domingo, maio 31, 2015

SANTUÁRIO DOS IAZIDIS RESISTE


Por um instante, é quase o Oeste Selvagem, tão ampla a paisagem, longa recta, montanha ao fundo. Mas a terra é mais verde, a montanha menos árida, com picos de neve até, e já passámos oliveiras, ninhos de cegonhas, vamos passar uma chama: petróleo. Estamos no Norte do Iraque, numa cristalina tarde de Maio, a caminho do começo do mundo, segundo os yazidis.
O mundo não estava muito informado sobre esse começo, sobre os yazidis em geral, até Agosto passado, quando o “Estado Islâmico” capturou um vale onde os ancestrais dos yazidis já viviam desde muito antes do islão. De súbito, a tragédia saltou para as manchetes: 50 mil yazidis estavam em fuga pelas montanhas, sem água nem comida, encurralados pelo “Estado Islâmico”, que já matara, violara ou sequestrara os que tinham ficado para trás. Um povo que os espectadores internacionais nem sabiam que existia tornou-se assim o símbolo colectivo da crueldade jihadista, na sua expansão imperial. Obama e aliados ordenaram ataques aéreos contra o Califado e largada de alimentos sobre as montanhas. Combatentes curdos da Síria organizaram-se para levar os yazidis através da fronteira, e de novo para o Iraque, em terra mais segura. Mas tudo isto não evitou que, segundo estimativas da ONU, entre 5000 a 7000 yazidis tenham morrido e outros 5000 sido sequestrados, sobretudo mulheres, como escravas domésticas e sexuais, e crianças, como futuros combatentes e bombistas suicidas. Há relatos de adolescentes violadas no início da invasão que conseguiram voltar às famílias e acabaram por se suicidar. Uma mãe contou que duas filhas suas, incapazes de viver com o que lhes acontecera, pediram à família que as matasse; como ninguém o fez, atiraram-se de um penhasco.
A região onde o massacre se deu chama-se Sinjar e fica a 175 quilómetros de Lalish, o santuário para onde estamos a ir. Estas duas regiões são os grandes centros yazidis no Iraque. Também há uma presença histórica de yazidis na Arménia, na Geórgia, na Síria, e na Turquia, de onde ao longo das últimas décadas dezenas de milhares emigraram para a Europa, sobretudo para a Alemanha.
Na tradição local, o Sinjar é onde a Arca de Noé pousou, depois do Dilúvio. Na tradição yazidi, Lalish é onde o mundo nasceu. Belo destino para uma tarde de Maio.

“Não são humanos”
Fácil esquecer que Mossul, a maior cidade iraquiana controlada pelo “Estado Islâmico”, fica apenas a 60 quilómetros daqui. Mas na subida para o santuário há um checkpoint igual a dezenas de outros pelo Curdistão Iraquiano, apenas sem trânsito, tranquilo. Depois, as fardas ficam para trás, e os cones que são a imagem da arquitectura yazidi aparecem ao longe, com raios a toda a volta simbolizando o sol, ou seja, Deus.
Monoteísmo sincrético oriundo da antiga Mesopotâmia, o yazidismo foi incorporando elementos pagãos, judeus, cristãos, zoroastras, islâmicos, ao longo dos séculos. O culto que daqui resulta, já veremos, é aberto a qualquer forasteiro, mas nem por isso menos enigmático.
A ONU reconhece os yazidis como um grupo étnico próprio, de língua curda. Os yazidis consideram-se os curdos originais, aqueles que resistiram a converter-se ao islão. E os curdos, esmagadoramente sunitas, vêem os yazidis como uma minoria religiosa curda. Para a coesão do grupo através do tempo, tão imune a um contexto muçulmano cada vez mais incisivo, alguns códigos foram essenciais: os yazidis só casam entre si; e ninguém se torna yazidi. Nem proselitismo nem conversão.
O chão sagrado de Lalish começa logo na rampa onde os carros estacionam, primeiro lugar onde vemos gente descalça. E, à medida que subimos, descem homens de keffiyeh vermelho na cabeça e uma vassoura de ramos na mão. Quando alcançamos o primeiro lance de escadas, do lado esquerdo da rampa, o quadro fica completo: homens em vários degraus, a varrerem energicamente a pedra, todos com aquele kaffieh, que não é tão comum entre os curdos, e aquela vassoura de ramos verdes: nada artificial deve tocar o chão de Lalish, e a estes homens cabe mantê-lo limpo.
O lance de escadas repete-se adiante, de um lado e do outro, porque o santuário se desdobra em múltiplas plataformas e terraços em volta do templo principal. Nos terraços há umas casinhas, equivalentes a capelas, com pessoas sentada à porta, outras a ir e vir. Mas nada se compara com o frenesim que vai no pátio principal: dezenas de homens a varrerem, a varrerem.
“Acabou de haver uma festa”, explica um rapaz de cara dura, Hasso, 21 anos. Veio do Sinjar, como tanta gente em volta. Lalish é só o santuário, aqui no alto, mas lá em baixo está a cidade de Shekhan que alberga a população yazidi, agora reforçada com os refugiados. “Os jihadistas [que tomaram o Sinjar] não eram muitos mas as tribos árabes cooperaram com eles”, conta Hasso. Também ele fugiu para a montanha, e da montanha para a fronteira síria, e de novo para o Iraque. Quando a repórter lhe pergunta o que acha que é o “Estado Islâmico”, ele responde: “O demónio”. E isso é exactamente o que o “Estado Islâmico” acha que os yazidis são, adoradores de satã.
A associação dos yazidis ao culto de satã não é nova. Há uma explicação concreta para isto: é que Deus, segundo os yazidis, criou sete anjos, ou mistérios, o mais importante dos quais, seu braço direito, é o pavão Melek Taus, também chamado Shaytan, que no Corão é o nome de Satã.
Uma rapariga aproxima-se enquanto falamos no meio do pátio, jeans e cabeça descoberta, como muitas aqui. Chama-se Jiane, tem 20 anos, fala um pouco de inglês, quer falar. Não há assim tantos estrangeiros a visitar estas montanhas. Ela não é do Sinjar, mas daqui mesmo, e viu quando os refugiados chegaram “sem comida, sem nada”. É isso que quer contar, atropelando as palavras. E a sua própria definição de “Estado Islâmico”: “Em toda a minha vida, nunca pensei que houvesse algo assim. Não são humanos. São como animais.”
Quem também se junta, porque também ouviu inglês e fala um pouco, é Amin, 51 anos, que era empregado de um laboratório de patologia no Sinjar. “Não tivemos ajuda, não havia soldados [curdos], o ‘Estado Islâmico’ tomou aldeia a aldeia, e os nossos vizinhos árabes juntaram-se a eles”, conta.
Uma queixa que a repórter ouvirá tanto a yazidis como a cristãos (ver reportagem de amanhã), uns como outros vindos de zonas árabes sunitas que o governo xiita de Bagdad foi hostilizando, e assim se tornaram permeáveis aos jihadistas. O conflito entre sunitas e xiitas que a ocupação americana de 2003 fez explodir criou um contexto favorável a que, 12 anos depois, por pragmatismo ou falta de alternativa, populações sunitas fartas de Bagdad não se oponham ao “Estado Islâmico”.
Amin quer resumir tudo o que aconteceu no Sinjar, como os jihadistas “insistiram que a gente se convertesse”, ameaçando-os de morte; e tira o telemóvel do bolso para mostrar a fotografia antiga de uma das raparigas que se suicidou. “Enforcou-se para não ser obrigada a casar com um deles.” Porque os jihadistas encenam casamentos sumários antes de violarem as raparigas, e as passarem a outro jihadista.

Tecidos, água, azeite
Neste pátio há uma primeira entrada para o templo, a partir da qual todos os sapatos devem ficar. O degrau de pedra que marca a passagem é beijado pelos crentes, e portanto não pode ser pisado, temos de passar por cima. Então, um corredor leva a uma escada que desce para outro pátio, mais tranquilo e limpo. O poente atravessa a copa das árvores, mil sombras balançam na parede de pedra, ao canto da qual está a derradeira entrada para o templo. É um pequeno arco, com uma serpente negra de pedra em relevo do lado direito, mais alta do que um homem.


