Menos de um em cada quatro eleitores britânicos acredita que o Islão é compatível com o modo de vida britânico, segundo revelação alarmada da baronesa paquistanesa Sayeeda Hussain Warsi, inicialmente uma ministra sem pasta e actualmente ministra da Fé e das Comunidades, a primeira muçulmana a ocupar um cargo ministerial no Reino Unido.
Warsi cita dados da polícia que indicam que mais de metade dos ataques raciais no país são contra muçulmanos - e condena os críticos do Islão por fomentarem o «ódio». Acusa-os ainda de serem «des-britânicos» ao associarem os muçulmanos comuns aos extremistas.
O quê?... Quem é contra o alógeno não é um bom nacional?... Onde é que eu já ouvi isto... foi no discurso da elite político-cultural de cá, que também jura pela puta da mãezinha que quem não é a favor da agenda multiculturalista e miscigenadora não é bom português, porque Portugal «criou o mulato»... e também o li no discurso de elite político-cultural sueca, que também diz que o verdadeiro sueco não rejeita estrangeiros...
Tem por outro lado imensa piada que alguém tão evidentemente alógeno tenha o topete de ditar o que é nacional ou deixa de ser... mas no fundo é coerente com o pensamento da elite a que pertence, que não respeita quaisquer especificidades étnicas europeias. Warsi mostra com clareza ser uma típica representante do sistema, papagueando a cassete da elite reinante a qual quer dar por adquirido que quem é um bom britânico/português/sueco/outranacionalidadeocidentalqualquer não pode ser «racista/xenófobo/islamófobo», porque não, porque não pode, porque a elite determinou que o carácter nacional do país, qualquer país europeu, é favorável à iminvasão e aberto ao Amado Outro, um truque porreiro para previamente desarmar toda e qualquer resistência da parte dos mais ingénuos: «ai queres defender o teu Povo contra a salganhada? Então não és um bom representante do teu país!, porque quem sabe mais sobre o teu país, nós!, a classe sábia!!, já deixámos claro que ser deste país é ser xenófilo, custe o que custar!!, e até nem custa nada, porque isto da iminvasão está a correr tão bem, ou pelo menos para mim está, que vivo em bairros bem guardados e condomínios fechados e ponho os filhinhos em escolas privadas, se não está para ti é porque és paranóico e receoso e exageras alguma bofetadazita que algum imigrante te tenha dado, mas isso para mim conta pouco...» É assim um bocado como dizer que quem não é do Benfica não é bom chefe de família, com a diferença de que quem diz isto do Benfica não está a falar a sério...
É aquilo a que se chama um mito incapacitante - de antemão amarra as mãos atrás das costas a quem quer resistir à iminvasão. O pensamento totalitário é aí notório - a identidade nacional deixa de estar garantida pelo nascimento, pela natureza, e passa a ser adquirida pela adesão a um ideal imposto de cima para baixo por parte da elite. E quem não concorda com esse ideal não é um bom britânico/sueco/português/outroocidentalqualquer, portanto não só não tem a mais íntima liberdade de pensar o que lhe apetece como ainda por cima, cereja no topo do bolo totalitário, nem sequer tem uma identidade nacional - a essência do totalitarismo é exactamente esta, o controlo total do indivíduo, até à sua raiz, por parte de uma elite que impõe uma ideologia a toda a população, impingindo esse conjunto de ideias não como simples ideais mas sim como bases ontológicas, como que fundando assim um novo país, uma Antiracistalândia...
Sendo visceralmente totalitária, esta elite vai mais longe - coerente com a total falta de respeito por qualquer espécie de fronteira nacional, quer impor tal concepção de nacionalidade a todas as nações, pelo menos a todas as nações europeias... fazendo assim lembrar o primeiro grande totalitarismo universalista que se impôs na Europa, a Cristandade, que em grande parte dos Estados europeus criou grosso modo a mesma bandeira - ainda hoje há várias nações europeias cujo estandarte nacional é uma cruz, só variando as cores e os formatos, mas estes variando menos: a primeira bandeira de Portugal (e brasão da actual bandeira), a bandeira das Astúrias, a de Inglaterra, a da Suíça, a da Cornualha, a da Escócia, da Islândia, Dinamarca, Suécia, Noruega, Finlândia... e também a da Grécia contém como único símbolo uma cruz, sucedendo o mesmo com a da Eslováquia, por exemplo... Sob esta perspectiva, o que é ser português?, é ser cristão, e ser inglês?, é ser cristão, e suíço? cristão ser, e escocês?, passa obviamente por ser cristão!, e sueco?, bem, o sueco é cristão!, cristãos são também os dinamarqueses!, etc.. Agora que o Cristianismo está em acelerada queda, é só pegar nisto e substituir «cristão» por «multiculturalista» e já está, é fácil...
