MAIS UMA FIGURA PAGÃ NA POLÍTICA NORTE-AMERICANA
Depois da celeuma causada pela eleição em Nova Iorque do republicano Dan Halloran, considerado por muitos como o primeiro pagão a alcançar tal distinção a nível político nos EUA, descobre-se agora que já alguém de orientação religiosa pagã tinha conseguido um cargo através de eleições: Jessica Orsini, em Missouri.
Enquanto Halloran, de ascendência irlandesa, presta culto aos Deuses Germânicos, Orsini, adoptada na infância por uma família de origem italiana, venera as Divindades helénicas. Ambos são reconstrucionistas, ou seja, concentram-se na restauração dos cultos antigos, tanto quanto possível e dentro dos limites do bom senso, e são quase sempre fortemente politeístas, em vez de aderirem ao Paganismo mais «new age», mais naturalista e ao mesmo tempo modernaço, também mais panteísta e quase monoteísta, centrado na «Deusa Mãe» e no «Deus Cornudo».
As suas palavras na entrevista cujo link acima se apresenta são particularmente inspiradoras:
«Fui educada no Catolicismo, mas a melhor maneira de explicar isto é dizer que "não fez clique". Por algum motivo, nunca consegui criar uma conexão com o Deus abrahâmico. Aos catorze anos, a minha família imediata deixou a Igreja Católica e juntou-se aos Batistas. Para mim não foi melhor. Aos dezassete, quando saí do liceu, a minha espiritualidade acompanhou-me. Percebi finalmente que a conexão que eu tinha forjado, a voz que eu ouvia nos bosques desde criança, era de Ártemis.
Fui conduzida ao Paganismo por uma wiccana muito levemente politeísta; a partir daí, percorri o habitual leque de publicações da Llewellyn e acabei por ficar com uma espécie de salada russa. Estive vinte anos a vadiar através de vários esforços de implementação, tentando de algum modo moldar as minhas crenças à Wicca. Tentei esta espécie de abordagem que é «pegar na melhor parte de cada coisa» - o conceito das «muitas facetas» que é tão popular para uma série de pagãos actuais. Mas isso nunca resultou realmente comigo. Percebi finalmente que as minhas crenças nunca se moldariam à Wicca... e que havia um fabuloso caminho antigo que de facto se combinada bem com as minhas crenças. Tudo somado, eu precisava das profundas e fortes raizes do Helenismo. Precisava da «Teogonia» de Hesíodo, da sua «Os Trabalhos e os Dias». Precisava desse panteão coeso e da abordagem culturalmente complexa que esse panteão permite. (...)»
Enquanto Halloran, de ascendência irlandesa, presta culto aos Deuses Germânicos, Orsini, adoptada na infância por uma família de origem italiana, venera as Divindades helénicas. Ambos são reconstrucionistas, ou seja, concentram-se na restauração dos cultos antigos, tanto quanto possível e dentro dos limites do bom senso, e são quase sempre fortemente politeístas, em vez de aderirem ao Paganismo mais «new age», mais naturalista e ao mesmo tempo modernaço, também mais panteísta e quase monoteísta, centrado na «Deusa Mãe» e no «Deus Cornudo».
As suas palavras na entrevista cujo link acima se apresenta são particularmente inspiradoras:
«Fui educada no Catolicismo, mas a melhor maneira de explicar isto é dizer que "não fez clique". Por algum motivo, nunca consegui criar uma conexão com o Deus abrahâmico. Aos catorze anos, a minha família imediata deixou a Igreja Católica e juntou-se aos Batistas. Para mim não foi melhor. Aos dezassete, quando saí do liceu, a minha espiritualidade acompanhou-me. Percebi finalmente que a conexão que eu tinha forjado, a voz que eu ouvia nos bosques desde criança, era de Ártemis.
Fui conduzida ao Paganismo por uma wiccana muito levemente politeísta; a partir daí, percorri o habitual leque de publicações da Llewellyn e acabei por ficar com uma espécie de salada russa. Estive vinte anos a vadiar através de vários esforços de implementação, tentando de algum modo moldar as minhas crenças à Wicca. Tentei esta espécie de abordagem que é «pegar na melhor parte de cada coisa» - o conceito das «muitas facetas» que é tão popular para uma série de pagãos actuais. Mas isso nunca resultou realmente comigo. Percebi finalmente que as minhas crenças nunca se moldariam à Wicca... e que havia um fabuloso caminho antigo que de facto se combinada bem com as minhas crenças. Tudo somado, eu precisava das profundas e fortes raizes do Helenismo. Precisava da «Teogonia» de Hesíodo, da sua «Os Trabalhos e os Dias». Precisava desse panteão coeso e da abordagem culturalmente complexa que esse panteão permite. (...)»
9 Comments:
http://www.ionline.pt/conteudo/35227-portugal-esta--beira-da-irrelevancia-talvez-do-desaparecimento
"No início dos anos 70 a nossa situação era boa...
Continuo a pensar isso. Mas comparando com países que tiveram recentemente de fazer profundíssimas reformas, como a República Checa, a Polónia, a Hungria, a Eslovénia, dou-me conta de que estão a ir mais depressa e melhor que nós. Estão mais consolidados e, tendo menos anos de democracia, parece que têm mais. Têm melhor cultura, melhor formação e usam muito melhor que nós os meios que têm."
...
"Qual a falta mais gritante?
