terça-feira, outubro 31, 2017

RITO DA NOITE DE OUTUBRO PARA NOVEMBRO


Endovélico


Deus céltico «lusitano» oracular do Outro Mundo e da Medicina



Morrigan
ou «Grande Rainha», Deusa irlandesa do Outro Mundo, da Magia e da Guerra, possivelmente equivalente à lusitana Trebaruna



Esta noite celebra-se a passagem do ano na antiga religião céltica do Ocidente europeu.
Na Gália chamava-se Samonios; na Irlanda, Samhain. O termo designa o fim do Verão, isto é, o terminus da estação quente, luminosa, e o início da estação fria e sombria, princípio do ano no calendário celta. Efectivamente, do mesmo modo que os povos célticos contavam o tempo por noites, não por dias, também o seu ano começava em tempo de escuridão.
Acreditavam este povos que nesta altura do ano se tornava especialmente efectivo o contacto entre o mundo dos vivos e o Outro Mundo, o dos mortos. Uma vez que se tratava aqui de um tempo caótico, um tempo simbolicamente entre os tempos, ou seja, antes do ano seguinte e depois do ano anterior, era socialmente lícito assumir comportamentos desregrados e desordenados. Neste contexto inserem-se as mascaradas e a folia pela noite dentro.
Era também nesta data que na mitologia irlandesa se situava a mítica Cath Mag Tuireadh, grande batalha entre os Deuses Tuatha de Dannan e os monstruosos Fomor.




Rei dos Tuatha de Dannan, em batalha, sendo esta data marcada, entre outras coisas, pela segunda grande batalha entre os Deuses e as forças do caos


Um dos Deuses que teriam sido adorados na Irlanda na época do Samhain é Crom Cruaich, possível equivalente do Crouga lusitano-galaico.

Trata-se de um elemento da mais genuína cultura europeia; esta celebração só se popularizou na América por intermédio da maciça imigração irlandesa, visto que, inicialmente, os puritanos dos EUA a reprimiam, isto é, adoptavam a postura cristã mais rígida, enquanto, antes disso, a Igreja tinha adoptado a postura cristã mais maleável e manhosa, que consistiu em cristianizar as festas pagãs, daí o Samhain ter originado o «Halloween» e, em Portugal, o Dia de Todos os Santos. Como se pode ler nesta notícia,
A festa de todos os mártires era nos primeiros séculos da cristandade a 13 de Maio. Passou para Todos-os-Santos a 1 de Novembro de 835 com vista a ocupara tradição do Samhain, que era o Ano Novo para os pagãos celtas.
Os Irlandeses celebravam-na por isso com grande fervor e levaram essa tradição para além mar. Ver mais pormenores aqui, num curto documentário, um bocado simplificado e básico (na linha da americanice por vezes bacoca que agora domina o canal de História da TVCabo), mas suficientemente claro e informativo.
O mais interessante nesta celebração é que a sua forma comercializada é essencialmente semelhante à forma tradicional portuguesa - crianças que, em conjunto, batem à porta a pedir comida a coberto de uma simbologia, ou um poder sobrenatural (os fantasmas das máscaras americanas, o «pão por Deus» em coro das crianças portuguesas), e que, em vendo-lhes recusado o pedido, lançam sobre o morador não generoso alguma forma de maldição.

Quanto ao aspecto sombrio, que tão marcadamente caracteriza o «Halloween» anglo-saxónico, também existe na tradição portuguesa - segundo Leite de Vasconcellos, citado por Consiglieri Pedroso, há em Mondim da Beira a crença de que «as almas fazem na noite de Todos os Santos uma procissão com muitas luzes».


A festividade tem profundas raízes na tradição portuguesa, que serão eventualmente de origem pré-romana: vale a pena lembrar o que diz o professor Adriano Vasco Rodrigues na sua obra «Os Lusitanos - Mito e Realidade»: segundo o autor, a festa do Primeiro de Novembro era a mais importante do ano para os pastores da Serra da Estrela, mais até do que o Natal, sendo também celebração de primeiro plano na Estremadura.
E porquê?
Porque o Natal consiste na celebração do solstício de Inverno, sendo por isso uma festividade típica de povos sedentários e agrícolas, enquanto o Primeiro de Novembro, marcando o começo da estação sombria (por oposição à luminosidade do Verão e da Primavera), é próprio de povos nómadas, semi-nómadas, enfim, gentes de economia pastoril, que nesta altura recolhem o gado e abatem a parte deste que não podem guardar.

Mais adianta, Vasco Rodrigues, que, na aldeia de Longroiva (possível descendente do castro de Longóbriga), os jovens subiam ao Morro da Faia, monte íngreme, levando consigo figos e uma cabaça de vinho ou de aguardente, e, uma vez no seu topo, lançavam pedras, evocando um santo a cada lançamento e bebendo um trago de vinho em sua honra.

