quarta-feira, fevereiro 28, 2018

QUANDO UM NAVEGANTE DO MEDITERRÂNEO ORIENTAL PASSOU PELO EXTREMO OCIDENTE IBÉRICO...


Painel da autoria de Lima de Freitas (1996), sito na ligação entre a estação de metro dos Restauradores e a estação de caminhos de ferro do Rossio. Aqui pode ver-se a Lusitânia personificada numa mulher de alvura extrema rodeada de serpentes a receber no seu palácio o helénico Ulisses, fundador mítico de Lisboa. No aspecto serpentilíneo da Lusitânia creio poder ver-se o eco da noção de Ofiussa, a «Terra das Serpentes», como os Gregos chamaram em tempos à faixa ocidental da Ibéria, mais concretamente à zona do Tejo. Crê-se que esta estirpe, de Ofiussa, seria de origem céltica, ou talvez pré-céltica, e praticava culto religioso centrado na figura da serpente. Eventualmente teria conquistado a terra aos Estrímnios, que aqui viviam antes. 
Alvitro que há aqui um paralelismo curioso com a mitologia irlandesa, em que os monstruosos Fomors, raça das profundezas, associada talvez às serpentes, se impôs na Irlanda ao Povo de Nemed.

O CARNAVAL DIONISÍACO DE NAXOS


https://www.youtube.com/watch?v=7YPCv48Orc4

O Carnaval ou Apokries de Naxos parece ter arcaicas raízes no paganismo helénico, mais concretamente no culto de Diónisos, Deus do Êxtase e do Vinho. É mais um sinal positivo de que os Europeus estão vivos e retornam cada vez mais, de maneira mais ou menos directa, à plenitude da sua herança étnica ancestral.

PÚBLICO DA TAUROMAQUIA DIMINUIU MAIS DE CINQUENTA POR CENTO NOS ÚLTIMOS DEZ ANOS


(...) Quem tem dúvidas sobre o decréscimo do interesse dos portugueses pelas touradas, só tem que consultar as estatísticas e fazer as contas. De 2007 a 2017, o público da principal praça de touros do país, caiu para menos de metade. (...)
Fonte da informação: 
https://www.igac.gov.pt/
https://www.igac.gov.pt/documents/20178/308118/Relat%C3%B3rio+Tauromaquia+2017_17_01_2018/c1b9296f-4579-47ac-838e-a22d88736613 - Página 26
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Fonte: https://www.facebook.com/Basta.pt/photos/a.472890756075069.108951.143034799060668/1817848918245906/?type=3&theater

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Um bom sinal civilizacional, sem margem para dúvida. Os Portugueses evoluem adequadamente num sentido autenticamente europeu de rejeitar cada vez mais o massacre de inocentes só por serem mais fracos.


PLATAFORMA TOURADA CONSEGUE QUE REMAX RENUNCIE À REALIZAÇÃO DE TOURADA EM PORTALEGRE

Estava anunciada para o próximo dia 18 de Maio de 2018 a realização da “1ª Grande Corrida de Toiros Remax Portalegre” na praça de touros “José Elias Martins” integrada nas festas da cidade. O evento despertou a indignação de muitos consumidores pelo envolvimento de uma conceituada marca na promoção de um espectáculo violento e bastante polémico na sociedade portuguesa, que é cada vez mais contestado pela opinião pública, pelos maus tratos e violência contra animais.
Neste sentido a Plataforma Basta e milhares de consumidores, solicitaram esclarecimentos à empresa sobre a realização desta tourada tendo inicialmente a Remax – Portugal referido que: “Reiteramos que este não se trata de um patrocínio da RE/MAX Portugal, mas sim do nosso franchisado de Portalegre, sendo única e exclusivamente sua a decisão e responsabilidade dos eventos que pretende patrocinar, desde que os mesmos cumpram todos os preceitos legais”.
Perante esta posição, a Plataforma Basta alertou a empresa para o incumprimento dos preceitos legais na publicidade referente à corrida de touros da “Remax – Portalegre”, tendo a empresa recebido inúmeras mensagens de indignação, que motivaram o cancelamento do evento por parte da Remax – Portalegre, que através de uma mensagem dirigida aos consumidores, pediu desculpas pela situação agradecendo a compreensão: “Informamos a todos que acabámos de retirar o apoio ao evento e em nome da RE/MAX Portalegre gostaríamos que aceitassem as nossas sinceras desculpas por esta situação. A nossa intenção era apenas de apoiar as festas do concelho de Portalegre, como empresa que integra o seu tecido empresarial, e como à semelhança de outros anos apoiámos outro tipo de eventos. Não somos adeptos da tauromaquia e apenas percebemos a dimensão deste patrocínio no dia de hoje graças à vossa ajuda. Agradecemos a vossa compreensão. – Remax – Portalegre.”
A plataforma Basta saúda a atitude da empresa, à semelhança do que tem sucedido com inúmeras marcas nacionais e internacionais, que publicamente se afastaram da promoção e patrocínio de atividades tauromáquicas. Em Julho de 2017, a publicidade a uma corrida de touros na Foz do Sizandro incluía a referência ao patrocínio da cadeia de supermercados “Pingo Doce”, situação que a empresa prontamente desmentiu, referindo que  “o Pingo Doce não apoia esta iniciativa, bem como não apoia outras iniciativas da mesma natureza”.
Em Junho do mesmo ano a marca “Riberalves” apareceu também como patrocinador de um evento tauromáquico ilegal (não licenciado pela Inspeção Geral das Atividades Culturais) na praça de touros da Moita. A empresa fez questão de esclarecer a plataforma Basta que “a Riberalves não tem, nem nunca teve na sua história, qualquer estratégia de apoio a touradas”.
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Fonte: http://basta.pt/remax-cancela-tourada-portalegre/

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O activismo persistente funciona. A Plataforma Basta de Touradas está de parabéns e a Remax também. Quanto mais se combater o horror revoltante que é a tourada melhor será para os animais e para a honra nacional.

MAIORIA DOS HOMENS MARROQUINOS ACHA QUE A MULHER DEVE SUPORTAR A VIOLÊNCIA DO MARIDO PARA MANTER UNIDA A FAMÍLIA

Um estudo realizado em Marrocos pela ONU Mulheres revelou que 38% dos homens, e 20% das mulheres, concordaram em que, "às vezes, a mulher merece ser agredida" e 62% daqueles, bem como 46% destas, consideraram que "uma mulher deveria tolerar a violência para manter unida a sua família".
O inquérito de opinião apurou também que 69% dos homens inquiridos afirmam que são eles que decidem quando é que as esposas podem sair de casa e 91% querem saber em permanência onde está o cônjuge.
A ONU Mulheres, uma agência da Organização das Nações Unidas, apresentou hoje em Rabat este relatório, para cuja elaboração foram feitos 2.500 inquéritos a homens e mulheres, com idades entre 18 e 59 anos, na região de Rabat-Salé-Kenitra, na costa noroeste marroquina.
Outra questão relacionada com a vida conjugal incluída no estudo consistiu na noção, manifestada por 40% dos homens e 38% das mulheres, de que, se o marido sustenta financeiramente a família, a sua mulher está obrigada a ter relações sexuais com ele sempre que este o queira.
Apenas 16% das mulheres afirmou ter tido a liberdade para decidir com quem, quando e como se casar, o que compara com 51% dos homens.
Quanto ao divórcio, apesar de a maioria dos interrogados concordar que é uma ameaça para a sociedade (95% dos homens e 87% das mulheres), nove em cada 10 mulheres defenderam que deveriam ter direito a separar-se dos maridos por sua própria e exclusiva vontade, posição que é subscrita por apenas metade dos homens (52%).
Por outro lado, metade dos inquiridos (50% dos homens e 48% das mulheres) disse que a ideia da igualdade de género não faz parte das "tradições e cultura marroquinas".
A paridade entre os sexos é considerada como uma realidade na sociedade marroquina por 60% dos homens e 50% das mulheres.
Nas conclusões do estudo, a ONU Mulheres sublinhou a existência de "dinâmicas contraditórias" na sociedade marroquina, em que se cruzam uma "crise da masculinidade" e a crescente "autonomia das mulheres" com uma ordem social "que estrutura as desigualdades entre sexos em todos os aspectos sociais".
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Fonte: http://sicnoticias.sapo.pt/mundo/2018-02-27-As-vezes-a-mulher-merece-ser-agredida

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«Imagine-se», sem que seja necessário demasiado esforço de imaginação, qual é o resultado da imigração em massa oriunda deste e doutros países do género que a elite político-culturalmente reinante quer impingir aos Europeus... 
É o que ando a dizer há anos - o único movimento político organizado que pode defender as liberdades da mulher na Europa é o movimento nacionalista anti-imigração.

