quarta-feira, dezembro 30, 2015

CELEBRAÇÃO(ÕES) ESLAVAS DO SOLSTÍCIO DE INVERNO 2015














CELEBRAÇÃO SOLSTICIAL DE INVERNO EM STONEHENGE







Na velha Albion, cerca de cinco mil pessoas reuniram-se em Stonehenge a 22 de Dezembro para celebrar o solstício de Inverno.

Havia entre os presentes quem celebrasse o evento no local há já trinta anos. 
Dizem os especialistas que o alinhamento de pedras em Stonehenge sugere que o monumento pré-histórico megalítico foi feito por quem dava mais importância à celebração do solstício de Inverno que a à do solstício de Verão. Encontraram-se na área restos ósseos de porcos, o que indica que aí haveria festa importante a meio da estação fria.


O número de pagãos nem Inglaterra e em Gales cresceu mais de noventa por cento entre 2001 e 2011 - de 42533 para 80998, de acordo com números oficiais, isto é, os censos. Os mesmos censos indicam que o número de cristãos no mesmo país decresceu, no mesmo período, de 72% para 59%, correspondendo a menos 4.1 milhões de pessoas.
A especialista em matérias religiosas Elizabeth Oldfield comentou o fenómeno à Sky News: «Para quem foi educado no Cristianismo na atmosfera de uma evolução da cultura - se estiver à procura de algo mais fresco e procura novas opções - então o Paganismo pode ser algo para explorar. Está centrado no indivíduo e é muito uma questão de prática da própria pessoa, da sua própria relação com a natureza e a habilidade para fazer disso o que se quiser. Não há de facto demasiadas regras, nem demasiada estrutura, nem demasiada autoridade.»
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Fonte: http://news.sky.com/story/1610390/thousands-celebrating-winter-solstice

CADEIA DE SUPERMERCADOS NA ÁUSTRIA CEDE A PRESSÃO POPULAR «ISLAMÓFOBA» E SUSPENDE VENDA DE CARNE HALAL

Na Áustria, a cadeia de supermercados holandesa Spar tentou implementar aí a venda de carne halal, ou seja, carne de gado abatido de acordo com o rito muçulmano.
Ora o povo autóctone, «islamófobo» de todo, não gostou - e de tal modo manifestou o seu desagrado, através de insultos e comentários anti-islâmicos na Internet, que fez com que a Spar acabasse por suspender a iniciativa. Um dos protestantes na Internet escreveu, na página de Facebook da Spar, o seguinte: «Não iremos aceitar porcaria muçulmana no nosso país. Esta é a nossa cultura e não pode tornar-se subordinada a uma minoria ideológica bárbara». A Spar acabou por declarar o seguinte, também na Internet: «Como retalhista local para todos os grupos populacionais da Áustria, estamos tristes e chocados a respeito do tom das discussões, mas estamos a arcar com as consequências.» De acordo com a porta-voz da Spar, Nicole Berkman, a protecção dos seus empregados é de grande importância e, por motivos de segurança, tornou-se necessário acabar com a experiência...
Os defensores dos direitos dos animais fizeram a sua parte, argumentando que o método halal é desnecessariamente cruel. No método halal, todo o sangue tem de ser escoado do corpo do animal e, para isso, corta-se a jugular do animal com uma faca, enquanto se pronuncia uma oração. No seio do Islão parece haver debate sobre o nível de rigor com que estas regras têm de ser seguidas e um dos pontos de discussão diz respeito ao uso prévio de atordoamento. O halal parece proibir que se anestesie o animal antes do abate. As organizações de defesa dos direitos dos animais, tais como a RSPCA, condenam tal escolha.
A Dinamarca, a Suécia, a Noruega, a Islândia e a Suíça proíbem o abate de animais sem atordoamento prévio. O Reino Unido recusa ainda alterar a sua legislação nesse sentido. Na Áustria, o gado é em geral anestesiado antes do abate. A Nova Zelândia é por seu turno um dos maiores exportadores de carne halal. Setenta por cento da carne de carneiro neste país tem certificado halal.
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Fontes:
 - http://www.contre-info.com/spar-arrete-de-vendre-du-hallal-suite-au-mecontentement-des-autrichiens
 - http://www.thelocal.at/20151203/halal-storm-triggers-meat-sale-backtrack

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É assim, o povinho... quanto mais os factos lhe são revelados, mais o povinho toma atitudes «nazi-racistas», como diria Louçã... por estas e por outras é que a elite político-cultural reinante no Ocidente tem tanto medo da simples existência de partidos «racistas», porque sabe que o «racismo», o Nacionalismo, o Etnicismo, é a tendência política com mais potencial de crescimento no seio do povo, uma vez que constitui simplesmente a forma sistemática e organizada do espírito de coesão da Estirpe, que manda pôr o «Nós» em primeiro lugar. Este é o motivo pelo qual a Democracia - vontade do povo - é uma aliada natural das formações partidárias nacionalistas.


EMISSORA PÚBLICA NORUEGUESA QUER QUOTA RACIAL PARA DAR MAIS LUGARES A ALÓGENOS

Agradecimentos a quem aqui trouxe esta notícia: http://whitegenocideproject.com/norways-state-broadcaster-sets-racial-quota-1-in-3-new-employees-must-be-non-white-by-2021/
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Na Noruega, a emissora televisiva estatal, NRK, adoptou um plano de cinco anos criado para alterar a composição étnica do seu pessoal... O director, Thor Gjermund Eriksen, explicou porquê: «O objectivo é reflectir a população de maneira mais abrangente do que actualmente.»
Neste momento, quatro por cento do pessoal da NRK é já de ascendência «multicultural». Cerca de treze por cento da população total da Noruega é imigrante, seis por cento de países não ocidentais.
Diz Eriksen que o foco da NRK vai ser o dos «filhos de imigrantes da Ásia, de África e da América do Sul.» «A ambição da NRK é ser uma arena pública generosa e diversa. Se uma parte crescente da população não se sente incluída, este é um dos argumentos para ter uma emissora pública enfraquecida.» A esta quota racial, a NRK chama «competência multicultural»; alega que ter empregados a falarem Urdu (língua indiano-árabe paquistanesa) e Vietnamita é ter «histórias de sucesso».

É mais um caso a mostrar o que é de facto a realidade do dito «multiculturalismo» - é a concretização das «paranóias» mais primárias dos «racistas»: o desapossamento dos brancos europeus na sua própria terra. Quando os «racistas» mais radicais lançavam o alarme de que os imigrantes «vêm aí para nos tirar o lugar», a cambada politicamente correcta de serviço negava-o sem mostrar dúvida nenhuma, entre o esgar de troça paternalista e o desprezo sócio-cultural típico das elites contra as classes dos autóctones mais desfavorecidos. Nessa altura, o anti-racistame jurava pela realíssima puta da mãezinha que a iminvasão em curso não ia tirar nada a ninguém nem acabar com identidade nenhuma e tal e coisa. Afinal a simples presença - a simples presença - maciça de alógenos já serve para dar aos alógenos quotas raciais, isto é, lugares cativos, lugares de poder e influência me(r)diática que são oferecidos de bandeja, não a indivíduos, mas a representantes de uma população que quando andava a ser metida na Europa à surrelfa era declarada «na alfândega» como «gente igual às outras, igual à de cá!». 

Repare-se no pormenor de que a ideia de quem manda na emissora paga pelos contribuintes noruegueses nem é simplesmente a de «aceitar» mais estrangeiros só por serem estrangeiros, mas sim a de querer des-branquiçar, deseuropeizar o pessoal que ali trabalha. A questão não é puramente nacional, como poderiam pensar os mais ingénuos, mas sim etno-racial.

Nada disto surpreende quem souber qual o conteúdo ideológico da mentalidade que caracteriza a elite político-cultural reinante no Ocidente - o universalismo militante, tingido de um ódio etno-masoquista, obedecendo nisto ao espírito do mandamento cristão de abrir as portas ao alógeno e de «odiar a si mesmo e à sua família» (ver Novo Testamento) em nome do «amor a Cristo», entenda-se, em nome do amor universal sem fronteiras. Contra este veneno, só o Nacionalismo, aliás, o Etnicismo, é antídoto.