Estas pedras podem bem ser resquícios das cabeças de gado que outrora eram sacrificadas pelos Celtas em grandes hecatombes, pois que esta era a altura de abater todas as reses que não fossem necessárias à criação. Assim, na Serra da Estrela, é este o momento em que os pastores se reúnem e abatem o gado que não podem guardar no Inverno. Tomei conhecimento, já não sei onde, que há um ritual similar em aldeias escocesas, isto é, em plena nação celta...
Ao mesmo tempo é curioso que na tradição anglo-saxónica haja um só dia de celebração nesta festividade, ao passo que na tradição portuguesa há dois: o Dia de Todos os Santos, primeiro, e, a seguir, o Dia dos Mortos. Ora, sabendo-se que o Catolicismo aniquilou o politeísmo por meio da substituição dos Deuses por Santos, e que, em total contraste, os protestantes, mais radicais e austeros, pura e simplesmente suprimiram por completo tudo o que se parecesse com o politeísmo, acabando com o culto dos Deuses sem «dar» ao Povo nada em troca (daí que o Protestantismo seja geralmente considerado mais seco e frio do que o Catolicismo), pode pensar-se se «Dia de Todos os Santos» não será sucedâneo do «Dia de Todos os Deuses», talvez porque esta fosse para os pagãos da Lusitânia a celebração religiosa por excelência.

O Caldeirão, elemento que na cultura popular moderna se associa de imediato à bruxaria e que no mundo céltico pagão (Irlanda) era um dos objectos sagrados de Dagda, o «Bom Deus», possível equivalente de Endovélico, se estiver correcta etimologia proposta por Leite de Vasconcellos para este último: «Nd + Well», ou «O Muito Bom»

CROUGA, COCA/O E ABÓBORAS LUMINOSAS - POSSÍVEL RAÍZ PAGÃ DE TRADIÇÕES FOLCLÓRICAS PORTUGUESAS DO DIA DAS BRUXAS




Crouga é provavelmente uma Divindade adorada pelos Lusitanos há cerca de dois mil anos na área de Viseu e também na Galiza. O Seu nome parece provir do termo proto-celta *krowkā-. Pode eventualmente ser equivalente ao irlandês Crom Cruaich, Deus a Quem eram sacrificados

os primogénitos de cada clã e Cujo nome parece significar algo como «Cabeça Curva», e Cujo equivalente galês seria Pen Crug. Na inscrição lusitana de Lamas de Moledo, parece ler-se que a Crouga Magareaicus é sacrificado um ovídeo jovem, o que lembra o facto de a Crom Cruaich serem sacrificados os primogénitos de cada clã, crianças nalguns casos. Ambos os teónimos (nomes de Deuses) podem estar ligados ao vocábulo «Craic» que designa «Pedra» em Irlandês. 

Inscrição de Lamas de Moledo, na qual se pode ler «Crouga Magareaicus»


Quanto ao Coco ou Coca, diz a Wikipedia o seguinte (apenas o texto a itálico é da Wikipedia):

A coca é um ser mítico, uma espécie de fantasma, bruxa ou bicho-papão com que se assustam meninos. Embora não tenha uma aparência definida, este ser assustador tinha uma representação figurada, a sua cabeça era uma espécie de abóbora ou cabaça da qual saía luz (ou fogo). A representação da coca era feita com uma panela ou abóbora oca em que se faziam três ou quatro buracos, imitando olhos, nariz e boca, e em que se colocava uma luz dentro e deixava-se, durante a noite, num lugar bem escuro para assustar crianças e pessoas que passavam.
A coca é um ser feminino, o equivalente masculino é o coco embora ambos acabem por ser dois aspectos do mesmo ser, e confundem-se um com o outro na sua representação e no seu papel de assustar meninos; como nenhum destes seres tem uma forma definida toma-se um pelo outro.
O mito do Coco teve origem em Portugal e na Galiza. Segundo o dicionário da Real Academia Espanhola[2] , “el coco” (também chamado de “el cuco” na América Latina) teve origem no fantasma português: “(Del port. côco, fantasma que lleva una calabaza vacía, a modo de cabeza). Fantasma con que se mete miedo a los niños”. A palavra coco é usada em linguagem coloquial para significar a cabeça humana em português e espanhol.[4] Coco também significa crânio. A palavra "cocuruto" em português significa a coroa da cabeça e o lugar mais alto. "Gogo" em basco significa espírito. Na Galiza "crouca" significa cabeça, deriva do proto-celta *krowkā-, e tem a variante "croca"; e quer coco ou coca também significam cabeça. São cognatos o córnico "crogen" que significa crânio, o bretão "krogen ar penn" que significa crânio, e o irlandês "clocan" que também significa crânio.
Na mitologia Calaico-Lusitana Crouga (do proto-celta *krowkā-) é o nome de uma divindade ainda com contornos obscuros,[19] [20] a quem são feitas oferendas, no entanto na inscrição de Ginzo de Limia é a Crouga que é oferecida.
(...)