DUPLICA A QUANTIDADE DE OVINOS ABATIDOS NO REINO UNIDO PELO MÉTODO MUÇULMANO


O número de animais abatidos pelo cruel método halal - em que o animal é abatido ainda consciente, ou seja, sem anestesia prévia - duplicou nos últimos seis anos no Reino Unido. As autoridades atribuem este crescimento ao aumento de número de muçulmanos a comerem carne de cordeiro e a aderirem mais à sua religião...
É mais um dos contributos da imigração em massa oriunda do mundo muçulmano - mais um contributo que contraria o essencial da civilização europeia ao trazer costumes alógenos que contrariam o respeito e a protecção aos mais vulneráveis.


NO REINO UNIDO - MUSLO TENTA VIOLAR ESPOSA DE MARIDO A VER

O tribunal do Reino Unido condenou Aryan Rashidi a prisão perpétua por dois crimes de agressão a mulheres. O homem, em condição ilegal no país, violou uma mulher e tentou abusar de uma segunda vítima, com o marido e filho presentes, após invadir a casa desta. O imigrante é também acusado de invasão de domicílio com intenção de cometer ofensa sexual. 
Os casos remontam a 2016 e o Aryan foi descrito em tribunal como um "indivíduo altamente perigoso".   Segundo o jornal The Sun, as vítimas tiveram de mudar de residência após os ataques por não se sentirem seguras no local. O homem, de nacionalidade afegã, entrou ilegalmente no país escondido na base de um camião. Vivia em uma residência temporária até até que as autoridades decidissem sobre o seu destino no país. 
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Fonte: http://www.cmjornal.pt/mundo/detalhe/imigrante-ilegal-tenta-violar-mulher-em-frente-ao-marido?ref=Bloco_CMAoMinuto

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Ah, mais calor humano oriundo do mundo muçulmano para enriquecer o álgido, insípido e ordeiro dia-a-dia da Europa, que seria dos Europeus sem contributos destes prenhes de uma ardência e de um entusiasmo que dão um toquezito de imprevisibilidade ao quotidiano europeu...
Apanhou prisão perpétua porque fez o que fez na velha Albion. Se fosse cá, a pena que lhe aplicassem ficaria por uns cinco anitos ou coisa assim...

PNR DENUNCIA TENTATIVA DE OCULTAÇÃO DE PROPÓSITO DE MANIFESTAÇÃO POR PARTE DOS GRANDES MÉ(R)DIA


Na manifestação contra a corrupção, convocada pelo grupo dos “Inconformados” para o dia 24 de Fevereiro, marcaram presença representantes de alguns partidos e associações da sociedade civil, respondendo afirmativamente ao convite que a organização enviou a dezenas largas de entidades. Além dos dois únicos partidos presentes (PNR e PURP), estiveram representados, entre outros, associações da polícia, de deficientes e também os lesados do BES.
Quando ao final desse dia a CMTV noticiou a manifestação, apresentou-a literalmente como “protesto dos lesados do BES (Novo Banco)”, configurando isso um clamoroso erro. Ficava então a dúvida se se trataria de uma incompetência grosseira ou de uma perfeita mentira. Uma ou outra dessas hipóteses seria bem reveladora de que a comunicação social informa mal ou desinforma. Manipula, omite e mente.
Mas quando se verificou que as estações de televisão SIC e TVI também noticiaram a acção, apresentando-a igualmente como se tratando de uma manifestação de lesados do BES, percebeu-se claramente que, como o PNR sempre tem denunciado, a comunicação social comporta-se como um verdadeiro cartel. Em vez de estar ao serviço dos governados, informando com isenção, de forma completa, sem boicotes ou censura, apenas serve interesses dos governantes e manipula a informação recorrendo a distorções, omissões e mentiras escandalosas. Também os jornais seguiram as orientações determinadas pelo cartel…
Enquanto a população acreditar cegamente no “jornalixo” que temos e que nos entra casa dentro, os poderosos manterão os seus privilégios. A corrupção, os favorecimentos e o tráfico de influências serão sempre os instrumentos de que dispõem, devidamente encobertos pela manipulação que a comunicação social – aliada nesse enredo – lhes proporciona.
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Fonte: http://www.pnr.pt/2018/02/comunicacao-social-um-cartel-mentira-manipulacao/