PERSPECTIVA DO PNR SOBRE A SITUAÇÃO DO PAÍS NA SEGUNDA METADE DE DEZEMBRO DE 2015

> Em jeito de balanço | Eis o saldo de 2015: miséria material e moral, despovoamento das localidades, quebra drástica da natalidade, fuga maciça de jovens qualificados para o estrangeiro, intrigas políticas, incentivo à subsídio-dependência, violência e crime, classes contra classes, saques, intromissão externa, conluio com falsos amigos, abuso do poder, disputas sociais fratricidas fomentadas do exterior, usurpação de cargos políticos, salários demasiado altos das administrações, destruição do comércio tradicional, carestia de vida, regulação em excesso, males antigos sem cura, pântano burocrático, desvarios de governantes, crises constantes, corrupção, populismos exacerbados, intermediários e especuladores, preços altos, privações materiais de toda a espécie, influência nefasta da UE, estrangeirismos, mau emprego das pessoas, desperdício dos recursos, demasiados privilégios para certas classes em detrimento de outras, escândalos frequentes, descontentamento laboral, fracos índices de educação, desinteresse pela cultura, desrespeito pelo património, assimetrias de todo o tipo, invejas e fanatismos, banca parasitária, ruinosos negócios de Estado, contratos vexatórios com multinacionais, demasiados impostos e cobradores, sindicalismo eminentemente terrorista cuja acção tem sido nefasta. Causa e efeito de tudo isto: a dívida pública ascende hoje a 220 mil milhões de euros!
> Saúde… doente! | No regime das contas falseadas, do desmazelo e da incompetência, não admira que o Tribunal de Contas continue a detectar irregularidades na administração dos recursos públicos. Desta feita, foi na Direcção-Geral de Saúde. Desde logo, o descontrolo no pagamento de horas extraordinárias ao pessoal médico, possibilitando ordenados milionários que ultrapassam os 50 mil euros mensais. Na ARS de Lisboa, 295 médicos receberam um total de 46 milhões de euros num só ano! Sintoma do estado deplorável do SNS, são também os desacatos ocorridos nas urgências do Hospital de Faro motivados pela falta de assistência aos utentes. Os casos de negligência sucedem-se a um ritmo vertiginoso. Registamos ainda inúmeros casos de esperas de mais de 30 horas nas Urgências, alguns deles terminando em mortes. Um pouco por todo o país, são cada vez mais os casos de pessoas que ficam sem tratamento adequado.
> Banca | Alertámos, há meses atrás, para a situação difícil em que se encontrava o Banif. Ainda por resolver a situação dos lesados do BES, contabilizamos agora, no Banif, 2500 lesados, num montante que ascende a um total de 530 milhões de euros investidos. Este banco, em estado de falência, foi entretanto adquirido pelo Santander, naturalmente, por uma ninharia, depois de ter recebido do Estado, 1,3 mil milhões de euros. Tratou-se de uma jogada nebulosa com contornos de golpada, em que a TVI terá participado ao lançar o pânico para os preços das acções caírem, beneficiando interesses a que o partido socialista espanhol (...) está ligado. A curto prazo, foi já feito o anúncio de 600 despedimentos. Que banco se segue: Montepio, BCP? Quando se perde o controlo, instala-se o caos. Depois do abandono, vem a ruína. Foi assim com a agricultura, com as pescas, com a indústria. É a vez do sistema bancário revelar toda a sua fragilidade.
> Tempo novo? | Na sua mensagem de Natal, António Costa falou de um “tempo novo”. Apesar desse tempo novo e dos “amanhãs que cantam”, os trabalhadores da Petrogal tiveram de suspender a greve para que o país simplesmente não parasse por falta de combustível, afirmando que este Governo continua a defender os interesses dos grandes grupos económicos. O sector da suinicultura e dos lacticínios – duas economias de escala – por seu turno, atravessam a pior crise de sempre, estando em risco milhares de postos de trabalho. Damos conta também da situação lastimável a que chegou uma empresa charneira do sector da construção civil, a Soares da Costa, com despedimentos em curso e salários em atraso. Aliás, todo o sector atravessa um momento muito difícil, passada que está a ilusão angolana. Tudo isto contraria o discurso do primeiro-ministro e este processo de destruição remonta ao tempo dos governos socialistas do passado. Aliás, a economia portuguesa e as finanças do Estado só não ruíram ainda e entraram em situação de bancarrota, porque o preço do petróleo e os juros dos empréstimos caíram para níveis históricos. Não há por isso qualquer mérito destes e de anteriores governantes. Entretanto, o Orçamento rectificativo do novo Governo foi aprovado, pasme-se, com a abstenção do PSD. Tem razão o Povo: de facto, estes partidos, despojados do folclore, são todos iguais e nada os distingue, a não ser as diferentes clientelas.
> Ainda o Costa… | António Costa veio dizer ainda que a Tróica perdeu demasiado tempo a olhar para as juntas de freguesia, querendo fazer esquecer a trapalhada que foi a agremiação de juntas em Lisboa, pela qual foi responsável. Como quer dinamizar a economia, quando existem 5 mil lojas de comércio a retalho chinesas, restaurantes são cerca de 350, na logística, estão contabilizados um total de 600 armazéns de revenda e no imobiliário, a grande maioria da reabilitação urbana nas zonas nobres de Lisboa, diz respeito a propriedades de chineses que estão dispensados de pagar impostos?
> Irrevogável… qual é a próxima jogada? | Ao fim de 16 anos, Paulo Portas anunciou o abandono da liderança do CDS-PP. Durante esse período, foi ministro da Defesa, dos Negócios Estrangeiros e, por último, vice primeiro-ministro. De facto, é estranho que o dirigente faccioso de um partido exclusivista tenha ascendido aos mais altos cargos de Estado, mas sabemos já o tipo de contradições que o regime possibilita. Analisamos o seu legado: nomeações partidárias de elementos incompetentes para as direcções da administração local e central, negócios ruinosos que resultaram na perda de centenas de milhões de euros do erário público. A lista de malfeitorias é infame, e inclui a alienação da Sorefame/Bombardier, das OGMA, contratos obscuros como a aquisição dos Pandur e dos submarinos, atentados ecológicos como o caso Portucale… Deixa por isso um rasto de ruína, também na agricultura e pescas, depois de se ter arrogado defensor destas actividades. (...)
> Sinais de alarme | Em 2015 bateram-se também todos os recordes no consumo de álcool e antidepressivos. O número de penhoras atinge uma cifra bem reveladora do estado de indigência em que estão muitas famílias e empresas. O sistema fiscal é persecutório e desumano, havendo casos de famílias em que é penhorada a secretária onde os filhos estudam, outras perdem a casa onde investiram as poupanças de uma vida, por dívidas de 300€ de IMI. Quem beneficia com a desgraça alheia: para já, os administradores de insolvências e leiloeiras. Nos últimos cinco anos, o número de empresas e pessoas em situação de falência aumentou 200%. Enquanto isso, a Segurança Social perdeu 150 milhões de euros com acções da PT, que já nem é portuguesa, e a CP chegou a tal ponto que planeia alugar comboios à Renfe, empresa espanhola. Ainda em matéria de desperdício dos recursos nacionais, foram pagos 120 milhões de euros à NATO Helicopter Industries por helicópteros que nunca chegarão a ser entregues.
> Por fim… | Damos nota igualmente da invasão de uma esquadra da PSP por um grupo de meliantes pertencentes a um gangue étnico da zona da Amadora. Aumenta a violência nas escolas, nas ruas, nas estradas, nas repartições públicas. O sentimento de impunidade aumenta também. A crise não pode ser desculpa para tudo. A sinistralidade rodoviária e laboral não pára de aumentar. No final de cada ano, resta um cenário traumático de vidas perdidas e famílias destroçadas. Por outro lado, nunca houve tanto fado nem futebol neste país. Quanto à censura, porque é dissimulada, é cada mais cínica. Temos três canais de televisão, todos a debitar a mesma informação estupidificante. (...) Foi também mais um ano de excessos nas praxes académicas, que em muitos casos já não se tornam apenas ridículas, mas sobretudo agressivas. Há também algo que esta escória política conseguiu alcançar e com enorme sucesso: dividir artificialmente os portugueses. A finalizar, em São Paulo, Brasil, ardeu o Museu da Língua Portuguesa. Isto tem um elevado valor simbólico e não deixa de ser um indício perturbador.
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Fonte: http://www.pnr.pt/12994-2/

CALIFADO APRESENTA REGRAS PARA ESCRAVIZAR E VIOLAR PRISIONEIRAS

O Estado Islâmico redigiu um documento legal detalhado sobre a escravatura sexual de mulheres dos países conquistados pelo grupo extremista, a qual apelida de “uma das consequências inevitáveis da jihad”. A fátua estava entre os vários livros e documentos, divulgados pela Reuters, apreendidos pelas forças especiais norte-americanas na Síria, em Maio.

O documento, redigido pelo “Comité de Investigação e Fátuas” do EI, defende que é um direito do grupo “conquistar grandes áreas da superfície do país” e que “as mulheres e os filhos dos infiéis se tornem prisioneiros dos muçulmanos”.
A fátua, que não foi independentemente verificada, foi escrita em resposta a uma questão sobre “violações” das escravas de membros do EI.
O grupo listou 15 regras sobre a forma legítima de as tratar, incluindo algumas proibições, como restringir as relações sexuais entre o amo e a escrava durante a menstruação ou a gravidez. É também expressamente proibido o sexo anal. Para além disto, o grupo extremista considera que não é permitido forçar uma escrava a ter sexo se esta ainda não tiver sido menstruada pela primeira vez.

“Se ela não menstruou e está grávida, não pode ter relações sexuais com ela até ter dado à luz. Não é permitido que a obrigue a abortar se estiver grávida”.
Na fátua podem ainda ler-se algumas regras sobre a “partilha” das filhas das escravas ou sobre a violação de membros da mesma família.
“Se o amo de uma prisioneira, que tem uma filha apta a ter relações sexuais, faz sexo com a última, então não é permitido que tenha relações com a sua mãe e esta passa a estar fora dos seus limites. Se tiver relações com a mãe, então não é permitido que faça sexo com a filha”.
“O dono de duas irmãs não pode ter relações com as duas. Só pode fazer sexo com uma delas. A outra irmã só pode ser sua se ele abandonar a posse da primeira irmã, vendendo-a, dando-a ou libertando-a”.
Os membros do grupo não devem também passar as escravas sexuais aos filhos ou a outros familiares e, se engravidarem uma das mulheres, terão de ficar com ela e com o seu filho. Esta escrava torna-se automaticamente livre depois do amo morrer.

As últimas regras afirmam que as prisioneiras devem ser bem tratadas e que o amo “deve mostrar compaixão” para com elas, não as humilhando. Os membros do EI devem também ter em atenção a quem vendem as mulheres, porque é proibido transferir uma escrava a alguém que se saiba que a vai tratar mal.
Este é a apenas um das dezenas de documentos divulgados pela agência noticiosa. Entre os registos estava um livro intitulado “A partir das regras do nosso criador sobre a captura de prisioneiros e a escravatura”.
Estas regras prevêem que os escravos sejam tratados como “despojos de guerra” e mostra que todos os movimentos dos membros do grupo são burocraticamente detalhados.

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Fonte: http://www.tvi24.iol.pt/internacional/ei/divulgada-legislacao-do-estado-islamico-sobre-escravatura-sexual?utm_campaign=ed-tvi24&utm_source=facebook&utm_medium=social&utm_content=-post

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Só se surpreenderia com isto quem não soubesse o que é o Islão - o Islão à solta, livre dos constrangimentos impostos pela cultura ocidental. E parece que tem muito apoio popular, conforme disse o chefe dos serviços de «inteligência» da Turquia, quando afirmou que é inútil combater este califado porque este veio para ficar...

SOBRE UM ESTUDO GENÉTICO QUE MOSTRA QUE OS BRITÂNICOS AINDA VIVEM EM «TRIBOS»...

