segunda-feira, outubro 27, 2003

O PUTO BRUXO BRITÂNICO CHEGOU AO PANTEÃO NACIONAL DE PORTUGAL

A editora Presença (de tudo, menos de espírito) conseguiu apresentar o último livro de Harry Potter no Panteão Nacional.

Isto é, uma obra de ficção, de autoria estrangeira, narrando umas aventuras de um puto copinho de leite aprendiz de truques mágicos, tinha de ser lançada em Portugal precisamente no Panteão Nacional, onde repousam os mortos da Pátria, nem podia mesmo ser outro o local, tinha de ser aquele, talvez para levar a alegria infanto-juvenil aos fantasmas dos antepassados ilustres.
Isto é pelo menos tão mau como por exemplo ter a ideia de apresentar ao público uma nova revista de Mandrake ou de Super-homem num cemitério público, sobre uma campa de um qualquer cidadão português - talvez os familiares desse falecido não apreciassem a ideia.

Quem autorizou a Presença a fazer uma destas, foi o IPPAR, Instituto Português do Património Arqueológico, responsável pelo Panteão Nacional.
Ou seja, uma organização que deve zelar pela conservação e pelo respeito para com o património do País, permite uma vergonha deste jaez.

Harry-porra! Potter que os pariu a todos.

As coisas que o dinheiro compra...Oh tempus!, oh mores!...