sexta-feira, outubro 28, 2011

RESPONSÁVEIS PELA CRISE ISLANDESA COMEÇAM A SER PRESOS




Julgamento a sério dos culpados de crimes financeiros contra a Pátria?... Enfim, a Islândia é outra sociedade, uma democracia a sério. Na Tugalândia não há cá luxos desses...

Quer-se dizer, parece que havia por aí um político qualquer que dizia ser necessário julgar os que devem ser criminalmente responsabilizados pela actual situação económica do País, mas isso foi há muito, muito, muito tempo (um anito...); entretanto, esse político agora é primeiro-ministro, portanto o julgamento dos tais meliantes de colarinho brancoe deve estar para breve... aguardemos... está quase... só mais um bocadito... vai começar a todo o momento...

Os directores de bancos islandeses que arrastaram o país para a bancarrota em finais de 2009 foram presos por ordem das autoridades, sob a acusação de conduta bancária criminosa e cumplicidade na bancarrota da Islândia.
Os dois arriscam-se a uma pena de pelo menos oito anos de cadeia, bem como à confiscação de todos os bens a favor do Estado e ao pagamento de grandes indemnizações.
A imprensa islandesa avança que estas são as primeiras de uma longa lista de detenções de responsáveis pela ruína do país, na sequência do colapso bancário e financeiro da Islândia.
Na lista de possíveis detenções nos próximos dias e semanas estão mais de 125 personalidades da antiga elite política, bancária e financeira, com destaque para o ex-ministro da Banca, o ex-ministro das Finanças, dois antigos primeiros-ministros e o ex-governador do banco central.
A hipótese de cadeia e confiscação de bens paira também sobre uma dezena de antigos deputados, cerca de 40 gestores e administradores bancários, o antigo director da Banca, os responsáveis pela direcção-geral de Crédito e vários gestores de empresas que facilitaram a fuga de fortunas para o estrangeiro nos dias que antecederam a declaração da bancarrota.
Em Outubro de 2008, o sistema bancário islandês, cujos activos representavam o equivalente a dez vezes o Produto Interno Bruto do país, implodiu, provocando a desvalorização acentuada da moeda e uma crise económica inédita.