Fontes: 
 - http://www.telegraph.co.uk/news/science/science-news/11480732/Britons-still-live-in-Anglo-Saxon-tribal-kingdoms-Oxford-University-finds.html
 - http://www.dailymail.co.uk/sciencetech/article-3000998/Are-Welsh-truest-Brits-English-genomes-contain-German-French-DNA-Romans-left-no-trace.html
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Finalmente arranjei tempo para noticiar aqui um estudo genético da Universidade de Oxford, do University College London e do Murdoch Children’s Research Institute, da Austrália, publicado na revista Nature há uma porrada considerável de meses. Consta que é o mapa genético do Reino Unido mais rigoroso e abrangente feito até hoje e os seus resultados são significativos: a gente deste país da Europa ainda vive «em tribos», por assim dizer, uma vez que as diferenças genéticas observadas entre as diversas populações britânicas coincide grosso modo com a configuração étnica da zona há mil e quatrocentos anos atrás, quando os Anglos, oriundos do sul da Dinamarca, e os seus irmãos e vizinhos Saxões, se estavam a estabelecer na área que viria a ser a Inglaterra e tinham diante de si os autóctones britânicos, de diversas origens célticas. Isto mesmo constata-se na comparação entre os mapas seguintes, o primeiro da Grã-Bretanha no ano seiscentos e o segundo dos resultados do estudo genético anunciado em epígrafe:



O artigo donde tiro a informação fala em «regiões» mas tal termo é aqui um eufemismo, na melhor das hipóteses - do que aqui se fala realmente é de nações. Chega a parecer aos cientistas fantástico como as fronteiras genéticas coincidem com as fronteiras «regionais», digamos, nacionais, o que é especialmente notório no caso da fronteira entre a Cornualha, nação céltica britónica, e Devon, região de Inglaterra: a fronteira territorial está mais ou menos no rio Tamar e as populações de um lado e doutro do rio têm ADNs diferentes.

Ao mesmo tempo, uma grande área do sul e centro de Inglaterra tem uma herança genética que coincide sensivelmente com as fronteiras da Inglaterra Anglo-Saxónica. Enquanto isso, o norte e o sul de Gales (nação céltica), correspondendo aos reinos de Gwynedd e Dyfed, diferem também um do outro. Pessoalmente observo, espero que não erradamente, que o cluster ou grupo genético representado pelo triângulo amarelo invertido quase só existe no sul de Gales, em mais lado nenhum das Ilhas Britânicas, o que faz lembrar a referência de Tácito aos Silures, que viviam nessa região, e que, segundo o autor romano, teriam uma origem diferente da dos outros Britânicos, descendendo de ibéricos...

Constata-se que na zona onde ficava o reino de Elmet, um dos últimos baluartes dos Bretões diante da invasão anglo-saxónica, existe ainda um cluster genético característico. 

O geneticista Professor Sir Walter Bodmer testemunha: «O que isto mostra é a extraordinária estabilidade da população britânica. A Grã-Bretanha não mudou muito desde 600 AD. Quanto transpusemos a genética para o mapa obtivemos este fantástico paralelo entre áreas e similaridade genética. É um resultado extraordinário, muito mais do que eu esperava. Vemos áreas como Devon e Cornualha em que diferença coincide com a fronteira.»
O Professor Mark Robinson argumenta no mesmo sentido: «A composição genética que vemos é realmente algo de há talvez mil e quatrocentos anos atrás.»

O estudo, intitulado «Gente das Ilhas Britânicas», consistiu na análise da genética de 2039 pessoas de áreas rurais das ilhas britânicas cujos quatro avós tenham nascido a não mais de oitenta quilómetros uns dos outros.

Uma vez que um quarto do nosso genoma vem de cada um dos quatro avós, os pesquisadores o que fizeram foi estudar a herança genética destes ancestrais, permitindo um vislumbre da genética britânica no final do século XIX antes da migração maciça provocada pela revolução industrial.

O estudo indica, entre outras coisas, que a população do centro e sul de Inglaterra tem um significativo contributo anglo-saxónico, o que parece significar que este elemento invasor germânico se cruzou com a população bretã ou britónica (celta britânica) local. Entretanto, as marcas genéticas dos Romanos e também dos víquingues da Dinamarca parecem escassas, o que surpreende, no segundo caso, uma vez que estes invasores germânicos setentrionais (os Anglos e Saxões são germânicos ocidentais, os Dinamarqueses e outros escandinavos são germânicos setentrionais) chegaram a dominar grandes partes de Inglaterra, nomeadamente o leste do país, que chegou a ter o nome de Danelaw («A Lei dos Dinamarqueses»). Eventualmente mantiveram-se afastados da população local durante a conquista e depois ou foram exterminados ou foram-se embora. Só nas Ilhas Orkney, no nordeste da Escócia, há significativo elemento genético «víquingue», cerca de vinte e cinco por cento do ADN local, herança provável dos Noruegueses que por lá passaram e ainda hoje a população da zona realiza todos os anos um magno festival «víquingue», que inclui um grande navio a arder e consumo de álcool pela noite dentro.

No caso dos Celtas, os investigadores parecem surpreendidos por não haver um só grupo céltico mas diversos, uma vez que as populações de língua céltica - Escoceses, Irlandeses do Norte, Galeses e Córnicos - diferem notoriamente entre si em termos genéticos. Ora isto espelha para já a diferença linguística entre Goidélicos ou Gaélicos (Escoceses, Irlandeses, Manqueses) e Britónicos (Galeses, Córnicos, Bretões) e, de certa maneira, pode reflectir os antigos mitos das diferentes invasões que se abateram sobre a Irlanda, o que facilmente pode ter afectado as zonas vizinhas. Pode significar também que os actuais celtas descendem de povos de um tal arcaísmo que desde a sua fixação até hoje tiveram tempo de se diferenciar geneticamente a um nível considerável. De facto, estudo indica que os Galeses são os «mais puramente britânicos» e descendem de uma migração do final da Idade do Gelo, mais ou menos de nove mil a.e.c.. Milénios mais tarde, terá entrado na zona uma outra população, de origem não definida (céltica gaulesa? britónica falante do céltico P?), pouco antes de os Romanos chegarem.


Tabela indicativa das origens europeias dos diferentes clusters genéticos britânicos. 

Constata-se mais uma vez o que diz o geneticista italiano Luigi Cavalli-Sforza: grosso modo, a genética coincide com a linguística, na Europa. É, com efeito, assaz significativo que a configuração genética do actual Reino Unido seja condizente com a Grã-Bretanha da época em que as diferenças étnicas mais se fez notar: de um lado, diversos celtas, do outro, os invasores germânicos ocidentais. Isto atesta o arcaísmo das identidades étnicas da terra, confirmando que de facto as misturas entre diferentes populações são afinal bem mais esporádicas do que quereria a politicagem correcta.


MAIS TERRORISTAS MUÇULMANOS DETIDOS NA BÉLGICA - SUSPEITOS DE PREPARAREM ATENTADO PARA A CELEBRAÇÃO DO ANO NOVO

Agradecimentos a quem aqui trouxe esta notícia: http://pt.euronews.com/2015/12/29/belgica-detidos-dois-suspeitos-de-planearem-atentados-no-ano-novo/   (Artigo originariamente redigido sob o acordo ortográfico de 1990 mas corrigido aqui à luz da ortografia portuguesa.)
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Dois suspeitos de planearem atentados em Bruxelas no Ano Novo foram detidos na sequência de operações policiais levadas a cabo no Sols e na Lues, nas regiões da capital e de Liège. Seis pessoas foram detidas durante os raides mas quatro foram libertadas em seguida.
De acordo com as autoridades, foram apreendidos material informático, equipamentos de treino militar e propaganda do grupo extremista Estado Islâmico. A polícia não encontrou armas, nem explosivos, não identificou potenciais alvos e não revelou os locais de detenção, as identidades, nem as nacionalidades dos suspeitos.
As autoridades belgas referem que estas detenções não estão relacionadas com os atentados de 13 de Novembro de Paris, que causaram 130 mortos.

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E é assim, o quotidiano europeu, que mesmo na altura mais fria do ano pode contar com o calor humano oriundo do grande sul muçulmano...

PRESIDENTE TURCO CONDENA APELO À AUTONOMIA CURDA

Agradecimentos a quem aqui trouxe esta notícia: http://pt.euronews.com/2015/12/29/erdogan-critica-apelo-a-autonomia-lancado-por-lider-pro-curdo/   (Artigo originariamente redigido sob o acordo ortográfico de 1990 mas corrigido aqui à luz da ortografia portuguesa.)
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O chefe de Estado turco classifica de “traição” o apelo à autonomia lançado por um dos líderes do HDP, Partido Democrático do Povo.
Recep Tayyip Erdogan não gostou de ouvir Selahattin Demirtas defender a criação de um Estado autónomo para os Curdos, este fim de semana, durante um congresso.
Esta Martes, e antes de partida para a Arábia Saudita criticou as declarações do líder pró-curdo, mas não só.
“Os últimos desenvolvimentos na Síria estão a alimentar a organização terrorista do Partido dos Trabalhadores do Curdistão contra a nossa unidade nacional. O braço armado do PKK na Síria pensa que as YPG, Unidades de defesa do Povo, estão a fazer avanços e querem trazê-las para o nosso país e isto está na origem do último incidente terrorista” afirma Erdogan.
O partido Partido Justiça e Desenvolvimento – do Presidente turco – venceu as legislativas de Novembro, mas precisa do apoio de outras forças políticas – entre elas o HDP- para alterar a Constituição e instaurar um regime presidencialista.
Ancara diz que mais de 200 militantes do PKK foram mortos na sequência da ofensiva militar desencadeada há cerca de duas semanas no sudeste do país.
Sem avançar números, representantes do Partido Democrático do Povo lembram que os confrontos com o exército, também, provocaram a morte de civis.

