quarta-feira, outubro 31, 2018

CROUGA - COCA - A ABÓBORA LUMINOSA DO DIA DAS BRUXAS


Crouga é provavelmente uma Divindade adorada pelos Lusitanos há cerca de dois mil anos na área de Viseu e também na Galiza. O Seu nome parece provir do termo proto-celta *krowkā-. Pode eventualmente ser equivalente ao irlandês Crom Cruaich, Deus a Quem eram sacrificados os primogénitos de cada clã e Cujo nome parece significar algo como «Cabeça Curva», e Cujo equivalente galês seria Pen Crug. Na inscrição lusitana de Lamas de Moledo, parece ler-se que a Crouga Magareaicus é sacrificado um ovídeo jovem, o que lembra o facto de a Crom Cruaich serem sacrificados os primogénitos de cada clã, crianças nalguns casos. Ambos os teónimos (nomes de Deuses) podem estar ligados ao vocábulo «Craic» que designa «Pedra» em Irlandês. 

Inscrição de Lamas de Moledo, na qual se pode ler «Crouga Magareaicus»


Quanto ao Coco ou Coca, diz a Wikipedia o seguinte (apenas o texto a itálico é da Wikipedia):
A coca é um ser mítico, uma espécie de fantasma, bruxa ou bicho-papão com que se assustam meninos. Embora não tenha uma aparência definida, este ser assustador tinha uma representação figurada, a sua cabeça era uma espécie de abóbora ou cabaça da qual saía luz (ou fogo). A representação da coca era feita com uma panela ou abóbora oca em que se faziam três ou quatro buracos, imitando olhos, nariz e boca, e em que se colocava uma luz dentro e deixava-se, durante a noite, num lugar bem escuro para assustar crianças e pessoas que passavam.
A coca é um ser feminino, o equivalente masculino é o coco embora ambos acabem por ser dois aspectos do mesmo ser, e confundem-se um com o outro na sua representação e no seu papel de assustar meninos; como nenhum destes seres tem uma forma definida toma-se um pelo outro.
O mito do Coco teve origem em Portugal e na Galiza. Segundo o dicionário da Real Academia Espanhola[2] , “el coco” (também chamado de “el cuco” na América Latina) teve origem no fantasma português: “(Del port. côco, fantasma que lleva una calabaza vacía, a modo de cabeza). Fantasma con que se mete miedo a los niños”. A palavra coco é usada em linguagem coloquial para significar a cabeça humana em português e espanhol.[4] Coco também significa crânio. A palavra "cocuruto" em português significa a coroa da cabeça e o lugar mais alto. "Gogo" em basco significa espírito. Na Galiza "crouca" significa cabeça, deriva do proto-celta *krowkā-, e tem a variante "croca"; e quer coco ou coca também significam cabeça. São cognatos o córnico "crogen" que significa crânio, o bretão "krogen ar penn" que significa crânio, e o irlandês "clocan" que também significa crânio.
Na mitologia Calaico-Lusitana Crouga (do proto-celta *krowkā-) é o nome de uma divindade ainda com contornos obscuros,[19] [20] a quem são feitas oferendas, no entanto na inscrição de Ginzo de Limia é a Crouga que é oferecida.
(...)

O Coco come crianças, tal como o irlandês Crom Cruaich:
O nome do coco é usado frequentemente como aviso de um mal iminente nos países de língua castelhana, tal como acontecia em Portugal, quando as crianças desobedecem a seus pais, não querem dormir, não querem comer, ou para as dissuadir de ir para lugares perigosos e de se afastarem de casa. Não é o aspecto do coco mas o que ele faz que assusta a maioria das crianças. O coco é um comedor de criança (um papa-meninos) e um sequestrador. Ele imediatamente devora a criança e não deixa rastro dela ou leva a criança para um lugar sem volta.
Mas ele só faz isso às crianças desobedientes.[29] A coca fica a vigiar as crianças mal comportadas do topo do telhado (fica à coca). O coco toma a forma de qualquer sombra escura e fica também de guarda. Eles são atraídos pela desobediência de uma criança. Ambos representam o oposto do anjo da guarda e são frequentemente comparados ao diabo. Há ainda quem veja o coco como a representação dos defuntos da comunidade local.
No Minho a máscara que se faz com a casca de uma abóbora é chamada de coco[32] . Na antiga Beira Alta era costume os rapazes levarem espetada num pau, como símbolo das almas do outro mundo, uma abóbora esculpida em forma de cara, com uma vela acesa dentro, lembrando uma caveira.
Segundo Rafael Loureiro, a tradição de esculpir abóboras com rostos é uma tradição milenar na Península Ibérica que remonta ao tempo dos celtiberos[34] , um costume parecido ao que Diodoro Sículo atribuía aos guerreiros Iberos na batalha de Selinunte em 469 a.C., que penduravam nas lanças as cabeças dos inimigos.
"O costume outonal e infantil de esvaziar abóboras e talhar na sua casca olhos, nariz e boca buscando uma expressão tétrica, longe de ser uma tradição importada por um recente mimetismo cultural americanizante, é um rasgo cultural antiquíssimo na Península Ibérica" ~ Rafael Loureiro
Esta tradição estaria ainda relacionada com o culto celta das "cabeças cortadas" na península Ibérica.
Nas Décadas da Ásia (1563), João de Barros descreve como o nome do coco (fruto), teve origem nesta tradição:
“Esta casca per onde aquelle pomo recebe o nutrimento vegetal, que he pelo pé, tem uma maneira aguda, que quer semelhar o nariz posto entre dous olhos redondos, per onde elle lança os grellos, quando quer nascer: por razão da qual figura, sem ser figura , os nossos lhe chamaram coco, nome imposto pelas mulheres a qualquer cousa, com que querem fazer medo ás crianças, o qual nome assi lhe ficou, que ninguem lhe sabe outro, [...]”
Rafael Bluteau, no primeiro dicionário da língua portuguesa o Vocabulario Portuguez e Latino (1712) define o coco e a coca como caveiras:
“O Coco ou a Coca. Usamos destas palavras, para pôr medo aos meninos, porque a segunda casca do Coco tem na sua superfície três buracos com feição de caveira.“
Na primeira metade do século XX a coca era parte integrante de festejos como o do Dia de Finados ou o peditório ritual do Pão-por-Deus. O Pão-por-Deus, já mencionado no século XV, é um peditório ritual feito por crianças, embora antigamente participassem também os pobres, feito com o fim de partilhar o pão ou guloseimas com as alminhas queridas, os defuntos da comunidade, que eram aguardados ansiosamente e chegavam de noite em forma de borboletas ou pequenos animais. Conforme a região, este peditório assume diferentes nomes: santoro ou santorinho,[45] dia dos bolinhos, fieis de Deus, já na Galiza o peditório tem o nome de migalho (migallo).
"Nesta mesma cidade de Coimbra, onde hoje nos encontramos, é costume andarem grupos de crianças pelas ruas, nos dias 31 de Outubro e 1 e 2 de Novembro, ao cair da noite, com uma abóbora oca e com buracos recortados a fazer de olhos, nariz e boca, como se fosse uma caveira, e com um coto de vela aceso por dentro, para lhe dar um ar mais macabro."
"Em Coimbra o peditório menciona «Bolinhos, bolinhós», e o grupo traz uma abóbora esvaziada com dois buracos a figurarem os olhos de um personagem e uma vela acesa dentro[...]outro exemplo da utilização da abóbora ou cabaço como figuração humana, nas máscaras dos embuçados das esfolhadas de Santo Tirso de Prazins (Guimaräes), que depois, estes passeiam, alçadas num pau e com uma vela dentro, e deixam espetados em qualquer sitio mais ermo, para meterem medo a quem passa." 
(...)
"Em Landim (Famalicão) fingia-se, para amedrontar a gente das esfolhadas, um rosto humano com um cabaço ôco onde se metia uma vela a arder. A seguir espetava-se o cabaço num espeque, e deixava-se num ponto de passagem."
Na Galiza começava-se a talhar as cabaças com cara de caveiras perto do dia de São Miguel (21 de Setembro), e continuava-se pelo outono dentro. Toda a estação do outono era tempo de fazer caveiras com as cabaças.
As cabeças teriam poderes protectores, protegiam as pessoas ou comunidades. Teriam também poderes divinatórios ou proféticos e de cura. Os locais de exibição das cabeças cortadas, da Idade do Ferro, situavam-se dentro e fora dos edifícios, notando-se uma preferência por locais públicos, de trânsito e locais altos acima do nível de circulação das pessoas (ruas, varandas ou entradas de edifícios, paredes e pilares), sempre com uma preferencia pelos locais mais visíveis.
A representação da coca, com uma abóbora iluminada, faz parte do património imaterial galego-português . Na Galiza é tema na festa das caliveras, ou samaín[63] , e assume vários nomes: calacús, caveiras de melón, calabazotes, colondros etc.
Os rituais em torno da Nossa Senhora da Cabeça, em Portugal, incluem a oferta de ex-votos com a forma de cabeças de cera, rezar a Avé Maria com uma estátua da Nossa Senhora em cima da cabeça, e rezar com a cabeça dentro de um buraco aberto na parede da capela.
A capela de Nossa Senhora das Cabeças localizada a 50 m NW das ruínas do templo romano de Nossa Senhora das Cabeças (Orjais, Covilhã) evidencia uma continuidade no uso de um espaço sagrado que passou de uma área de culto pagão para a de um culto cristão e que continuou a ser um local culto nos séculos seguintes até ao dia de hoje. De acordo com Pedro Carvalho os achados pré-romanos e a localização invulgar das ruínas romanas dentro das muralhas de um castro do século VIII a.c. sugerem a possibilidade de o local ter sido inicialmente de um culto pré-romano. Em Mileu, a capela de nossa Senhora das Cabeças tem cabeças humanas, uma cabeça com gorro, e cabeças de lobo como motivos decorativos. Na aldeia de Ponte, freguesia de Mouçós, num monte que dá para o Rio Corgo, há uma capelinha chamada de Santo Cabeço que a lenda diz ter sido construída pelos Mouros. Na parede voltada para o sul tem uma cavidade redonda onde os Mouros metiam a cabeça para ouvir o mar. O povo local tem também o costume de colocar a cabeça no buraco: uns para ouvirem o sussurro semelhante ao das ondas, outros para aliviarem as dores de cabeça.
Prudêncio e Martinho de Braga afirmavam que os habitantes da Hispânia veneravam pedras e árvores sagradas.
Para além das tradicionais abóboras, fazem-se as lanternas com buracos a figurarem um rosto com panelas velhas furadas, com melões, e com caixas de sapato.
(...)
Coca é o nome que se dava à capa ou traje com um capuz que cobria o rosto. Era também o nome do vestido de noiva, tradicionalmente de cor preta, com capuz, que ainda se usava no início do século XX. Camilo Castelo Branco relembrava com saudade o poder sedutor da coca:
"Ai! Eu ainda conheci mulheres formosas de mantilha. A graça com que elas a apanhavam e refegavam na cintura! Como as nalgas se relevavam redondas debaixo do lapim! E o bamboar dos cabelos anelados sob o docel negro e arqueado da côca...";
(...)
Nas Viagens do Barão de Rozmital, de 1465 a 1467, encontram-se algumas referências ás tradições fúnebres da época: "...os parentes do morto acompanham o funeral vestidos de roupas brancas próprias dos enterros com capuzes à maneira dos monges, com o qual vestuário se vestem de um modo admirável. Aquelles porém, que são assalariados para carpirem o defuncto vão vestidos com roupa preta, e fazem um pranto como o d'aquelles que entre nós pulam de contentes ou estão alegres por terem bebido."
Em Portimão nas celebrações da Semana Santa, durante a “procissão dos Passos", organizada pela Misericórdia, o arauto, um homem vestido de negro com uma capa e um capuz, que tinha três buracos correspondentes aos olhos e boca, a cobrir a sua cara, que liderava a procissão e anunciava a morte de Cristo, era chamado quer de coca, farnicoco, (farricunco, farricoco do Latim far, farris e coco) ou morte. Dava-se o nome de coca quer à capa quer ao homem que a vestia.
(...)
“Vai-te coca vai-te coca
Para cima do telhado
Deixa dormir o menino
Um soninho descansado.”
(...)

