quinta-feira, janeiro 31, 2013

TRÍVIA, OU HÉCATE

 


Vai-se o dia, sobe a Lua
Álgida treva no arco celeste
Olhai de frente a sombra nua
Pés ao caminho do bosque agreste
 
 

Ladra lá longe, augúrio da Sorte
Cão dos abismos, porteiro da Morte
Árvore egrégia na encruzilhada
Gélido altar na bruma estrelada
 
 
 
À fria luz do silêncio astral
Sibilam os ventos por entre as fragas
Conclave na névoa da Hoste Espectral
Mais trasgos e bruxas, corujas e magas

Urdindo sortilégio
Pedindo privilégio
À Vingadora
Aterradora

Pálida face de lívido plasma
Em trono augusto de funda caverna
Tríplice Rainha da Coorte Fantasma
Reina Suprema na Noite Eterna
 
 
 

14 Comments:

Blogger Afonso de Portugal said...

A última imagem é algo intrigante... maçãs, alhos e (¿)nozes(?)

Isto tem alguma simbologia especial?

1 de fevereiro de 2013 às 14:51:00 WET  
Blogger Caturo said...

São oferendas à Divindade.

1 de fevereiro de 2013 às 16:21:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

de quem é o poema?

1 de fevereiro de 2013 às 16:48:00 WET  
Blogger Caturo said...

Meu.

1 de fevereiro de 2013 às 18:42:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Parabéns, desconhecia essa tua faceta...
Está excelente.

1 de fevereiro de 2013 às 19:26:00 WET  
Blogger Caturo said...

Obrigado.

1 de fevereiro de 2013 às 20:28:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Aliás Caturo, tens um larário? E já colocaste alguma imagem dele aqui no blogue?

3 de fevereiro de 2013 às 19:53:00 WET  
Blogger Caturo said...

Tenho o meu próprio altar, sim, mas por acaso ainda não coloquei foto nenhuma do mesmo aqui.

3 de fevereiro de 2013 às 20:29:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Eu gostava que a religião original voltasse, mas adaptada aos tempos e à sociedade modernos, como é evidente.
Acredito sinceramente que tal será possivel, mas para isso é preciso chegar às pessoas da melhor forma.
Como fazê-lo?

4 de fevereiro de 2013 às 16:45:00 WET  
Blogger Caturo said...

Com propaganda e conversas informais com amigos (se o tema da religião vier à baila, o que por acaso vai sendo raro), por exemplo.

4 de fevereiro de 2013 às 17:03:00 WET  
Blogger Caturo said...

E concordo inteiramente que se deve viver esta forma religiosa de forma contemporânea, sem anacronismos, distinguindo, para isso, o acessório do essencial, o conjuntural do estrutural, o circunstancial do fundamental.

4 de fevereiro de 2013 às 17:05:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

"Como fazê-lo?"

Pode haver diversos meios, felizmente, como os Eslavos e Germanicos tem mostrado. Por exemplo, atraves da musica. No norte e no leste europeu ha diversas bandas de Metal, Rock e Folk que divulgam o interesse pelo Paganismo. Nao eh o bastante, mas seria um bom começo.

Outra maneira seria criar mais sitios e blogues sobre Paganismo Portugues (romano, lusitano, galaico, etc), mas que falassem sobre outros assuntos de interesse geral tambem para atrair atençao de diversas pessoas.

Outro bom inicio seria escrever um livro, mesmo que pequeno e basico, com as informaçoes necessarias sobre como se tornar um Neopagao Portugues. (o problema seria convencer o Cuturo, talvez a pessoa mais adequada para falar sobre o assunto, a escrever um livro). :D

E assim por diante.

4 de fevereiro de 2013 às 22:59:00 WET  
Blogger Unknown said...

Desculpe mas o poema não é seu,como mensionado,é uma canção da Tríplice Rainha cujo a origem eu desconheço, mas já a vi em outros lugares. Sinceridade é um dos pilares fundamentais da arte! Saúdo-vos.

31 de janeiro de 2020 às 21:43:00 WET  
Blogger Caturo said...

Não, o poema é mesmo meu e se alguém o publicou atribuindo-o a outro autor, não disse a verdade.
Saudações.

2 de fevereiro de 2020 às 22:44:00 WET  

Enviar um comentário

<< Home