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É um bom sinal que se fale cada vez mais em independência curda - e que o turco-mor esteja irritado com isso. Pode ser que esteja para nascer do caos ali reinante um novo país indo-europeu que, dada a sua natureza étnica e religiosa, uma vez que inclui uma minoria religiosa significativa de iazidis e até de mazdeístas (seguidores de Zaratustra ou Zoroastro), seria um aliado natural dos Europeus na região. Para um nacionalista europeu isto são evidentemente boas notícias, não só porque parecem indicar um futuro fortalecimento da segurança europeia mas também porque constituiria mais um triunfo do princípio do Nacionalismo: a cada Nação o seu Estado soberano.

terça-feira, dezembro 29, 2015

RESPEITO ANTIGO PELOS ANIMAIS NA TRADIÇÃO RELIGIOSA EUROPEIA


«Hermipo, no segundo livro sobre os legisladores, escreve o seguinte: dizem que Triptólemo promulgou leis para os Atenienses e o filósofo Xenócrates assegura que das suas leis subsistem ainda estas três em Elêusis: respeitar os pais, honrar os Deuses com frutos e não fazer mal aos animais.»

«Sobre a Abstinência», IV, 22, de Porfírio, século III-IV e.c..

Fonte: http://www.tertullian.org/…/porphyry_abstinence_04_book4.htm

Na imagem: da esquerda para a direita, Deméter, Perséfone e Triptólemo, que recebeu das Divindades ensinamentos iniciáticos.

BANCO CENTRAL BRITÂNICO CONFIRMA - A IMIGRAÇÃO BAIXA MESMO OS SALÁRIOS

Fonte: http://www.breitbart.com/london/2015/12/21/uk-central-bank-report-confirms-immigration-leads-to-lower-wages/
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No Reino Unido, o banco central do país, denominado Banco de Inglaterra, deixou claro em comunicado recente que o alto nível de imigração na velha Albion está a baixar os salários, prejudicando sobretudo os trabalhadores não especializados: quase um em cada quatro britânicos.

Bem pode andar a politicagem correcta - a hoste de organizações alegadamente independentes que por aí pulula ao serviço dos «valores» vigentes - a contestá-lo ou a desviar daí as atenções, que afinal de contas os factos falam por si.

O relatório do Banco de Inglaterra, intitulado ‘The impact of immigration on occupational wages: evidence from Britain' («O impacto da imigração nos salários: factos da Grã-Bretanha»), refere a variação dos salários e da imigração nas diversas regiões e profissões. Indica, neste contexto, que um aumento de dez por cento na proporção de imigrantes está associado a uma redução de dois por cento no ordenado na área dos trabalhadores não qualificados. Que esta relação existia já era de senso comum mas parece que ainda não tinha sido registado por escrito em nenhum estudo. Pudera - as áreas dos estudos revelados ao público costumam ser controlados pela elite político-cultural que controla o sistema e não quer que o povinho saiba destas coisas... só que o controlo nunca pode ser total e às vezes há informação deste género que se divulga. Divulga-se ponto e vírgula, que isto não é o tipo de notícia que possa o leitor ouvir nos grandes mé(r)dia dominantes...

O porta-voz do partido anti-imigração UKIP sobre a migração, Steven Woolfe, fez todavia a sua parte, no seu comentário público sobre o estudo: «Desde que sou o porta-voz do UKIP sobre a migração, juntamente com o líder do UKIP Nigel Farage, tenho vindo a argumentar que a migração maciça descontrolada empurra para baixo os salários baixos da Grã-Bretanha. Não é o primeiro relatório que chega a esta conclusão. De facto, o governador do Banco de Inglaterra, Mark Carney, aceitou recentemente que níveis insustentáveis de migração causam uma compressão dos salários desde há algum tempo. O relatório afirma claramente que "um aumento de dez por cento na proporção de imigrantes a trabalhar em serviços não especializados leva a uma redução de 1.88% do salário. Os números da migração governamentais são de mais de trezentos mil anualmente, juntamente com os que não são oficialmente contabilizados, o que está a impedir os salários de aumentarem de acordo com a inflação, isto para os trabalhadores britânicos nativos que estão no fundo da escala da classificação das profissões não qualificadas. Mas as consequências indirectas de muitos alógenos a entrarem na força de trabalho do Reino Unido causam impacto nos rendimentos disponíveis dos trabalhadores ao longo do espectro social e, com os avanços tecnológicos, prejudicam as oportunidades de emprego dos britânicos. (...)»

Lord Green de Deddington, do grupo de pressão ideológica («think tank») Migration Watch («Observatório da Migração»), declarou por seu turno o seguinte: «Por muitos anos o lóbi da imigração alegou que não havia provas de que a imigração tivesse qualquer efeito significativo nos salários dos trabalhadores britânicos. Esta nova pesquisa do Banco de Inglaterra deita-lhes as declarações abaixo. Concluiu que existe um impacto negativo significativo no sector dos serviços não qualificados em que trabalham seis milhões de nascidos no Reino Unido. Isto constitui cerca de um quarto dos trabalhadores britânicos.»

Percebe-se assim melhor a real dimensão da converseta politicamente correcta anti-racista, desde há umas duas décadas, sobre a «incompetência» dos «racistas» que falam contra a imigração. É, ou era, uma arenga geralmente adoptada e veiculada por gentinha das classes média-alta e alta e que basicamente consiste no seguinte: «os mais incompetentes e burros é que têm medo da concorrência da imigração». Perceba-se o que significa a atitude de quem assim fala: os da cambada anti-racista que propagam este discurso estão a legitimar o depauperamento de pessoas do seu próprio povo que são profissionalmente menos favorecidas, isto em nome do enriquecimento deles próprios ou dos seus patrões (e donos). Este tipo de desprezo sócio-ideológico-profissional é uma nova forma de opressão social e de arrogância de classe. Importar imigrantes em massa, prejudicando assim as classes mais baixas do povo autóctone, é uma nova maneira de pisar os de baixo; insultar e/ou intimidar pela lei os de baixo que se queixam da imigração, isto então é o cúmulo do «come e cala» numa sociedade aparentemente civilizada. E, um dia, terá de ser pago, e pago com juros. A promessa disto mesmo é o crescimento, a olhos vistos, dos votos nos partidos nacionalistas da Europa, a única força político-ideológica que defende realmente o autóctone europeu.


ONG ANIMAL SAÚDA DECISÃO DE TRIBUNAL DE BRAGA CONTRA TOURADA EM VIANA DO CASTELO

A organização anti-touradas ANIMAL manifestou este domingo a sua satisfação com a decisão do tribunal de Braga em não autorizar um evento em Viana do Castelo e adianta que em 2016 se assistirá à queda da indústria tauromáquica em Portugal. 
“A ANIMAL garante que 2016 será um ano marcante na queda da indústria tauromáquica em Portugal, tal como 2015 está a ser no resto do mundo”, afiança a organização em comunicado, no qual acrescenta que “o trabalho de lobbying político (nacional e internacional) está a dar frutos um pouco por todos os países em que a actividade tauromáquica ainda existe”. 
A reacção da ANIMAL surge um dia depois de o movimento “Vianenses pela Liberdade” ter anunciado o cancelamento da tourada prevista para hoje em Viana do Castelo, cidade que em 2009 se declarou como “anti-touradas”. 
O grupo de aficionados acabou por cancelar o evento depois de, na sexta-feira, o Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga (TAFB) ter declarado “totalmente improcedente” a acção para protecção de direitos e garantias movida por um movimento pró-tourada contra o indeferimento da autarquia para a montagem da arena em terrenos privados. 
“É com um sentimento de ‘justiça feita’ que vemos agora esta decisão do TAFB em não autorizar a tourada naquele local. Temos bem presente que as razões não são de carácter moral, mas como sabemos esta é ainda uma actividade legal, portanto, neste caso, a não autorização baseia-se no incumprimento dos regimes da REN, RAN, PDM, entre outros”, assinala o vice-presidente da ANIMAL no comunicado. 
Desde 2012 que as touradas têm decorrido em Viana do Castelo porque o TAFB tem aceitado as providências cautelares apresentadas pelos movimentos de aficionados, para suspender os indeferimentos municipais. 
“A ANIMAL tem agido judicialmente a respeito, mas infelizmente, até este ano, o Tribunal tem sempre decidido a favor da indústria”, recorda a organização que em 2008 criou a “Moção Cidade Anti-Touradas” que propôs a várias cidades portuguesas, tendo Viana do Castelo sido a única que assinou a declaração.
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Fonte: http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/touradas/2016-sera-o-ano-da-queda-da-industria-tauromaquica-em-portugal

MORREU «LEMMY» KILMISTER, LÍDER DOS MOTORHEAD

Consta que morreu Ian Fraser "Lemmy" Kilmister, o carismático líder dos Motorhead, grande banda de rock pesado inglesa surgida nos anos setenta. Já houve vários rumores sobre a sua morte, ao longo dos últimos anos, mas parece que desta vez o roqueiro esticou realmente o pernil, por mais invulgar que pareça a descrição das circunstâncias em que tal aconteceu: diz-se que descobriu que tinha um cancro particularmente agressivo no dia 26 e morreu no dia 28. Seja como for, o seu desaparecimento, inevitável como os óbitos de todos os viventes, deixa uma lacuna que não pode ser preenchida (tal como todas as outras mortes, de resto). Fica aqui a homenagem à sua pessoa, que possa rocar para a eternidade:



I ain't gonna be, easy, easy
the only time I'm gonna be easy's when I'm
Killed by death
Killed by death
Killed by death
Killed by death...


NA ZONA MAIS AFRICANIZADA DO PAÍS - JOVENS ATACAM A TIRO ESQUADRA DA PSP

Gangue ataca a tiro esquadra da PSP. Doze "jovens" tentaram invadir posto do Dolce Vita Tejo, de madrugada, em que estava apenas um polícia. Deram pontapés na porta e fizeram dois disparos. O ataque ao posto, à entrada do centro comercial Dolce Vita Tejo, na Amadora, ocorreu às 06h34 desta Sexta-feira. O agente estava sozinho.
Os pormenores deste incidente ainda não são conhecidos, mas não deixa de ter os contornos de "meet".
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Fontes:
 - http://www.cmjornal.xl.pt/exclusivos/detalhe/gang_ataca_a_tiro_esquadra_da_psp.html
 - https://www.facebook.com/PNR.Partido.Nacional.Renovador/photos/a.116919651674158.11367.116915155007941/1103445016354945/?type=3&theater

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Mais um episódio do quotidiano tuga precisamente na área mais africanamente iminvadida de Portugal...