De novo, o degrau da passagem não deve ser pisado, é beijado. Cá fora, homens sentam-se contra a parede, num abandono contemplativo. Lá dentro, uma semioscuridade de arcadas sem janelas. Toda a luz vem da entrada, e o primeiro clarão revela uma misteriosa instalação de tecidos atados a colunas de pedra. São cetins de cores vibrantes, com múltiplos nós. “Sempre que a pessoa faz um desejo, faz um nó”, explica um dos yazidis. “São as pessoas que oferecem os tecidos ao templo.” Lavam-nos na água sagrada que nasce em Lalish, prendem-nos à pedra, dão a volta à coluna, beijam o tecido, atam um nó. A parte de andar à volta lembra a Kaba, o cubo negro de Meca a que os muçumanos dão voltas, e talvez o cetim colorido lembre procissões cristãs. Ou talvez tudo isso seja apenas o forasteiro buscando onde se situar, porque nunca viu nada assim.
Não há altar, nem imagens, nem sacerdotes, nem um centro. Descalças, num alvoroço alegre, famílias de yazidis atravessam a sala das colunas cheias de tecidos e passam a um átrio onde fica a entrada de uma gruta, tão baixinha que é preciso curvar o corpo todo para entrar. Cheira a pedra molhada, e lá das profundezas vem o som de água entre gritos jubilosos. “É a nascente sagrada”, explica Kovan, 26 anos, um dos guardiões da porta do templo. E o patriarca de Lalish, onde está? “Baba Sheikh vive lá em baixo, vem aqui nas festas.”
Uma família cheia de crianças irrompe pelo átrio e vai desaparecendo pela gruta. Kovan convida a repórter a descer também. É escuro, húmido e escorregadio, pelo menos para quem nunca aqui andou descalço. Até que as paredes estreitas se abrem numa cova larga, com uma espécie de cratera no chão, cheia de água. Acocorados a toda a volta, yazidis de todas as idades chapinham, molham os pés, espalham água, riem às gargalhadas.
Este é o destino de todo o yazidi, onde cada um deve vir purificar-se pelo menos uma vez na vida, como os muçulmanos vão a Meca mas com a substancial diferença de que, aqui, um não-yazidi também pode entrar. Qualquer forasteiro, desde que descalço.
Quando voltamos à superfície, algumas raparigas pedem para tirar uma fotografia com a repórter. Têm a cabeça descoberta, algumas usam rabo-de-cavalo, quase todas jeans tão justos como as adolescentes em Lisboa agora. E, entre irmãos mais novos, e um tio, prosseguem o percurso dentro do templo, para a sala seguinte, de abóbada muito alta, onde está um túmulo coberto por mais cetins cheios de nós. Eis a última morada de Adi Ibn Musafir, um sheikh do século XII, descendente do califa omeída, que nasceu no Líbano, junto aos belos templos de Baalbek e veio morrer aqui, depois de passar parte da vida em Bagdad. Os yazidis veneram-no como uma encarnação de Melek Taus, o pavão que é o braço direito de Deus.
Segundo o Génesis yazidi, Melek Taus foi a primeira criação divina, e Deus disse-lhe para não se curvar perante nada. Depois, quando os outros seis anjos ou mistérios já estavam criados, Deus criou Adão e pediu aos sete anjos que se curvassem perante ele. Melek recusou-se, tal como Deus lhe ensinara, até o dilema se resolver pela paz. Para os yazidis, Melek Taus simboliza a possibilidade de escolher entre bem e mal que todos os homens detêm, e escolheu o bem. De resto, os yazidis crêem que descendem só de Adão, e que os sete anjos vão reencarnando em humanos. Têm como dia santo a quarta-feira, mas descansam ao sábado. Rezam pelo menos ao amanhecer e ao anoitecer. O ano novo celebra-se na primeira quarta-feira de Abril. As crianças são baptizadas, frequentemente circuncidadas, e todo o patriarca deve ser casado. Observam-se alguns tabus alimentares, como comer alface (porque, especulam alguns pesquisadores, a palavra “alface” em árabe soa aos yazidis semelhante a “diabo”).
A sala seguinte é do azeite, sagrado por dar a luz. Tonéis à esquerda, ânforas à direita, e os yazidis no meio, concentrados num jogo: atirar um cetim vermelho até um nicho na parede por três vezes sem que ele caia. Uma espécie de basquetebol divino. E toda esta família de 16 pessoas participa, fazendo claque para o mais velho, Kifar, não falhar o alvo. Falha a terceira mas não perde o sorriso. Taxista de profissão, refugiado como toda a família. “A nossa cidade foi capturada pelo ‘Estado Islâmico’”. As raparigas dizem: “São monstros, diabos.” Tiram um pouco do azeite dos tonéis para levar. Saindo de volta ao pátio, um yazidi acende uma taça de azeite e vai com a chama, através das crianças, e das oliveiras. Estão em Lalish, e isso é a paz contra a guerra, ali a 60 quilómetros.
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Fonte (do texto): http://www.publico.pt/mundo/noticia/o-lugar-sagrado-dos-yazidis-sobrevive-a-guerra-do-estado-islamico-1697148



De todos os Povos não europeus do planeta, estes seriam seguramente dos que mais urgentemente necessitariam de uma intervenção directa do Ocidente, e dos poucos que, mercê a sua identidade étnica indo-europeia, poderiam ser albergados em solo ocidental, caso não houvesse possibilidade de ficarem no Curdistão.


«CAPITÃO FALCÃO»


O trailer é bem melhor que o filme...


Capitão Falcão podia ser um bom filme, tinha estrutura para isso. Ao fim ao cabo tudo ali é bom - cenários, planos de câmaras, actores, enredo, até as cenas de acção (coisa raríssima num filme português), enfim. A infantilidade de diversos diálogos e pormenores é que deita senão tudo mas pelo menos um bom bocado a perder. Dá ideia que quem fez aquilo quis agradar ao número maior possível de espectadores, incluindo o público infantil, e o resultado é uma sequência de cenas de um exagero primário. A invocação do chamado «non sense» não chega para explicar o absurdo só por si. O humor «non sense» só tem verdadeiramente graça se contiver algum tipo de lógica, a saber, uma lógica «alternativa», delirante, louca, mas com coerência, e é isto que muita gente não percebe. E não parece nada coerente, pelo menos para mim, que o herói da história bata numa velha, sem sequer suspeitar que esta fosse comunista.
Só há uma piada realmente boa e bem dita, que por acaso é de índole racial, e a sua qualidade até faz pensar que não foi escrita por quem fez o resto do filme...
A ideia é satirizar a paranóia anti-comunista e beata do Estado Novo. Consegue-o de maneira muito imperfeita e limitada. Aduz alguns argumentos defendidos na actualidade por quem simpatiza com o regime salazarista mas curiosamente não os rebate nem com contra-argumentos nem com exemplos, muito menos com uma ridicularização adulta, por assim dizer, ou por outra, uma sátira que não caia na infantilização. 
Digo isto sem ser minimamente suspeito... eu queria que o filme tivesse graça. Em todas aquelas personagens, a que me parece mais meritória ideologicamente é a do «vilão», democrata não comunista. Longe estaria eu de defender o Capitão Falcão e seu patrão, Salazar. Mas o modo como ambos são satirizados é relativamente pouco conseguido. 
Em suma, serve bem para ver num domingo à tarde, mas dar cinco ou seis euros para lhe pôr a vista em cima é excessivo.