ESTUDO SOBRE O PAGANISMO EM PORTUGAL INDICA QUE HÁ JÁ CERCA DE MIL PAGÃOS NO PAÍS



Fartos de que a informação existente se baseasse em suposições, Mariana Vital e Mário Pinto, investigadores da Lusófona, decidiram realizar o primeiro inquérito sobre Paganismo moderno em Portugal.
Até há bem pouco tempo, o que se sabia acerca do Paganismo moderno (ou Neo-Paganismo) em Portugal resumia-se a suposições. Quem são os pagãos portugueses, o que entendem por Paganismo ou por comunidade pagã eram algumas das questões para as quais não havia resposta. Até que Mariana Vital e Mário Pinto decidiram fazer alguma coisa para mudar isso: em 2017, os dois investigadores da Universidade Lusófona decidiram levar a cabo o primeiro inquérito sobre Paganismo moderno em solo português, procurando “reunir as características do que o indivíduo reconhecendo-se pagão e residente em Portugal, percepciona relativamente ao conceito de Paganismo, Comunidade Pagã e Associativismo”. As informações que conseguiram reunir a partir das respostas de 139 inquiridos permitiram-lhes saber, em traços gerais, quais as principais características daqueles que se dizem pagãos e se identificam com os valores do pagãos. O inquérito, pioneiro em Portugal, pretende também ser uma porta de entrada do Paganismo numa Academia dominada pelo estudo de outros fenómenos religiosos.
Foi Mário que “desafiou” Mariana. “Ainda tenho a SMS!”, disse, virando-se para a investigadora, sentada ao seu lado num restaurante chinês no Campo Grande, onde fica a Lusófona. Enquanto ela se ria, Mário explicou que foi “no início” do ano passado, quando estava a ler alguns trabalhos — nomeadamente um estudo canadiano e uma investigação feita pela académica Melissa Harrington, da Universidade de Cumbria — “que tinham sido feitos com base em estudos feitos sobre as populações pagãs locais” que se lembrou que talvez não fosse má ideia fazer algo do género em Portugal. Até porque “nós, por cá, não sabemos nada [sobre os pagãos portugueses]” — “sabemos zero, mas especulamos muito”. Farto de ouvir dizer “os pagãos são isto, os pagãos são aquilo”, Mário decidiu fazer alguma coisa: “Então se não se sabe nada, vamos procurar saber!”
Licenciado em Engenharia pelo Instituto Superior Técnico, a área de formação de Mário Pinto não está ligada às Ciências Sociais. Apesar de trabalhar há já vários anos com grupos de denominação pagã e de até já ter sido responsável por um estudo sobre o Paganismo em Portugal, no já longínquo ano de 1994, Mário não é um homem da Academia. E é aqui que “entra a parte da Mariana”. Licenciada em Ciências da Educação pelo Instituto de Educação da Universidade de Lisboa, é actualmente aluna do Mestrado de Ciência das Religiões da Universidade Lusófona, área em que trabalha “sensivelmente desde 2013 ou 2014”. Coordenadora do Diálogo Inter-religioso Europa da Pagan Federation International (PFI) e do Círculo Comunitário da mesma associação, trabalha com grupos associados ao Paganismo há cerca de oito anos e desde que entrou para a Lusófona que a ideia é a mesma: “Estou aqui para trabalhar o diálogo inter-religioso, para fazer a paz no mundo e trazer o Paganismo para a Academia”, garante sem papas na língua, acrescentando que sempre foi “muito transparente nestas coisas”. E é por isso que sempre procurou desafiar os seus “pares” nesse sentido.
“O facto de o Paganismo não ter quase voz na Academia, significa inevitavelmente que não há investigadores a mexer no tema”, explicou Mariana Vital. Além disso, “a comunidade não se abre a isso”. “Trabalho nesta área há três, quatro aninhos e as comunidades geralmente trabalham em parceria. Quando entrei, já com o vínculo da PFI, facilitei um bocadinho isso porque posicionei a associação e pu-la, de repente, a receber emails, a ser convidada para aparecer em momentos de diálogo religioso, da harmonia inter-religiosa, e por aí em diante.” Por essa razão, quando Mário a “desafiou”, Mariana Vital não pensou duas vezes: ”Vamos lá criar o Grupo de Estudos do Paganismo em Portugal!”, disse sem hesitar. “Já tinha uma vontade muito grande de fazer uma coisa mais séria. Já tinha pensado em palestras, em ciclos de conferências, mas com esta ideia do Mário consegui juntar o núcleo duro a esta minha vontade. Pegou brilhantemente.”
A formação de Mariana e a sua integração num centro de estudos académico permitiu dar ao estudo a “base consistente” necessária para avançarem. “Disse logo que não ia fazer uma coisa destas em nome próprio”, admitiu Mário Pinto. “Qualquer pessoa que olhasse para o inquérito ia perguntar: ‘Mas quem é este gajo?! Tenho mais o que fazer!’.” “E para quê? Para que é que o Mário quer saber a opinião das pessoas sobre o Paganismo?”, questionou Mariana, explicando que “não é o Mário” que quer saber, “é a Academia”. “E isto tinha também de ser muito claro. Aliás, o texto introdutório do inquérito não foi feito por mim, nem pelo Mário. Foi feito pelo Paulo Mendes Pinto.” Coordenador da Área de Ciência das Religiões da Universidade Lusófona, Paulo Mendes Pinto é “muito mais conhecido” do que Mariana Vital ou Mário Pinto e, “numa rápida pesquisa, consegue-se perceber quem é que ele é e o que é que anda a fazer”. Essa foi, desde o início, uma das principais preocupações dos dois investigadores: utilizar “o máximo de referências” possíveis para poderem “assegurar às pessoas” que o inquérito “era efectivamente um estudo, que ia ter continuidade e que era feito por uma entidade séria”. Não era apenas um quiz que andava a circular nas redes sociais.
“Isto foi tudo construído partindo do princípio de que precisávamos de nos vincular a uma entidade que pudesse dar resposta a esta necessidade e que deixasse bem claro às pessoas e às associações que iam participar que não se tratava de um projecto de ensino, de formação ou pedagógico daquilo que é ser-se pagão, mas de um exercício de análise daquilo que se diz pagão”, frisou Mariana Vital, garantindo que não é a ela, a Mário ou a outro investigador qualquer que cabe “avaliar quem é pagão e quem não é”. “Cabe-nos avaliar e analisar as respostas de quem se diz pagão. Mais nada.” Enquanto exercício académico, o inquérito teve apenas como objectivo reunir a opinião de quem se diz pagão sobre o Paganismo em Portugal. E essa é, para Mário e Mariana, a “riqueza” do projecto e também a sua “salvaguarda”. “Seria muito fácil agarrar na definição de Paganismo, pôr um a, um bê e um cê nas variantes e perguntar ‘para si, o que é que é ser-se pagão?’”, mas não foi isso que os dois investigadores fizeram. “Tivemos este trabalho de 40 perguntas.”
O livro é a natureza
O inquérito “Percepção do Paganismo em Portugal” foi realizado através da plataforma de questionários do Google entre 1 de Maio e 10 de Junho de 2017. Ao todo, responderam às perguntas colocadas 139 pessoas, que tiveram acesso ao questionário através de organizações e instituições que se identificam com a cultura e o culto do Paganismo. A partir das suas respostas, Mariana Vital e Mário Pinto conseguiram traçar um primeiro perfil de quem se diz pagão em Portugal. “O estudo de 2017 diz que os três princípios que caracterizam o que é ser-se pagão em Portugal são: haver Divindades masculinas e femininas, a natureza ser sagrada e haver uma missão de sustentabilidade da natureza, e ser-se politeísta”, valores que não surgem “necessariamente em simultâneo”, explicou a investigadora da Área de Ciência das Religiões da Universidade Lusófona, acrescentando que é esta a resposta que agora costuma dar sempre que alguém lhe pede uma definição de um conjunto de crenças tão variado que se torna difícil de definir. Mas essa é, em boa verdade, a grande beleza do Paganismo: pode ser aquilo que cada um entender que é e não tem necessariamente de ser entendido como um fenómeno estritamente religioso.
No inquérito de Mariana e Mário, mais de metade dos inquiridos admitiu que, para si, o Paganismo é “uma filosofia de vida”. Apenas 36,7% definiu Paganismo como “um termo genérico para várias religiões”. Pode parecer contraditório, mas não tem de o ser. E Mariana Vital e Mário Pinto fazem questão de se afastar de qualquer juízo de valores: “Se [essas pessoas] se dizem pagãs, não temos autoridade nenhuma para dizer o contrário”. “Se perguntarmos a esta gente toda aqui quem é que é cristão, a maioria põe o dedo no ar. Mas quais é que são realmente praticantes?”, exemplificou Mário Pinto. “São porque são. Para eles, aqueles valores fazem sentido. Existe muita gente dentro do Paganismo que entende que os valores pagãos fazem sentido para as suas vidas”, frisou. “Até há pagãos que não aceitam divindades”, acrescentou Mariana. “Só aceitam a natureza como sagrada. Isso é panteísmo. Acho que a questão aqui é se uma pessoa acredita e sente. O que interessa é que faça sentido. Não temos autoridade nenhuma — nem temos pretensão disso — para dizer que é mais ou menos válido chamar pagã a uma pessoa quando ela se considera pagã. Ela alinha-se no sistema dos valores e princípios pagãos e vive-os à sua maneira.”
Em termos de referências, os dois investigadores puderam concluir que o que caracteriza um pagão em Portugal é sobretudo “a sua visão pessoal”, isto é, “a sua relação pessoal com aquilo que é a experiência do Paganismo”. As “experiências pessoais” foram, aliás, uma das respostas mais dadas à pergunta relacionada com a procura de informação — 63% dos inquiridos classificou-as como “muito útil”. Contudo, na procura por conhecimento, são os livros que desempenham o papel principal. Mais de 80% dos inquiridos admitiu que as obras escritas foram importantes no seu caminho de descoberta da religião pagã. E isso reflecte-se noutros aspectos da sua vida espiritual — quando questionados sobre a procura de informação, 75,6% classificou a “literatura especializa” como “muito útil”. Esta foi a taxa mais alta de resposta a esta pergunta. Para Mariana, estes dados mostram claramente que é dada uma grande importância ao “conhecimento que se manifesta em livros, em cultura literária e em especialistas”. “O que é muito interessante”, acrescentou a investigadora. “Há claramente uma noção de seriedade quando se fala de livros”, que servem para validar a experiência pessoal e com terceiros. Outra ideia transversal é a do culto, veneração e respeito pela natureza. “Não há noção de Paganismo sem natureza”, afirmou Mariana. “É uma das camisolas que o Paganismo veste e que mais depressa aparece — a noção de sacralização da Terra.”
Esta veneração da natureza acaba por ser uma porta de entrada para muitos. “Se encararmos a natureza como mãe, é muito fácil fazer o salto para Deusa”, exemplificou a investigadora da Universidade Lusófona. Porém, isto não significa que todos os pagãos sejam panteístas. “Adoro aquela frase, que foi alguém do norte que disse: ‘Se tens uma dúvida, pergunta a uma árvore’”, disse Mariana. “A ideia é a de que o livro é a natureza. O livro é a criação. Se tiveres um problema na tua vida — humana, individual, micro —, vai à procura no macro. É isto o princípio. Significa que está tudo não só aberto a uma interpretação, como também que está tudo ligado. Há uma certa dinâmica, mas também dificulta se andarmos à procura de uma descrição fechada, de uma matiz específica, porque vemos que há várias. Isto é uma característica do Paganismo: vai-se manifestar em várias cores, que vão encontrar formas de se encaixarem umas nas outras.”
Esta fluidez de conceitos parece ser uma das características que mais apela àqueles que se descrevem como pagãos. “Há uma palavra que os pagãos usam muito e que é claramente importante: liberdade”, afirmou Mariana Vital. “A sensação de liberdade de crença, que também está muito ligada a esta questão da natureza, do corpo humano enquanto expoente máximo de relação com o mundo. A liberdade é muito cara aos pagãos e prova disso é a quantidade de pessoas que disse que, se tentarmos definir Paganismo, estamos a matar o espírito do Paganismo.”
A estes pagãos, Mário chama-lhes, em jeito de brincadeira, “pagãos anarquistas”, porque acreditam que “qualquer tentativa de definir o que quer que seja é um atentado à sua liberdade individual”. Mas tal como existem vários tipos de correntes dentro do Paganismo moderno, também existem vários tipos de pagãos, como mostra o inquérito “Percepção do Paganismo em Portugal”. “O que temos aqui vai de uma ponta à outra” do espectro e inclui também aqueles que preferem um Paganismo mais estruturado, um culto com uma determinada regularidade, como frisou Mário, explicando que estes são aqueles que seguem “uma determinada linha, uma determinada tradição, com determinados Deuses, para os quais existem determinados actos de culto e rituais associados”, não considerando como pagãos aqueles que não o fazem.
Uma comunidade de anónimos