SOBRE A RELAÇÃO ENTRE O TEMPO DE TRABALHO E A PRODUTIVIDADE EM PORTUGAL

Trabalhamos mais do que a maioria dos europeus, mas recebemos e produzimos menos. Desengane-se, porém, quem pensa que os portugueses são “preguiçosos”: a má gestão por parte dos quadros executivos continua a ser uma das principais razões para o nosso atraso. Agora, até os académicos de Harvard nos avisam: o excesso de trabalho desordenado e caótico dá sempre mau resultado, tanto para os trabalhadores como para as empresas. 
Por vezes diz-se que Portugal tem de evoluir para o século XXI, mas olhando para o panorama empresarial nacional conclui-se que muitos dos patrões portugueses ainda precisam de avançar para a segunda metade do século XIX antes de darem o passo seguinte.
Somos, actualmente, dos países do mundo desenvolvido onde se trabalha mais horas por dia e, no entanto, a nossa produtividade é das mais baixas. Em média, cada trabalhador português produz uma riqueza de 35 euros por hora de trabalho, muito abaixo dos 56 euros da média da Zona Euro e dos 49 euros da média da OCDE. Para fins de comparação, note-se que um grego produz 36 euros, um espanhol 51 euros, um irlandês 63 euros, um norte-americano 67 euros. Países como a Turquia ou a Hungria estão perto de nos ultrapassar.
E, no entanto, trabalhamos em média quase 1.857 horas por ano, muito mais do que os alemães, que trabalham 1.371 horas, os britânicos, que se ficam pelas 1.677 horas, e até mesmo os espanhóis, que trabalham em média 1.689 horas por ano. Para toda esta “trabalheira”, o PIB ‘per capita’ de Portugal é o mais baixo da Europa Ocidental, e temos o sexto pior poder de compra da Zona Euro. Nota histórica que não pode ficar esquecida: os portugueses trabalham hoje quase tantas horas como durante os últimos anos do Estado Novo. Em 1973, um trabalhador nacional dava ao patrão, em média, 2.000 horas por ano, um valor que estava quase na média da OCDE de 1.997 horas.
Desde então, muitos países do Ocidente diminuíram consideravelmente a sua carga laboral enquanto aumentavam a sua produtividade. Mas Portugal ficou para trás. Hoje, a média europeia é de 1.770 horas anuais, e países como o Reino Unido e a Suécia conseguiram cortar entre 200 e 400 horas de trabalho ao mesmo tempo que aumentaram várias vezes a produtividade. Em 1973, cada trabalhador produzia 3,7 euros por hora de trabalho, 75% do valor espanhol. Em 2014, a relação baixou para 68%. Em comparação, a Irlanda partiu de uma situação ainda pior em 1973, e tem hoje o dobro da produtividade.
Outros modernizaram-se, mas Portugal preferiu consagrar leis laborais de inspiração ideológica que acabaram por ser letra morta. Os “amanhãs que cantam” foram apenas para alguns, nomeadamente o sector público altamente sindicalizado.

Crise social
Em termos sociais, este excesso de horas de trabalho tem um impacto severo a vários níveis. Segundo recentes índices de avaliação social, os portugueses são dos povos com uma das taxas de ‘stress’ mais elevadas entre os países desenvolvidos. Por outro lado, a taxa de natalidade atingiu níveis baixíssimos, e não são poucas as associações e instituições que alegam que uma das principais causas é a falta de horário para criar os filhos com a necessária dedicação.
Todos os anos as associações de pais defendem ainda mais tempo de permanência das crianças nas escolas, simplesmente porque os pais não têm disponibilidade no seu dia-a-dia para cuidar delas. Felizmente, a família portuguesa ainda é uma das “forças vivas” da nação que não sucumbiu totalmente às forças da “pseudo-modernidade” que nos querem impingir, mas há um limite para a ajuda que os avós conseguem dar.
Resultado final: um trabalhador de outro país mais modernizado consegue conciliar todos os aspectos da sua vida social, familiar e laboral, ao mesmo tempo que produz bastante mais por dia do que um português.
Este estado de coisas é também negativo em termos de produção nacional, reflectindo-se na saúde das próprias empresas, em muitas das quais os administradores pensam usar “esperteza” ao imporem longas horas de trabalho aos seus funcionários. Mas essa “esperteza” acaba por revelar-se apenas saloia.
Um dos centros académicos do capitalismo mundial (logo, isento de qualquer conotação à esquerda reivindicativa), a famosa Universidade de Harvard, analisou a questão e, reunindo toda a pesquisa feita na área ao longo de décadas, chegou a uma conclusão central: “horas longas de trabalho dão maus resultados para as pessoas e para as empresas”.
Os académicos de Harvard não descobriram a pólvora: como eles próprios recordam, “isto é algo que o mundo empresarial aprendeu há muito tempo. No século XIX, quando os trabalhadores conseguiram que os donos das fábricas limitassem o dia de trabalho a 10 (e eventualmente 8) horas, os administradores descobriram, para sua grande surpresa, que a produção aumentou em vez de diminuir, e que os erros e acidentes, que geralmente tinham custos elevados, diminuíram”.
Infelizmente, esta constatação aplica-se mais aos outros países ocidentais do que ao nosso. Em Portugal, até muito tarde, a gestão não era, na generalidade, uma tarefa científica e baseada em factos, como no resto do mundo. Aliás, como indicam os dados da baixíssima produtividade nacional, a gestão de recursos humanos portuguesa foi sempre medíocre. Mesmo nos anos 80 e na primeira metade dos anos 90, o crescimento baseou-se em mão-de-obra barata e horas prolongadas, muitas vezes em incumprimento das leis laborais então vigentes.

Enorme disparate
Algum trabalho tinha sido feito no sentido da modernização, no período da abertura do País aos mercados internacionais, nomeadamente entre o final dos anos 60 e 1974, mas a revolução de Abril travou esses esforços. Face ao ardor revolucionário, Portugal enfrentou a primeira (e infelizmente não última) fuga de cérebros. Milhares de novos gestores de qualidade, formados nas universidades portuguesas, fugiram, muitos deles para o Brasil, onde abriram negócios e empresas de sucesso. Alguns nunca voltaram.
Nos anos seguintes, as empresas públicas foram, como a recente bancarrota mostrou, continuamente mal geridas, e as empresas privadas não andaram muito longe. Muitas operaram como complexos semi-públicos, sendo nominalmente privadas mas dependendo do Estado para rendas e contratos lucrativos. As infames “derrapagens orçamentais” encheram os bolsos de muitos “gestores” da nossa praça. A palavra ‘gestor’ ganhou até, popularmente, uma conotação negativa, indicativa de alguém que trabalhava pouco, tinha ainda menos conhecimentos sobre como gerir a empresa do que os funcionários e era socialmente irresponsável e cruel. “Gestor público”, por sua vez, tornou-se quase um insulto entre os portugueses que ficaram de fora deste esquema.
Este paradigma continua hoje. Grande parte do trabalho criado nos nossos dias ainda é de baixa qualidade, mesmo quando se trata de posições de responsabilidade ou criatividade. Não é raro encontrar-se no portal de emprego procura de consultores, engenheiros e enfermeiros aos quais são oferecidos o ordenado mínimo e muitas horas de trabalho. Para a maioria dos jovens, horários de trabalho conforme estabelecido na lei de trabalho são uma ficção: muitos trabalham 10 a 12 horas por dia, outros ainda mais.
A conclusão de Harvard é que este é um enorme disparate, especialmente em posições que exigem “comunicação interpessoal, decisões críticas, ler as reacções das outras pessoas, ou mesmo gerir as nossas próprias emoções” – sublinha o estudo académico, que ressalva serem estas “características exigidas pelo local de trabalho moderno”.
Segundo os investigadores de Harvard, apenas 1 a 3 por cento da população mundial conseguem não perder produtividade quando dormem 5 a 6 horas por dia. Os portugueses são dos povos que menos horas dormem por noite na Europa Ocidental, e o elevado nível de ‘stress’ em que a nossa sociedade vive conduziu a uma situação em que a insónia já afecta 15% dos nossos trabalhadores.

Oportunidades desperdiçadas
Numa época em que é necessário procurar a competitividade, como muitas empresas de qualidade em Portugal fizeram, outras simplesmente esbanjam o excelente capital de qualificações que foi construído, com muito suor, por gerações de portugueses.
A Esquerda, também ela culpada em grande parte pela nossa falta de competitividade e práticas de negócio modernas, atira as culpas da recente “fuga de cérebros” para o Governo. Segundo o estudo “Fuga de Cérebros: a Mobilidade Académica e a Emigração Portuguesa Qualificada”, mais de metade dos inquiridos saíram não por estarem desempregados, mas sim por não terem direito a um ordenado condigno às suas funções, condições de trabalho decentes e horas de trabalho adequadas.
O custo total da perda destes portugueses é equivalente a 8,8 mil milhões de euros: “o montante oferecido a custo zero aos países que receberam estes diplomados representa o que o Estado Português gastaria com o ensino superior público em dez anos”.
Ou seja, Portugal entrega de bandeja este valor a outros países, e muitos dos “cérebros” nacionais já estão a desenvolver novas tecnologias e a criar riqueza para os seus novos países de adopção. Contrariando a tirada de campanha de um certo secretário-geral de um determinado partido que tem por emblema a mais bela das flores, segundo o qual os jovens regressarão se lhes forem criadas as condições, a maioria indica que já não tem qualquer desejo de voltar. Dinheiro gasto em universidades que acabou por ser a fundo perdido.Portugal arrisca-se a roubar ao Brasil o título de “país do futuro, que sempre o será”.
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Fonte: http://jornaldiabo.com/nacional/trabalho-desorganizado/

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Mais uma vez os Portugueses a ficarem prejudicados por não se revoltarem devidamente contra quem manda, que é o que os Europeus por natureza fazem, dada a sua natureza insubmissa...