PARTIDOS DA ELITE NEO-LIBERAL QUEREM QUE SÓ A PRESENÇA DOS PARTIDOS PARLAMENTARES SEJA OBRIGATÓRIA NOS DEBATES TELEVISIVOS

Fonte: http://www.publico.pt/politica/noticia/maioria-admite-que-pequenos-partidos-fiquem-fora-dos-debates-eleitorais-1696847
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É uma proposta de mínimos: a maioria admite que os debates eleitorais para as próximas legislativas passem a incluir apenas os candidatos de partidos representados na Assembleia da República. A decisão de incluir os denominados pequenos partidos e movimentos fica, assim, sujeita à vontade dos órgãos de comunicação social.
Depois de um mês de negociações entre os dois partidos na sequência da saída do PS do grupo de trabalho tripartido, PSD e CDS entregaram esta segunda-feira no Parlamento o texto de substituição da proposta sobre a cobertura jornalística eleitoral. O diploma agora proposto é bem mais extenso do que o projecto de lei que aguarda há um ano na comissão parlamentar para ser discutida na especialidade.
Em traços gerais, a proposta anterior previa que na pré-campanha (entre a marcação das eleições e o início da campanha eleitoral) a presença nos debates e entrevistas fosse obrigatória só para os partidos com representação parlamentar, enquanto que nos 12 dias de campanha vigorava o princípio da igualdade de oportunidades e de tratamento das diversas candidaturas.
Agora, PSD e CDS estipulam que em todo o período eleitoral os debates “obedecem ao princípio da liberdade editorial e de autonomia de programação dos órgãos de comunicação social”. Mas terão que encontrar um modelo que, "no mínimo", inclua a participação "das candidaturas das forças políticas já representadas no órgão cuja eleição vai ter lugar e que se apresentem a sufrágio, ou daquelas candidaturas que sejam por estas forças políticas apoiadas".
No caso dos referendos, só é obrigatória a presença nos debates dos representantes dos partidos políticos representados na Assembleia da República ou de grupos de cidadãos eleitoras constituídos para aquele referendo específico – o que significa que estes grupos de cidadãos terão primazia sobre pequenos partidos constituídos há várias décadas.
Na restante cobertura jornalística para além dos debates, vigora o princípio de oportunidades e de tratamento das candidaturas, mas onde os media poderão fazer aquilo que há algum tempo reclamam: tratar como diferentes os eventos que não têm, de facto, a mesma relevância jornalística. “Os órgãos de comunicação social devem observar equilíbrio e equidade no tratamento das notícias, reportagens de factos ou acontecimentos de valor informativo e relevância jornalística análoga”, estipula o projecto da maioria.
Entre outras regras jornalísticas, o diploma obriga a que os meios de comunicação social que tenham candidatos às eleições como colaboradores “regulares, em espaço de opinião, na qualidade de comentadores, analistas, colunistas ou através de outra forma de colaboração equivalente”, suspendam essa participação durante o período de campanha eleitoral e até ao encerramento da votação – o que deixa em aberto a possibilidade de ter esses candidatos a comentar a noite eleitoral.
O texto do diploma prevê que a nova lei se aplica às eleições para Presidente da República, para a Assembleia da República, para o Parlamento Europeu, para os órgãos das autarquias locais e aos referendos nacionais. Mas nada diz sobre as eleições para as assembleias legislativas dos Açores e da Madeira. O PÚBLICO tentou contactar o pSD e o CDS mas não obteve resposta.
O PÚBLICO contactou a Plataforma dos Media Privados, que tem sido a associação do sector que mais se tem batido pela mudança da lei que data de Fevereiro de 1975, mas não obteve resposta.
A Confederação Portuguesa dos Meios de Comunicação Social não tem criticado a legislação em vigor, mas já apresentou uma proposta em que admite restrições à liberdade editorial durante a campanha – como preconiza a interpretação que a Comissão Nacional de Eleições faz da lei em vigor.
O Presidente da República tem que marcar as legislativas até 60 dias antes da data que escolher, que pela lei tem que ser entre 14 de Setembro e 14 de Outubro. Em 2009, o decreto de marcação data de 9 de Julho, e presume-se que este ano Cavaco Silva não fuja muito dessa altura. O chefe de Estado já admitiu preferir o mês de Outubro para que nem os portugueses sejam chamados a votar ainda nas férias nem os partidos tenham que andar a fazer campanha nas praias.
Este projecto de lei da maioria é uma espécie de "remendo" ao diploma que se encontra na comissão parlamentar de direitos, liberdades e garantias há pouco mais de um ano, e a uma outra proposta que teve a mão do PS, PSD e CDS mas que acabou por ser enterrada pela polémica que levantou. O articulado elaborado pelos três partidos previa, entre outras questões, a criação de uma comissão mista entre a CNE e a ERC que teriam que dar um visto prévio aos planos de cobertura da campanha dos órgãos de comunicação social - e multas altas para a falha na entrega desses planos ou pela sua violação.

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É um dos casos em que uma democracia saudável e verdadeiramente democrática poderia pôr cobro às pretensões da elite governativa, cujo descaramento é desta feita esclarecedor. Aliás, numa democracia saudável não haveria debate político algum sem a participação de todas as forças partidárias existentes, com ou sem assento parlamentar, uma vez que não há absolutamente nenhum argumento democrático que legitime a discriminação dos partidos consoante a sua votação no que respeita à fatia de comunicação com o povo que lhe cabe nos média. Efectivamente, a posição que cada partido ocupa no parlamento só é válida ou só deveria ser válida por quatro anos, devendo por isso mesmo ser democraticamente posta em causa a cada acto eleitoral. 
Significa tudo isto que nem sequer os tempos de antena deviam ser mais de uns que doutros consoante o seu poder parlamentar e/ou económico.

FUTURO DONO DO NOVO BANCO NÃO TERÁ DE PAGAR AOS LESADOS DO BES

Fonte: http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=1&did=189060#.VWlpxGdlbKw.facebook
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O futuro dono do Novo Banco não terá de pagar o papel comercial vendido aos balcões do BES, garante o Banco de Portugal.
O esclarecimento foi dado no início deste mês aos potenciais interessados na instituição que resultou da resolução ao Banco Espírito Santo (BES).
O supervisor lembra, em comunicado, que na divisão em “banco bom” e “banco mau”, em Agosto do ano passado, todas obrigações sobre instrumentos de dívida emitidos pelo Grupo Espírito Santo (GES) ficaram no “BES mau”, juntamente com outros activos considerados tóxicos.
Por isso, conclui o Banco de Portugal, o Novo Banco não tem qualquer responsabilidade sobre os produtos vendidos aos balcões do Banco Espírito Santo.

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Resta saber quem pagará aos Zés povinhos o que perderam com o «banco mau»... ou se em vez disso também o «banco bom» foi criado por quem fez o «banco mau»...

sexta-feira, maio 29, 2015

EVENTO DA PFI SOBRE TREBARUNA


IMIGRAÇÃO ILEGAL DE SENEGALESES TINHA COOPERAÇÃO DO PRÓPRIO EMBAIXADOR TUGA

O antigo embaixador português no Senegal,António Montenegro foi condenado a quatro anos e seis meses de prisão.
Em causa estavam os crimes de auxílio à imigração ilegal, corrupção passiva, abuso de poder e falsificação de documentos, que o diplomata teria praticado nos anos de 2007 e 2008, quando foi responsável pela embaixada em Dacar.
A investigação, desencadeada pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) em 2009 e conduzida pelo Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa, concluiu que António Montenegro terá facilitado a concessão de centenas de vistos, não só a troco de dinheiro, mas também de favores sexuais por parte de jovens senegalesas que obtinham os vistos.
Para além do embaixador, que tem actualmente 69 anos e está aposentado desde 2011, o Tribunal da Comarca de Lisboa condenou ainda a encarregada de negócios da embaixada a dois anos de prisão por participação activa no esquema dos vistos.
Em ambos os casos, o tribunal diz que as penas de prisão podem ficar suspensas se os condenados pagarem 10 mil e 2.500 euros, respectivamente, a associações de imigrantes.
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Fonte: http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=25&did=188864

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E os senegaleses que entraram ilegalmente... serão todos expulsos do País?... A notícia não o diz, mas espera-se que sim, por uma questão da mais elementar legitimidade... se bem que, pessoalmente, não punha a mão no fogo por isso...