Recomenda-se vivamente a leitura do artigo completo,https://pt.wikipedia.org/wiki/Coca_(folclore), visto tratar-se de um tesouro ímpar do folclore português, indevidamente desconhecido e particularmente importante para os pagãos nacionais, por motivos óbvios.

SEIS MUÇULMANOS ACUSADOS DE ABUSAR SEXUALMENTE DE RAPARIGA DE QUINZE ANOS

Em Munique, capital da Bavária, Alemanha, seis muçulmanos afegãos estão acusados de violar uma rapariga de quinze anos.
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Fonte: https://www.jihadwatch.org/2018/10/germany-six-muslim-migrants-accused-of-raping-15-year-old-girl

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A facilidade que este pessoal de Mafoma tem em envolver-se nestas coisas... 

REINO UNIDO - MAIS SETE MUSLOS CULPADOS DE ABUSAR SEXUALMENTE DE CRIANÇAS, UMA DELAS COM MENOS DE DEZASSEIS ANOS ENTREGUE A CEM GAJOS...

Em Rotherham, Reino Unido, sete muçulmanos foram esta semana considerados culpados de terem desviado e explorado sexualmente diversas raparigas; uma delas, com menos de dezasseis anos, foi sexualmente abusado por pelo menos cem «asiáticos», que é o termo usado no país para designar os hindustânicos...
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Fonte: https://www.jihadwatch.org/2018/10/uk-seven-muslims-found-guilty-of-running-rape-gang-one-girl-was-raped-by-at-least-100-muslims-before-she-was-16?fbclid=IwAR3M_2o5LPQm4NR7gMjz6fB7pV9ACCT6iHxWLfBRYpo5Ud7FOfwS9Um721A

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«Asiáticos» designa na velha Albion «hindustânicos», que, neste tipo de crimes, são quase sempre muçulmanos, que curioso... será porque o Islão permite o abuso sexual de mulheres infiéis? Bem, eles próprios, os violadores, dizem por vezes isso às suas vítimas, como foi testemunhado por uma destas...
Mais de mil e quatrocentas crianças britânicas não muçulmanas foram sexualmente molestadas nesta cidade, escândalo que curiosamente nunca ou raras vezes é referido nos mé(r)dia tugas...