O Coco come crianças, tal como o irlandês Crom Cruaich:
O nome do coco é usado frequentemente como aviso de um mal iminente nos países de língua castelhana, tal como acontecia em Portugal, quando as crianças desobedecem a seus pais, não querem dormir, não querem comer, ou para as dissuadir de ir para lugares perigosos e de se afastarem de casa. Não é o aspecto do coco mas o que ele faz que assusta a maioria das crianças. O coco é um comedor de criança (um papa-meninos) e um sequestrador. Ele imediatamente devora a criança e não deixa rastro dela ou leva a criança para um lugar sem volta.
Mas ele só faz isso às crianças desobedientes.[29] A coca fica a vigiar as crianças mal comportadas do topo do telhado (fica à coca). O coco toma a forma de qualquer sombra escura e fica também de guarda. Eles são atraídos pela desobediência de uma criança. Ambos representam o oposto do anjo da guarda e são frequentemente comparados ao diabo. Há ainda quem veja o coco como a representação dos defuntos da comunidade local.
No Minho a máscara que se faz com a casca de uma abóbora é chamada de coco[32] . Na antiga Beira Alta era costume os rapazes levarem espetada num pau, como símbolo das almas do outro mundo, uma abóbora esculpida em forma de cara, com uma vela acesa dentro, lembrando uma caveira.
Segundo Rafael Loureiro, a tradição de esculpir abóboras com rostos é uma tradição milenar na Península Ibérica que remonta ao tempo dos celtiberos[34] , um costume parecido ao que Diodoro Sículo atribuía aos guerreiros Iberos na batalha de Selinunte em 469 a.C., que penduravam nas lanças as cabeças dos inimigos.
"O costume outonal e infantil de esvaziar abóboras e talhar na sua casca olhos, nariz e boca buscando uma expressão tétrica, longe de ser uma tradição importada por um recente mimetismo cultural americanizante, é um rasgo cultural antiquíssimo na Península Ibérica" ~ Rafael Loureiro
Esta tradição estaria ainda relacionada com o culto celta das "cabeças cortadas" na península Ibérica.
Nas Décadas da Ásia (1563), João de Barros descreve como o nome do coco (fruto), teve origem nesta tradição:
“Esta casca per onde aquelle pomo recebe o nutrimento vegetal, que he pelo pé, tem uma maneira aguda, que quer semelhar o nariz posto entre dous olhos redondos, per onde elle lança os grellos, quando quer nascer: por razão da qual figura, sem ser figura , os nossos lhe chamaram coco, nome imposto pelas mulheres a qualquer cousa, com que querem fazer medo ás crianças, o qual nome assi lhe ficou, que ninguem lhe sabe outro, [...]”
Rafael Bluteau, no primeiro dicionário da língua portuguesa o Vocabulario Portuguez e Latino (1712) define o coco e a coca como caveiras:
“O Coco ou a Coca. Usamos destas palavras, para pôr medo aos meninos, porque a segunda casca do Coco tem na sua superfície três buracos com feição de caveira.“
Na primeira metade do século XX a coca era parte integrante de festejos como o do Dia de Finados ou o peditório ritual do Pão-por-Deus. O Pão-por-Deus, já mencionado no século XV, é um peditório ritual feito por crianças, embora antigamente participassem também os pobres, feito com o fim de partilhar o pão ou guloseimas com as alminhas queridas, os defuntos da comunidade, que eram aguardados ansiosamente e chegavam de noite em forma de borboletas ou pequenos animais. Conforme a região, este peditório assume diferentes nomes: santoro ou santorinho,[45] dia dos bolinhos, fieis de Deus, já na Galiza o peditório tem o nome de migalho (migallo).
"Nesta mesma cidade de Coimbra, onde hoje nos encontramos, é costume andarem grupos de crianças pelas ruas, nos dias 31 de Outubro e 1 e 2 de Novembro, ao cair da noite, com uma abóbora oca e com buracos recortados a fazer de olhos, nariz e boca, como se fosse uma caveira, e com um coto de vela aceso por dentro, para lhe dar um ar mais macabro."
"Em Coimbra o peditório menciona «Bolinhos, bolinhós», e o grupo traz uma abóbora esvaziada com dois buracos a figurarem os olhos de um personagem e uma vela acesa dentro[...]outro exemplo da utilização da abóbora ou cabaço como figuração humana, nas máscaras dos embuçados das esfolhadas de Santo Tirso de Prazins (Guimaräes), que depois, estes passeiam, alçadas num pau e com uma vela dentro, e deixam espetados em qualquer sitio mais ermo, para meterem medo a quem passa." 
(...)
"Em Landim (Famalicão) fingia-se, para amedrontar a gente das esfolhadas, um rosto humano com um cabaço ôco onde se metia uma vela a arder. A seguir espetava-se o cabaço num espeque, e deixava-se num ponto de passagem."
Na Galiza começava-se a talhar as cabaças com cara de caveiras perto do dia de São Miguel (21 de Setembro), e continuava-se pelo outono dentro. Toda a estação do outono era tempo de fazer caveiras com as cabaças.
As cabeças teriam poderes protectores, protegiam as pessoas ou comunidades. Teriam também poderes divinatórios ou proféticos e de cura. Os locais de exibição das cabeças cortadas, da Idade do Ferro, situavam-se dentro e fora dos edifícios, notando-se uma preferência por locais públicos, de trânsito e locais altos acima do nível de circulação das pessoas (ruas, varandas ou entradas de edifícios, paredes e pilares), sempre com uma preferencia pelos locais mais visíveis.
A representação da coca, com uma abóbora iluminada, faz parte do património imaterial galego-português . Na Galiza é tema na festa das caliveras, ou samaín[63] , e assume vários nomes: calacús, caveiras de melón, calabazotes, colondros etc.
Os rituais em torno da Nossa Senhora da Cabeça, em Portugal, incluem a oferta de ex-votos com a forma de cabeças de cera, rezar a Avé Maria com uma estátua da Nossa Senhora em cima da cabeça, e rezar com a cabeça dentro de um buraco aberto na parede da capela.
A capela de Nossa Senhora das Cabeças localizada a 50 m NW das ruínas do templo romano de Nossa Senhora das Cabeças (Orjais, Covilhã) evidencia uma continuidade no uso de um espaço sagrado que passou de uma área de culto pagão para a de um culto cristão e que continuou a ser um local culto nos séculos seguintes até ao dia de hoje. De acordo com Pedro Carvalho os achados pré-romanos e a localização invulgar das ruínas romanas dentro das muralhas de um castro do século VIII a.c. sugerem a possibilidade de o local ter sido inicialmente de um culto pré-romano. Em Mileu, a capela de nossa Senhora das Cabeças tem cabeças humanas, uma cabeça com gorro, e cabeças de lobo como motivos decorativos. Na aldeia de Ponte, freguesia de Mouçós, num monte que dá para o Rio Corgo, há uma capelinha chamada de Santo Cabeço que a lenda diz ter sido construída pelos Mouros. Na parede voltada para o sul tem uma cavidade redonda onde os Mouros metiam a cabeça para ouvir o mar. O povo local tem também o costume de colocar a cabeça no buraco: uns para ouvirem o sussurro semelhante ao das ondas, outros para aliviarem as dores de cabeça.
Prudêncio e Martinho de Braga afirmavam que os habitantes da Hispânia veneravam pedras e árvores sagradas.
Para além das tradicionais abóboras, fazem-se as lanternas com buracos a figurarem um rosto com panelas velhas furadas, com melões, e com caixas de sapato.
(...)
Coca é o nome que se dava à capa ou traje com um capuz que cobria o rosto. Era também o nome do vestido de noiva, tradicionalmente de cor preta, com capuz, que ainda se usava no início do século XX. Camilo Castelo Branco relembrava com saudade o poder sedutor da coca:
"Ai! Eu ainda conheci mulheres formosas de mantilha. A graça com que elas a apanhavam e refegavam na cintura! Como as nalgas se relevavam redondas debaixo do lapim! E o bamboar dos cabelos anelados sob o docel negro e arqueado da côca...";
(...)
Nas Viagens do Barão de Rozmital, de 1465 a 1467, encontram-se algumas referências ás tradições fúnebres da época: "...os parentes do morto acompanham o funeral vestidos de roupas brancas próprias dos enterros com capuzes à maneira dos monges, com o qual vestuário se vestem de um modo admirável. Aquelles porém, que são assalariados para carpirem o defuncto vão vestidos com roupa preta, e fazem um pranto como o d'aquelles que entre nós pulam de contentes ou estão alegres por terem bebido."
Em Portimão nas celebrações da Semana Santa, durante a “procissão dos Passos", organizada pela Misericórdia, o arauto, um homem vestido de negro com uma capa e um capuz, que tinha três buracos correspondentes aos olhos e boca, a cobrir a sua cara, que liderava a procissão e anunciava a morte de Cristo, era chamado quer de coca, farnicoco, (farricunco, farricoco do Latim far, farris e coco) ou morte. Dava-se o nome de coca quer à capa quer ao homem que a vestia.
(...)
“Vai-te coca vai-te coca
Para cima do telhado
Deixa dormir o menino
Um soninho descansado.”
(...)