De acordo com o inquérito “Percepção do Paganismo em Portugal”, a maioria dos pagãos em Portugal são mulheres, entre os 20 e os 40 anos, com habilitações académicas acima da média e uma tendência demarcada para os cursos na área das Ciências Sociais (50%), sobretudo relacionados com História. O Culto da Deusa (todas as religiões pagãs reconhecem a existência de uma Divindade feminina, com origem no culto ancestral da Deusa-Mãe), as Tradições Celtas e o Wicca — três dos muitos caminhos que existem dentro do Paganismo modernos —, que remonta aos anos 40 quando as formas sobreviventes de adoração pré-cristã foram descobertas pelo britânico Gerald Gardner, como explica o site da PFI Portugal, são as vertentes mais praticadas em Portugal. “A primeira leva do Wicca surgiu há umas décadas e depois deu origem a uma segunda que começou a prestar mais atenção às tradições do passado, há mitologia, os diferentes cultos, sejam celtas ou nórdicos. E agora, ao que me parece, é o que está a crescer a toda a força — as pessoas começam a ir mais para aí. O que vão buscar é sobretudo a mitologia, as lendas, os costumes populares”, explicou Mário Pinto.
Existe ainda uma percentagem significativa de inquiridos que admitiu conhecer e interessar-se pelos Cultos Nórdicos, que seguem a mitologia nórdica e os seus muitos Deuses e Deusas. Pode parecer estranho tendo em conta a realidade portuguesa, mas os dois investigadores acreditam que faz todo o sentido porque trata-se de um conjunto de tradições que “vai bater em sítios muito comuns, pelo menos na vertente tribal”, explicou Mariana Vital. Para Mário Pinto uma das “conclusões engraçadas” do estudo é a de que “muitas das [vertentes mais] referidas são também aquelas em que a prática pode ser o que nós quisermos”. “Há um enorme grupo que se sente à vontade com tradições que pode ser eles próprios a definir — como é que a quer praticar.” E depois surgem “o grupo definido de tradições estabelecidas”, como o Wicca ou o Druidismo.
A maioria dos 139 inquiridos por Mariana Vital e Mário Pito reside em Portugal continental, sobretudo na área da Grande Lisboa (48,2%), e uma pequena percentagem é da ilha da Madeira (0,7%). Não houve nenhum açoriano a responder ao questionário, apesar de os dois fundadores do Grupo de Estudos do Paganismo em Portugal — associado ao Centro de Investigação em Cosmovisões e Mundivivências Espirituais e Religiosas da Área de Ciência das Religiões da Universidade Lusófona — terem tido conhecimento da existência de, pelo menos, um grupo a trabalhar no arquipélago. É, aliás, muito provável que os números relativos à distribuição geográfica não sejam representativos da realidade portuguesa. “Tivemos muita dificuldade em conseguir estes 139 e do norte não tivemos quase ninguém”, afirmou Mariana. “Tendo em conta aquilo que sabemos de grupos de Paganismo lá em cima, isto significa que não conseguimos aceder a eles. Não conseguimos chegar aos aquários em que eles estavam.”
Essa lacuna em termos de distribuição geográfica não passou despercebida aos que assistiram à apresentação dos primeiros resultados do inquérito na Casa do Fauno, em Sintra, em Novembro passado. “Houve pessoas que nos cobraram falhas no inquérito. ‘Porque é que não têm quase ninguém do norte? Porque é que não têm ninguém nos Açores?’. Explicámos da melhor forma que pudemos que tem a ver como a divulgação do inquérito, com os nossos recursos.” A maioria das associações, o principal meio de contacto com os inquiridos, está sediada na zona de Lisboa e, tanto quanto se sabe, não há nenhuma que esteja sediada no Porto ou que trabalhe noutras zonas do norte do país. Além disso, Mariana Vital e Mário Pinto acreditam que existem alguns grupos de denominação pagã que “querem continuar fechados”.
“Não querem que os encontrem nem querem encontrar outros”, frisou Mário, para quem a distribuição geográfica espelhada pelo inquérito “não bate certo com as notícias” que às vezes surgem de iniciativas em outras localidades. “Houve nichos a que não se chegou. Provavelmente encontram-se, comunicam e estão metidos em canais que nós não conhecemos. Basta terem um ou dois grupos do Facebook fechados, estarem nesses e não estarem noutros”, referiu ainda Mário. E isso torna tudo muito mais complicado.
O facto de muitos pagãos preferirem associar-se a grupos online e manter um contacto apenas virtual com pessoas com interesses semelhantes aos seus é aparentemente contraditório porque “uma das grandes motivações e atracções que muita gente encontra no Paganismo tem justamente a ver com esse aspecto tribal, de um clã, uma comunidade especial”. “E depois há essa contradição mas, hoje em dia, as comunidades não tem de ser propriamente físicas”, explicou Mário Pinto. Até porque a Internet potencia a troca de impressões entre pessoas fisicamente distantes mas que partilham um ponto em comum. “Se calhar falam todos os dias com alguém que está na Noruega porque têm Odin [o “Pai” dos Deuses nórdicos] como ponto comum”, exemplificou Mariana Vital, que coordena juntamente com dois norte-americanos e um escocês um grupo de reconstruccionismo (abordagem ao Paganismo que procura estabelecer antigas religiões nos tempos modernos) sumério no Facebook. “É curioso ver como o fenómeno da Internet potencializa esta diversidade”, apontou. “Não precisamos de nos limitar a encontrar uns livrozinhos sobre a Suméria e a adaptá-los ao nosso culto pessoal. Podemos, inclusivamente, participar numa comunidade, expor dúvidas, aprender, e estar incluído ali num nichozinho que nos diz directamente respeito e onde a língua franca é o Inglês.”
Esta realidade também surge espelhada nas respostas recolhidas por Mariana Vital e Mário Pinto entre Maio e Junho do ano passado. Quando questionados sobre os factores que consideram importantes na descoberta do Paganismo, uma percentagem elevada dos inquiridos (57,6%) referiu a Internet (apesar de a maioria ter referido os livros como principal fonte de conhecimento). Relativamente ao contacto com outros pagãos, 42 pessoas admitiram falar online com outros pagãos que residem fora da sua região e 52 com pagãos que vivem noutros países. Contudo, apenas 15 disse falar online com outros pagãos do seu distrito ou região. Sobre a participação em fóruns ou grupos pagãos na Internet, 111 admitiu participar.
Mário Pinto admite que ficou muito surpreendido com tanto “isolamento”. “Uma coisa é uma pessoa gostar de fazer as coisas por si, outra é não ter qualquer contacto com ninguém. O que por um lado é meio estranho, porque aí pergunto-me: como é que o inquérito lhes foi parar às mãos? Calculo que essas sejam pessoas para quem ‘contacto’ significa ‘contacto pessoal’ e que não o incluem no facto de estarem inscritos num determinado grupo do Facebook porque, de facto, isso não é contacto pessoal. Curiosamente, no meio disto tudo, a maioria diz que acha que, sim senhor, há uma comunidade pagã em Portugal.” Uma comunidade feita de indivíduos com uma presença pública e “de uma grande parte anónima, mas que se considera incluída na comunidade pagã”.
Apesar das dificuldades que tiveram em chegar a certos nichos, Mariana e Mário acreditam que o inquérito que realizaram tem validade porque “dá para tirar uma série de padrões” que crêem ser “transversais” a todo o país. “Se tivéssemos uma maior representatividade geográfica, aqueles dados, muito provavelmente, só iam aumentar em termos de quantidade e não em variante. Os padrões estão lá”, referiu Mariana Vital. “Evidentemente que, se a amostragem fosse maior, daria para ver maiores variações em termos geográficos, em termos de idade. Daria para ver melhor os detalhes mas, de um modo geral, estou muito satisfeito”, disse por sua vez Mário Pinto, que acredita que questionário terá sido respondido por cerca de 5% da população pagã portuguesa. O que leva à derradeira pergunta: quantos pagãos existem em Portugal? “Pelas contas que fiz muito por alto, e que valem o que valem, diria que não há menos do que mil e não mais do que dois mil”, disse o investigador. “É bastante para o país que temos, com as limitações em termos de língua, de capacidade económica, de movimentações, tradições, etc., etc. Se formos por aí, não está nada mal.”
Outra coisa que os dois investigadores perceberam a dicotomia existente “entre as pessoas que ligam o Paganismo ao associativismo e as pessoas que pensam no Paganismo enquanto relação pessoal, relação inter-pessoal com um grupo fechadinho e que não esperam uma representação oficial, uma voz pública”. Para estas pessoas, as associações não têm qualquer tipo de interesse — “não vêem necessidade nenhuma, não é importante para eles”. Estas duas realidades surgem mais uma vez evidenciadas no inquérito de Mariana e Mário: mais de 70% dos inquiridos referiu nunca ter estado filiado numa associação pagã portuguesa.
No que diz respeito àqueles que não querem associar-se, Mário Pinto considera que o problema não está apenas na alta de interesse: “Acho que se nota que há um certo défice do lado das associações em dar a conhecer não só a sua existência, mas também a sua razão de ser e o que fazem”, afirmou. Para o membro do Grupo de Estudos do Paganismo, há falta de “promoção delas próprias” e de “divulgação”. Mas será que isso significa que não existe interesse da parte dos próprios organismos? “Em princípio terão [interesse]”, considerou. “Uma associação vive, entre outras coisas, do número de associados. Uma associação de dez pessoas não pode fazer muitas coisas, a não ser organizar de vez em quando um piquenique. Uma associação de 100, 200 ou 300 pessoas já tem outra capacidade para fazer coisas e para ser ouvida. Mas não chega a muitos. Nota-se que há um grande desconhecimento em relação às associações que existem e ao seu papel.”
Quando questionados pelos motivos que os levaram a afastarem-se deste tipo de organismos, perto de 40% dos inquiridos admitiu não sentir necessidade de ser filiado. Há até quem tenha orgulho nisso e faça questão de dizer que não tem qualquer tipo de interesse e que não se identifica com a abordagem. E depois há “outras que vão até um bocadinho mais longe e dizem: ‘Não me sinto bem em ser avaliada por pessoas que estão em associações, portanto, não me associo”. Para Mário, ficou claro que de “entre os que não são filiados, a tendência é crítica”. “Nos associados, é precisamente o contrário. Uma maioria, mas não uma maioria extrema, diz que [as associações] são boas. Depois, há um grupo mais pequeno que diz que são razoáveis e um ainda mais pequeno que diz que não é bom. Ou seja: chega-se à conclusão que, para a maioria das pessoas que está em associações, o trabalho é razoável ou bom, embora haja uma fracção crítica de 10%.”
Um trabalho para continuar
Tal como Mário, Mariana também admite ter ficado “satisfeita” com os resultados do inquérito: “Acho que foi muito revelador. E como tu dissestes — e muito bem —, Mário, isto é coisa para nos dar trabalho durante 30 anos, se quisermos”. A próxima etapa passa por pegar nas cerca de 60 pessoas que se mostraram interessadas em continuar a participar no estudo e “desenvolver um novo exercício de reflexão, com novas perguntas”. O formato será diferente, mas Mariana e Mário ainda não decidiram exactamente qual será. “A ideia é recolhermos mais informação” partindo “da análise que fizemos com este trabalho, ver quais são os pontos mais interessantes de serem analisados mais a fundo e continuarmos a investigar e a procurar respostas com este grupo”.
Contudo, os dois investigadores admitem a possibilidade de virem a alargar o número de pessoas envolvidas, apesar de haver certas vantagens em manter o mesmo conjunto de indivíduos sobre os quais já têm alguma informação. “No meio disto aparece sempre o interesse de falar com a, bê ou cê, desde que haja boas razões para isto”, salientou Mário Pinto. “[Mas o importante é] ver daqui o que é que temos de esclarecer melhor e perceber quem é que tem mais interesse em falar, quem é que está disposto a isso.”
Além disso, os dois investigadores pretendem brevemente apresentar as suas “reflexões e análises” de “uma forma ou de outra”, como por exemplo, através de uma comunicação científica. Mas a ideia principal, como referiu Mariana Vital, é “avançar com este Grupo de Estudos do Paganismo”. “Outras pessoas que fomos conhecendo por causa do estudo já se mostraram interessadas em fazer parte dele de um ponto de vista académico e integrar o grupo.” O objectivo final de tudo isto é o mesmo que motivou o arranque do primeiro inquérito sobre Paganismo em Portugal: “Perceber que, quando se fala de Paganismo em Portugal, não precisamos de nos basear só naquilo que ouvimos ou naquilo que conhecemos — há um conjunto de conhecimentos ao qual as pessoas podem aceder e ficar mais elucidadas relativamente àquilo que se faz por cá”. E isso é, para Mariana e Mário, o que mais importa.
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Agradecimentos a quem aqui trouxe esta notícia - http://observador.pt/especiais/ha-cerca-de-mil-pagaos-em-portugal-mariana-e-mario-foram-a-procura-deles/   (Artigo originariamente redigido sob o acordo ortográfico de 1990 mas corrigido aqui à luz da ortografia portuguesa.)