FEDERAÇÃO DE TAUROMAQUIA EXIGE DEMISSÃO DE MINISTRA DA CULTURA


A ministra da Cultura admitiu, na Martes, discutir em sede de especialidade do Orçamento do Estado para 2019 (OE2019) um eventual alargamento dos espectáculos abrangidos pela redução do IVA de 13% para 6%, mas excluiu a tauromaquia por ser uma questão de civilização.
A afirmação surgiu na sequência de críticas lançadas pela deputada do CDS-PP Vânia Dias da Silva por a descida do IVA excluir a tauromaquia, acusando o Governo de “discriminação” e de imposição de uma “ditadura do gosto”, tendo a ministra da Cultura reagido: “Senhora deputada [do CDS-PP] a tauromaquia não é uma questão de gosto, é uma questão de civilização e manteremos como está”.
Em comunicado enviado hoje à agência Lusa, a Federação Portuguesa de Tauromaquia exige a “imediata demissão” da ministra por ter “insultado todos os portugueses” e por ter “atacado de forma cega” a cultura e a Constituição da República Portuguesa, que “ainda há dias” jurou defender.
“É inaceitável que um governante se proponha governar por convicções ideológicas preconceituosas, discriminatórias e atentatórias do Estado de Direito. Mais inaceitável se torna, quando se trata de uma ministra que sempre lutou, muito e bem, pelo direito à diferença e contra a discriminação”, lê-se no comunicado.
A Protoiro considera que Graça Fonseca, ao afirmar que “discriminar a tauromaquia não é uma questão de gosto, mas uma questão de civilização”, está a “insultar mais de três milhões” de pessoas em Portugal que “todos os anos assistem livremente a espetáculos tauromáquicos em praças, na TV e que enchem ruas de cidades e aldeias de norte a sul do país”, onde decorrem iniciativas relacionadas com a tauromaquia popular.
“Nós pertencemos à civilização de Picasso, Hemingway, Vargas Llosa, Amália, Lobo Antunes, Júlio Pomar, Pedro Cabrita Reis, Marcelo Rebelo de Sousa, Jorge Sampaio, Manuel Alegre, entre muitos outros cidadãos e artistas apreciadores das touradas”, lê-se no comunicado.
Segundo a Prótoiro, Graça Fonseca demonstrou “o quanto não está preparada” para as funções para as quais foi nomeada, “nem para defender” a Constituição da República Portuguesa.
“A sua demissão não é uma questão de gosto, mas de civilização”, afirma a mesma federação.
A Federação Portuguesa de Tauromaquia contesta que o sector tenha sido excluído do regime de IVA do espectáculo, que vai passar, caso o OE2019 seja aprovado, dos actuais 13% para os 6%.
O secretário-geral da Prótoiro, Helder Milheiro, considera que estão em causa propostas “manifestamente ilegais e inconstitucionais”.
“Quando o Estado impõe medidas à população, por uma questão de gosto, deixa-se de viver em democracia, mas numa tirania. Quem tem preconceitos, sejam eles os agora tornados públicos pela ministra ou de outra qualquer natureza, não pode exercer cargos públicos”, afirmou a Prótoiro.
Nesse sentido, Helder Milheiro dá como exemplo o caso do antigo ministro da Cultura, João Soares, que, “por muito menos” abandonou a mesma pasta.
“Alerto para o que disse, na altura, António Costa: ‘Já recordei aos membros do Governo que, enquanto membros do Governo, nem à mesa do café podem deixar de se lembrar que são membros do Governo'”, recordou o responsável da federação.
No comunicado, a Prótoiro recorda a Constituição e decretos-lei para defender a tauromaquia, acrescentando que “aguardou” que Graça Fonseca “apresentasse publicamente um pedido de desculpas” aos portugueses ou que “tivesse a dignidade de sair pelos próprios pés” após esta situação.
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Fonte: https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/federacao-portuguesa-de-tauromaquia-exige-demissao-da-ministra-da-cultura-2

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Saúdo a ministra da cultura pela sua frontalidade, coragem e lucidez. Não é por se ser ministra da Cultura que se abandonam princípios, sobretudo num caso que não é uma questão de gosto mas sim de civilização. Uma questão de gosto é apreciar ou não um filme de acção ou de terror prenhe de cenas sangrentas, isso é que é uma questão de gosto - enquanto se tratar de uma actividade em que ninguém é maltratado, pois de facto é só mesmo uma questão de gosto, pelo que quem não gosta não vê. Quando em vez disso há inocentes a serem sangrados, torturados e mortos só porque há quem aprecia o «bailado» da violência sanguinária, então não se trata de uma questão de gosto mas sim, objectivamente, de civilização. Uma questão de civilização balizada pelo espírito da lei que protege os direitos dos animais e que o asqueroso lóbi tauricida conseguiu contornar através de um regime de excepção proposto pelo CDS/PP e aprovado pela maioria dos deputados. 

IANQUE CONVERTIDO AO ISLÃO ESPALHA BOMBAS EM TODO O CONDADO...

Nos EUA, um converso do Islão, Wesley Dallas Ayers, pôs bombas em todo condado de Anderson, na Carolina do Sul, incluindo num urso de peluche...
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Fonte: https://www.jihadwatch.org/2018/10/south-carolina-muslim-planted-bombs-all-over-county-planted-bomb-in-teddy-bear?fbclid=IwAR1JesP6BL0R91CEuJ3ioFInn4FGnlKS2lC0TPF1RMvQZMPB1riqO6KmP10

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Mais um fulano que por algum estranho motivo concluiu que o Islão manda matar infiéis em nome da fé... terá porventura algo a ver com a doutrina em si ou sucede simplesmente que por mera coincidência a chamada «religião da paz» atrai os mais abjectos fanáticos?
Já agora, será isto noticiado na SIC?...

PRESIDENTE NORTE-AMERICANO DECLARA QUE CONSTITUIÇÃO NÃO GARANTE CIDADANIA A TODO O FILHO DE ILEGAIS NASCIDO EM SOLO NORTE-AMERICANO

No início da semana, o presidente dos Estados Unidos confirmou que pretendia assinar uma ordem executiva que acabaria com o direito de cidadania automática para os filhos de imigrantes ilegais nascidos em solo norte-americano.
Donald Trump atacou detractores do Partido Democrata que o criticam por planear mudanças na chamada "cidadania da primogenitura". Democratas defendem que a concessão automática de cidadania americana é protegida pela 14ª Emenda Constitucional. O texto, ratificado em 1868, diz que "todas as pessoas nascidas ou naturalizadas nos Estados Unidos, e sujeitas à sua jurisdição, são cidadãos dos Estados Unidos e do Estado onde tiverem residência".
O texto foi adoptado pela Constituição americana após o famoso caso "United States v. Wong Kim Ark". Filho de imigrantes chineses residentes legais, Wonk conseguiu na Suprema Corte o direito de ser oficialmente reconhecido como cidadão por ter nascido em solo nacional. O termo "sujeitas à sua jurisdição", porém, causa polémica há séculos. Juristas têm se manifestado nos últimos dias afirmando que uma alteração no texto (ou sua total invalidação) demandaria uma nova emenda constitucional, um movimento político que demanda apoio maioritário dos Estados americanos.
Trump, porém, tweetou que a prática de concessão automática "terminaria de um jeito ou de outro", argumentando que ela não é realmente coberta pela 14ª Emenda da Constituição dos EUA.
De acordo com o presidente, o termo "sujeito à jurisdição do mesmo" na secção um da emenda "indica a falta de valor para a cidadania primitiva. "Muitos juristas concordam", escreveu Trump.
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Fonte: https://br.sputniknews.com/americas/2018103112564965-trump-constituicao-eua-cidadania/

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Nada é mais evidentemente correcto do que querer salvaguardar o seu país de uma enchente por via da iminvasão mais absurdamente facilitada... Trump volta a brilhar só por dizer o óbvio, como se tivesse olho em terra de cegos, e terra de algo pior que cego é precisamente o reino ideológico-intelectual da elite político-mediática reinante.

ITÁLIA - LIGA NORTE CONSEGUE IMPEDIR QUE MUÇULMANOS TRANSFORMEM CAPELA EM MESQUITA

Em Bérgamo, cidade da Lombardia, Itália, a Liga Norte conseguiu impedir que muçulmanos transformassem uma antiga capela numa mesquita.
O presidente da região da Lombardia, Attilio Fontana, declarou que o conselho tinha usado uma lei de 2004 que permite ao governo regional travar uma venda se o fizer em nome da salvaguarda de locais culturais.
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Fonte: https://www.jihadwatch.org/2018/10/italy-populists-block-muslim-groups-bid-to-turn-chapel-into-mosque

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Enquanto o pau vai e vem, folgam as costas - se a capela ficar fechada ou virar museu, está bem melhor entregue do que se for transformada em foco islamizador...



AUSTRÁLIA - MUSLO ESPANCA ATEU

Na Austrália, um taxista muçulmano agrediu violentamente com uma arma contudente um cliente ateu depois de uma acesa discussão sobre religião... e abandona o agredido, inconsciente, na via pública...
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Fonte: https://www.jihadwatch.org/2018/10/australia-muslim-cabbie-beats-atheist-with-crowbar-leaves-him-for-dead-after-harmless-discussion-about-religion?fbclid=IwAR0QiPeCUfC0Wk51x6lzyI5F19JesbrQy51w3qCN3iDkiR7DeMAR0O312hs

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É mais um «caso isolado» de calor humano do terceiro-mundo... pode ser que haja também mais ocidentais a abrir os olhos para aquilo que a imigração oriunda do terceiro-mundo significa, sobretudo os ocidentais que, pela sua natureza e tendências culturais/ideológicas, mais tiverem a perder com isso... curiosamente, é na Esquerda que há mais desta gente, sobretudo a ateia...