Recomenda-se vivamente a leitura do artigo completo,https://pt.wikipedia.org/wiki/Coca_(folclore), visto tratar-se de um tesouro ímpar do folclore português, indevidamente desconhecido e particularmente importante para os pagãos nacionais, por motivos óbvios.

MAIS UM ATENTADO COM ATROPELAMENTO EM QUE SE GRITA «ALLAH AKBAR»...

Um tiroteio em Nova York, Estados Unidos, deixou pelo menos seis mortos nesta Martes (31).
"Houve um acidente de carro. Ele saiu de um dos carros e tinha duas armas. Corria pelas ruas e alguém começou a persegui-lo", afirmou uma testemunha ao jornal New York Post. A testemunha também afirma que ouviu entre 4 a 6 tiros e que houve correria. Um vídeo publicado no Twitter mostra vários feridos no chão.
Os números preliminares indicam que seis pessoas foram mortas e que há 15 feridos. Uma série de transeuntes e ciclistas foi atropelada. 
O suspeito foi detido pelas autoridades. O departamento de polícia de Nova York afirmou que todas as informações são preliminares e que há uma investigação em andamento. 
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Fonte: https://br.sputniknews.com/americas/201710319729278-tiroteio-nova-york-eua-caminhao/

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O gajo que atropelou, disparou e matou em Nova Iorque gritou «Allah akbar» («Alá é grande»), conforme aqui se lê: https://www.jihadwatch.org/2017/10/report-jttf-members-says-manhattan-truck-drivergunman-screamed-allahu-akbar. Será mais um maluquinho ou um dos milhares de casos isolados? Até ver, isto é mas é mais um praticante da chamada «religião da paz» (nome que alguns dão ao Islão...) a contribuir para o enriquecimento do quotidiano no mundo ocidental...

A ABÓBORA LUMINOSA NA NOITE DAS BRUXAS TAMBÉM É UMA TRADIÇÃO PORTUGUESA. SIM, PORTUGUESA, ANTES DE SER «AMERICANA».