GOVERNO ENTREGA METRO DO PORTO A PRIVADO - E O POVO PAGA SEM SABER

O Governo recua e já admite dar indemnizações compensatórias ao futuro operador do metro do Porto. Mas essa possibilidade, que diminui o risco do privado e melhora a equação financeira do negócio de concessão, nunca foi incluída no caderno de encargos nem divulgada publicamente pela Metro ou pelo Estado.
Beneficiará o consórcio catalão - a quem foi adjudicada a exploração do sistema do metro a partir de 1 de Agosto deste ano e até 31 de Julho de 2025. Porém não entrou nas contas feitas pelas restantes empresas que levantaram o caderno de encargos e não chegaram a apresentar propostas no concurso por causa do risco do negócio. Até a Câmara do Porto, após uma avaliação económica, desistiu de ir à corrida por considerar que o negócio seria inviável sem indemnizações compensatórias. Só que, afinal, o Governo está disposto a dar "compensações financeiras" em circunstâncias específicas que a Metro do Porto e o Ministério da Economia não revelam. O compromisso está vertido no Relatório e Contas do ano passado da Metro.
Ler mais na versão e-paper ou na edição impressa
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Fonte: http://www.jn.pt/paginainicial/pais/concelho.aspx?Distrito=Porto&Concelho=Porto&Option=Interior&content_id=4592811&utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+JN-ULTIMAS+%28JN+-+Ultimas%29   (Artigo originalmente redigido sob o acordo ortográfico de 1990 mas corrigido aqui à luz da ortografia portuguesa)

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Cada vez mete mais nojo a converseta da neo-liberalagem que se quer justificar com os custos das empresas públicas para o Estado para depois gastar à mesma dinheiro do povo mas para o entregar a privados.

NA SUÉCIA - POLÍCIA RECONHECE QUE DISCRIMINOU CONTRA BRANCOS

Agradecimentos a quem aqui trouxe esta notícia: http://br.sputniknews.com/mundo/20150529/1159032.html
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Durante muitos anos a Polícia negava e tentava esconder a situação em torno da discriminação sexual e étnica na admissão à Academia de Polícia.
Mas a recente decisão do tribunal de Estocolmo esclareceu tudo, escreve a edição sueca FriaTinder. A Polícia violava a lei sobre discriminação e agora está obrigada a pagar recompensa aos quatro homens que foram alvos da descriminação.
Alguns anos atrás Daniel Stahl e mais três homens suecos iniciaram um processo penal contra a polícia por causa de discriminação durante a admissão ao estudo na Academia de Polícia. Pediram também a ajuda do Centro de Justiça sueco.
Assim como milhares de outros pretendentes que tentaram entrar na Academia, foram eliminados por causa da descriminação sexual e étnica. A razão é que na Academia desde muito tempo há quotas de admissão de mulheres e migrantes.
Por causa disso, apesar de dois terços de pretendentes serem homens, e apesar de obtiverem melhores notas nos testes físicos e de língua, as mulheres obtiveram metade de lugares. Tal descriminação teve lugar no aspecto étnico também.
Na véspera da audiência principal do tribunal de Estocolmo a Polícia não teve outro remédio senão recuar. Alguns dias atrás o tribunal obrigou a polícia a cobrir todas as despesas das vítimas, nomeadamente cem mil krones suecos (cerca de 37 mil reais brasileiros) a cada um.
“O que aconteceu é muito importante. A Polícia confessou oficialmente que tinha admitido descriminação sexual e étnica. Iiremos vigiar o assunto para que isto não se repita na Polícia ou em qualquer outro lugar”, manifestou Clarence Crafoord, chefe do Centro de Justiça e advogado neste caso.
Porém não está claro como a justiça sueca irá sair desta “cilada jurídica” que ela mesma criou. Porque as leis na Suécia que lutam contra discriminação obrigam as organizações a introduzir quotas de admissão de representantes de camadas vulneráveis da sociedade, inclusive, por exemplo, migrantes. Mas neste caso os direitos de representantes decentes da maioria são prejudicados – são privados da possibilidade de concorrer com os pretendentes privilegiados de igual para igual. Assim ironicamente a luta contra discriminação gera discriminação.

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Uma ironia e uma confusão que só tem sentido num estado de coisas em que se tenha perdido de vista a mais elementar das legitimidades - a discriminação é não apenas um direito mas até um dever quando se fala em privilegiar os autóctones, que na sua terra devem ter toda a prioridade, em tudo, sobretudo quando se trata da obtenção de cargos de segurança no território nacional, cuja atribuição exclusiva a nacionais deveria, aliás, estar garantida.

OS PORTUGUESES VÃO RECEBER AJUDA DA UNIÃO EUROPEIA... MAS PARA DAR AOS DITOS REFUGIADOS...

Agradecimentos à leitora que aqui trouxe esta notícia: http://sicnoticias.sapo.pt/pais/2015-05-27-Portugal-pode-receber-10-M-para-acolher-1701-refugiados
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Portugal poderá vir a receber 10 milhões de euros para acolher 1700 refugiados que entraram na Europa através da Grécia e Itália. Os números fazem parte do  mecanismo temporário de emergência apresentado hoje pela Comissão Europeia, para aliviar a pressão sobre os dois países.
Bruxelas quer distribuir 40 mil requerentes de asilo, naturais da Síria e Eritreia, pelos vários Estados-membros. Nas contas da Comissão, Portugal deverá receber 4,25% dos pedidos e 6 mil euros por cada refugiado. 
Além dos 1701 refugiados, a Comissão recomenda ainda que o Portugal reinstale 700 requerentes de asilo que estão em campos das Nações Unidas fora da União Europeia. 
No total, nos próximos dois anos, Portugal poderá vir a acolher mais de 2200, um número muito superior aos 55 refugiados que receberam protecção portuguesa em 2014. 

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Agora é esperar mais uns dez milhões, ou talvez, vá lá, cinco, para dar abrigos decentes e refeições diárias a quem em Portugal vive na rua... Claro que estes não são alógenos, não tem por isso a mesma piada ajudá-los, mas  enfim, sempre são seres humanos...

Obviamente que, numa sociedade sadia, em primeiro lugar garantia-se que não havia um só autóctone sem saber se no dia seguinte teria ou não que comer, só depois se ajudava fosse que alógeno fosse, mas para já as coisas estão assim... enquanto os Nacionalistas não alcançam algum poder sobre a sociedade. 


IV JORNADAS DAS LETRA GALEGO-PORTUGUESAS DE PITÕES DAS JÚNIAS - AMANHÃ E DEPOIS


Para consultar o programa do evento, aceder a esta página:
http://despertadoteusono.blogspot.com.es/2015/04/programa-provisorio-dia-30-de-maio.html

quarta-feira, maio 27, 2015

NOS MEANDROS DA EUROPA ESLAVA - JOVENS CELEBRAM RELIGIOSAMENTE DA PRIMAVERA NA CROÁCIA


























Imagens do rito em honra de Jarilo, Deus da Primavera, realizado em finais de Maio, no monte Ucka, Croácia.

Clicar aqui para ver mais fotos: http://www.slavorum.org/how-croatian-rodnovers-celebrated-jarilo/


FESTIVAL DA EUROVISÃO DE 2015


Realizou-se mais um Festival da Canção na Europa que foi bem menos europeu do que o seu nome sugere. As músicas cantadas nas línguas nacionais são raríssimas. Impôs-se uma americanização não apenas musical e linguística mas até mesmo estética de maneira tal que assistir àquilo é pouco diferente de ver o canal MTV ou coisa parecida. O espírito basicamente competitivo conjuga-se com o molde dos gostos dominantes para que se imponha esse estado de coisas. Eventualmente acreditam, os concorrentes e autores, que as suas possibilidades de vencer aumentam exponencialmente se cantarem em Inglês e com trejeitos éMeTiVescos. Talvez tenham razão, mas o resultado é genericamente empobrecedor e tira valor ao que deveria ser um evento especificamente europeu. Valha, neste caso, o bom exemplo português, que por orgulho e/ou coerência dos autores e júris resiste sempre à baratice da competitividade e leva ao evento letras na língua pátria. Uma obrigatoriedade de que os representantes dos países cantassem cada qual na sua língua étnica faria todo o sentido, do mesmo modo que faria sentido proibir as selecções desportivas nacionais de incluírem atletas naturalizados. Sem isso ou medida equivalente, a descaracterização etno-musical permanece e torna-se em diversos casos deprimente quando não chocante.
Descaracterização étnica também sintomática foi visível na escolha das apresentadoras - uma negra, uma mulata e apenas uma branca europeia. Assim de repente dá aspecto de constituir uma concretização deveras primária, grosseiramente ostensiva, da ideia de que a Europa é para todos, quando a mais elementar legitimidade indica que a Europa é, enfim, o espaço específico dos Europeus, que é uma coisa para se dizer com calma e sobriedade mas sem ser preciso pedir muita desculpa...
Salvam-se os cenários e o palco, os efeitos luminosos epicamente magistrais, bons demais para o que por ali se ouviu, bons demais também para serem usados uma só vez.