DIPLOMATA SUL-AFRICANA QUEIXA-SE DE RACISMO E MORDE AGENTE DA GNR NO AEROPORTO

Uma diplomata sul-africana de 60 anos, colocada na embaixada deste país em Lisboa, atacou à dentada um cabo da GNR, colocado no posto fiscal do Aeroporto Humberto Delgado, quando o militar lhe tentava revistar a bagagem.
A vítima sofreu ferimentos que a levaram ao hospital – e a agressora foi sujeita a termo de identidade e residência e logo libertada face ao seu estatuto diplomático. O crime ocorreu na Lues de manhã.
A diplomata chegou a Lisboa num voo proveniente do país de origem. À espera estavam inspectores alfandegários, que a escolheram, aleatoriamente, para uma revista à bagagem. A sul-africana, no entanto, reagiu mal à abordagem. Terá alegado racismo por parte dos inspectores alfandegários, sendo, com dificuldade, encaminhada para o posto fiscal da GNR do aeroporto.
Chegada a este local, a mulher invocou o seu estatuto de diplomata para, mais uma vez, recusar que as bagagens lhe fossem revistadas. O CM sabe no entanto, que essa recusa só deve ser aceite em caso de transporte de correio diplomático. E foi então que, quando um cabo do posto fiscal da GNR se preparava para lhe abrir uma das malas, foi atacado com violência à dentada. Fonte oficial desta força de segurança confirmou que o militar sofreu ferimentos na cara, num braço e numa mão, e foi mesmo levado pelo INEM às Urgências do Hospital de Santa Maria. Teve alta, com ordem para regressar ao trabalho
Na revista, os militares encontraram várias bugigangas na bagagem que obrigariam a sul-africana a ter pago, na origem do voo, uma taxa aduaneira que não liquidou. Contactado o Ministério Público, a diplomata foi sujeita a termo de identidade e residência e libertada ao abrigo da imunidade que a lei lhe confere. A embaixada sul-africana foi contactada pelo CM mas não reagiu em tempo útil.
Este acontecimento não causa indignação aos indignados do costume.
No nosso entender devia ser imediatamente pedida a sua substituição e consequente expulsão do nosso país.
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Fonte: https://www.facebook.com/PNR.Partido.Nacional.Renovador/photos/a.116919651674158/2183363625029740/?type=3&theater

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Em países do terceiro-mundo, o à vontade das elites ainda é maior do que cá... à medida que os tempos da colonização branca vão ficando para trás, vão retornando antigos instintos...

terça-feira, outubro 30, 2018

PAPA ALERTA CONTRA O POPULISMO

O papa Francisco alertou nesta Martes (23/10) para o risco de uma Terceira Guerra Mundial e para o avanço do populismo, citando o exemplo do ditador nazi Adolf Hitler. 
O pontífice afirmou que os jovens de hoje deveriam aprender sobre a história dos conflitos mundiais ocorridos no século 20 para que não caiam no mesmo erro e saibam como o populismo se espalha. 
"É importante que os jovens saibam como nasce um populismo. Penso em Hitler no século passado, que havia prometido o desenvolvimento da Alemanha. Sabemos como começam os populismos: semeando o ódio. 
Não se pode viver semeando ódio", afirmou durante encontro com jovens e idosos.
"Hoje existe a Terceira Guerra Mundial em pedaços. Olhem para os locais dos conflitos: falta de humanidade, agressão, ódio entre culturas e tribos, também uma deformação da religião, este é o caminho do suicídio, semear ódio", alertou. "É um preparar a Terceira Guerra Mundial que está em andamento aos pedaços e acredito não exagerar nisto."
O pontífice deu as declarações em encontro com jovens e idosos realizado em Roma para a apresentação do livro Francisco, a Sabedoria do tempo, em diálogo com o papa Francisco sobre as grandes questões da vida. 
Alertando para um conflito mundial, o papa citou o físico alemão Albert Einstein. "Vem-me em mente a profecia de Einstein: a quarta guerra mundial será feita com pedras e bastões, porque a terceira destruirá tudo. Semear ódio, violência e divisões é um caminho de destruição, suicídio", afirmou.
"Pode-se fazer isso por muitos motivos. Aquele jovem do século passado fez uma limpeza com a pureza da raça, com os migrantes", disse, referindo-se a Hitler. 
O papa também se referiu ao ditador nazi em Janeiro do ano passado, mencionando a ascensão de Hitler ao advertir sobre o perigo de, em tempos de crise, as pessoas buscarem um salvador que defenda seu povo com muros de "outros povos que possam tirar nossa identidade".
Em Setembro deste ano, alertou para um revisionismo histórico e um possível avanço de ideologias totalitárias. 
Nesta Martes, Francisco também pediu tolerância para com refugiados, ressaltando que o acolhimento de imigrantes é um mandamento bíblico e que a Europa foi feita de imigrantes. 
"Eu sou filho de um migrante que foi à Argentina", disse, após uma senhora que ensina Italiano a imigrantes manifestar preocupação com o ódio a refugiados. 
Francisco afirmou, no entanto, que governos nacionais têm o direito de estabelecer limites para a imigração e que é importante que a Europa chegue a um acordo sobre a questão. Segundo ele, países como Itália, Espanha e Grécia não deveriam ter que acolher mais refugiados que outros países do continente. 
Durante o encontro, o papa respondeu a perguntas de jovens e idosos vindos de Colômbia, Itália, Malta e Estados Unidos. Também estava presente o cineasta Martin Scorsese, um dos personagens do livro apresentado, que reúne lições de vida de mulheres e homens de diversas partes do mundo.
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Fonte: https://noticias.bol.uol.com.br/ultimas-noticias/internacional/2018/10/24/papa-alerta-para-avanco-do-populismo.htm?fbclid=IwAR3zZ9hp3HaH5wWRESHwlaajS8gTWviP_HS0aCsURAuwcJVC_pUF3DqwO_E

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É claro que o Nacionalismo que ele condena não é ódio, é pôr o seu próprio Povo em primeiro lugar e garantir um espaço exclusivo para os nacionais. Que uma figura com responsabilidades como o papa reduza este sentimento identitário visceral e popular a mero «ódio» só atesta como o seu credo cristão é incompatível com o Nacionalismo e com a salvaguarda das identidades europeias.
É claro que Hitler não era simplesmente populista, era supremacista. Não queria simplesmente salvaguardar a sua Nação mas sim dominar o espaço de outras nações e pôr a Alemanha a conduzir o mundo. A comparação do hitlerianismo com os actuais nacionalismos políticos é por isso grosseiramente desonesta.
É claro, também, que a Europa tem uma identidade étnica própria: estruturalmente caucasóide e indo-europeia («ariana», vá). Não é Cabo Verde, tampouco o Brasil. Se a Europa passar a ser a salganhada que o papa diz que é (ou, aliás, que ele quer que seja), deixa de ser Europa. Quem gostar de salganhada, é livre de ir para Cabo Verde ou para o Brasil, quem preferir Europa, fica na Europa. Se entretanto a Europa se transformar num Brasil, então ficam a existir dois Brasis e nenhuma Europa... não é justo para os Europeus que querem uma Europa europeia e que a herdaram assim. Acresce que na sua própria terra todo o Europeu tem o sagrado direito de dizer que não quer aí alógenos sem precisar sequer de o justificar, tão somente porque está em sua casa.
Tudo isto é muito óbvio de um ponto de vista nacionalista, tal como é óbvia a confirmação da incompatibilidade entre o Nacionalismo e o Cristianismo. O credo do Judeu Morto está na raiz moral do universalismo militante que originou a actual «religião» das elites, que é o Anti-Racismo, cujos argumentos em prol da iminvasão e contra o Nacionalismo coincidem em praticamente tudo com os do papa. Mas a Europa reage, como se tem visto - por um lado, o Cristianismo perde terreno entre os Europeus, por outro cresce entre os Europeus o apoio democrático ao Nacionalismo político, o que parece constituir uma acção dos «glóbulos brancos» do Organismo Europa.

