PORTUGUESES - E OUTROS EUROPEUS - SÃO PAGOS ABAIXO DO REAL CRESCIMENTO ECONÓMICO
Segundo os cálculos da Confederação Europeia de Sindicatos, os salários seriam consideravelmente mais elevados caso os salários ao mesmo ritmo que a economia. No entanto, o peso dos salários face ao PIB tem diminuído de forma generalizada nos países da UE.
O peso dos salários em relação ao crescimento do produto interno bruto (PIB) tem diminuído nos países da União Europeia (UE). Em 1975, os salários representavam 72% do PIB, na média europeia, um valor que caiu para 63%, em 2017. Segundo os cálculos da Confederação Europeia de Sindicatos (CES), os salários seriam consideravelmente mais elevados caso os salários crescessem como a economia.
Na média dos trabalhadores da UE, os salários poderiam ter sido 1.764 euros mais elevados, em 2017, de acordo com a estimativa da CES. Em Portugal, a diferença sobe para 1.890 euros, sendo que os salários representam 60,5% do PIB nacional.
O valor fica, no entanto, abaixo dos 4.107 euros na República Checa, dos 2.777 euros na Polónia, dos 2.169 euros na Alemanha, dos 2.806 euros em Espanha, dos 3.354 euros em Itália ou dos 2.122 euros na Hungria.
“Os ricos continuam a enriquecer à custa de pessoas que dependem do seu salário para viver”, acusou a secretária confederal da CES, Esther Lynch. “As empresas arrecadam uma maior proporção de receita, como lucros, à custa dos salários. Não seria tão negativo se os lucros fossem reinvestidos no negócio e formação para os trabalhadores, mas o investimento também tem vindo a diminuir em proporção do PIB”.
O CES acrescenta considerar que os sindicatos teriam o direito de exigir um aumento de salário extra para compensar a perda de uma parte “justa” da riqueza que os trabalhadores ajudaram a gerar. “A Europa precisa de aumentos salariais para reduzir a desigualdade e para impulsionar o crescimento económico”, acrescentou Lynch.
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Fonte: http://www.jornaleconomico.sapo.pt/noticias/portugueses-ganhariam-mais-1-890-euros-se-salarios-crescessem-como-a-economia-274456
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A menos que se prepare para aí uma guerra contra extra-terrestres ou assim, nada de nada justifica o escândalo que acima se noticia - nada a não ser o relativo adormecimento das populações aburguesadas que por terem algum conforto foram deixando que a exploração do seu trabalho aumentasse. O dinheiro existe, como os «comunas» já andavam a dizer há uns tempos - está é cada vez mais nas mãos de uma elite plutocrática reinante, com sacrifício da qualidade de vida das classes mais baixas e, talvez, com sacrifício da própria Democracia, pois que o aumento da concentração de qualquer tipo de poder nas mãos de uma elite é logicamente contrário ao funcionamento democrático da sociedade.
2 Comments:
Portugueses confiam mais nos patrões do que nos sindicatos
Os portugueses confiam mais na capacidade dos patrões e gestores do que na dos sindicatos e acreditam mais na escola do que nas famílias. São as conclusões de uma sondagem realizada pela Aximage, onde os tribunais e juízes e os sindicatos figuram como a mais desacreditada das instituições.
http://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/portugueses-confiam-mais-nos-patroes-do-que-nos-sindicatos
A banha da cobra do «somos todos iguais» já só convence os papalvos.Levanta te cedo e vai trabalhar,preguiçoso!
Vai trabalhar também tu, mas pelo menos tem alguma vergonha na cara e não pises o colega para dar graxa ao patrão.
Quanto aos que descuram os sindicatos e preferem confiar nos patrões, pois eventualmente continuarão a ter a mesma merda que merecem. Gente sem consciência cívica paga pela sua tacanhez.
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