PRESIDENTE E PRIMEIRO-MINISTRO TURCO QUEREM JERUSALÉM? E... QUE MAIS?...

Fonte: 
 - http://www.minutodigital.com/2015/05/26/ante-sus-partidarios-erdogan-prometa-conquistar-espana-y-jerusalen/
 - http://shoebat.com/2015/05/15/erdogan-of-turkey-just-gave-a-speech-asking-his-people-to-elect-his-party-because-he-aims-to-invade-jerusalem/
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Em Erzincan, cidade da Ásia Menor, o presidente turco Recep Tayyip Erdogan teceu em discurso partidário uns quantos comentários e incitações que, sintomaticamente, não parecem estar a ser referidos no Ocidente excepto pelos islamófobos do costume... Na Turquia o discurso foi publicado pela agência oficial de informação turca Anadulu.
Diante da multidão composta pelos militantes do seu partido, o APK, Erdogan prometeu «reconstruir o califado otomano» e recuperar Jerusalém. Disse mais umas coisas, que eu não sei ao certo o que são e custa-me a acreditar nas traduções presentes nos artigos que pude encontrar sobre a matéria. Acho demasiado ousado para ser verdade, pelo menos em 2015 parece-me demasiado cedo para Erdogan dizer o que alegadamente disse: que quer reconquistar Jerusalém e até mesmo o Al-Andalus, porque acha que tudo isso pertence aos muçulmanos. «Al-Andalus» é o nome que os muçulmanos dão à Espanha, entenda-se, à Península Ibérica.
As eleições legislativas turcas estão agendadas para 6 de Junho deste ano. As sondagens dão ao APK uma vitória com dez pontos de vantagem sobre o segundo partido mais votado, o CHP.
Segundo as traduções disponíveis nas páginas acima, Erdogan lamenta que os muçulmanos estejam em conflito uns com os outros em vez de combaterem, unidos, por Jerusalém, e evoca não apenas o exemplo de Saladino, conquistador muçulmano de Jerusalém, mas também o de Tariq Ziad Bin, o conquistador muçulmano da Península Ibérica.
De notar que, recentemente, o primeiro-ministro turco, Ahmed Davutoglu, declarou, num debate, que «Jerusalém pertence aos muçulmanos, não aos Judeus» em resposta ao líder da oposição democrática, Salahuddin Dmirattash, que tinha dito «a praça Taksim representa para os trabalhadores o que a cidade de Jerusalém representa para os Judeus e a Caaba representa para os muçulmanos.» Foi então que Davutoglu retrucou: «Jerusalém é nossa casa e todos somos de Jerusalém», aproveitando para acusar Dmirattash de ter deixado de ser muçulmano, fazendo uma referência irónica ao nome do oponente, que é o mesmo que o de Saladino, o herói islâmico acima referido, líder combatente de origem étnica curda.

E é isto a liderança do país «laico» que boa parte da elite europeia, incluindo toda a cambada parlamentar tuga, quer enfiar pela Europa adentro... uma liderança que é manifestamente hostil ao seu antigo aliado na região, Israel, mas que caso o Estado Judaico se defenda militarmente com êxito daqui a uns tempos, é bem capaz, a mesma liderança, de carpir mágoas e declarar-se solidária com as vítimas «inocentes» da máquina de guerra judaica.

A IDENTIDADE COMO GARANTIA DA DIGNIDADE HUMANA

O ser Humano é um ser social. Nasce, vive e morre convivendo e aprendendo com outros seres humanos. Uma vida inteira de isolamento total é incompatível com a natureza humana, pelo que podemos afirmar que o Homem, para poder singrar no meio de uma Natureza que tantas vezes lhe é adversa, tem de viver no seio de um colectivo. Mas, para que possa ganhar auto-confiança e enriquecer esse mesmo colectivo com a sua diferença, necessita também de ver assegurada a sua individualidade. Há pois que buscar um ponto de equilíbrio entre a dimensão colectiva e a dimensão individual do Homem.
Esta reflexão aplica-se também às grandes doutrinas que têm pautado o pensamento político e económico dos últimos séculos: enquanto o liberal-capitalismo incentiva o individualismo, o “cada um por si”, o consumo desenfreado e a lei do triunfo do mais capaz de singrar à custa de todos os outros (filosofia tão bem expressa nesse famoso símbolo do liberal-capitalismo selvagem que é o jogo do “Monopólio”), o Marxismo visa a colectivização, privando o ser humano da sua individualidade e reduzindo-o a uma mera peça de uma máquina chamada Estado, que tudo domina. Ambas estas filosofias têm-se revelado verdadeiros fracassos em termos sociais: a primeira porque gera um clima de competição destrutiva na sociedade e a segunda porque castra o ser humano, privando-o da sua individualidade e desmotivando-o de contribuir para a evolução de todos através da sua iniciativa. Mais grave ainda, estas duas filosofias tratam de querer impor-se à escala global, tendencialmente privando o Homem dos seus laços e afinidades – para que não pense em mais nada senão no consumismo e na luta pelo lucro (no caso do liberal-capitalismo) ou em servir a máquina do Estado (no caso do marxismo). Chegamos assim a duas faces da mesma moeda, que no léxico da política actual se designam por Globalização Capitalista e por Globalização “Alternativa” (marxista). Mas, perguntamos nós, que liberdade terá o ser humano em sociedades onde não é mais do que uma unidade isolada em constante competição selvagem com os outros, ou em que não passa de uma mera peça de uma engrenagem, sem direito a enriquecer-se a si e ao colectivo através de iniciativas próprias? E que liberdade poderá ter qualquer indivíduo se não lhe restar outra alternativa senão viver segundo um daqueles dois modelos, que têm por objectivo último impor-se à escala global?
O nacionalismo verdadeiro apresenta-se como alternativa/ponto de equilíbrio entre o individualismo radical do liberal-capitalismo e o colectivismo igualmente radical do marxismo, pois incentiva a individualidade e a iniciativa privada de cada pessoa, sim, mas desde que isso não coloque em causa a coesão do colectivo onde essa mesma pessoa se insere. Assim, garante que o ser humano possa manter equilibradamente as duas dimensões que o caracterizam e que lhe garantem a felicidade e o equilíbrio: a dimensão individual e a dimensão colectiva. Mas vai mais longe: numa altura em que o Mundo parece dominado pelas ideologias e forças globalizadoras, que pretendem destruir as Nações e as Identidades para assim poderem criar um Governo Único à escala planetária, o Nacionalismo responde apresentando a preservação das Identidades Nacionais como resposta e como única forma de fazer face ao perigo de perda da liberdade que o ser humano e os Povos correriam se em todo o Mundo houvesse uma só filosofia, um só modelo económico e um só sistema de governo, no qual a classe política dominante arrasaria todas as propostas alternativas, para poder manter assim os seus privilégios.
Por isso afirmamos que a única forma de garantir a dignidade humana e a liberdade do ser humano é defender as Identidades dos Povos, para que estes possam viver em contacto uns com os outros, mas cada um segundo os seus próprios modelos e formas de ver o Mundo e para que não haja assim um modelo e uma oligarquia únicos à escala mundial. O nacionalismo defende pois um mundo multipolar, e qualquer outra forma de “nacionalismo” que não respeite este princípio não passará de imperialismo. Com efeito, onde existe uma Identidade existe um Povo diferente de todos os outros. E, onde há um Povo, existe um conjunto de indivíduos que, por formarem um todo homogéneo, podem mais legitimamente reclamar o seu direito à soberania e, desde logo, à liberdade, pois uma Nação só é livre quando é soberana. A prova de que a preservação da Identidade torna mais fácil a luta pela Soberania e pela Liberdade é evidente: é com base nisso que reconhecemos que fez sentido, por exemplo, reclamar a independência da Arménia em relação à Rússia, mas não faria sentido reclamar a independência da Beira Alta em relação a Portugal. Onde houver povos diferentes haverá pois mais legitimidade para reclamar a soberania e onde houver soberania estará garantida a liberdade dos Povos, que deverão depois garantir aos seus filhos a liberdade suficiente para evoluírem sem porem em causa a coesão do todo onde se inserem.
É tempo pois de projectarmos um futuro não de escravatura mas sim de equilíbrio, justiça e liberdade. Por um Portugal livre e soberano, gritemos bem alto: contra as globalizações, ergamos as nações!
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Fonte: http://www.pnr.pt/noticias/nacional/identidade-como-garante-da-dignidade-humana/