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PARLAMENTO EUROPEU QUER PROIBIR GRUPOS «NEO-FASCISTAS» E «NEO-NAZIS»...

O Parlamento Europeu (PE) exorta os Estados-membros a proibirem os grupos neo-fascistas e neo-nazis, assim como "qualquer fundação ou associação que exalte e glorifique o Nazismo e o Fascismo", segundo uma resolução hoje aprovada.
A medida visa fazer face à crescente normalização do fascismo, do racismo, da xenofobia e de outras formas de intolerância na União Europeia (UE).
Os eurodeputados consideram que a ausência de acções concretas contra os grupos neo-fascistas e neo-nazis permitiu a emergência da actual corrente xenófoba na Europa.
A resolução parlamentar, aprovada em Estrasburgo por 355 votos a favor, 90 contra e 39 abstenções, relembra casos ocorridos em vários países da Europa, como Polónia, Reino Unido, Grécia, Alemanha, Itália, França e Espanha.
Na resolução, o PE manifesta profunda preocupação com a "impunidade de que gozam os grupos neo-fascistas e neo-nazis que operam em alguns Estados-Membros", qualificando de "perturbadores" os relatos de conluio de líderes políticos, partidos políticos e forças policiais com neo-fascistas e neo-nazis em alguns países europeus.
A criação de unidades de combate aos crimes de ódio nas forças policiais é outra das medidas recomendadas pelo PE, com os eurodeputados a defenderem que a polícia deve assegurar que os membros do seu pessoal não participem em actos racistas, xenófobos ou discriminatórios, que tais actos sejam objecto de investigação e que os respectivos autores respondam perante a justiça.
Minorias específicas, tais como "europeus negros/pessoas de ascendência africana, judeus, muçulmanos, ciganos, nacionais de países terceiros, pessoas LGBTI e pessoas com deficiência", são as mais martirizadas pela violência neo-fascista, nota a resolução.
A assembleia europeia insta também os países da UE a condenarem categoricamente e a sancionarem os crimes de ódio, os discursos de incitação ao ódio e a procura de bodes expiatórios por "políticos e funcionários públicos", uma vez que normalizam e alimentam directamente o ódio e a violência na sociedade.
Os eurodeputados exortam ainda a Comissão, os Estados-Membros e as empresas que operam as redes sociais a impedirem a propagação destes fenómenos na Internet.
O PE apela a uma "cultura comum da memória que rejeite os crimes fascistas do passado", manifestando a sua preocupação com o facto de, na Europa e noutras partes do mundo, as gerações mais jovens demonstrarem um interesse cada vez menor pela história do fascismo, correndo assim o risco de se tornarem indiferentes a novas ameaças.
Os eurodeputados consideram ainda que as federações desportivas nacionais, em particular os clubes de futebol, devem também combater o flagelo do racismo, do fascismo e da xenofobia nos estádios e na cultura desportiva, condenando e punindo os responsáveis e promovendo actividades educativas positivas destinadas aos jovens adeptos, em cooperação com as escolas e as organizações da sociedade civil.
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Agradecimentos a quem aqui trouxe esta notícia: https://sicnoticias.sapo.pt/mundo/2018-10-25-Parlamento-Europeu-apela-a-proibicao-de-grupos-neofascistas-e-neonazis-na-UE?fbclid=IwAR17x3EfFjrBAgybgTrHIUv4tDqKdg_25cT-MqCImFKVF71IbAFnyrCCsYk

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Torna-se caricata a maneira como a elite reinante tenta criar barreiras para se defender da opinião popular...
Por outro lado, pode ser que isto lhes saia pela culatra, porque quanto mais os movimentos nazis forem proibidos, mais povo haverá a votar em partidos nacionalistas moderados, que são os mais eficientes a combater a iminvasão... resta entretanto saber o que vai cair na alçada da classificação «neo-fascista»/«neo-nazi»...

«TUGA» QUE MORREU EM LONDRES NÃO FOI VÍTIMA DE EXCESSO DE FORÇA POLICIAL

De acordo com o relatório divulgado hoje pela Agência Independente para a Conduta Policial britânica, responsável pela investigação de morte ou casos suspeitos do uso excessivo de força, a operação policial foi justificada.
Edir Frederico da Costa, conhecido por Edson, foi detido por agentes do Serviço de Polícia Metropolitana (MPS) em Newham, por volta das 22:00 horas no dia 15 de junho de 2017, depois de os policiais mandarem parar o automóvel onde estava o português.
"Os agentes foram enviados como parte de uma operação focada no combate às atividades relacionadas com gangues", refere, tendo a polícia mandado parar o automóvel porque este era um veículo alugado e esta é uma tática usada regularmente por grupos criminosos na capital britânica.
Antes ou durante a detenção, Edir da Costa tentou engolir uma série de cápsulas que, revelou hoje a Agência britânica, continham heroína e cocaína na forma de craque.
Para conseguir conter o português, os polícias usaram algemas e gás pimenta, o que fez o Edir da Costa perder os sentidos, mas os primeiros socorros só foram realizados por uma segunda equipa de agentes.
O português de 25 anos foi hospitalizado e permaneceu em coma até morrer no dia 21 de junho de 2017, mas hoje a Agência reiterou que a autópsia não encontrou lesões no pescoço, na coluna ou hemorragia cerebral, como chegou a ser sugerido.
A causa da morte foi "encefalopatia hipóxico-isquémica - falta de oxigénio no cérebro causada por uma via aérea bloqueada", vincou, declarando que a forma como Edir da Costa foi detido "foi necessária e proporcional".
A investigação, que analisou vídeos e ouviu testemunhas, notificou cinco agentes policiais por conduta indevida e determinou que um agente terá de responder por conduta imprópria sobre a forma como usou o gás pimenta.
O mesmo agente e dois outros vão ser advertidos sobre a velocidade com que chamaram os serviços de emergência e um dos agentes vai ser advertido sobre o fornecimento de informações incorretas sobre o estado de saúde de Costa.
Um quarto agente deverá também ser advertido sobre um comentário sobre as razões para realizar a operação que "revelou preconceitos que o agente pode ter sobre a idade, raça e sexo do motorista em relação à marca e ao custo do veículo".
O relatório conclui que "não houve indicação de que as ações dos agentes na realização da operação foram discriminatórias".
Por fim, a investigação identificou "conselhos incoerentes dados à polícia sobre a busca de pessoas suspeitas de colocar drogas ou outros pacotes na boca, pelo que esta ação foi suspensa até ser feira uma revisão abrangente pela Faculdade de Medicina Forense, pelo Conselho Nacional de Polícia e pelo Instituto da Polícia.
Edir da Costa morreu algumas semanas antes de Rashan Charles, que também morreu durante uma operação policial em Londres, o que motivou uma série de protestos, alguns dos quais violentos, contra a violência usada pelas autoridades contra jovens negros.
Um inquérito judicial às causas da morte de Edir da Costa está previsto para maio de 2019.
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Fonte: https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/forca-usada-contra-portugues-morto-em-operacao-em-londres-foi-adequada-diz-investigacao?fbclid=IwAR096W4VFTtfoUPK-FsmHNBWDyBfMXASWVIRerNfL4dTNcrrLF0rhyNmJIs

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Ora só pelo nome do sujeito se desconfia logo daquilo que depois se confirma por uma busca rápida no Google - não se trata de um português, sequer de um europeu...
De resto, é bom saber que nem sempre a polícia é condenada por fazer o seu trabalho só porque a vítima não é de raça branca.

