ou seja, verdadeira diversidade.
Interessa neste caso, entretanto, focar a legitimidade moral daquilo que Guterres está a dizer a partir da «cátedra» que agora ocupa – Guterres está praticamente a prometer usar a ONU como cavalo de guerra numa cruzada ideológica contra todo um sector político.
Ora, donde sai o dinheiro da ONU? Dos países que a sustentam. Do bolso dos contribuintes destes países. Agora imagine-se, por exemplo, que a ONU começava a fazer propaganda contra o Comunismo… os milhões de eleitores comunistas do mundo inteiro insurgiam-se (e com razão) ao verem que o dinheiro dos seus impostos estava a ser usado contra as suas próprias opiniões políticas. Claro que numa democracia todos os partidos devem ser financiados pelo Estado – mas isto diz respeito a todos os partidos, todos, por igual. Se um determinado partido deixar de receber subvenção estatal porque o governo liderado por um partido contrário assim o determina, está-se no campo da injustiça mais primária. Se um partido no governo começa a usar as instituições do Estado contra outro partido, se por exemplo resolver incluir no programa escolar um pacote de propaganda política contra outro partido, está com toda a evidência a abusar dos seus poderes. Guterres quer que esta batota despudorada possa ser feita a nível mundial contra os eleitores nacionalistas. O medo que os “guterres” da elite reinante têm diante do voto democrático no Nacionalismo leva-os a estas exibições do mais óbvio desrespeito pela opinião da parte do povo que com eles não concorda. Para cúmulo da irritação e até do pânico dos “guterres”, a proporção de pessoas que vota no Nacionalismo contra a imigração em massa cresce a cada dia…
De resto, que Guterres eleja o Nacionalismo político como inimigo a abater só confirma o que há muito se observa: o grande confronto político do nosso tempo é entre o Nacionalismo e o Globalismo, estando este último a ser impingido ao povo pelas «castas» político-culturais que controlam ainda o Ocidente. Do lado do povo resistente a esta globalização forçada, só existe uma força política organizada: a das formações partidárias nacionalistas, solidárias umas com as outras, lutando cada qual na sua própria Pátria. Esta resistência é em Portugal representada pelo PNR.
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Fonte: http://www.pnr.pt/2016/10/batota-guterres-nacionalismo/