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A pouco e pouco a consciência etno-religiosa vai despertando, quer seja sob a capa de um ideal naturista ou de qualquer outro tipo - e o facto de a maioria (dos inquiridos que responderam) considerar a ancestralidade como o valor mais importante constitui até ver um bom sinal disto mesmo.

terça-feira, fevereiro 27, 2018

EPISÓDIO DA CRISTIANIZAÇÃO DA EUROPA - OFICIALIZAÇÃO DO CRISTIANISMO E DESTRUIÇÃO CRISTÃ DE TEMPLO DE ELÊUSIS

No dia 27 de Fevereiro de 380, o Cristianismo tornou-se na religião exclusiva do Império Romano por um édito do imperador Flávio Teodósio, exigindo que «todas as várias nações, sujeitas à nossa clemência e moderação devem continuar a professar essa religião, que foi dada aos Romanos pelo divino apóstolo Pedro.»

Os não cristãos são considerados «repugnantes, heréticos, estúpidos e cegos». Noutro édito, Teodósio chama «insano» aos que não acreditam no Deus cristão e ilegaliza toda a discordância relativamente o dogma da Igreja.
Ambrósio, bispo de Milão, começa a destruir todos os templos pagãos da sua área. O sacerdotes cristãos lideram a multidão contra o templo da Deusa Deméter em Elêusis e tenta linchar os hierofantes (sacerdotes máximos) Nestório e Prisco. O primeiro destes, Nestório, sacerdote de noventa e cinco anos, dá por terminados os Mistérios de Elêusis e anuncia a predominância da escuridão sobre a espécie humana.

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Há entretanto quem afirme que os Mistérios de Elêusis só foram abolidos cerca de uma década mais tarde.

PAIS FECHAM ESCOLA PARA PROTESTAR CONTRA A VIOLÊNCIA COMETIDA POR ALUNOS... E QUE ALUNOS...