Nesta altura do ano é frequente haver cá pelo burgo quem, lamentando a influência norte-americana na cultura portuguesa actual, se lembre de dizer que «o Halloween das bruxas e das abóboras luminosas «não é nosso!» e etc.. Não convém neste post explicar muito mais, já se sabe que actualmente ninguém consegue ler mais de quatro ou cinco linhas no Facebook, mas aqui fica um testemunho do «Pequeno Dicionário da Língua Portuguesa. Livraria Bertrand. Lisboa 1940»:
«A Coca é um ser mítico, uma espécie de fantasma, bruxa ou bicho-papão com que se assustam meninos. Embora não tenha uma aparência definida, este ser assustador tinha uma representação figurada, a sua cabeça era uma espécie de abóbora ou cabaça da qual saía luz (ou fogo). A representação da Coca era feita com uma panela ou abóbora oca em que se faziam três ou quatro buracos, imitando olhos, nariz e boca, e em que se colocava uma luz dentro e deixava-se, durante a noite, num lugar bem escuro para assustar crianças e pessoas que passavam.»

TURISTA VIOLADA POR QUARTETO MOURO NAS CANÁRIAS

Nas Canárias, uma turista embriagada foi violada por quatro marroquinos, que a dominaram pela força quando ela tentou resistir. Pouco depois houve um outro indivíduo que a tentou também violar, mas do qual a vítima conseguiu fugir.
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Fonte: http://www.express.co.uk/news/world/872332/Four-Moroccans-arrested-over-tourist-gang-rape-in-popular-Canary-Islands-resort

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Isto do calor humano africano nunca deixa de aquecer o frio e previsível dia-a-dia europeu... que seria dos insípidos europeus sem contributos destes para introduzir no seu quotidiano uma componente de imprevisibilidade e acção...

PROJECTO PARA QUE PROFISSÃO POLICIAL SEJA CONSIDERADA PROFISSÃO DE RISCO E DESGASTE RÁPIDO É CHUMBADA PELO GOVERNO ENQUANTO O PSD SE ABSTÉM

Projecto de Resolução n.º 1074/XIII/3.ª
Recomenda ao Governo que diligencie pelo reconhecimento das profissões referentes aos órgãos de polícia criminal como “profissões de desgaste rápido”
De acordo com o Instituto para a Economia e Paz, sediado em Sydney, Portugal figura na terceira posição dos países mais pacíficos/seguros do mundo, dado que ainda se torna mais fidedigno quando analisado num contexto de tremenda visibilidade externa potenciada pelo boom turístico que se tem sentido no nosso país.
O trabalho desenvolvido pelos órgãos de polícia criminal não pode ser dissociado desta clima de enorme segurança que envolve os portugueses na maioria dos pontos geográficos, uma vez que consubstanciam os elementos responsáveis pela manutenção da mesma.
Todavia, o quotidiano dos órgãos de polícia criminal engloba inúmeras especificidades, tais como, o trabalho por turnos (inclui horários nocturnos e ao fim de semana), o uso de armas de fogo, o enorme stress, recorrentes problemas de coluna e óbvio risco associado ao exercício da profissão, as quais desembocam num enorme desgaste físico e emocional.
A título de exemplo, traz-se à colação o trabalho por turnos, o qual degenera em consequências nefastas como as perturbações do sono, gastrointestinais, cardiovasculares, de humor, fadiga crónica, problemas metabólicos, sociais e familiares, acidentes de trabalho (por vezes mortais), absentismo, diminuição da capacidade laboral e envelhecimento precoce.
No que concerne às demais especificidades acima vertidas, não existe sequer a necessidade de tecer mais considerandos visto que é intuitiva a presença das mesmas na actividade laboral desenvolvida pelos órgãos de polícia criminal.
Atendendo ao exposto, e partindo do escrutínio das demais “profissões de desgaste rápido” existentes, retiram-se como critérios de identificação destas os seguintes elementos:
I- Pressão/ existência de stress;
II- Desgaste emocional e/ou físico;
III- Condições de trabalho adversas.

As premissas identificativas concernentes às “profissões de desgaste rápido” são plenamente preenchidas pela actividade laboral desenvolvida pelos órgãos de polícia criminal – existem poucas ou nenhumas profissões que possam ombrear com aquelas no que tange à existência de stress; desgaste emocional e/ou físico e adversidade na efectivação do respectivo trabalho.
Por conseguinte, parece-nos claro que os órgãos de polícia criminal deverão ver reconhecidas as suas actividades profissionais como “profissões de desgaste rápido”.
Assim, a Assembleia da República, nos termos do n.º 5 do artigo 166.º da Constituição, por intermédio do presente Projecto de Resolução, recomenda ao Governo que: 
Diligencie pelo reconhecimento das profissões referentes aos órgãos de polícia criminal como “profissões de desgaste rápido”

Palácio de São Bento, 6 de Outubro de 2017.

O Deputado,
André Silva
Votação na Reunião Plenária n.º 8 
Rejeitado 
Contra: PS
Abstenção: PSD
A Favor: BE, CDS-PP, PCP, PEV, PAN

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Fonte: http://www.parlamento.pt/ActividadeParlamentar/Paginas/DetalheIniciativa.aspx?BID=41723

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PS e PSD mostraram claramente que não são favoráveis à melhoria do bem-estar das forças policiais. Quando os dois maiores partidos do sistema se mostram indiferentes, na melhor das hipóteses, à salvaguarda dos interesses mais legítimos de quem tem por missão garantir a segurança nas ruas, o resultado dificilmente pode ser bom.