RESULTADOS DE TESTE MUNDIAL SOBRE ESCOLHAS MORAIS

Em caso de acidente, devem os mais velhos ser atropelados para salvar a vida de crianças? A profissão ou estatuto social devem ser tidos em conta? A vida de uma mulher grávida é mais importante do que a de um sem-abrigo? Os carros autónomos não terão apenas de saber andar por estradas com outros carros, peões e obstáculos. Também terão de se orientar pelos labirintos da ética quando tiverem de decidir que vidas poupar num acidente e que pessoas (ou animais) arriscar matar. São decisões que têm sido tomadas exclusivamente por humanos e que nem sempre são fáceis de explicar – muito menos de transformar em regras para serem executadas por máquinas. 
A Experiência da Máquina Moral é um estudo de enorme dimensão que tenta responder a algumas destas questões. Analisou quase 40 milhões de decisões tomadas numa plataforma online por pessoas de 233 países e territórios, que foram confrontadas com cenários de acidentes. O resultado, publicado agora na revista Nature, procura traçar um esboço dos padrões morais que regem o funcionamento das sociedades em várias partes do planeta.
A investigação revelou três preferências mais pronunciadas: poupar vidas humanas em detrimento dos animais; poupar o maior número vidas possível; e privilegiar os mais novos. De forma menos acentuada, quase todos os países mostraram também uma tendência para poupar a vida de mulheres em vez da dos homens. Mas uma análise mais fina revelou diferenças nas decisões tomadas nos vários países, com opções sobre quem morre e quem vive que parecem seguir as linhas da desigualdade económica, do funcionamento das instituições e das tradições culturais – e que mostram que há divisões que tornam difícil a criação de regras globais.
“Nunca na história da humanidade permitimos que uma máquina decidisse autonomamente quem deve viver e quem deve morrer, numa fracção de segundo, sem supervisão em tempo real. Vamos atravessar essa fronteira a qualquer momento, e não vai acontecer num cenário distante de operações militares”, escreveram os oito académicos autores do artigo, que são investigadores do MIT e da Universidade de Harvard, nos EUA, da Universidade da Colúmbia Britânica, no Canadá, e da Universidade de Toulouse Capitole, em França. “Precisamos de ter uma conversa global para transmitirmos as nossas preferências às empresas que vão conceber algoritmos morais e aos legisladores que os vão regular”, argumentaram.
Os dados foram recolhidos através da Moral Machine, um site criado pelo MIT em 2016. De acesso livre, mostra aos utilizadores cenários de acidentes, com diferentes tipos de pessoas e diferentes desfechos. O utilizador tem de indicar qual a opção que prefere: por exemplo, deixar seguir o carro em frente e matar um peão, ou desviar o carro para uma barreira e matar os três ocupantes. O teste completo mostra aos utilizadores 13 cenários de decisão. No final, são pedidas informações como o género, idade, ideologia política e religião (perto de meio milhão responderam a este inquérito). A plataforma teve nestes dois anos grande atenção mediática, ajudando os investigadores a conseguirem os 40 milhões de respostas. Já tinham sido divulgadas análises preliminares dos dados e alguns dos investigadores que assinam o artigo também já tinham publicado outro estudo sobre o dilema ético dos acidentes. 
O site, no entanto, não abarca a complexidade dos acidentes reais, reconhecem os investigadores: os cenários mostrados na Moral Machine têm sempre desfechos de vida ou de morte certa (não há feridos, nem é indicada uma probabilidade morte) e também não estão contempladas questões como a relação entre os indivíduos (por exemplo, se são casados).
A equipa ressalva ainda que as preferências morais das pessoas não têm necessariamente de se transformar em leis. Como o artigo refere, a ideia de proteger as crianças é contrária ao que foi decidido na Alemanha, um país com uma forte indústria automóvel e que já estabeleceu regras para o comportamento ético de carros autónomos. A Alemanha determinou que não pode haver discriminação das vítimas com base em qualquer tipo de factor, como o género ou idade. Pelo contrário, na Moral Machine, os tipos de pessoas com mais probabilidade de serem salvos (quando comparados com a probabilidade de um adulto) foram, por esta ordem, os bebés, raparigas, rapazes e mulheres grávidas. É uma lista de preferências em que médicos, atletas e executivos (de ambos os géneros) são privilegiados, onde os mais velhos são remetidos quase para o fim, e na qual os cães aparecem antes dos criminosos.
O estudo detectou diferenças de decisão tanto entre países, como entre grupos de países (foram analisados 130, dos quais tinha havido, pelo menos, 100 pessoas a fazer o teste online). A América Latina mostrou uma preferência maior por poupar mulheres e pessoas saudáveis, e uma menor tendência para diferenciar pessoas e animais. Já no Oriente – um grupo onde os investigadores integraram a China, Japão e países islâmicos, como a Indonésia e a Arábia Saudita – a opção de poupar os mais novos é muito menos frequente.
Uma análise país a país revelou, por seu lado, diferenças “altamente correlacionadas com as variações culturais e económicas”. Os países mais pobres e onde as instituições funcionam pior tendem a ser mais complacentes com os peões que atravessam fora das passadeiras. É algo que os investigadores sugerem poder estar relacionado com uma maior tolerância face ao incumprimento de regras. Já as sociedades com maior desigualdade económica mostraram uma preferência por diferenciar as potenciais vítimas com base no estatuto social. E a inclinação para poupar mulheres, embora observada em quase todos os países, foi mais forte naqueles em que as mulheres estão mais bem posicionadas em indicadores de saúde e sobrevivência.
Portugal – que neste mês fez testes com carros autónomos em estradas – surge alinhado com a média global em oito dos nove indicadores estudados. A diferença surge na maior preferência por poupar as pessoas cumpridoras da lei. Os dados revelam também uma proximidade ibérica no que diz respeito às opções éticas: Espanha é o país com decisões mais semelhantes às dos indivíduos em Portugal. O país mais distante de Portugal é Angola, que se destaca da média por uma muito menor tendência para salvar peões e uma muito maior preferência por poupar a vida de pessoas com estatuto social elevado.
As diferenças observadas “sugerem que os fabricantes e os legisladores devem, se não dar-lhes resposta, pelo menos serem conhecedores das preferências morais dos países nos quais concebem políticas e sistemas de inteligência artificial”, concluem os investigadores. “Mesmo que as preferências éticas do público não devam ser necessariamente o principal decisor de políticas sobre ética, a disposição das pessoas para compraram veículos autónomos e tolerá-los nas estradas vai depender da aceitação das regras éticas que forem adoptadas.”
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Fonte: https://www.publico.pt/2018/10/24/tecnologia/noticia/decidir-morre-influenciado-questoes-economicas-culturais-1848728?utm_term=4.0+-+A+moral+das+maquinas&utm_campaign=P%3FBLICO&utm_source=e-goi&utm_medium=email&fbclid=IwAR3CuhodZbO-Z8k-k092qjA8nJIfKNOWJBmozCFannucjo1I6GUnQM7Zuog

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Note-se: pode-se aqui discriminar entre mulheres e homens, animais e pessoas, idosos e jovens, sem-abrigo e gente de alto estatuto social... mas não se pode discriminar entre autóctones e estrangeiros, ou entre gente de diferentes raças. 
Confirma-se: o sexismo, o especismo, o «etarismo», a discriminação sócio-económica, tudo isso é aceitável, «o racismo é que não!!!», porque não, porque é pecado, porque o «racismo» impede as elites mainstream de impingir milhões de alógenos aos Europeus...

Saliento ainda esta passagem que me parece valiosamente esclarecedora:
«O país mais distante de Portugal é Angola, que se destaca da média por uma muito menor tendência para salvar peões e uma muito maior preferência por poupar a vida de pessoas com estatuto social elevado.»
Típico da hierarquização social terceiro-mundista, este é o tipo de influência que Portugal tem  ganhar com a ligação à lusofonia, como se este canto à beira-mar plantado não fosse já um dos países da Europa com maior fosso sócio-económico...


