Na Índia, uma comissão de inquérito revelou em relatório recente que os líderes do Partido do Povo da Índia (BJP - Bharatiya Janata Party) foram cúmplices na destruição da mesquita Babri, em Ayodhya, a seis de Dezembro de 1992, num ataque levado a cabo por cento e cinquenta mil militantes hindus da organização Sangh Parivar, ataque este que acabou por causar dois mil óbitos, a maior parte de muçulmanos. Um dos acusados neste relatório é Atal Vajpayee, que foi primeiro-ministro da Índia de 1998 a 2004; outro, Lalchand Kishen Advani, é actualmente o líder da oposição na câmara baixa (Lok Sabha) indiana.
Já há muito se sabia do envolvimento do BJP no que aconteceu em Ayodhya, tanto que na altura o governo indiano dissolveu quatro governos locais (de Estados indianos) do BJP e deteve por alguns dias alguns líderes partidários, bem como alguns dos dirigentes da organização direitista Conselho Mundial Hindu (VHP - Viswa Hindu Parishad), e ilegalizou vários grupos radicais hindus e muçulmanos.
A novidade é a incidência da acusação sobre alguns dos mais importantes líderes do BJP.
Como já neste blogue foi dito, Ayodhya, no Estado de Uttar Pradesh, norte da Índia, é cidade sagrada do Hinduísmo, pois que aí terá nascido Rām, herói que seria um avatar (espécie de encarnação) do Deus Vishnu, a segunda Divindade da trindade hindu. Ram é o grande herói do Ramayana, épico literário indiano equivalente à Ilíada.
Ora no início do século XVI, os muçulmanos, invadindo a zona, destruíram o templo de Ram que aí existia e construíram, em 1528, a mesquita Babri. Em 1949, estátuas de Ram apareceram na mesquita. Começou aí uma disputa civil entre hindus e muçulmanos. Em 1984, o BJP iniciou uma campanha para que os hindus recuperassem o local. Foi dada aos muçulmanos a hipótese de transferirem a sua mesquita para outro lugar. Mas os muçulmanos, alegando que tudo se passara há demasiado tempo, desprezaram a proposta. Esgotadas as vias diplomáticas, os activistas hindus entraram em acção a 6 de Dezembro de 1992. Em menos de três horas destruíram a mesquita Babri, sem que as autoridades policiais interviessem.
Entretanto começara já a ser edificada na área uma nova estrutura religiosa, um templo de Ram.
Tratou-se pois de devolver o seu a seu dono - aos Hindus o que lhes pertencia por milenar herança, antes da agressão usurpadora e imperialista muçulmana. Contra um testemunho de uma religião universalista e totalitária, de raiz semita, ergueu-se o direito de uma religião pagã, étnica, nacional, de identidade ariana, que reconquistou um dos seus muitos lugares pura e simplesmente roubados pelo Islão - de notar que milhares de templos hindus foram destruídos pelas invasões muçulmanas, sendo no seu lugar construídas várias mesquitas. Algo de similar ao que na Europa se passou, quando outra religião universalista e totalitária, igualmente de raiz semita, destruiu templos pagãos, das religiões étnicas, arianas, para os substituir por igrejas.
Torna-se pois claro que a acção hindu de 1992 em Ayodhya foi indubitavelmente uma das mais gloriosas e simbólicas acções de todo o século XX e de toda a época moderna. Um exemplo para o mundo inteiro, justo modelo para outras intervenções da mesma índole, daí em diante. A Justiça numa dimensão tendencialmente supra-temporal, tanto como o humano a pode experimentar.
Um louvor é por isso devido à Índia nacionalista e religiosa, bastião de uma cultura pagã de origem árica, resistindo às investidas dos dois totalitarismos religiosos semitas, o Islão e o Cristianismo. Viva a Índia Ariana, irmã do mais genuíno Ocidente, que é a Europa pagã.