SOBRE O PROGRAMA POLÍTICO DA FRENTE NACIONAL - PELA IDENTIDADE CONTRA A IMINVASÃO E O GRANDE CAPITAL

Agradecimentos a quem aqui trouxe este artigo: http://observador.pt/especiais/frente-nacional-au-revoir-ao-euro-nato-schengen-bienvenu/
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O que quer afinal a Frente Nacional? Espreitámos o programa político de Le Pen, ponto por ponto. Um programa que é xenófobo, mas que traz também políticas anti-europeístas de extrema... esquerda.

Autoridade do Estado
Le Pen. Politicamente, Marine e Jean-Marie partilham um apelido. Pouco mais. Pelo menos hoje.

Jean-Marie é xenófobo, racista, um acérrimo anti-europeísta, profundamente populista, mas nem sempre popular. Foi ele que criou a Frente Nacional [FN] em meados de 1972. Um partido saudosista da França de Vichy. Uma França de que nenhum francês, à direita ou esquerda política, sentirá saudades. Mas ele, Jean-Marie Le Pen, sim, sentia. E assumia-o.
Nas décadas de 1970 e 1980 a FN de Le Pen era um micro-partido. Insignificante politicamente. Foi a polémica (e o seu polémico líder) que fizeram de um partido que nunca ultrapassou o ponto percentual nas eleições em França, um partido que em 2002 deixou a França e a Europa boquiabertas – curiosamente, como hoje Marine, a filha, deixa também.
Le Pen sempre foi candidato às Presidenciais francesas. Uma e outra vez. E foi-o pela primeira das vezes em 1974, nos primeiros anos de partido. Nunca chegou sequer à segunda volta das eleições. Nunca, até Abril de 2002. Nesse ano não só derrotou (e quão estrondosa foi essa derrota) o então primeiro-ministro e líder socialista Lionel Jospin, como defrontaria, a dois, o seu arqui-rival político de sempre e candidato da UMP, Jacques Chirac. Na primeira volta, Le Pen (17%) aproximou-se perigosamente de Chirac (20%) e isso foi o toque a reunir da Esquerda e do Centro-direita. À segunda volta, e com o apelo do Partido Socialista [PS] ao voto no então chefe de Estado cessante, a vitória de Jacques Chirac foi inequívoca.
O partido que hoje é liderado pela filha de Jean-Marie é diferente do seu. Marine é anti-europeísta e anti-imigração como o pai, a FN é hoje como no começo um partido de extrema-direita, mas o discurso moderou-se. Muito. Jean-Marie deu visibilidade a um pequeno partido. Marine está a fazer dele um partido triunfante, quer se goste quer não, tema-se ou não a ascensão da extrema-direita ao poder.
E não precisa mais da sombra do pai. Aliás, dispensa-a. O comité executivo da FN suspendeu em Maio o seu pai-fundador. Uma decisão que surgiu depois de Jean-Marie, então e como sempre, ter dito do Holocausto que não foi se não um “detalhe” na Segunda Guerra Mundial. Marine disse do próprio pai que era um “provocador” e que discordava dele.
Marine Le Pen venceu as eleições Europeias em Maio de 2014. Antes, em Março, a FN obteve quatro Câmaras e uma votação de 7% nas eleições Locais francesas. Em Setembro desse mesmo ano, nas eleições para o Senado, a FN elegeria dois representantes para a Câmara Alta do Parlamento francês – “uma vitória histórica”, como a própria líder a apelidou e que nem Jean-Marie havia conseguido nos seus dias de política. Por isso, os resultados da FN de Marine Le Pen na primeira volta das eleições Regionais, no último domingo [texto escrito antes da segunda volta das eleições regionais francesas], só surpreenderam os desatentos – o clima de insegurança e medo que se vive em França após os ataques terroristas de Paris, a 13 de Novembro, terão contribuído (a campanha para as Regionais foi suspensa no sábado, 14) para o crescimento da FN nas urnas, o descontentamento dos franceses para com François Hollande ou Nicolas Sarkozy também, mas isso não explica tudo; há muito trabalho político a explicar esta ascensão.
O partido de extrema-direita venceu em seis das 13 regiões francesas. A saber: Provença-Alpes-Costa Azul (a neta de Jean-Marie e sobrinha de Marine, Marion Maréchal-Le Pen, é a candidata da FN nesta região), Midi-Pirinéus-Languedoque-Rosilhão, Alsácia-Lorena-Champanha-Ardenas, Centro-Vale do Loire, Norte-Passo de Calais-Picardia (que pode vir a ser presidida por Marine Le Pen) e Borgonha-Condado Franco. Os socialistas venceram em duas regiões e o Les Républicains [LR] de Sarkozy, quatro.
(...)
Politicamente, a vitória da FN foi tremenda. Aconteça o que acontecer este domingo, sê-lo-á sempre. Mas o poder regional é um poder relativo, chamemos-lhe assim. O que interessa verdadeiramente são as eleições Presidenciais de Maio de 2017.
É verdade que a região de Norte-Passo de Calais-Picardia, a tal onde Marine venceu a primeira volta, é mais populosa do que 12 dos Estados-Membros da União Europeia e que tem um orçamento anual de 3,3 mil milhões de euros. Mas também é verdade que, fora a gestão não-docente das escolas, a organização dos transportes públicos, o apoio às PME e as políticas ambientais, nada ou quase nada Marine Le Pen poderá fazer de político neste seu novo poiso.
Daqui por ano e meio, nas Presidenciais de 2017, sim, poderá. Oprograma político da FN, que o Observador leu de ponta a ponta, todas as 106 páginas anti-europeístas (ou anti-UE), anti-imigração no limiar (ou para lá dele) da xenofobia, com propostas de revisão da Constituição e com uma mão-cheia de proposta a piscar o olho à extrema-esquerda, é um programa voltado sobretudo para o dia em que Le Pen chegar (se chegar) ao Palácio do Eliseu.
Para evitar que chegue, mais do que desacreditarem a FN até Maio de 2017, o PS de Hollande e o LR de Sarkozy vão aguardar que ela, FN, se desacredite a si mesma. É que nunca a Extrema-direita dos Le Pen governou em França. Nem a de Marine nem a de Jean-Marie. E ser oposição (populista como Jean-Marie, ou assumidamente política como a de Marine) não é o mesmo que ser governante. Os olhos dos eleitores são mais atentos aos segundos do que aos primeiros. E também mais penalizadores dos segundos nas eleições seguintes.

O programa político da FN está dividido em cinco áreas: “Autoridade do Estado”, “Futuro da Nação”, “Política Estrangeira”, “Recuperação Económica e Social” e “Refundação Republicana”.

Na primeira delas, onde se discute a Defesa, o Estado, a Imigração ou a Justiça, aí, mais do que em qualquer das outras quatro áreas, distinguem-se os ideais de Extrema-direita (sobretudo anti-imigração) que a FN defende. Mas em áreas como o “Futuro da Nação” ou a “Política Estrangeira”, os extremos tocam-se e o partido de Le Pen defende, como a Extrema-esquerda o defende também, uma saída francesa da moeda única, um maior controlo do Estado (a FN fala de um “Estado forte”) sobre a economia ou uma saída da França da NATO — numa primeira fase seria só a saída do comando integrado, como aconteceu em 1966 com o general De Gaulle.

Mas a FN propõe igualmente uma reforma da Constituição francesa. Comecemos por aí. O partido de Marine Le Pen chama-lhe “Refundação Republicana”.

Democracia
A FN é anti-europeísta. Sempre foi. E vê na União Europeia (e nos Tratados europeus) uma perda da soberania francesa.
“É necessária uma recuperação real da nossa República democrática. A Constituição mantém a sua superioridade sobre Tratados internacionais.” Mas para que essa “superioridade” não seja apenas palavras ocas, a FN propõe-se criar um ministério das Soberanias que seja “responsável pela coordenação, a nível técnico, da renegociação dos Tratados e da restauração de soberania nacional em todas as áreas onde desapareceu. É necessário reformar a Constituição para o retorno da democracia.” Aqui, fala-se pela primeira vez de reforma da Constituição. Mas vagamente. Para renegociar (ou até “rasgar”) Tratados europeus ou criar ministérios novos, não é necessário reformar a Constituição.
Adiante. Outra modificação na Democracia que a FN propõe é da eleição do Presidente da República. E com efeitos logo na eleição Presidencial seguinte à de 2017. Propõe a Extrema-direita que o mandato no Eliseu não seja renovável, por um lado, mas que dure sete e não cinco anos, por outro. “Esta será uma garantia de honestidade e eficiência na política do Chefe de Estado. Este deve agir apenas de acordo com os seus compromissos para com os franceses e não com vista a uma reeleição.
A Constituição, a ser reformada, sê-lo-ia no Parlamento. Mas a FN de Marine Le Pen quer alterar isso. “Somente as pessoas serão capazes de desfazer o que as pessoas fizeram.” Quer isto dizer que a Extrema-direita pretende que, “no futuro”, as reformas na Constituição sejam referendadas. Todas. Até esta.
Por último, a FN, “evitando conflitos de interesse”, propõe no seu programa político que “cada nomeação política ou administrativa seja investigada” cuidadosamente. “A experiência profissional de cada um, começando com os Ministros, será examinada por uma alta instância de prevenção de conflitos de interesse.” Uma alta instância que será nomeada por… altas instâncias: os presidentes do Senado e da Assembleia.

Laicidade
A França é um Estado laico. Como Portugal é. Mas a FN quer “reforçar” essa laicidade. E quer reforçá-la na Constituição. O mesmo será dizer que, directa ou indirectamente, mais ou menos sub-repticiamente, o partido de Le Pen quer acabar com os cultos religiosos.
O partido de Extrema-direita socorre-se no seu programa político da Constituição, que diz: “A República garante a liberdade de consciência. Ela garante o livre exercício da religião.” Mas o que a FN quer que lá se diga é: “A República não reconhece qualquer comunidade.”
Para garantir a aplicação de uma política “coerente e nacional” de protecção e promoção do laicismo, será criado (assim a FN seja eleita em 2017) um “Ministério do Interior, Imigração e Laicismo”. Contudo, a França que hoje garante o livre exercício de religião, não o garantirá mais com a FN no poder. Ou pelo menos não apoiará mais esse livre exercício de religião. Porquê?
Lê-se no programa político: “Será posto termo a todas as práticas discriminatórias existentes em todas as estruturas públicas (ou que são financiadas pelo menos em parte por fundos públicos), tais como piscinas, centros de saúde ou cantinas escolares. Todos os contratos de arrendamento — ou outras facilidades concedidas aos cultos — serão proibidos. Os fiéis terão que construir os seus lugares de culto com seu próprio dinheiro, seja qual for a religião em questão. Para limitar a infiltração de uma ideologia político-religiosa, não será possível utilizar o dinheiro vindo do exterior. Subsídios públicos para associações comunitárias serão banidos.”


