PODER ANTI-IMIGRAÇÃO DO PARTIDO DA LIBERDADE HOLANDÊS INCOMODA COMISSÁRIA DA UNIÃO EUROPEIA

A comissária da União Europeia Cecilia Malmström diz-se preocupada com os planos holandeses para restringir as leis nacionais de asilo e imigração, tendo por isso declarado ao diário holandês NRC Handelsblad que a Comissão Europeia começou já a dialogar com o governo holandês a respeito do tema. Isto porque o executivo governamental dos Países Baixos quer limitar a imigração no que respeita à reunificação familiar, proposta que é da iniciativa do Partido da Liberdade (PVV), de Geert Wilders, aliado parlamentar do governo. Ora esta alteração legislativa implica uma mudança das regras da UE. Malmström observa que a Holanda é o único país da UE a insistir nessa mudança: «Estou ciente de que se trata de uma grande questão na Holanda. Não é o que eu oiço nos outros Estados membros.»

Eis pois um exemplo concreto da necessidade do Nacionalismo avançar o mais rapidamente possível no maior número possível de países europeus...

O PVV por seu turno avisou


o governo minoritário de que deve honrar o seu acordo com o PVV no que respeita à restrição da reunificação familiar. Wilders declarou: «Aviso o ministro Leers que o Partido da Liberdade assinou por um apoio total ao acordo e não apenas metade do acordo», pois que, como se sabe, o PVV dá apoio parlamentar ao governo minoritário na condição de este tornar mais restritiva a legislação da imigração. Foi além disso assinado um acordo de apoio a estipular as exigências do PVV. Neste, o governo compromete-se a apertar a imigração. Por este motivo, Malström iniciou na Haia conversações com o ministro da Imigração holandês Gerd Leers. Por exigência do PVV, o governo holandês pretende subir a idade dos parceiros de casamento com estrangeiros para vinte e quatro anos de idade, impor o limite de um parceiro por dez anos no que respeita à entrada de estrangeiros para casamentos, e implementar regras mais duras no que toca aos salários dos imigrantes.

De acordso com Wilders, a opinião da comissária europeia «não é relevante». Acrescenta que «o acordo de apoio tem de ser honrado, só então iremos apoiar o governo e os cortes de dezoito biliões de euros. Que isto fique bem claro.»

Malström está entretanto a engendrar um «livro verde» para o Parlamento Europeu com recomendações a respeito da reunificação familiar. Numa entrevista à revista semanal holandesa Elsevier, alertou contra o populismo: «Se os políticos normais de partidos normais - não estou a falar de partidos extremistas - levam a cabo uma agenda populista ao atribuirem tudo de mau aos migrantes, estamos numa situação muito perigosa.» Acrescentou que «já vimos no passado onde é que isto conduz».

Trata-se pois de mais um típico confronto entre, de um lado, o que a elite quer impingir ao povo, e, do outro, o que o povo elege democraticamente, representado em Wilders, que tem o poder que tem graças apenas aos votos que alcançou com a sua campanha anti-imigração e anti-islamocrata. Foi a Democracia quem deu ao Partido da Liberdade o poder de obrigar o governo - obrigar a elite, no fundo - a pelo menos moderar o ritmo da iminvasão oriunda do terceiro mundo. E, para mascarar este facto democrático, os e as Malmstroms que por aí andam, muitos deles sem sequer terem sido eleitos pelo povo, tratam de desvalorizar, «subtilmente», a própria escolha genuinamente popular, chamando «populista extremista» a quem consegue apoio popular para travar a iminvasão - faz lembrar aquela tirada de um qualquer comuna tuga que, diante do facto de não ter a maioria do seu lado, ter declarado que não se submetia à «ditadura da maioria» ou coisa assim...

Tentando prevenir o acréscimo de poder politico por parte de mais Wilders pela Europa fora, Malmstrom tratou de começar já a convencer os seus pares de que é preciso leis para previamente manietar as forças anti-imigração... talvez para que depois, quando algum partido nacionalista estiver em «perigosa» ascensão num determinado país europeu, as forças imigracionistas e anti-nacionalistas possam dizer que o projecto nacionalista é «irrealista» porque «ai, já existem leis que impedem os nacionalistas de fazer isto e aquilo, mesmo que cheguem ao poder»...

Resta aos Nacionalistas acelerar a marcha em direcção ao Poder, o qual pode ser exercido mesmo que não se constitua governo, como Wilders está brilhantemente a demonstrar.