Parece-me óbvio que há uma falta de empresários, de capitalistas. Será um problema ancestral? Vem da nossa maneira passada de viver e de gastar? Dos desperdícios? Do facto de os ricos portugueses terem vivido à sombra do Estado durante 200, 300 ou 400 anos? De o Estado ter ocupado tudo desde os Descobrimentos? Não quero ir por aí, mas o resultado é este. Há poucos empresários, poucos capitalistas com capitais, as elites são fracas e têm uma noção medíocre do serviço público. É raríssimo encontrar ricos, poderosos, famílias antigas, com um sentimento forte do contributo que podem dar à sociedade."
...
"Que mais falta?
Falta literacia. Tínhamos há 30 anos a mesma taxa de analfabetismo que a Inglaterra de 1800. Em matéria de alfabetização havia 150 anos de atraso. Porque é que os portugueses não lêem jornais? A falta de hábito de ler os jornais é muito importante, porque o jornal é a fonte de informação que mais está virada para o raciocínio, o pensamento, a participação. Quem vê televisão está geralmente em posição passiva."
"Quando se debruça especificamente sobre o mapa político e social o que o aflige mais é a justiça?
É. Há muito que falo disso e todos os anos com mais razão que no anterior. Não há alternativa para a justiça, como na saúde, em que se pode escolher o privado, ou na educação, onde se vai para outra escola. Na justiça não há alternativa e ainda bem, não deve haver. Mas a nossa justiça está hoje refém, capturada...
Por quem?
Pelos grandes grupos profissionais: o dos magistrados, dos procuradores e dos advogados, que são quem ordena e quem comanda a justiça, os operativos, os agentes. Não sei como lhes chame, mas qualquer nome é bom. Agora até já há sindicatos, que são uma espécie de infantaria avançada de cada um destes grupos."
Nunca houve como hoje um governo tão praticante da propaganda?
Há 15 anos que vem aumentando, aumentando... O último governo foi o que teve mais vontade e mais meios - que hoje são fantásticos: empresas, agências, inúmeras pessoas a trabalhar com esse objectivo...
Daí à tal "asfixia" vai - ou não vai - um passo?
O problema é a dependência, não a asfixia...
Prefere chamar-lhe "dependência"?
Prefiro, acho que é mais grave. Em Portugal quase toda a gente depende do Estado, do governo, das instituições públicas oficiais, dos superiores, dos empregadores. Não há verdadeiros focos de independência.
"Que conclusão se impõe tirar? E isto para não lhe perguntar que caminho pisar...
Se não houvesse a Europa e se ainda houvesse Forças Armadas, já teríamos tido golpes de Estado. Estamos à beira de iniciar um percurso para a irrelevância, talvez o desaparecimento, a pobreza certamente. Duas coisas são necessárias para evitar isso. Por um lado, a consciência clara das dificuldades, a noção do endividamento e a certeza de que este caminho está errado. Por outro, a opinião pública consciente. Os poderes só receiam uma coisa: a opinião dos homens livres."
Esta última frase é a melhor: "Os poderes só receiam uma coisa: a opinião dos homens livres."
«A falta de hábito de ler os jornais é muito importante, porque o jornal é a fonte de informação que mais está virada para o raciocínio, o pensamento, a participação.»
Reparei que quase logo no início da imigração de leste, já havia à venda jornais em língua(s) eslava(s). Achei curioso que uma gente tão pobre conseguisse todavia reservar dinheiro para comprar jornais. Com Portugueses duvido que isso acontecesse. É uma questão de habituação.
"Reparei que quase logo no início da imigração de leste, já havia à venda jornais em língua(s) eslava(s). Achei curioso que uma gente tão pobre conseguisse todavia reservar dinheiro para comprar jornais. Com Portugueses duvido que isso acontecesse. É uma questão de habituação."
Sim, também reparei nessa parte. Ele diz, e bem, que quando os portugueses começaram a ir à escola e a aprender a ler foi quando começou também a surgir a tv e então esse hábito nunca foi cultivado. Isso pode explicar muita coisa hoje em dia porque, como ele diz, a tv formata as pessoas, é uma informação que já vem moldada.
"Achei curioso que uma gente tão pobre conseguisse todavia reservar dinheiro para comprar jornais. Com Portugueses duvido que isso acontecesse. É uma questão de habituação."
Não é bem assim. Quantos emigrantes Portugueses não aprendeream a ler e a escrever Português através d'A Bola que compravam religiosamente às 3ªs, 5ªs e Sábados...
"Será um problema ancestral? Vem da nossa maneira passada de viver e de gastar? Dos desperdícios? Do facto de os ricos portugueses terem vivido à sombra do Estado durante 200, 300 ou 400 anos? De o Estado ter ocupado tudo desde os Descobrimentos?"
«Populated by White stock, the nation of Portugal rose in four centuries to be the wealthiest most powerful country in the world. A great commercial and maritime power, it had large colonies in Asia, Africa, and America. Its seamen were the first to explore western Africa and they brought back hundreds of Negro slaves. By 1550, at the height of Portugal's power, one-tenth of its population were Blacks. Today, Portugal's population is described as one of the most homogeneous in Europe, having slowly absorbed the Negro gene pool. As of l975 it had lost all of its outside territories. Its workers are the lowest paid in Europe and they have the highest rate of illiteracy and a high infant mortality rate. In terms of art, literature, music, science and philosophy the "new" Portugal has produced virtually nothing in 100 years and by most standards is the most backward nation in Europe.»
"Orsini, adoptada na infância por uma família de origem italiana, venera as Divindades helénicas"
entao se foi adoptada, sabe-se la que antepassados tera.
pode ter africanos, amerindios, etc.
o outro ao menos é irlandes.
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