BE QUER MANTER O SNS NA ESFERA PÚBLICA

Catarina Martins acredita que “todos os dados” existentes “fazem o apelo ao país” para que “o Serviço Nacional de Saúde (SNS) seja gerido na esfera pública”. “Cada vez que pagamos a um privado para gerir um hospital ou uma outra valência do SNS, para além de estarmos a pagar a despesa, ainda estamos a pagar o lucro que o hospital tem”, sublinhou a coordenadora do Bloco de Esquerda, à saída de uma reunião com a Administração Regional de Saúde do Norte.
“É conhecido o relatório do Tribunal de Contas que aponta para as insuficiências e para as perdas do Estado com as contratualizações na região Norte”, acrescentou, sublinhado que “parece evidente que o que é preciso fazer é resgatar para controlo público estas contratualizações com privados que estão a desproteger o interesse público, que não são rentáveis e que, pelo contrário, criam problemas na própria articulação dos vários hospitais e da várias valências do SNS”.
Catarina Martins referiu ainda, em declarações aos jornalistas, que o que o relatório do Tribunal de Contas diz é que “não se vê nenhuma vantagem para o Estado e que tem até dúvidas do porquê dos contratos terem sido feitos”.
“Neste momento, é preciso saber o que vai acontecer ao Centro de Reabilitação do Norte, sendo que o contrato acaba no ano que vem”, explicou.
"Pagar a privados faz-nos perder várias vezes. Faz-nos perder em transparência, porque temos de pagar o lucro do privado e ainda perdemos no tipo de cooperação entre os vários hospitais e valências do SNS para darmos a melhor resposta ao país", acrescentou.
Por isso, defendeu, "o caminho que deve ser seguido, no CRN como noutros, é resgatar [os equipamentos] para o público à medida que os contratos forem acabando".
Só assim, notou, o país começará "a corrigir o erro de perder tanto dinheiro com os privados no SNS em vez de pormos esse dinheiro ao serviço de quem mais conta".
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Fonte: https://www.noticiasaominuto.com/politica/891336/e-preciso-resgatar-para-controlo-publico-contratualizacoes-com-privados

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A representante do BE volta a dizer o óbvio - e é triste que num país onde há tanta privatagem, ou pirataria dos interesses privados, este tipo de evidências seja entregue a um partido de Extrema-Esquerda, que, naturalmente, aumenta assim a sua votação.

UM HELICÓPTERO SOBRE UM SANTUÁRIO HINDU


Descida de helicóptero no local sagrado de Ayodhya na celebração do festival hindu da Divali, Festas das Luzes; três actores interpretando papéis de personagens míticas - Ram, Sita e Lakshman - que, no texto do épico indiano «Ramaiana», tradição mitológica indiana, desceram sobre Ayodhya a bordo do mítico veículo Vimana.

Esta é a primeira vez que um governador comparece em Ayodhya para um festival em que o herói-Deus Ram retorna a Ayodhya depois de um exílio de catorze anos. Um representante do partido nacionalista - que governa o País - comentou: «Como é que as maiores celebrações do Divali em Ayodhya podem estar completas sem o uso de um "Pushpak Viman" moderno (helicóptero) que o Lorde Ram usou para alcançar Ayodhya depois de derrotar Ravan». 
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Fonte: http://www.hindustantimes.com/india-news/in-ayodhya-mythical-ram-sita-touch-down-in-helicopter-for-grand-diwali-celebrations/story-gMzvD3q6GN6U6nDYTV2luK.html

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O significado político deste gesto é marcante, dado que constitui um dos muitos pontos de discórdia entre hindus e muçulmanos, como já aqui foi dito. Resumidamente, os hindus conseguiram em 1992 deitar abaixo uma mesquita que tinha sido construída por cima de um santuário dedicado a Ram. Ayodhya constitui por isso, digo eu, um modelo exemplar para todos os pagãos europeus que a pouco e pouco exijam retomar os seus locais de culto usurpados pela Cristandade, como se verificou recentemente na Polónia - um grupo de pagãos manifestou-se publicamente contra a realização de uma celebração histórica cristã num monte sagrado do Paganismo celto-eslavo - e em Inglaterra - um grupo de pagãos germanistas reivindicou a posse de uma igreja construída sobre o local de um antigo templo pagão - casos que foram noticiados neste blogue.