Os pais dos alunos da Escola Básica do Padrão da Légua, em Matosinhos, protestaram esta manhã e chegaram a fechar os portões. Queixam-se da violência na escola, incluindo alunos que agridem colegas e pais que maltratam funcionários.
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Agradecimentos a quem aqui trouxe esta notícia: https://www.msn.com/pt-pt/noticias/sociedade/alunos-agridem-colegas-pais-maltratam-funcion%C3%A1rios-em-escola-de-matosinhos/vi-BBJBXHO?ocid=spartandhp   -   Página com vídeo incorporado

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Falta dizer no texto acima, e no texto de todos os outros artigos que encontrei, o que neste vídeo se ouve aos 02:00 - que a percentagem de cidadãos de etnia cigana é maior nesta escola que nas outras da área... e depois o indivíduo que o diz acrescenta «... mas isso não resulta daí que tenhamos de ter mais problemas (...)» Ah pois não, não resulta não, ele vê-se que não resulta, é que já toda a gente que ande atenta suspeitava de que havia ciganos metidos nisto só ao ouvir, só ao ouvir o título do artigo. Só por aí. Curiosamente, a «suspeita» confirma-se uma e outra vez, e mais outra, e mais outra e mais outra, e mais outra ainda, e mais outra. A mesma pessoa que reconhece que ali há mais ciganos que noutros lados diz também que o que é preciso é «promover um entendimento»... outra cidadã já tinha dito que era preciso que os alunos prevaricadores percebessem que com aquele comportamento nem os outros aprendiam nada nem eles próprios... A ingenuidade desta gente é confrangedora. Mas qual aprender qual catano, mas qual aprender o quê, mas aprender quando e para quê, este pessoal «jovem» só aprende quando está diante de uma força maior e actuante que possa «respeitar», ou seja, que lhe dê na corneta. Falar-lhe em «aprender» ou «entendimento» é não ter ideia nenhuma do que vai naquelas cabeças.

PORTUGUESES - E OUTROS EUROPEUS - SÃO PAGOS ABAIXO DO REAL CRESCIMENTO ECONÓMICO

Segundo os cálculos da Confederação Europeia de Sindicatos, os salários seriam consideravelmente mais elevados caso os salários ao mesmo ritmo que a economia. No entanto, o peso dos salários face ao PIB tem diminuído de forma generalizada nos países da UE.
O peso dos salários em relação ao crescimento do produto interno bruto (PIB) tem diminuído nos países da União Europeia (UE). Em 1975, os salários representavam 72% do PIB, na média europeia, um valor que caiu para 63%, em 2017. Segundo os cálculos da Confederação Europeia de Sindicatos (CES), os salários seriam consideravelmente mais elevados caso os salários crescessem como a economia.
Na média dos trabalhadores da UE, os salários poderiam ter sido 1.764 euros mais elevados, em 2017, de acordo com a estimativa da CES. Em Portugal, a diferença sobe para 1.890 euros, sendo que os salários representam 60,5% do PIB nacional.
O valor fica, no entanto, abaixo dos 4.107 euros na República Checa, dos 2.777 euros na Polónia, dos 2.169 euros na Alemanha, dos 2.806 euros em Espanha, dos 3.354 euros em Itália ou dos 2.122 euros na Hungria.
Os ricos continuam a enriquecer à custa de pessoas que dependem do seu salário para viver”, acusou a secretária confederal da CES, Esther Lynch. “As empresas arrecadam uma maior proporção de receita, como lucros, à custa dos salários. Não seria tão negativo se os lucros fossem reinvestidos no negócio e formação para os trabalhadores, mas o investimento também tem vindo a diminuir em proporção do PIB”.
O CES acrescenta considerar que os sindicatos teriam o direito de exigir um aumento de salário extra para compensar a perda de uma parte “justa” da riqueza que os trabalhadores ajudaram a gerar. “A Europa precisa de aumentos salariais para reduzir a desigualdade e para impulsionar o crescimento económico”, acrescentou Lynch.
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Fonte: http://www.jornaleconomico.sapo.pt/noticias/portugueses-ganhariam-mais-1-890-euros-se-salarios-crescessem-como-a-economia-274456

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A menos que se prepare para aí uma guerra contra extra-terrestres ou assim, nada de nada justifica o escândalo que acima se noticia - nada a não ser o relativo adormecimento das populações aburguesadas que por terem algum conforto foram deixando que a exploração do seu trabalho aumentasse. O dinheiro existe, como os «comunas» já andavam a dizer há uns tempos - está é cada vez mais nas mãos de uma elite plutocrática reinante, com sacrifício da qualidade de vida das classes mais baixas e, talvez, com sacrifício da própria Democracia, pois que o aumento da concentração de qualquer tipo de poder nas mãos de uma elite é logicamente contrário ao funcionamento democrático da sociedade.

segunda-feira, fevereiro 26, 2018

PELO DIA EUROPEU DA MEMÓRIA PAGÃ


Celebração do Dia Europeu da Memória Pagã, algures em Itália.
Para ver mais imagens, aceder a esta página: https://www.facebook.com/pg/CommunitasPopuliRomani/photos/?tab=album&album_id=994133977406234

PLATAFORMA BASTA DE TOURADAS CONSEGUE CANCELAR EVENTO TAUROMÁQUICO ILEGAL EM MONFORTE



Mais uma boa notícia. No âmbito da campanha "Infância sem violência" a Basta denunciou a realização de um evento ilegal na praça de touros de Monforte, destinado às crianças das escolas locais. Através de informação da Inspecção Geral das Actividades Culturais, ficamos a saber que o evento foi cancelado.
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Fonte: https://www.facebook.com/Basta.pt/photos/a.472890756075069.108951.143034799060668/1814025055294959/?type=3&theater

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Mais uma boa prova de que o activismo consciente e persistente acaba por funcionar, a bem de uma evolução civilizacional que corresponde à natureza do «génio» europeu, por assim dizer, que tende a defender os direitos e a dignidade dos mais vulneráveis.

CELEBRAÇÃO EM HONRA DE VELES, DEUS DOS MORTOS, NO INÍCIO DO MÊS ESLAVO DE FEVEREIRO


Celebração algures na Polónia a 3 de Fevereiro, ao cair da tarde, do Dia de Veles, Deus eslavo das Profundezas, dos Mortos e da Fertilidade. O ambiente, sombrio, corresponde ao de Nawia, mundo dos mortos, tal e qual como sucede na tradição romana, em que Fevereiro é o mês consagrado aos mortos e ao Deus das Profundezas, Februus; por outro lado, Nawia faz lembrar o nome da Deusa luso-galaica Nábia, que bem pode ser uma Deusa aquática e, como faz notar a professora galega Garcia-Albalat, na religião céltica a passagem para o Outro Mundo, o dos Mortos, faz-se pelo fundo dos lagos ou dos rios; aliás, no mundo eslavo este conceito de Nawia, Nav, também tem uma ligação com as águas. Quanto ao nome de Veles, tem a sua parecença com o do «lusitano» Endovélico, que, tal como Veles, é também um Deus das Profundezas, dos Mortos, da Saúde da Fertilidade - sim, tanto Endovélico como Veles são Deuses de todas estas coisas, têm mesmo tudo isso em comum.
No ritual que acima se pode ver, acendeu-se o Fogo Sagrado e invocaram-Se as Divindades Veles e Marzanna, Deusa do Inverno e da Morte. Após o ritual, realizou-se uma festa conjunta de todos os participantes e assistentes.
Podem ver-se mais imagens do evento nesta página: https://www.facebook.com/Bialozar/photos/?tab=album&album_id=1954731061220862

PSD SEMPRE ATENTO ÀS NECESSIDADES... DOS INTERESSES PRIVADOS...

A câmara de Lisboa resolveu oferecer manuais escolares gratuitos ao alunos das escolas públicas. Vai daí, a oposição PSD resolveu dizer «e porque não para todas as escolas?» para poder incluir os alunos das escolas privadas.
Moral da história: claro que o PSD tinha de arranjar maneira de dar ainda mais proventos a quem já tem muito, é que o PSD nem era o PSD se não fizesse isso... e isso, num dos países europeus mais afectados pela desigualdade sócio-económica, é atitude de meter nojo aos cães.