Política Estrangeira

Europa
Nada nem ninguém fica por adjectivar na Europa que a FN rejeita.

O Banco Central Europeu é “déspota”. O Parlamento Europeu é o “fantoche” de uma Comissão Europeia que “não foi escolhida” pelos franceses. A Política Agrícola Comum “marginalizou” a agricultura. A moeda única (a par do Acordo de Schengen) “destruiu” milhões de empregos. E o BCE? “O BCE luta conta a inflação, mas não salvaguarda os empregos.” A União Europeia está hoje, aos olhos da FN, “totalmente pervertida na sua finalidade”. Que é como que diz: Au revoir, Europe.
“A França quer ter o controlo das próprias fronteiras, de preferência dentro de uma livre associação de Estados europeus que partilham a mesma visão que nós [é a primeira e única referência às restantes Extremas-direitas europeias no programa político da FN] e os mesmos interesses sobre temas como a imigração. A França quer controlar a sua moeda e política monetária.”
Controlar a moeda significa, para a FN, abandonar o euro e retornar ao franco. Como? “O euro é um instrumento de uma ideologia ultraliberal e da globalização dos interesses do sector financeiro. A crise do euro tem arruinado a Grécia e Portugal, e ameaça seriamente a Itália, Espanha e a Bélgica. A França e os seus parceiros europeus devem preparar-se para o retorno às moedas nacionais. E devem preparar-se com uma desvalorização competitiva. É altura de lançar as bases de uma Europa que respeite a soberania popular, as identidades nacionais, as línguas e as culturas.
Tudo isto, do abandono da moeda única ao “rasgar” de Tratados europeus será “coordenado e negociado pelo novo ministério das Soberanias”.


Recuperação Económica e Social

Agricultura
O partido de Marine Le Pen quer implementar uma “nacionalização” na política agrícola. Mas, mais do que nacionalizar o sector, a FN quer, isso sim, e também aqui, afastar-se da União Europeia. Como? Desde logo, fechando as fronteiras. “O patriotismo agrícola será a regra. As importações devem ser limitadas a produtos nos quais o nosso país não é auto-suficiente.”
A Extrema-direita vê na agricultura — e talvez aqui não se distancie tanto assim da Extrema-esquerda — um sector “estratégico e vital” para França. “É-o tão ou mais do que o sector da energia. Mas ao contrário do que sucedeu na política energética, a França perdeu quase completamente o controlo sobre a sua política agrícola.”
A culpa? É da União Europeia, acusa a FN: “A França perdeu o controlo sobre a sua política agrícola em favor de uma Europa burocrática. A França não pode continuar a abdicar da sua soberania neste sector, comprometendo seriamente o interesse nacional. É preciso abandonar a Política Agrícola Comum em favor da PAF [Política Agrícola Francesa]. A França vai financiar esta nova política com a redução da sua contribuição para o orçamento da União Europeia.”
Recorde-se que a França é hoje, e desde há muito, o segundo maior contribuinte líquido para o orçamento da União Europeia, logo atrás da Alemanha.
Mas a Política Comum das Pescas também será deitada ao mar pela FN se chegar ao poder em 2017. Não literalmente, mas nos Tratados. “O sistema de quotas existente na União Europeia, apoiado por um conceito liberal de partilha de recursos, não permite um acompanhamento adequado dos recursos disponíveis, uma vez que é aplicado a áreas muito grandes e com total falta de flexibilidade. Temos a intenção de substituí-lo por um sistema baseado na sazonalidade e na selecção dos modos de capturas, mais fácil de implementar, de mudar e, acima de tudo, menos restritiva para os pescadores.”
A França quer gerir a sua Zona Económica Exclusiva sem que a União Europeia seja tida nem achada e assinar, ela própria, acordos bilaterais com Zonas Económicas Exclusivas não-francesas, mas onde “os navios de pesca franceses estão tradicionalmente presentes”.

Euro
Da moeda única falou-se quando se falou de Europa. Mas há um sub-capítulo deste programa político inteiramente dedicado ao euro. Ou à saída do euro. A FN vê na moeda um “fracasso total”. Isto, “apesar da cegueira de Bruxelas e de Frankfurt, que se recusam admitir o óbvio: o euro vai desaparecer”.
A Zona Euro é, desde a criação da moeda única, a região do mundo com menor crescimento. O partido de Le Pen afirma ser “insuportável” continuar, por isso, a mantê-la.
E fica um aviso: fechou-se a torneira para resgates. “Se amanha a Itália ou Espanha precisarem de ajuda financeira, nenhum país europeu terá como pagar esse resgate. Nem mesmo os países europeus economicamente mais fortes. A França deve recusar-se a aplicar políticas de austeridade sem esperança em nome da preservação de uma moeda que sufoca a Europa. Estes planos de austeridade sucessivos deram sempre o mesmo resultado: perderam as classes trabalhadoras e médias, os pensionistas, os funcionários públicos e as PME. A França deve, portanto, vetar os resgates desnecessários e ruinosos. O dinheiro francês deve permanecer em França.”
O programa político não vê na saída do euro “uma catástrofe como a que é descrita pelos ideólogos e demais fanáticos” da moeda única. A solução é uma “desvalorização competitiva” do franco, o que irá “oxigenar” a economia e “retomar a prosperidade”. Ou isso, ou a França “estará condenada a uma morte lenta”.
Mas a saída do euro exige do Estado mais medidas. É pelo menos isso que sugere a FN. “Será necessário adoptar medidas para controlar os movimentos especulativos de capitais. Os bancos estarão sujeitos a uma nacionalização parcial, e enquanto for necessário, para proteger as poupanças dos franceses.”
A reintrodução do franco irá acontecer, garante, a par com a restauração dos poderes do Banque de France.

Futuro da Nação

Escola
A Frente Nacional é aqui, e pela primeira vez no programa político, crítica não só em relação a Hollande como a Sarkozy. Ao segundo acusa-o de ter “suprimido escolas e professores numa perspectiva puramente contabilística”. Quanto ao actual Presidente da República, a FN promete reverter a decisão socialista de fechar escolas com menos de 200 alunos. “As mega-estruturas não têm necessariamente sucesso”, alerta.
A imigração está aqui presente como em quase todo o programa político. Aos pais de alunos que, sendo imigrantes legais, não sejam fluentes em Francês, será obrigatório frequentar aulas de Francês.
Por outro lado, a FN assegura que haverá uma “neutralidade religiosa, mas também política” nas escolas. E essa neutralidade será aplicada com “firmeza”, diz. “A disciplina será nas escolas o valor central. A tolerância é zero contra a violência e, temporariamente ou não, todas as escolas terão um detector de metais.” A insegurança nas escolas aumenta cerca de 10% ao ano em França, segundo o Observatório Nacional do Crime francês.
O Ministério da Educação publicou, em Janeiro de 2009, os resultados de um exame realizado em 1987 e 2007 a 4 mil alunos em França. “Os resultados são claros: quando os estudantes davam, em média, 11 erros por ditado em 1987, são agora 15 no mesmo ditado.”
A prioridade irá, por isso, para a aprendizagem do Francês, mas também do cálculo matemático. “O número de horas de ensino nestas duas áreas tem vindo a diminuir. O número de horas dedicadas ao Francês era, em 1976, de 2800 horas no final da faculdade. Em 2004, foi de 2000 horas.” A história da França vai também “recuperar o seu lugar no coração da aprendizagem”, garante a FN.

Família
Nicolas Sarkozy, o líder do Centro-direita em França, é fortemente atacado aqui pela FN.
“Em 2007, Sarkozy comprometeu-se solenemente a fazer da família uma prioridade. Não o fez. O INSEE [Institut National de la Statistique et des Études Économiques] diz-nos que a taxa de natalidade é hoje de 2,02 filhos por mulher, 52% deles nascidos fora do casamento. Mas se só se tiver em consideração os filhos de mães com nacionalidade francesa, a taxa natalidade cai para 1,8 filhos. Em 2010, em 832.799 nascimentos, só 667.707 é que eram filhos de pais franceses.”
A FN quer estabelecer “uma verdadeira política de natalidade”, garante. As mães (ou os pais) poderão escolher livremente entre o exercício de uma profissão e a educação dos seus filhos. Aos que escolherem a segunda, ser-lhe-á paga uma renda equivalente a 80% do salário mínimo durante 3 anos a partir da segunda criança e 4 anos a partir do terceiro filho. Haverá também uma redução da idade da reforma para mães que tiveram pelo menos três filhos ou que tenham uma criança deficiente a seu cuidado.
Por outro lado, os abonos de família em agregados em que só um dos pais é que é francês, “serão reavaliados”.
Nos casos em que se provar que houve “abuso” na utilização dos abonos, “estes devem ser parcial ou totalmente retirados à família por decisão judicial”.