POLÍTICA MULTICULTURALISTA ACTUAL: BRECHA OFICIAL PARA PERMITIR A INFILTRAÇÃO MACIÇA DO ISLÃO NA EUROPA

As estatísticas oficiais da União Europeia sobre o terrorismo são impressionantes: "Em 2016 foi registado um total de 142 ataques terroristas, entre fracassados, frustrados e finalizados em oito Estados Membros da UE. Mais da metade (76) deles foi registada pelo Reino Unido. A França registou 23, Itália 17, Espanha 10, Grécia 6, Alemanha 5, Bélgica 4 e Holanda 1. Nos ataques morreram 142 pessoas e 379 ficaram feridas na UE. No mesmo ano 1.002 pessoas foram presas por crimes relacionados com terrorismo".
Todos esses países procuraram integrar as comunidades muçulmanas e todos se viram num beco sem saída. "Enquanto este estado de coisas continuar, o fracasso da integração representará uma ameaça letal para a Europa", salientou o Wall Street Journal na esteira de um atentado suicida que matou 22 pessoas em Manchester. Segundo o novo livro Partition: Chronique de la sécession islamiste en France ("Partilha: Crónica da Secessão Islamista na França") de autoria do repórter francês Alexandre Mendel, o multiculturalismo está gerando rupturas nas sociedades europeias.
Essa conjuntura também está criando infindáveis ondas de ataques terroristas. Em Agosto passado, num único dia os islamistas assassinaram 20 europeus em Barcelona e na Finlândia. Um mês depois massacraram duas meninas em Marselha e em Birmingham um menino xiita foi espancado com requintes de crueldade. Estes são os frutos fatais do multiculturalismo da Europa. É a ideologia europeia mais romântica e sedutora desde o comunismo.
Há uma "cadeia cada vez mais constante de 'comunidades suspensas' aninhadas dentro das nações ocidentais", salientou recentemente o historiador americano Andrew Michta. "O surgimento desses enclaves, reforçado pelas políticas da elite do multiculturalismo, políticas de identidade de grupos e a desconstrução da tradição ocidental, contribuíram para a ruptura das nações da Europa Ocidental".
Apenas vinte minutos separam Marais, o elegante bairro de Paris, onde estava localizada a redacção da revista Charlie Hebdo e Gennevilliers, um subúrbio que abriga 10 mil muçulmanos, onde os irmãos Kouachi, que assassinaram a tiros os cartunistas da Charlie Hebdo, nasceram e foram criados. Em Birmingham há um subúrbio chamado Sparkbrook, de onde sai um décimo dos jihadistas da Inglaterra. Todas as cidades de maior importância da Europa abrigam enclaves onde proliferam o apartheid islâmico. Lá, burcas e barbas têm um significado. A maneira de se vestir sempre simbolizou lealdade a um estilo de vida, uma civilização. Quando Mustafa Kemal Atatürk aboliu o califado na Turquia, proibiu que os homens deixassem crescer as barbas e que as mulheres usassem véus. A proliferação de símbolos islâmicos nos guetos da Europa demarca a separação desses subúrbios. O novo líder do Partido da Independência do Reino Unido (UKIP), Henry Bolton, disse recentemente que a Grã-Bretanha encontra-se "enterrada" pelo Islão e "inundada" pelo multiculturalismo.
De acordo com o ex-arcebispo de Canterbury, Lord Carey of Clifton o "multiculturalismo", "desencadeou assassinatos em nome da honra, circuncisão genital feminina e o estabelecimento da Lei Islâmica (Sharia) em bolsas das cidades em todo o Reino Unido". À luz do multiculturalismo europeu, as mulheres muçulmanas perderam inúmeros direitos que deveriam ter na Europa. Defrontam-se com "crimes em nome da honra" por se recusarem a usar o véu islâmico, por se vestirem com roupas ocidentais, por se encontrarem com amigos cristãos, por se converterem a outra religião, por pedirem o divórcio, por se recusarem a serem espancadas e por serem demasiadamente "independentes".
É uma das grandes ironias do multiculturalismo: cinco membros europeus da OTAN estão a lutar no Afeganistão contra os talibãs que escravizam as mulheres, ao mesmo tempo em que elas são escravizadas nos nossos próprios guetos na Europa.
Sob o regime do multiculturalismo, a poligamia avançou juntamente com a mutilação genital feminina (500 mil casos em toda a Europa). O multiculturalismo está, a bem da verdade, calcado na legalização de uma sociedade paralela, fundamentada na charia, que se baseia na rejeição dos valores ocidentais, acima de tudo no tocante à igualdade e à liberdade.
Além disso, o medo de "ofender" as minorias islâmicas acabou por criar uma espécie de cegueira auto-imposta. Foi o que aconteceu em Rotherham, uma cidade de 117 mil habitantes situada no norte da Inglaterra, onde o estupro em massa e o aliciamento de pelo menos 1.400 crianças por "gangues de violadores de origem paquistanesa" correu solto por anos a fio.
Sob o multiculturalismo, o anti-semitismo também disparou, principalmente em França. O semanário francês L'Express acaba de dedicar uma edição especial exclusiva ao "novo mal-estar dos judeus franceses".
Todos os recentes terremotos políticos ocorridos na Europa representam as consequências do fracasso do multiculturalismo. Conforme salienta o historiador britânico Niall Ferguson: a principal razão da vitória do Brexit foi a imigração. "Muitos no Reino Unido olhavam para a crise dos refugiados na Europa e pensavam: se eles adquirirem um passaporte alemão, virão para a Grã-Bretanha e não teremos condições de fazer nada para detê-los. Esta foi a motivação central dos votantes e, legitimamente, porque os alemães abriram as portas a um enorme influxo do mundo muçulmano. Visto a partir do Reino Unido, a reacção foi: espera aí, e se eles vierem para cá?"
Na Holanda, a ascensão de Geert Wilders é a consequência directa do assassinato do cineasta Theo van Gogh por um islamista holandês e a reacção ao multiculturalismo que se seguiu. Em França, a ascensão política de Marine Le Pen coincidiu com dois anos de ataques terroristas de grandes proporções nos quais 230 cidadãos franceses foram assassinados.
Além disso, o extraordinário sucesso do partido Alternativa para a Alemanha (AfD) nas recentes eleições gerais é consequência da decisão fatal da chanceler Angela Merkel de abrir as portas para mais de um milhão de refugiados e migrantes. Beatrix von Storch, uma das líderes do AfD, ressaltou à BBC que "não há lugar para o Islão na Alemanha". Explicou que uma coisa é permitir que os muçulmanos pratiquem a fé islâmica em recintos fechados, outra é acomodar o Islão político, que almeja mudar a democracia e a sociedade alemã.
O establishment europeu fechou os olhos enquanto os supremacistas muçulmanos violavam os direitos do seu próprio povo. Muitos islamistas então bateram às portas da Europa cada vez com mais determinação. O multiculturalismo mata e desestabiliza a Europa somente como o nazismo e o comunismo foram capazes de fazê-lo.
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Giulio Meotti, Editor Cultural do diário Il Foglio, é jornalista e escritor italiano.
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Fonte: https://pt.gatestoneinstitute.org/11225/multiculturalismo-dividindo

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O chamado «cavalo de Tróia» seria ridículo se fosse feito de vidro. Doentiamente ingénuos seriam os Troianos se o deixassem entrar mesmo vendo os soldados no seu interior e pensassem que de bailarinos ou actores se tratava. É exactamente o que a elite reinante na Europa impinge aos Europeus, sem perceber que certos riscos são em si imorais, mesmo que pareçam «remotos».