UM DOS PAÍSES MAIS POBRES DA EUROPA É UM DOS QUE PAGA MAIS PELO GÁS E PELA ELECTRICIDADE

Fonte: http://economico.sapo.pt/noticias/gas-e-luz-em-portugal-sao-dos-mais-caros-da-europa_219500.html
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Segundo dados do Eurostat, publicados esta quarta-feira, o preço da electricidade no mercado nacional é o segundo mais caro da UE. Já o preço do gás doméstico é mesmo o mais elevado.
O valor pago pelos portugueses por 100 kilowatts (KW) por hora, ajustado à paridade de poder de compra, é de 27,4 euros, sendo mais elevado que a média da UE a 28, de 20,8 euros, e apenas superado pela Alemanha, onde o KW por hora custa 28,2 euros.
No que diz respeito ao preço do gás, a situação de Portugal não é muito diferente. O preço do kw/hora é de 12,8 euros, sendo superior à média paga tanto na zona euro como na UE.
O Eurostat evidencia ainda que o custo de electricidade em Portugal registou uma variação positiva de 4,7% entre o segundo semestre de 2013 e o segundo semestre de 2014, o que representa o quarto maior aumento entre os países do bloco europeu. As maiores subidas registaram-se no Luxemburgo (5,6%), Irlanda (5,4%) e Grécia (5,2%).
No que toca ao aumento do preço do gás, Portugal aparece no primeiro lugar do ranking, com uma subida de 11,4%.
Segundo os mesmos dados, o preço da electricidade e do gás nos 28 Estados-membros da UE subiu em média 2,9% e 2%, respectivamente, no período em análise. Na zona euro, a subida foi de 2,7% e 0,5%.
Já a carga fiscal sobre a electricidade em Portugal é de 42%, a terceira mais elevada da UE, apenas superada pela Dinamarca (57%) e pela Alemanha (52%). No que diz respeito ao gás, a carga fiscal é de 23%, a nona mais elevada entre os 28.

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Não hão-de os vítorgaspares dizer que este é o melhor Povo do mundo... pudera. Aqui os vítorgaspares e seus amigalhaços estão nas suas sete quintas, muitas vezes literalmente...

SUECOS INDIGNADOS COM ALUSÃO DO PRIMEIRO-MINISTRO A CONVIDAR TODO O MUNDO PARA A SUÉCIA

Agradecimentos a quem aqui trouxe esta notícia: http://br.sputniknews.com/sociedade/20150526/1120587.html#ixzz3bHiSdTaE
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Uma congratulação inofensiva ao cantor sueco pelo vitória no concurso Eurovisão feita pelo primeiro-ministro da Suécia Stefan Löfven no seu Facebook provocou uma onda de indignação por parte de cidadãos suecos.
“Parabéns, Måns [Zelmerlöw, nome do cantor que venceu o concurso]!… No ano que vem vamos convidar toda a Europa”, escreveu Löfven. Segundo as regras do concurso, o país vencedor sedia a próxima Eurovisão.
Porém, parece que os cidadãos suecos estão fartos da política de portas abertas do seu país e não têm vontade de convidar toda a Europa à Suécia. 
“Ah, então toda a Europa? O facto de que já convidamos todo o Médio Oriente e África não é suficiente para ti?”, escreve um dos usuários.
“E eles todos também irão receber subsídios sociais?”, continua outro.
“Toda a Europa? Todo o maldito mundo já aqui está!”
“E os combatentes do EI irão receber privilégios na Eurovisão? Inscrever-se-ia bem na tua política!”, diz um comentarista, supostamente referindo o escândalo ligado às condições favoráveis criadas pelas autoridades suecas aos jihadistas que voltam à Suécia do Médio Oriente.
“E os impostos serão suficientes para isso? Ou neste caso também tiraremos uma parte do fundo de pensão?”
 Porém, a maior parte dos usuários não está exactamente assustada e indignada, mas em primeiro lugar desiludida. Pura e simplesmente não acreditam que o primeiro-ministro possa realizar as suas promessas:
“Nem isso farás, só promessas vazias”, escreve um dos usuários suecos do Facebook. 
As poucas postagens que mostram apoio ao primeiro-ministro ficam perdidas no coro de indignação.   

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O povinho é lixado, especialmente o que mais conscienciosamente democrático - aproveita todas as ocasiões, mesmo as que não têm corno a ver com o assunto, para manifestar a sua «xenofobia» e o seu «racismo»... A população sueca está farta de líderes políticos a convidarem o mundo inteiro para dentro do país. Alguns ainda devem ter em mente a converseta de um primeiro ministro de «Direita» - de «Direita», note-se, não de Esquerda - Fredrik Reinfeldt a dizer que os países nórdicos têm muito espaço por habitar, como aqui se lê: http://www.ruthfullyyours.com/2014/12/11/is-a-country-merely-empty-space-by-fjordman/

Não há-de a elite reinante ter medo da simples existência dos partidos de Extrema-Direita... sabe que estes são precisamente os que têm maior potencial de crescimento, porque vão ao encontro do que de mais vital e profundo existe no seio do povo, ou não fosse o Nacionalismo o instinto da Estirpe vertido em forma ideológica e política.


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terça-feira, maio 26, 2015

SOBRE O CASO DO LIVRO ESCOLAR COM UM EXEMPLO DE VIOLÊNCIA CONTRA UM ANIMAL

Agradecimentos a quem aqui trouxe esta notícia: http://expresso.sapo.pt/sociedade/2015-05-22-O-Diogo-atirou-o-gato-da-varanda.-E-so-mais-um-exercicio-de-Fisica-ou-um-caso-infeliz-- (artigo originariamente redigido sob o acordo ortográfico de 1990 mas corrigido aqui à luz da ortografia portuguesa)
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O Diogo e o gato fazem parte de um enunciado que estava num livro de exercícios destinado a alunos do 9º ano. Trata-se apenas de "um exemplo infeliz" de quem o escreveu? Ou pode ter uma influência, consciente ou não, na atitude dos jovens perante os animais?  Dois psicólogos evidenciam ao Expresso visões distintas.
«O Diogo largou um gato na varanda do seu quarto, situada a 5 metros do solo." Era este o início do enunciado de um exercício de Físico-Química de um livro escolar da Areal Editores, destinado aos alunos do 9º ano de escolaridade (com idades próximas dos 14 anos). Nele, pedia-se para representar a "força aplicada ao gato durante a queda", "a energia cinética" e "potencial" e o "valor da velocidade" com que o gato chega à "posição B".  
O exercício gerou polémica, dentro e fora das redes sociais, de tal forma que a editora pediu esta quinta-feira desculpa pela "infelicidade" do exemplo, na sua página de Facebook - acrescentando que este "não constará na versão que será disponibilizada aos alunos" (uma vez que a comercialização do livro estava prevista apenas para Agosto).  
Um exercício deste tipo pode ter influência em atitudes e acções futuras por parte dos alunos que o tentam resolver ou os estudantes centram-se exclusivamente na resolução da pergunta? A resposta não é tão simples como parece ser e nem os dois psicólogos contactados pelo Expresso concordam na influência que perguntas deste género podem ter no comportamento dos alunos.   