PETIÇÃO PARA CRIAÇÃO DE UM SANTUÁRIO DE ANIMAIS SELVAGENS

Embora existam em Portugal locais que são apresentados como santuário ou refúgios para animais, a verdade é que não há enquadramento jurídico para estes equipamentos. Para colmatar esta lacuna, foi lançada em Julho uma petição pública intitulada Queremos um Local de Acolhimento para Animais de Quinta e Selvagens, que será enviada ao Parlamento e ao primeiro-ministro quando atingir as quatro mil assinaturas.
«Actualmente, quem quiser ter um local para acolher animais de pecuária tem que o registar ou como exploração pecuária ou como quinta pedagógica, por exemplo», explicou ao jornal Os Bichos Susana Santos, a primeira peticionária e comissária política do PAN (partido Pessoas Animais Natureza) Algarve.
No caso dos animais selvagens, apenas existe legislação para os centros de acolhimento e recuperação da fauna selvagem autóctone e para os parques zoológicos, que para os peticionários, não são a solução ideal. «Os zoos têm sempre visitantes, o que causa stress aos animais. Não deixa de ser uma agressividade para eles», sublinha Susana Santos. Os centros de recuperação são locais onde os animais permanecem apenas até estarem aptos a serem devolvidos ao habitat natural, o que nem sempre acontece.
Vida sem stress
Nos santuários ou refúgios, os animais permanecem num ambiente o mais semelhante possível ao seu habitat natural até ao fim das suas vidas, «não podendo ser explorados, comprados, vendidos ou usados para entretenimento ou em experiências com animais», pode ler-se no texto da petição. «Não têm a parte lúdica ou pedagógica associada», refere a comissária política do PAN Algarve.
Estes equipamentos poderiam também acolher os animais de pecuária vítimas de maus-tratos ou os selvagens que são vítimas do tráfico ilegal de espécies. Susana Santos recorda que em muitos casos, os animais resgatados no âmbito de processos criminais ficam à guarda do alegado infractor.
Os peticionários defendem a criação de um regime jurídico específico para as entidades sem fins lucrativos que procedam à recolha, recuperação e alojamento de animais habitualmente utilizados para fins de pecuária, trabalho ou selvagens domesticados. Exigindo que a futura legislação «garanta que, em termos de requisitos sanitários, estes animais não irão entrar na cadeia alimentar e, como tal, o bem-estar físico e mental do animal até ao final dos seus dias».
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Fonte: https://osbichos.news/2018/10/29/peticao-pede-lei-para-santuarios-de-animais-em-portugal/?fbclid=IwAR201iUureoPD7nW-PSZ4o0826NMQ4T5OPHvr_TWc2jC2S5F7OWnkC9I0A0

Para assinar a petição, aceder a esta página: 
https://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PT89270

BOLSONARO VAI MUDAR A EMBAIXADA BRASILEIRA PARA JERUSALÉM E FECHAR A DA PALESTINA?

(...)
Durante a campanha eleitoral, Bolsonaro chegou a prometer mudar a embaixada do Brasil em Israel de Tel Aviv para Jerusalém, num movimento que pode desagradar a países árabes e à Autoridade Palestina, que quer o lado oriental de Jerusalém como a capital de um futuro Estado palestino.
Neste ano, os Estados Unidos, sob comando do presidente Donald Trump, mudaram a sua embaixada em Israel para Jerusalém.
Uma eventual mudança da embaixada brasileira em Israel poderá causar impactos comerciais ao Brasil, já que alguns produtos da pauta de exportação brasileira, como a carne de frango, têm nos países muçulmanos um importante mercado comprador.
Ao comentar a conversa que teve com Netanyahu nesta Lues, Bolsonaro não teceu comentários sobre uma possível mudança da embaixada brasileira em Israel, que considera Jerusalém sua capital única e indivisível.
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Fonte: 
https://br.reuters.com/article/domesticNews/idBRKCN1N32LE-OBRDN?feedType=RSS&feedName=domesticNews
https://www.jihadwatch.org/2018/10/new-brazil-president-to-close-palestinian-embassy-you-do-not-negotiate-with-terrorists

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Se Bolsonaro fizer o que aí prometeu, já faz alguma coisa de jeito...