Saúde
Esperava-se da FN que tivesse políticas xenófobas, sim. Mas não na saúde.
No ano de 2000, o ex-primeiro-ministro francês Lionel Jospin criou o Estado de Assistência Médica [AME], reservado exclusivamente aos imigrantes ilegais ou por legalizar. Em 2015, e muito em consequência da crise migratória na Síria ou na Eritreia, o orçamento do AME ultrapassou pela primeira vez os 600 milhões de euros no Orçamento do Estado. “O AME vai ser excluído. E é necessário estabelecer um período de espera de um ano de residência contínua em França e de contribuição antes de o imigrante receber todos os benefícios da Previdência Social”, lê-se no programa político.
Os gastos com saúde em França representam cerca de 11% do PIB. A Extrema-direita quer cortar na despesa, mas deseja, ainda assim, um serviço de saúde universal e tendencialmente gratuito: “O buraco na Segurança Social é uma ameaça à sustentabilidade do nosso sistema de saúde. Mas a saúde é um bem precioso que não deve ser reservado só àqueles que podem pagar por ela. Queremos racionalizar a despesa e lutar contra os abusos. A luta contra a fraude na Saúde deve permitir reduzir para metade os gastos dentro de quatro ou cinco anos. A poupança será de 15 mil milhões de euros.”
Um serviço que se quer universal pressupõe garantir a cobertura territorial completa na prestação de cuidados de saúde. Mas nem sempre é assim. E França não é exceção. “Há um deserto de médicos. É preciso revitalizar as zonas rurais; é preciso uma política de ordenamento mais harmoniosa.”

Autoridade do Estado

Defesa
Nunca o investimento na Defesa em França foi tão baixo como é hoje: decresceu de 3,6% do PIB no final da década de 1980 para 1,6% em 2015. Mas, apesar de tudo, e de um corte de 3,6 mil milhões de euros na Defesa em 2014, o Estado continua a destacar anualmente cerca de 12.500 militares para missões fora do território francês, todas ou quase todas elas ligadas à NATO.
“São missões perigosas e nas quais o interesse nacional não é óbvio”, critica a FN no seu programa político. E são tanto mais perigosas quanto maior é o desinvestimento. A Extrema-direita de Marine Le Pen acusa: “O orçamento para 2009-2020 seria de 377 mil milhões de euros, mas tem previsto um corte de 25 mil milhões. A redução de militares será de 54 mil dentro de cinco anos, o que representa 17% de todos os nossos militares. Há contratos que não serão renovados, os nossos equipamentos estão obsoletos e isso põe em risco os nossos soldados.”
O partido de Le Pen, que diz que “não pode haver uma grande nação sem um grande exército”, quer reforçar o orçamento da Defesa ao longo de cinco anos, chegando este a 2% do PIB se necessário, por forma a “modernizar equipamento e reter militares”.
A Extrema-direita quer também a “independência militar” da França e isso implicará a deixar o comando integrado da NATO (tal como aconteceu em 1966, sob a presidência do general Charles de Gaulle; em 2009, por decisão de Nicolas Sarkozy, a França regressou ao comando integrado 43 anos depois), mantendo-se no entanto como membro da organização. Até ver.
O programa político da FN prevê ainda organizar uma “Guarda Nacional com 50 mil reservistas, homens e mulheres, em todo o território francês”. E quer revitalizar os sectores da industria ligados à Defesa, em cooperação com parceiros europeus, “nomeadamente a Rússia”.
Recorde-se que a campanha da FN para as eleições Regionais foi financiada em cerca de 9 milhões de euros pelo banco moscovita First Czech-Russian Bank.

Estado Forte
Uma vez mais, os dois extremos políticas, Direita e Esquerda, tendem a cruzar-se. O programa político de Marine Le Pen exige um “Estado forte, interventivo, não só na prestação de serviços públicos como a educação, a segurança social ou a saúde” mas também — e aqui fica um “exclusivo FN” — “um Estado que unifique a nação, combatendo [a expressão utilizada, e traduzindo-a à letra, é “aniquilando”] a tribalização de França”.
A FN critica uma “descentralização” da economia, que começou com François Mitterrand, em 1981, e que “privou o Estado” de sectores estratégicos. “Esta descentralização cria um fosso entre a França e os franceses. O UMP e o PS dizimaram durante três décadas a nossa economia, liberalizando áreas que não podem ser liberalizadas e privatizando todos os serviços públicos.”
Hoje, acusa a FN, a França “está na mão dos bancos e dos grandes grupos” económicos, cujo lobby “influenciou decisões políticas e encorajou à corrupção”. E termina: “Só um Estado forte é um Estado livre.”
Mas a França da FN de Le Pen quer ser uma sociedade “igualitária e meritocrática”. Como? Não desenvolve. Como desenvolve muito pouco em todo o programa político. Mas também garante que haverá uma nacionalização em massa da economia e, com isso, uma “fixação total das tarifas para famílias e empresas” em sectores como a energia e os transportes. E quando a questão que se levanta é: mas quanto é que vai investir nisso? Quanto é que se vai gastar? Este é um programa que de números só tem (quase sempre) os que critica. Não os que propõe.
Por último, e falando de “Estado forte” na óptica da Extrema-direita, “todos os edifícios públicos franceses devem ter hasteada a bandeira”. A bandeira da União Europeia, por sua vez, será banida.

Imigração
Haverá quem, mais à Direita e menos ao Centro, quem mais desiludido com a Esquerda vote na FN. Ou até quem se identifique com alguns dos ideais defendidos. Mas quando o tema é imigração, por tanto que a linguagem política adoptada por Marine Le Pen (em oposição à do pai, Jean-Marie) disfarce a xenofobia, esta é mais do que explícita.
É aqui, na imigração, que a FN mais se distancia das políticas de Direita de Sarkozy e mais ainda das de Esquerda de Hollande. Que acusa, sobretudo Sarkozy, de ter “traído os franceses quando lhes prometeu uma política de emigração forte”, relembrando que “não há memória na 5.ª República de uma política tão frouxa”. E termina: “Muitos franceses votaram nele [Sarkozy] para que reduzisse a imigração em França. Não só não reduziu, como aumentou. Sobretudo a ilegal.”
A Primavera Árabe, primeiro, e a crise dos refugiados nos últimos meses, agravaram mais ainda a imigração ilegal para França. Segundo dados do ministério do Interior francês, foram emitidas 203 mil autorizações de residência em 2010, mais 28 mil do que em 2009 e 78% a mais do que em 2000. Isto antes destes dois grandes fluxos migratórios dos últimos anos.
E quem é que beneficia com isto? As grandes empresas, garante a FN. “Os trabalhadores franceses perdem nos salários e nos direitos sociais por causa da mão-de-obra estrangeira, ilegal e barata. A imigração não é um projecto humanitário, mas uma arma ao serviço do grande capital.” Sim, leu bem, a Extrema-direita fala em “grande capital”. Aqui os extremos voltam a tocar-se. Mas só mesmo aqui, quanto à imigração.
A FN fala a seguir, e como não podia deixar de ser, da ameaça da islamização de França e da perda da identidade nacional. “A imigração é um veneno contra a coesão nacional.” Então, como combatê-la — na óptica, claro, da Extrema-direita?
A FN garante ser uma “luta implacável” a que travará contra a imigração que é ilegal, a qual culpabiliza (não só a ilegal, mas também a legal) pela tal islamização da sociedade francesa. “É preciso agilizar a expulsão automática dos estrangeiros ilegais em França. Em termos de migração legal, o objectivo é acolher no máximo cerca de 10 mil estrangeiros por ano.” E como vão conseguir fazê-lo? Reduzindo drasticamente as autorizações de residência emitidas. Os imigrantes legais, por sua vez, que estão desempregados há mais de um ano, também terão que abandonar o país. E a FN promete estar especialmente atenta aos “casamentos de conveniência” entre franceses e estrangeiros, que são cerca de 40 mil por ano.
Por último, a França abolirá, assim Le Pen vença as Presidenciais de 2017, o Acordo de Schengen e assumirá o controlo das suas fronteiras. Ah, e vai remover, do direito francês, a possibilidade de regularizar os ilegais. Não concorda? “Todas as manifestações clandestinas a favor da imigração serão banidas.”

Justiça
A FN faz uma interrogação no seu programa político: “Como conceber uma sociedade civilizada sem justiça?” E responde em seguida que “não é uma sociedade se não pudermos deixar o carro estacionado na rua sem que seja vandalizado ou roubado, onde nos barricamos atrás de quatro paredes e de alarmes, onde os bombeiros são espancados e os polícias mortos com espadas, onde a lei religiosa é impostas uns aos outros, essa é uma sociedade onde a coabitação não é possível”.
Para fazer face a esta realidade, “é preciso justiça e juízes respeitados”. Hoje, o orçamento para a Justiça é de 7 mil milhões de euros. Ou seja, 0,18% do PIB francês. “Um orçamento que é, por exemplo, inferior ao do Azerbaijão em termos de esforço na Justiça”, altera o partido de Marine Le Pen.
Em França há 8.355 juízes que despacham anualmente 4,7 milhões de casos criminais, 2,6 milhões de casos civis e comerciais e 9 milhões de casos de multas. Em média, são 12 juízes por cada 100 mil habitantes. Procuradores são 2,9 por cada 100 mil franceses. “Pior, só a Bulgária”, relembra o programa político da FN.
E há ainda o problema da sobrelotação das prisões: há 56 mil lugares para cada 64 mil presos. Uma situação que qualificam de “perigosa e desumana”, e que condena os presos “não à detenção, mas à humilhação”.
A FN enumera o baixo número de juízes, mas critica-lhes a frouxidão. Assim mesmo: “Frouxidão”. E explica: “As sentenças inferiores a dois anos só raramente são executadas pelos juízes. E são 80 mil das sentenças anuais em França.”
E quanto aos menores que cometam um crime? “A situação específica dos menores é extremamente preocupante: as leis não são adaptadas a um crime que começa cada vez mais cedo. Temos de fazer de tudo para que o pequeno criminoso não se torne grande.” Como? “Culpabilizando os pais. Ou retirando o jovem do ambiente onde vive.” Para onde, é que o programa político da FN não diz.

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A FN continua pois, essencialmente, no bom caminho, dentro do possível: diante dos obstáculos impostos pela «lei» - entenda-se, a lei ideológica feita pelos seus inimigos por medida para poder intimidar e silenciar os Nacionalistas - e mesmo com a sua líder em tribunal por se limitar a denunciar a autêntica ocupação das ruas francesas por parte de muçulmanos, o partido persiste no combate pelos valores que mais interessam, contra «tudo e todos», ou seja, contra os poderes instituídos, tendo do seu lado «apenas» o povo que cada vez mais vota a favor de quem promete a salvaguarda da identidade nacional.