Paulo Jesus, da Universidade de Lisboa, sublinha que o essencial neste caso "é uma questão ética", ou seja, "o facto de um livro pedagógico não ter consciência ética nos seus conteúdos". O psicólogo refere ainda que, ainda que os autores não o façam de má-fé, existe neste caso uma espécie de "laxismo ético", que assenta na "objectificação do animal". 
"Certamente, os autores do manual consideraram que um adolescente é capaz de se distanciar em relação ao conteúdo - e, em parte, existe essa capacidade, mas ainda é vulnerável", explica Paulo Jesus. "A relação entre os adolescentes e os animais está longe de estar configurada nestas idades." Para reforçar o seu ponto de vista, o psicólogo dá o exemplo do bullying: "Se os adolescentes são susceptíveis de mimetizarem actos de bullying contra colegas, contra os animais será ainda mais fácil", especialmente se não estiverem adultos por perto e se estiverem em grupo. 
Paulo Jesus reforça que existem vários estudos que mostram a influência de representações, como imagens e vídeos, no comportamento violento de crianças e jovens, mas sublinha que esta não é uma relação de causalidade directa. Fatores como "a relação prévia desses sujeitos com a violência animal", os seus "valores éticos" e "o modo como uma ocasião similar se apresenta ou não" têm um peso importante no comportamento e atitudes dos estudantes. A idade também é outra dessas variáveis: "Quanto menor for a idade, e a complexidade cognitiva do jovem, mais problemática é a interpretação do conteúdo".  

Jorge Humberto, psicólogo do agrupamento de escolas de Valongo, tem uma opinião diferente. "Parece-me que a polémica não é justificada e é, em parte, consequência de um período de demasiada sensibilidade em relação a tudo o que acontece nas escolas." O psicólogo escolar considera que, num caso como este, os alunos "concentram-se exclusivamente no exercício em si" e que o exemplo "dificilmente será transposto para o quotidiano". E exemplifica, novamente com estes pequenos felinos: "É como aquela lengalenga infantil, 'Atirei o pau ao gato'. As crianças estão mais focadas na música do que no seu significado", sublinha.  
O psicólogo escolar não deixa de referir que "os autores do exercício poderiam ter encontrado um exemplo mais feliz", mas realça que este não terá "influência emocional" nas crianças e jovens, que "não se focam nele" e estão, "hoje em dia, bastante sensibilizadas para a questão dos animais".  
Paulo Jesus vai ainda mais longe e propõe uma formulação alternativa do enunciado, que considera mostrar um certo "humor deslocado" por parte de quem o elaborou. Mas, para ser realmente um exercício humorístico, segundo o psicólogo da Universidade de Lisboa, este teria que perguntar "qual a velocidade necessária para salvar o gato?". Assim, "o exercício já teria uma certa ironia e seria mais pedagógico."

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Pelo sim pelo não é bem melhor não arriscar, que o psicólogo de cima pode ter razão...
A polémica causada é em si mesmo um sinal de evolução das mentalidades. Claro que, conscientemente, a cançoneta do «atirei o pau ao gato» não tem ar de levar as crianças a agredir felinos domésticos, mas a ideia subjacente à letra não é edificante e não sei até que ponto é que não poderia ter o mesmo efeito que o enunciado do exercício de Física acima enunciado, a saber, o de implicitamente dar como adquirido que fazer mal a gatos é «normal» ou pelo menos corriqueiro. E já o foi, de facto. Noutros tempos era muitíssimo comum os rapazes caçarem pássaros e gatos só para os matarem, e ainda hoje há petizes que magoam animais só porque pensam que estão impunes para o fazer, como aqui foi mostrado numa notícia da semana passada, em que um grupelho de fedelhos ciganos se entretia a alvejar um gato com uma pressão de ar e ainda filmava a cena. Enfim, boa parte senão a maior parte da população actual foi formada em estreita ou relativa proximidade, consoante os casos, com o hábito da matança do porco, que se reveste quase sempre de um abjecto sadismo, pelo menos cá pelo burgo. Sintomaticamente esta e outras práticas foram já proibidas e é possível que o mesmo venha a acontecer com a tourada, tal como já aconteceu no Reino Unido com a caça à raposa. Na melhor das hipóteses constituem resquícios de selvajarias antigas que vão ficando para trás, pelo menos no que à civilização europeia diz respeito, com a sua valorização e dignificação progressiva de todos os seres vivos.


CONFIRMADA A EXISTÊNCIA DE LISTAS VIP

Fonte: http://www.jn.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=4487005
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A Comissão Nacional de Protecção de Dados confirmou esta terça-feira a existência de uma 'lista VIP' de contribuintes na Autoridade Tributária.
Nessa lista, estão incluídos os nomes do presidente da República, do primeiro-ministro, do vice-primeiro-ministro e do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais.
Até estagiários têm acesso aos nossos dados fiscais.
Segundo uma deliberação da semana passada e publicada esta terça-feira, a Comissão Nacional de Protecção de Dados (CNPD) divulga um e-mail enviado pela Área de Segurança Informática do fisco (ASI) especificando o universo sujeito a alerta 'VIP'.
"Informo que o universo sujeito a alerta 'VIP' é o seguinte: Passos Coelho, Cavaco Silva, Paulo Portas, Paulo Núncio", refere a ASI no email, datado de 24 de Fevereiro e enviado à Direcção de Serviços de Auditoria Interna (DSAI) e a Graciosa Delgado, directora da área de informática.

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É assim num país que já o rei D. Carlos dizia que era «de bananas, governado por sacanas». A elite por cá não apenas está muito mais acima do povo em termos sócio-económicos do que as outras elites europeias como até tem protecção especial dos seus dados económico-financeiros, como se tivesse algo a esconder. 
Trata-se de todo um vício de mentalidade para o qual só há uma solução - democratização pura e dura, consciencialização do povo para a percepção de que precisa de estar atento, e ser interventivo, para defender a dignidade que lhe é devida.

ELITE REINANTE EM OLIVEIRA DO HOSPITAL PRONTIFICA-SE A RECEBER ALÓGENOS

O município de Oliveira do Hospital, quer dar um exemplo de “solidariedade” ao país e à Europa, no caso dos muitos refugiados chegados a Lampedusa, em Itália, vindos do Norte de África pelo Mediterrâneo.
Em carta enviada ao primeiro-ministro, o presidente da Câmara, José Carlos Alexandrino, já manifestou a vontade do município, em acolher dez famílias de refugiados ou vinte pessoas, assumindo, inicialmente, o seu alojamento, integrando-as depois, em vários locais do concelho.
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Fonte: página de Facebook do PNR Coimbra

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Falta saber se é desta que também vão receber alojamento os autóctones que vivem na rua, segundo um testemunho de quem lá vive...

COMIDA PARA CENTENAS DE VIPS EM COIMBRA - À CONTA DO ESTADO

A Câmara Municipal de Coimbra, aprovou na sua reunião quinzenal, o pagamento do jantar, que será servido a duzentos e cinquenta (250) VIPs, que depois, irão assistir à final da Taça da Liga, no estádio Cidade de Coimbra.
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Fonte: página de Facebook do PNR Coimbra a partir de notícia nesta página - http://www.noticiasdecoimbra.pt/municipio-de-coimbra-paga-jantar-a-250-vips/


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O problema é haver crise, porque se não fosse a crise o banquete era para quatrocentos ou quinhentos vipes... 

Enfim, os vipes também têm de comer, também são humanos, e muitos deles ganham meros três mil euros por mês, que, segundo muitos deles próprios, é muito pouco...