O PARALELISMO ISLAMISTA DA TURQUIA COM O IRÃO

Contemplar a transformação da Turquia durante os últimos 16 anos numa nação islâmica autoritária tem sido tão apavorante quanto testemunhar a vertiginosa queda do Irão em 1979 - só que em câmara lenta. Ao passo que o Irão passou de aliado secular a implacável inimigo islamista em questão de meses, a Turquia seguiu a mesma trilha, porém liderada por um islamista mais cauteloso, Recep Tayyip Erdogan, que se encaminha a passos bem mais lentos.
Subida ao poder
O Xá Reza Pahlevi do Irão exilou o Ruhollah Khomeini (coincidentemente para a Turquia) em 1964. Quando retornou ao Irão no 1º de Fevereiro de 1979, Khomeini tomou o poder de forma absoluta quase que de imediato. Visto que o Xá estava fora do país em busca de tratamento para o câncer, não havia praticamente nenhuma resistência para impedir que Khomeini e seus aliados clericais assumissem o poder. A toque de caixa ele criou a Guarda Revolucionária do Irão (IRGC), que logo iria superar a SAVAK, polícia secreta do Xá, no que tange em sufocar os inimigos internos. A execrável prisão Evin da SAVAK, que chegou a confinar cerca de 5 mil inimigos políticos do Xá, logo passou a encarcerar mais de 15 mil detentos de Khomeini. Em questão de semanas, Khomeini comandava um reinado de terror que extasiaria o próprio Robespierre.
A queda da Turquia nos braços do islamismo, por outro lado, tem sido muito mais lenta, guiada deliberada e gradualmente por Recep Tayyip Erdogan por meio de uma série de eleições. Talvez tenha aprendido com o seu tropeção em 1998 a dar passos mais lentos, tendo em vista que quando era presidente da câmara de Istambul, reuniu os seus correligionários e declarou: "as mesquitas são os nossos quartéis, as cúpulas os nossos capacetes, os minaretes as nossas baionetas e os fiéis os nossos soldados." Como resultado, Erdogan foi condenado por incitar ao ódio a uma pena de 10 meses de prisão e proibido de ocupar cargos públicos.
Erdogan, no entanto, não estava disposto a desistir. Fundou um partido político chamado Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP), que deu uma lavada nas eleições de 2002. Logo a proibição que o atingia foi suspensa e o seu retorno com plenos direitos concretizou-se ao tornar-se primeiro-ministro em Março de 2003.
Erdogan avançou cautelosamente a princípio, evoluindo ocasionalmente na direcção dos islamistas, como por exemplo confiscando igrejas cristãs, mudando as leis do hijab (véu islâmico) e perseguindo os muçulmanos não sunitas. Na sequência, dois importantes acontecimentos deram-lhe oportunidade de conquistar mais poder: a guerra civil na Síria em 2011 e o fracassado hipotético golpe contra ele em 2016. Conforme expôs Daniel Pipes em 2016: "Após anos de moderação e austeridade, a sua verdadeira personalidade, grandiloquente, islamista e agressiva, deu o ar da sua graça. Agora quer governar como déspota."
Erdogan disse certa vez que "a democracia é como um autocarro. Viaja-se nele até chegar ao seu destino, depois desembarca-se." Parece que Erdogan chegou ao seu destino.
Eliminando Reformas
No Irão, no momento em que Ruhollah Khomeini saiu do avião oriundo de França (onde passou os últimos anos de exílio), começou a trabalhar para eliminar o secularismo que o Xá alcançara durante décadas de ocidentalização do país. A assim chamada "Revolução Branca" do Xá, iniciada a mando da Administração Kennedy em Janeiro de 1963, era um programa de reformas que estabeleceu quotas para que minorias e mulheres pudessem ocupar cargos no governo, o programa transferia terras aos agricultores que nelas trabalhavam e abraçava tudo o que era ocidental e moderno. Em 1967, a Lei de Protecção à Família permitiu que as mulheres pedissem judicialmente o divórcio, obtivessem a guarda dos filhos e negassem aos maridos o direito de ter várias esposas. A lei também aboliu o "casamento temporário" (uma autorização religiosa xiita para a prostituição) e aumentou a idade mínima para o casamento de nove (que segue o exemplo do profeta Maomé) para quinze anos.
Khomeini vilipendiou o programa de ocidentalização do Xá classificando-o como "Westoxication"(traduzido do persagharbzadegi, termo pejorativo para o vocábulo 'ocidentalizado'). Em vez do gigante tecnológico disposto a dividir os frutos da modernidade com o seu aliado anti-comunista do terceiro mundo, os EUA tornaram-se o "grande Satã", que, segundo um pressuposto, impõe o seu secularismo ao Irão e destrói a cultura islâmica do país.
Na Turquia, Erdogan reduziu lenta e gradualmente as liberdades dos cidadãos. Assim como Khomeini, ele também queria cancelar no seu país o programa de ocidentalização dos seus antecessores. Outrora, a Turquia distinguia-se do restante do mundo muçulmano devido em grande parte ao reformador de nome Mustafa Kamal, general turco que tomou o poder após a derrota do Império Otomano na Primeira Guerra Mundial. Ele adoptou o nome Ataturk ("pai dos turcos"), aboliu oficialmente (embora simbolicamente) o Califado Islâmico em 1924 e começou o processo de secularização e ocidentalização da Turquia. Por quase 70 anos, a Turquia parecia estar imune ao islamismo. Agora, ao que tudo indica, essa imunidade é ilusória.
Após tornar-se primeiro-ministro, Erdogan começou a carcomer o sistema de Ataturk. Como presidente, esfarelou-o. Os outrora poderosos militares turcos foram expurgados da sua independência. Os direitos das minorias, especialmente os dos cristãos, encolheram drasticamente. Erdogan empenhou-se em fechar igrejas e construir mesquitas. A imprensa não mais é livre e o mundo acadêémico turco é uma sombra do que costumava ser.
Governança
Qualquer islamista que queira governar tem de encontrar um meio de racionalizar o decreto islâmico segundo o qual "Alá não tem parceiros". Em 1991 Ayman al-Zawahiri (o actual líder da Al-Qaeda) criticou a Irmandade Muçulmana por ela participar nos processos de democratização do Egipto, concluindo: "No frigir dos ovos, em relação às democracias, a questão é que o direito de introduzir leis é dado a alguém que não é o Altíssimo Alá. A democracia é assim mesmo. De modo que, quem concordar com isso é infiel, pois adora outros deuses em vez de Alá".
A versão xiita desta proibição dita que ninguém tem o direito de governar enquanto o Décimo Segundo Imã Oculto continuar oculto e qualquer tentativa de governar é profana.
A solução encontrada por Khomeini foi a de criar ovaleyat-e-faqih, geralmente traduzido como "governança da jurisprudência". Este arranjo colocou a governança do dia-a-dia directamente nas mãos dos clérigos, cuja adesão fervorosa à Charia protegeu o regime da acusação de "fazer parceria com Alá" como se estivesse numa redoma. Eles não estavam na realidade a governar, esta era a explicação, estavam apenas a manter uma vigilância piedosa sobre as coisas até que o Décimo Segundo Imã saia do esconderijo.
Para vigiar os 'vigiadores', Khomeini auto-nomeou-se Rahbar("Líder Supremo"). Fazendo-se passar por sábio, era apenas mais um ditador que descobriu um jeito de seduzir e ameaçar a população.
A gradual tomada de poder de Erdogan foi realizada fazendo uso do processo democrático viabilizado pelas reformas de Ataturk. Não chega a ser o temido "um homem, um voto, uma vez", mas a cada vitória eleitoral que Erdogan conquistava, tornava-se mais autoritário e mais islamista. Após a alegada tentativa de golpe em 2016, assenhorou-se de mais poder ainda. As vitórias apertadas de Erdogan no referendo constitucional de 2017 e na eleição presidencial de 2018 permitiram que ele mudasse e ignorasse a constituição por meio da qual foi alçado ao poder, tornando-o no Khomeini da Turquia. Agora que Erdogan não mais precisa de se arriscar a perder eleições nas urnas eleitorais, atente por eleições fraudulentas, irá vencer com margens à lá Arafat.
Política Externa
A meta da política externa de Khomeini era bem simples: expandir a influência do Irão, disseminar a sua versão do islamismo e combater tudo aquilo que for Ocidental.
A política externa de Erdogan também era hostil ao Ocidente desde o início, mesmo antes de se tornar primeiro-ministro em 2003. No período pós-11 de Setembro até à decisão do governo Bush de atacar Saddam Hussein, a Turquia negociou com os EUA a entrada de um adicional de 62 mil soldados que comporiam as forças que avançariam no território iraquiano pelo norte. Foi fechado um acordo que beneficiaria a Turquia com US$6 biliões em ajuda directa além de garantias adicionais de empréstimos de outros biliões. Contudo, depois de o partido de Erdogan, AKP, passar a controlar 60% do parlamento nas eleições de Novembro de 2002, exerceu influência suficiente para anular o acordo.
Como primeiro-ministro e depois como presidente da Turquia, as políticas de Erdogan foram-se tornando cada vez mais hostis aos interesses dos EUA. Promoveu a Flotilha de Gaza, ajudou o Irão a transportar armas para a Síria e lutou contra os curdos aliados dos Estados Unidos. Não só popularizou, talvez até tenha inventado a saudação de quatro dedos da Irmandade Muçulmana, mas também abraçou o seu modelo de islamismo.
Reféns
O mais problemático de todos os paralelos entre Erdogan e Khomeini é a nova inclinação turca pela tomada de reféns. A 4 de Novembro de 1979, as forças de Khomeini tomaram a embaixada dos EUA em Teerão e mantiveram 52 funcionários da embaixada, diplomatas e civis como reféns por 444 dias. Após a sua libertação, Khomeini continuou a sequestrar americanos, principalmente por intermédio de grupos terroristas.
O termo que muitos adoptaram para descrever o último escorregão de Erdogan para a esfera do khomeinismo é a "diplomacia de reféns". O pastor americano Andrew Brunson foi feito refém em 7 de Outubro de 2016 e tem sido usado como moeda de troca segundo a versão de diplomacia de Erdogan desde então. De acordo com o regime islamista, agora seguro de si, Brunson , acusado de "cristianização" não é o único cidadão americano detido na Turquia.
O que está ainda por vir?
Poder-se-ia dizer que os EUA ignoraram por décadas a fio o perigo que a queda do Xá representava e a subsequente ascensão do islamismo xiita como força política, porém diante desse facto consumado, o Irão foi rápido enquanto durou o mandato de um presidente fraco que nada fez no sentido de ajudar o Xá que, a bem da verdade, apressou a sua queda. Quando Jimmy Carter percebeu o quão tolo foi em abandonar o Xá, já era tarde demais. Mas os EUA dispunham de tempo mais do que suficiente, além de alertas mais do que suficientes para conferirem o que estava por vir na Turquia sob o comando de Erdogan. Agora que a câmara lenta chega ao fim e começa a aceleração, nada a não ser um golpe militar bem sucedido poderá impedir que Erdogan se torne noutro Khomeini de cabo a rabo.
Felizmente, não estamos em 1979 e ainda é possível aprender com as lições daquele ano sombrio. Muitos estão começando a reconsiderar a participação da Turquia na OTAN. Lamentavelmente não há mecanismo para se expulsar membros da OTAN, mas também não há razão para manter dezenas de ogivas nucleares tácticas B61 na Base Aérea de Incirlik na Turquia. Embora as ogivas nucleares (a Turquia não dispõe de aviões em condições de utilizá-las) estejam seguras em arsenais subterrâneos e protegidas por desnecessários protocolos de código de lançamento se essas ogivas forem confiscadas, mesmo assim representam uma enorme ameaça.
Imagine como seria o mundo se os EUA tivessem armazenado armas nucleares no Irão antes da tomada de poder de Khomeini. Imagine como será o mundo se Erdogan se apoderar das armas nucleares dos Estados Unidos.-
A.J. Caschetta é membro do Ginsburg-Ingerman do Middle East Forum e o principal conferencista do Rochester Institute of Technology.
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Fonte: https://pt.gatestoneinstitute.org/13203/revolucao-turquia-ira