ÍNDIA ORGANIZA MANOBRAS MILITARES MARÍTIMAS EM GRANDE ESCALA DIANTE DO PODERIO MILITAR CHINÊS

Pelo menos 17 países confirmaram a sua intenção de participar nas manobras de grande escala Milan-2018, organizadas pela Índia, comunicou em entrevista a jornalistas um representante da Marinha indiana, capitão D. K. Sharma.
De acordo com o representante indiano, cujo nome completo não pode ser divulgado de acordo com as normas do país, as manobras decorrerão de 6 a 13 de Março e delas participarão frotas da Austrália, Vietname, Indonésia, Bangladesh, Mianmar, Maurício, Nova Zelândia, Omã, Tailândia, Sri Lanka, Singapura, Tanzânia, Maldivas, Camboja, Quénia e Malásia.
"A colaboração no âmbito dos treinamentos Milan inclui a troca de opiniões e ideias quanto à manutenção de paz no espaço marítimo, bem como a intensificação da colaboração regional a fim de lutar contra acções ilícitas no mar", frisou o representante, citado pelo serviço de imprensa do exército indiano.
De acordo com ele, os treinamentos passaram os limites das manobras regionais e se converteram num "prestigioso evento internacional", no qual participam as marinhas dos países de todo o Oceano Índico. 
Vale destacar que um dos principais assuntos a discutir no âmbito das futuras manobras será a presença naval da China na região, frisou o alto funcionário.
As manobras Milan foram realizadas pela primeira vez em 1995 e, nesse ano, contaram com a participação de somente cinco países. Desde então, os treinamentos são realizados duas vezes por ano. 
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Fonte: https://br.sputniknews.com/asia_oceania/2018022610612840-india-china-tensoes-manobras-oceano-indico-influencia/

ALERTA EM BRUXELAS NUM BAIRRO ONDE UM TERRORISTA MUÇULMANO SE ABRIGOU...

A polícia belga cercou o bairro de Forest, em Bruxelas, na sequência de um alerta de possível homicídio. Informações iniciais davam conta de um homem armado a monte, mas um porta-voz da polícia corrigiu essa informação.
Um porta-voz da polícia, citado pela Reuters, negou as informações inicialmente avançadas que davam conta de uma operação no bairro de Forest na sequência de relatos sobre um homem armado a monte. Em declarações à estação RTL, o presidente da câmara de Forest, Marc-Jean Ghyssels, confirmou que a polícia suspeitava "da presença de um homem armado".
Todavia, adiantou agora o porta-voz da polícia, a operação em curso teve origem num alerta, de um cidadão polaco, de um possível homicídio na manhã desta Joves.
Imagens divulgadas pela agência noticiosa norte-americana Associated Press mostraram agentes policiais armados posicionados junto de edifícios e nos telhados de prédios em Forest, nos arredores da capital belga.
Além de vários agentes no terreno, um helicóptero sobrevoa a zona de Forest nesta operação.
Não há ainda informação sobre se esta operação policial tem alguma relação com terrorismo.
As autoridades estão a pedir aos residentes que evitem o local ou se mantenham em casa.
O presumível terrorista Salah Abdeslam, o único sobrevivente da célula 'jihadista' que levou a cabo os ataques terroristas em Paris em Novembro de 2015, chegou a estar escondido em Forest e foi apanhado durante um tiroteio com a polícia num apartamento localizado nas imediações deste subúrbio.
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Fonte: https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/homem-armado-coloca-policia-de-bruxelas-em-alerta

QUEIMA DE UMA CATEDRAL NA RÚSSIA POR OCASIÃO DE UMA CELEBRAÇÃO PAGÃ...


No leste eslavo, uma parte da celebração de raiz pagã Maslenitsa é a queima de um enorme espantalho (que eventualmente representaria o Inverno, diz-se). Maslenitsa é uma celebração da vinda da luz, similar em espírito à Candelária e à céltica Imbolc, festival de Brígida, Deusa da Luz. 
Ora este ano, sucedeu que algures na Rússia se substituiu o espantalho por uma catedral cristã... feita de palha, claro está...
Agradecimentos a quem aqui trouxe esta página, na qual se pode ver a foto acima e várias outras, bem como vídeos com «música ambiente», apropriada ao evento: http://englishrussia.com/2018/02/18/burning-a-huge-catholic-cathedral-for-russian-oldest-pagan-holiday-photos-videos/

SOBRE O MOVIMENTO NACIONALISTA NA SUÉCIA

Quando no ano passado Donald Trump alertou sobre o que se estava a passar na Suécia, muitos se perguntaram sobre aquilo de que o presidente dos Estados Unidos estava  a falar: "Vejam o que aconteceu ontem à noite na Suécia... É inacreditável... [Eles] têm problemas como nunca pensaram que fosse possível", disse Trump numa acção na Flórida na qual defendia as suas políticas migratórias.
Mas na Suécia não havia ocorrido nenhum atentado nem algo em particular na noite anterior ao discurso de Trump.
Trump esclareceu que estava-se a referir a uma reportagem do canal Fox News sobre a situação dos refugiados na Suécia e o aumento da violência supostamente vinculada ao maior número de imigrantes.
Há algum tempo a Suécia converteu-se num assunto recorrente em sites, blogs e programas de rádio e de televisão de movimentos de Direita, como os auto-denominados "supremacistas brancos" e a chamada "Direita alternativa", a "Alt-Right".
Com mais de 160 mil pessoas chegando à Suécia em 2015 - a maioria proveniente de África -, o país escandinavo foi um dos que mais imigrantes acolheram durante a onda migratória na Europa.
O país de 10 milhões de habitantes, com uma tradição de políticas progressistas, não parecia ser um solo fértil para os movimentos de Extrema-Direita e de supremacismo branco. Mas as coisas parecem estar a mudar.
Porquê a Suécia?
Há dois factores pelos quais os grupos de Extrema-Direita estão a olhar para o que se está a passar na Suécia, diz Jonathan Leman, pesquisador da fundação anti-racista Expo.
Um é "a fascinação" que há entre nacionalistas brancos e de Extrema-Direita pela ideia de que os suecos brancos estariam a ser "deslocados" do seu país. "A brancura é um símbolo da preservação" tanto na Suécia como noutros países da região, explica ele à BBC.
Outro é a "imagem negativa" do que se está a passar na Suécia e que tem sido exportada pela Extrema-Direita do país: "Eles estão a estimular essa imagem, em Inglês, para o mundo".
A isto se soma o facto de a Suécia ser parecida demograficamente com algumas regiões do leste e do centro dos Estados Unidos onde estão as bases de movimentos supremacistas e de Extrema-Direita.
Na Suécia, há comunidades com mais de 90% de pessoas brancas; alguns americanos de movimentos "Alt-Right" usam esses números para efeito de comparação.
Além disso, em Abril de 2017 houve um ataque com um camião em Estocolmo, que deixou quatro mortos. Um imigrante em processo de deportação foi acusado de ser o autor, aumentando a percepção de que a imigração é um problema.
Violência
A Suécia registou nos últimos três anos um aumento nos índices de criminalidade, principalmente de ataques com armas em regiões que receberam imigrantes.
A cidade portuária de Malmö foi considerada por figuras políticas de Direita, como o britânico Nigel Farage, de "a capital dos estupros da Europa", pelo suposto aumento de ataques sexuais.
A BBC analisou os dados disponíveis e verificou que cidades como Malmö tiveram uma queda no número de ataques sexuais desde 2010, antes da chegada dos imigrantes. Mas a imagem vendida para fora é diferente.
"Vimos um grande número de pessoas a chegar, o que fez um amplo grupo da sociedade sueca pensar que isto era um erro. Ao mesmo tempo, a Suécia teve um aumento do crime", diz Christian Christensen, professor da Universidade de Estocolmo. "O facto é que o crime disparou em áreas específicas de Malmö e de Estocolmo, mas a imagem é que o país está infestado pelo crime e pela violência."
É por isso que a associação entre o aumento da criminalidade e a chegada de imigrantes começou a alimentar as publicações de muitos grupos de Extrema-Direita não apenas na Suécia, como no mundo.
Movimento identitário
Hoje podem-se identificar vários líderes da Extrema-Direita, desde o do Democratas Suecos, Jimmi Akesson, a outras figuras surgidas de grupos na internet.
Um deles é Daniel Friberg, um empresário que cuida de vários sites de ultra-direita, um defensor do Nacionalismo que publicou livros como O Regresso da Verdadeira Direita: um Manual para a Verdadeira Oposição. "Compartilho muitos pontos de vista com Richard Spencer. É uma grande figura, escreve grandes artigos. Acredito que temos as mesmas bases de Direita", diz Friberg à BBC.
Spencer é um dos maiores propagadores do movimento "Alt-Right" dos Estados Unidos. Ele criou o site altright.com, do qual Friberg é editor.
"Daniel Friberg tem um grande histórico na Extema-Direita na Suécia. Nos anos 1990 foi membro activo de grupos neonazis. Uma década depois, tratou de introduzir o movimento identitário", diz Jonathan Leman.
Friberg disse à BBC que desde os 15 anos participou do movimento direitista Aliança Nacional, mas nega que os seus objectivos tenham sido neonazis.
Aliança Mundial
A situação também se viu reflectida no terreno político sueco, onde partidos conservadores e de Ultra-Direita foram ganhando terreno nos últimos anos.
Em Setembro, o partido anti-imigração Democratas Suecos atingiu quase 20% da preferência do eleitorado nas pesquisas.
O aumento da popularidade da Direita e da sua postura anti-imigração continuou, mesmo depois de o número de pedidos de asilo de estrangeiros ter caído.
Em 2015 foram mais de 60 mil pedidos registados, enquanto no ano passado o número caiu para 25 mil.
Mesmo assim, o efeito dessa imagem negativa estendeu-se dentro e fora da Suécia de diversas maneiras.
Os sites e espaços em redes sociais do movimento "Alt-Right" começaram a fazer "alianças a nível internacional" para difundirem as suas mensagens, explica Leman.
São grupos que "vão além do conservadorismo tradicional, pois impulsionam causas como o Nacionalismo e a supremacia branca", diz o pesquisador.
Com a eleições em Setembro na Suécia, a Direita vê uma oportunidade para impulsionar o Nacionalismo e as políticas contra a imigração.
Será uma espécie de laboratório para os movimentos de Extrema-Direita de outros países, que têm estado muito atentos ao que ocorre na nação escandinava.
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Agradecimentos a quem aqui trouxe este artigo, cujo link é este: http://www.bbc.com/portuguese/internacional-43062949?ocid=socialflow_facebook