Assim é que é bom para quem actualmente manda, dá jeitinho para construir o mundo sem fronteiras: esvaziar os países da sua identidade nacional autêntica e dar-lhe outra, totalmente controlável pela elite, de uma só cajadada matam-se dois coelhos: por um lado, acaba-se, na Europa, com as fronteiras incontornáveis e intransponíveis, porque qualquer zulu, esquimó ou chinês pode ter qualquer nacionalidade europeia à escolha, bastando para isso preencher os devidos papéis e já 'tá, ou voilá, como dizem os franceses, fica assim uma espécie de mousse instantânea da nacionalidade, mas sem ter sequer a essência do produto; por outro, pode-se assim construir os países como se quiser, numa espécie de engenharia de Povos, à laia de Dr. Frankenstein, que pega em pedaços de corpos mortos e cria um novo homem, sem raça, nacionalidade, família, sem qualquer tipo de raízes, útil à elite capitalista, porque tal criatura pode sem dificuldades de maior ser colocada em qualquer posto de trabalho de qualquer país do planeta, consoante as conveniências do capital no momento, e mais do que ser útil à elite capitalista, é simplesmente a concretização do ideal humano esquerdista, o do grande sem-raça universal, o apátrida por excelência, o mais perfeito «cidadão do mundo», aquele que como Justino dizia ultrapassou as fronteiras étnicas e vive em harmonia com tudo e com todos... porque já foi mutilado na sua essência, bem entendido.
Poderá parecer exagerado dizer tudo isto a propósito de uma simples referência à falta de «britanidade» pretensamente denunciada por uma ministra, mas é precisamente pela naturalidade automatizada com que o faz que a ideologia acima descrita se torna tão notória.
De acordo com a sondagem YouGov revelada por Warsi, apenas vinte e quatro por cento dos eleitores pensa que o Islão é compatível com ser britânico, mais de metade dos eleitores discorda; e apenas vinte e três por cento diz que o Islão não é uma ameaça para a civilização ocidental.
Num discurso proferido diante de um grupo denominado Medindo os Ataques Anti-muçulmanos, que vigia a violência contra os muçulmanos, Warsi condenou os políticos e os média por não fazerem o suficiente para combaterem as visões negativas sobre os muçulmanos: «Quando eu disse que a islamofobia "passou o teste da mesa de jantar", quis dizer que o sentimento anti-islâmico tornou-se tão socialmente aceitável que pode ser encontrado até no mais civilizado dos cenários. Levei uma grande quantidade de ripadas por ter dito isto. Houve os que negaram a existência do problema. Houve os que disseram que falar sore isso era perigoso. Mas deixem-me dizer-vos o que é realmente perigoso. É quando pessoas são tratadas diferentemente por terem uma visão religiosa diferente. É quando um país faz vista graça à discriminação. E é quando permitimos que a percepção a respeito de um Povo se torne tão entranhada que os extremistas estão capazes de a capitalizar. Porque quaisquer formas de preconceito ou discriminação é errada. É desbritânico.»
Em suma - Warsi está chateada por constatar que o raio do povinho continua a ter o atrevimento de dizer que não gosta do Islão e não o quer na sua terra... claro que isto assim não dá jeito nenhum ao projecto da sociedade multicultural e etnicamente abastardada. Este é pois mais um testemunho de que a Europa, a Europa autêntica, a do povo e dos Povos, não é receptiva ao que vem do terceiro-mundo e que está portanto, cada vez mais, no ponto adequado para que no seu solo se desenvolvam as políticas nacionalistas. A mais genuína Democracia traria assim a vitória das forças políticas «racistas/xenófobas» e é por isso que a elite faz o que pode para sabotar a Democracia, perseguindo tanto quanto pode os movimentos nacionalistas.