Um alegado especialista em policiamento transnacional, Conor O'Reilly, da Escola de Criminologia do Porto, falou ao jornal Destak sobre o poder da PIDE e a actuação da polícial colonial. Diz ele que «impor a ordem colonial e reprimir as comunidades indígenas para facilitar a exploração dos recursos naturais e da população nativa através de trabalho forçado» eram os principais objectivos do policiamento exercido pelo Império Português nas colónias. A dinâmica deste tipo de força de segurança «era quase militar», sendo o uso da força uma prática comum e a maioria dos crimes cometidos pelos próprios colonizadores e pela polícia». O legado deixado pelos Portugueses a este nível foi essencialmente «o abuso de poder, a corrupção, a brutalidade, a ineficiência e o facto de a segurança ser usada para proteger uma minoria.» O Brasil é um exemplo desta herança portuguesa, com «uma polícia tradicionalmente coerciva, militarizada e com recurso à violência que teve origem no controlo dos colonizadores através da escravidão.» Estes alegados crimes eram «a escravidão, o trabalho forçado, os espancamentos e a repressão», além de, no tempo da guerra colonial, terem incluído os interrogatórios com brutalidade policial, etc. Afirma também que o Império Português tinha vantagem sobre os outros impérios europeus em África devido ao facto de possuir ao seu serviço um instrumento especialmente útil na manipulação e na vigilância do inimigo, que era a PIDE.
Ou seja - a violência e a corrupção endémicas que se verificam nas ex-colónias portuguesas, Brasil incluído, são culpa do Português.
Já está - mais uma narrativa veiculada ao mais alto nível da elite dominante que culpa o Europeu pelas desgraças do terceiro-mundo, obedecendo assim a um dos Sacrossantos Dogmas da Santa Madre Igreja Anti-Racista e Multiculturalista dos Últimos Dias do Ocidente (SMIARMUDO), que é o Dogma da Indefectível, Eterna e Constante Culpa do Europeu (DIECCE). Aconteça o que acontecer, dê lá por onde der, a culpa é do branco, isto é, do Europeu. Seja o que for.
A violência no Brasil e em África corre sem freio; em países que nunca foram colónias portuguesas, como a Nigéria por exemplo, a polícia quando entra seja em que conflito for - um problema de trânsito que descambe em violência, algo assaz frequente nesse lugar - a polícia, dizia, dispara logo a matar, mas isso não interessa, deve ser culpa do Império Português, ou doutro qualquer, desde que europeu.
Quem ande em Lisboa de olhos abertos e já tenha visto a polícia a actuar em situações de confronto violento, constatou decerto a brandura das forças policiais portuguesas, quando não bananice pura e simples (pudera, ai deles que toquem com demasiada força num «jovem» afro...) - mas isso não interessa, a culpa da brutalidade que a bófia brasuca não raras vezes se vê forçada a utilizar, é dos Portugueses.
A polícia portuguesa «evoluiu» (aliás, abananou...), a do Brasil e das ex-colónias africanas não, mas isso não interessa - a culpa continua a ser dos Portugueses.
Assim é que é porreiro, culpar os Portugueses, que é para se de hoje para amanhã alguém disser por aí que a iminvasão do terceiro-mundo traz violência policial, há logo um arauto da SMIARMUDO, de cérebro já «lavadinho», que salta aos berros a dizer que «a culpa é da polícia tuga!!!, que ensinou a violência aos pobres polícias africanos e depois a sociedade africana tornou-se violenta e voilá, aqui estão eles a dar-nos o troco do que por lá fizemos!»
E o mesmo se aplica em Inglaterra, onde a polícia tantas vezes tem sido considerada «violenta e racista», e nos EUA, idem, e em França, onde os motins de 2005 despoletados pela morte de um ou dois jovens norte-africanos no metro de Paris acabou por ser atribuída à polícia, porque os jovens criminosos coitadinhos estavam a fugir à polícia quando se tentaram esconder numa caixa de electricidade, e portanto a culpa é da polícia que não tinha nada que os ter perseguido... Por cá, eu já li, ninguém me contou, li eu, num livreco editado pelo SOSRacismo, uma lista de casos de «violência policial» entre os quais estava contabilizada a morte de um «jovem» criminoso que na fuga à polícia caiu de um prédio abaixo ou coisa assim... Mais uma vez, o que a polícia devia ter feito era ter ficado de mãos atadas para que o jovem negro pudesse ir embora a andar, e a olhar para os dois lados da estrada, sem pressas, em vez de ir a correr, com risco de se aleijar na fuga... Para cúmulo da ofensa, recorde-se, todos os dias, tendo sempre bem presente na mente, que o SOSRacismo é pago pelo contribuinte, ou seja, o cidadão português está a pagar para que esta «gente» divulgue obscenidades REVOLTANTES como esta...
Por outro lado, também é verdade que há entre os retornados quem diga que a PIDE «cá em Portugal era má para nós, os brancos, mas lá era boa, porque nos protegia dos pretos»... Ora isso era seguramente menos mau do que serem os brancos a sofrer, como agora...
De resto, a violência policial, só por si, não constitui solução para nada. Em África e no Brasil atingem proporções colossais, mas isso não faz com que essas regiões do globo se tornem ordeiras. O excesso contrário também não resulta, por motivos óbvios, como se tem visto na Europa Ocidental... o comparativamente brando policiamento aplicado ao civilizado europeu oferece uma maravilhosa impunidade a gente que vem de zonas caóticas em África... como num certo filme de Stallone, em que um criminoso violento negro da actualidade vai parar a uma mui civilizada e «soft» sociedade futura em que as forças da autoridade não têm preparação para lidarem com determinado grau de violência...
É preciso «ir às causas», como diz a politicagem correcta quando quer dar a entender que o problema da criminalidade está naquilo a que chamam, no seu ver economicista e esquerdista, nas «condições sócio-económicas» e na discriminação...
É preciso ir às causas sim, mas as causas reais - trave-se imediatamente a imigração e mande-se o maior número possível de não europeus, e aí sim, as sociedades europeias tornar-se-ão, tendencialmente, mais pacíficas.