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O passagem em que é dito que o número de violações diminuiu em Malmö a partir de 2010 é uma forma de aldrabar sem um pingo de vergonha na fuça da espécie de «jornalistas» que pariu uma coisa dessas no papel, como se pode ler nos dados oficiais: https://en.wikipedia.org/wiki/Rape_in_Sweden#The_Swedish_Crime_Survey
Não surpreende, de resto, que os «advogados» do sistema tentem a venda do cu e oito tostões para torcerem a realidade só para não reconhecerem publicamente o que estão de facto a fazer - a oferecer os europeus mais desprotegidos ao sacrifício no altar do «deus» multirracialismo forçado.
Quanto ao facto de o Nacionalismo ser hoje particularmente forte na Suécia, isso para mim não é surpresa nenhuma - absolutamente nenhuma. Há anos que oiço, leio, nas fileiras nacionalistas, a referência aos Suecos como o símbolo do «cuck» («cornudo» ou «corno manso» , o que entrega a sua esposa a outro homem e fica a ver) e da decadência europeia - e eu há muito que suspeito, e agora confirmo, que isso mesmo era um sinal do crescimento do Nacionalismo militante na Suécia. Parece contraditório, isto que estou a dizer - parece contraditório para quem não conhecer o padrão argumentativo nacionalista. Com efeito, é muito frequente o típico militante nacionalista, seja de que país for, considerar que o seu País está na desgraça total e que precisa de ser salvo; e que noutro(s) país(es) as coisas são diferentes porque «lá» o pessoal não admite brincadeiras aos inimigos da Nação e põe tudo nos is, lá é que são duros!!!!, e, portanto, nós também temos de ser duros (ou então ainda nos comem as papas na cabeça, está subentendido). É muito o padrão de pensamento dos grupos de jovens do sexo masculino - temos de bater os outros, não podemos aceitar que nos vençam, nem que venham roubar as nossas mulheres, e o gajo do nosso Povo que aceitar entregar as suas mulheres ao alógeno é um cuck (corno manso). Lá, algures, é que os Nacionalistas a levam direita!!! - este pensamento é tão frequente nas hostes nacionalistas que por exemplo em toda a Europa Ocidental e EUA se gerou uma adoração pela Rússia como a eventual salvadora da raça branca, porque o Putin é rijo!, o Putin é que os tem no lugar!!, o Putin faz e acontece e protege a raça branca!!! (o que de facto tem feito é meter na pildra muitos nacionalistas e governar um país multi-étnico que ele quer manter assim, multi-étnico), e faz artes marciais e caça!!!!! (consta que anda por aí muita aldrabice propagandística, tanto nas suas habilidades judocas como na sua perícia a caçar), e é o irmão Putin que lixa os sionistas!!!!!! (não lixa nada, até os apoia abertamente), em suma, o Putin é o papá-chefe que um dia nos salvará e guiará à vitória, um bocado como o mítico Prestes João um dia ajudaria os Portugueses a derrotar os muçulmanos...
Retornando à questão sueca, pois de facto tanto se falou mal da bananice do governo sueco que rapidamente percebi que isso só queria dizer uma coisa - há muitos nacionalistas suecos a divulgar coisas na Internet. E isto, apesar dos exageros juvenis e exaltados, e dos desabafos diversos, isto é, dizia, isto é fundamentalmente positivo, porque, de facto, urge defender não apenas a Suécia mas todos os demais países europeus, dos Urais aos Açores, que estão, objectivamente, sob ameaça da sua própria elite que os quer encher de alógenos em barda.


PNR NA MANIFESTAÇÃO CONTRA A CORRUPÇÃO


Realizou-se, no último Sábado, uma manifestação de protesto contra a corrupção que grassa no nosso país, de forma cada vez mais entranhada nos centros de decisão, nos órgãos de soberania e na própria mentalidade de boa parte da população.
A partir das redes sociais, a iniciativa de três pessoas (Inês Caeiro, Patrícia Manguinhas e João Chaves), despoletada pela “gota de água” que foi a nova lei do financiamento dos partidos – aprovada, na surdina, na Assembleia da República -, teve por objectivo a realização de um protesto contra a corrupção. Intitularam-se “Os Inconformados”.
Pretendendo-se uma manifestação apartidária, enviaram, de qualquer forma, um convite a todos os partidos inscritos no Tribunal Constitucional, a fim de se fazerem representar no protesto. Não deixa de ser digno de nota que apenas o PNR e o PURP (Reformados) se fizeram representar, passando todos os outros partidos a ideia de que se sentem confortáveis neste caldo de corrupção, não a reprovando. Cada um que retire as suas ilacções.
Patrícia Manguinhas iniciou o acto dando as boas-vindas, referindo que apenas os dois partidos acima referidos, corresponderam ao convite feito e explicando que o microfone estaria aberto a todos aqueles que livremente quisessem falar após as intervenções dos outros dois promotores da iniciativa: João Chaves e Inês Caeiro. Foi assim que meia-dúzia de pessoas “disseram de sua justiça” perante uma assistência de quase cem participantes. Um militante do PNR acabou por tomar a palavra, demonstrando uma excelente capacidade de comunicação e de falar ao coração das pessoas, de improviso, (...)
Por fim, uma palavra em relação à comunicação social que, mais uma vez se comportou como poderoso tentáculo do sistema de mentira, servindo agendas e interesses alheios à verdade e, manipulando escandalosamente a realidade, apresentou a manifestação como sendo de “lesados do BES”, sabendo perfeitamente que não o era. Também a comunicação social é uma das grandes responsáveis por todo este caldo de corrupção e mentira em que vivemos e que urge combater com determinação.
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Fonte: http://www.pnr.pt/2018/02/pnr-presente-na-manifestacao-dos-inconformados-corrupcao/