PREPARA-SE NO TAJIQUISTÃO A PROIBIÇÃO DE NOMES ÁRABES/MUÇULMANOS

No Tadjiquistão surgiu há menos de um mês uma iniciativa ao mais alto nível político para proibir os nomes muçulmanos. O presidente Emomali Rahmon ordenou ao parlamento nacional que considerasse uma proposta de lei para que doravante não se possa registar no Ministério da Justiça antropónimos de origem árabe.
Um oficial do Ministério da Justiça, Jaloliddin Rahimov, explicou do que em termos práticos se trata esta nova medida: «Depois da adopção destes regulamentos, os registos civis não registarão nomes que sejam incorrectos ou alienígenas à cultura local, incluindo nomes para designar objectos, flora e fauna, bem como nomes de origem árabe». Em princípio tal alteração legislativa aplicar-se-ia apenas a recém-nascidos dados à luz apenas depois de a lei ser promulgada. Há todavia uma tendência crescente entre os parlamentares para encorajar os indivíduos com nomes árabes a mudarem para nomes de origem tradicional tadjique. 
A popularidade crescente de nomes associados com o Islão, tais como Aisha, Asiya e Sumayah, bem como a adição de sufixos tradicionalmente islâmicos como por exemplo -khalifa e -amir, parecem estar a preocupar as autoridades num país onde a esmagadora maioria da população (noventa e oito por cento, segundo a Wikipedia citando estatística oficial norte-americana de 2009) é muçulmana.
Com efeito, o governo parece ultimamente apostado em limitar o crescimento da devoção islâmica, tendo para isso tomado uma série de medidas incluindo a restrição imposta a alguns dos que querem fazer a peregrinação (haji) a Meca e à ostentação de sinais de religiosidade, tais como barbas e hijabs. Alguns devotos muçulmanos queixam-se de as forças de segurança lhes terem feito a barba à força, com as autoridades a dizerem aos detidos que ter barba é contra a «política do Estado». 
Entre os factores que motivam esta campanha parece estar o receio de que este país empobrecido se torne num manancial de recrutamento de extremistas islâmicos, sobretudo depois de ter surgido este ano um vídeo em que militantes tadjiques do Estado Islâmico da Síria e do Iraque (EISI) apelam à guerra «santa» ou jihad contra o governo. A ameaça serviu para que a Rússia tivesse recentemente anunciado que prepara uma ajuda de aproximadamente €1.12 mil milhões de euros em material militar destinada ao país tadjique para ajudar a combater o perigo crescente das forças do EISI. 
O Estado do Tajiquistão nega estar a perseguir o Islão, dizendo inclusivamente que planeia construir a maior mesquita da Ásia central, que terá lugar para cem mil adoradores.
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Fonte: https://themuslimissue.wordpress.com/2015/05/25/tajikistan-cracks-down-on-the-spread-of-islam-considers-ban-on-arabic-sounding-names/

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De notar que o Tajiquistão fez parte da União Soviética. Durante anos as autoridades soviéticas tentaram sufocar o Islão, nunca o conseguindo. Menos de oitenta anos é pouco tempo para erradicar um credo que já ali mora desde o século VII ou VIII. O esforço soviético neste sentido terá quanto muito conseguido formar uma elite político-cultural laica, um pouco como na Turquia o kemalismo criou a partir dos anos vinte uma sociedade em que o laicismo agreste - que até proibia o uso de barbas - era imposto de cima para baixo, uma imposição que de resto começaria a soçobrar a partir dos anos oitenta, com a paulatina re-islamização do Estado Turco até à actualidade, quando este país da Ásia Menor é o único do mundo a ter um consulado do Estado Islâmico...
O Islão está pois bem entrincheirado no contexto popular local e isso não se muda em três tempos. O que vive no seio do Povo acaba por vir ao de cima, até que porventura venha a morrer. A desislamização não resultou no Tajiquistão tal como no final do século XIX as elites europeias, laicas quando não ateias, não conseguiriam na altura destruir a Cristandade na Europa. 
Irónico neste caso é que a actuação anti-religiosa soviética acabou por abrir uma brecha para fazer aflorar um verdadeiro nacionalismo, um etnicismo. O Estado do Tajiquistão, nação de raiz étnica indo-europeia, prepara-se por isso para proibir os nomes trazidos pelo invasor árabe islâmico. Esta re-indo-europeização, ou re-arianização prática, já se verificava há cerca de dez anos, precisamente em 2005, conforme notícia que aqui publiquei escassos meses depois, já em 2006: http://gladio.blogspot.pt/2006/01/sustica-propsito-do-que-se-passa-no.html
Como se pode ler nesta página, o Estado do Tajiquistão declarou que 2006 seria o ano da cultura ariana...
A propósito de suástica, é curioso constatar que o estandarte presidencial do Tajiquistão tem ao centro, não demasiadamente disfarçada, uma enorme suástica, como a seguir se pode ver nos braços da cruz em torno do leão:



SEMANÁRIO «O DIABO» DE 26 DE MAIO DE 2015


QATAR QUER ABRIR CENTO E CINQUENTA MESQUITAS EM ESPANHA

El emirato de Qatar planea la apertura de 150 mezquitas en España en los próximos cinco años, hasta 2020. Unos planes que preocupan, y mucho, a la inteligencia española, por lo que supone de posible vía para el incremento del islamismo más radical. Y es que la idea del Emirato es instalar los centros de oración musulmanes en ciudades satélite de las grandes urbes, como Madrid o Barcelona, donde consideran que el ambiente es más propicio para su plan de expansión del islamismo.
Esta información no hace sino elevar la preocupación que reina en los círculos de seguridad e inteligencia españoles que han advertido a distintos sectores del peligro real de un ataque yihadista. La presencia de mezquitas ‘procedentes’ de Qatar preocupa, además, por las sospechas internacionales sobre una posible financiación del Estado Islámico por parte del Emirato. Así lo expresaron el pasado año fuentes ministeriales alemanas, think tanks de Estados Unidos y hasta analistas ingleses aunque el propio emir, Sheikh Tanim bin Hamad Al Thani, ha negado cualquier vinculación con el terrorismo.
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Fonte: http://www.minutodigital.com/2015/05/23/qatar-comienza-su-expansion-en-espana-con-la-apertura-de-150-mezquitas-en-cinco-anos/

CHINESES COM VISTOS DE PERMANÊNCIA SUSPEITOS DE BRANQUEAMENTO DE CAPITAIS

Publicado ontem às 15:50
A Polícia Judiciária apreendeu hoje, no aeroporto de Lisboa, duas malas contendo cerca de um milhão de euros e 3,5 milhões de yuans (cerca de 500 mil euros) em maços de notas envolvidas em celofane.
O dinheiro encontrava-se na posse de uma mulher e de um homem, com 22 e 47 anos, que se preparavam para embarcar com destino a Xangai.
Os suspeitos da prática do crime de branqueamento de capitais, que possuem vistos de permanência em Portugal, foram constituídos arguidos, prosseguindo a investigação para completo apuramento dos factos.
A investigação é dirigida pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa em articulação com a Unidade Nacional de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária.
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Fonte: http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Portugal/Interior.aspx?content_id=4587585

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Serviram para isto, os vistos Gold de Paulo Portas...

QUEM FEZ O QUÊ


... ideologia esta que também matou que se fartou, bem entendido, só que o seu símbolo é por isso mesmo proibido, o outro é que não...


segunda-feira, maio 25, 2015

PETIÇÃO PARA QUE OS BRANCOS SUL-AFRICANOS POSSAM RETORNAR À EUROPA

Agradecimentos ao Vilhena por aqui ter trazido esta notícia, com ligação para uma petição de carácter prioritário para quem seja europeu: http://www.dailystormer.com/europe-could-be-overrun-with-white-south-africans/
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Está neste momento em movimento uma petição - iniciada por um brasileiro (?) de nome Rodrigo Herhaus de Campos, é refrescante ver alguém no Brasil o a trazer honra ao nome português - para que a Europa aceite os milhões de refugiados brancos sul-africanos que, não podendo ficar na África do Sul devido ao clima de repressão, violência e miséria que por lá é imposto a multidões de origem europeia, pretendam encontrar abrigo em solo europeu, preferencialmente nos países de origem da maior parte dos seus antepassados, nomeadamente Reino Unido e Holanda. Mais de quatro mil sul-africanos brancos foram já vítimas de homicídio, tendo muitos deles sofrido violações e/ou mutilações prévias.

O princípio evocado é o do direito indígena à auto-determinação. 

Diz a petição que neste momento estão a ser rejeitados muitos requerimentos de brancos sul-africanos para adquirir cidadania no Reino Unido e na Holanda - precisamente os países dos seus antepassados...

A petição pode e deve estender-se aos brancos de origem europeia que vivam noutros países africanos - Zimbabwe e Namíbia - e queiram regressar à Europa.

Numa sociedade dirigida por uma elite minimamente sadia, seria absolutamente óbvio, sem margem para quaisquer espécie de dúvidas, todo e qualquer branco sul-africano em risco de vida teria prioridade sobre todo e qualquer alógeno africano ou médio-oriental no que toca ao direito de asilo em espaço europeu. Mas já se sabe o que é a elite política que controla os países europeus. Urge por isso galvanizar a população europeia para que se faça o que é de direito.

Para assinar, clicar aqui: https://www.change.org/p/european-commission-allow-all-white-south-africans-the-right-to-return-to-europe