ARMAS DE GUERRA ENCONTRADAS JUNTO A MESQUITA NA ALEMANHA

Em Nordrhein-Westfalen, Estado mais populoso da Alemanha - dezoito milhões de pessoas - a polícia descobriu um stock de armas de guerra - metralhadoras Kalashnikov AK-47, de fabrico russo, a mais usada das armas ligeiras na segunda metade do século XX - num compartimento de uma mercearia junto a uma mesquita. 
As autoridades alemãs calculam que há no país cerca de 8900 simpatizantes do salafismo - Islamismo extremista exportado pela Arábia Saudita.
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Fonte: http://mailonnews.com/2017/07/21/german-police-raided-and-this-is-what-they-found-were-trying-to-hide-it/

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O que vale é que a «religião da paz» não precisa das armas para nada...


segunda-feira, outubro 30, 2017

MANIFESTAÇÃO NACIONALISTA NO TENNESSEE, EUA

Cerca de 300 membros de grupos de supremacistas brancos organizaram marchas consecutivas em cidades próximas de Nashville, no Tennessee, protestando contra o assentamento de refugiados na região.
De acordo com a polícia outros dois grupos foram impedidos de ultrapassar barreiras temporariamente montadas e a polícia anti-motim esteve presente fortemente armada.
As duas marchas do Tennessee, a primeira em Shelbyville e a segunda em Murfreesboro, foram descritas pelos organizadores racistas do Fronte Nacionalista como um manifesto pelo "White Lives Matter" (Vidas Brancas Importam), um contraponto ao "Black Lives Matter" organizado depois do assassinato de negros por polícias brancos. Foram acompanhados por apoiantes de vários outros grupos neonazis e neo-confederados.
Os organizadores da marcha são os mesmos responsáveis ​​pela marcha de Agosto em Charlottesville, Virgínia, que se tornou violenta e terminou com uma morte depois de um supremacista branco avançar com um carro contra a multidão contrária aos neonazis.
Os protestos no Tennessee, porém, não resultaram em feridos, já que a polícia revistou todos que tentavam entrar na marcha, banindo revólveres, mochilas e qualquer tipo de objecto que pudesse ser usado de forma perigosa.
Legisladores locais, líderes religiosos e muitos moradores denunciaram as marchas, sugerindo que poderiam resultar em violência semelhante.
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Fonte: https://br.sputniknews.com/americas/201710299704509-marcha-supremacistas-brancos-tennessee/

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Ora assim é que é bonito e democrático - o esquerdalhame não foi para lá fazer merda, logo, não houve merda. Tudo correu pacificamente. Os «nazis» não foram queimar casas de negros ou de refugiados - nada disso. Limitaram-se a protestar, democrática e pacificamente. Confirma-se que a violência só surge em manifestações nacionalistas quando há forças anti-nacionalistas interessadas nisso, para assim poderem caluniar o Nacionalismo...
Quanto à passagem em que se diz que a polícia «assassinou» negros, isso nem é jornalismo, é jornalixo. A polícia atingiu a tiro delinquentes de raça negra em situações que obrigaram as forças da ordem a usar a força, o que é bem diferente de pegar numa arma e com intuito homicida matar alguém. De resto, as estatísticas daquelas que nunca ou raramente se divulgam nos grandessíssimos mé(r)dia atestam que os delinquentes brancos têm mais probabilidade de ser atingidos a tiro que os delinquentes negros, como aqui se lê: http://www.dailywire.com/news/7347/7-statistics-show-systemic-racism-doesnt-exist-aaron-bandler


OS NACIONALISTAS QUE NA CATALUNHA ACEITAM IR A ELEIÇÕES...

Ao contrário do que se anda por aí a dizer, não é nenhum «contra-senso» que os nacionalistas catalães aceitem ir a eleições. Pelo contrário: eles são obrigados a ir a eleições, são obrigados a lutar novamente uma luta que já ganharam pelo referendo. Se se recusarem a participar no processo eleitoral já anunciado, arriscam muito mais facilmente que a Catalunha fique nas mãos dos submissos à ordem de Madrid. Não se podem dar ao luxo de fazer isso, precisam de manter tanto poder quanto possam nas suas mãos. E, em última análise, sempre terão razão para um dia destes proclamarem novamente a independência nacional, sem precisar de realizar qualquer outro referendo. Isto não é como no futebol - nestas coisas as vitórias morais podem mesmo dar frutos.

LÍDER DA CATALUNHA OBRIGADO A REFUGIAR-SE NA BÉLGICA

O presidente destituído do governo catalão, Carles Puigdemont, viajou para Bruxelas, capital belga, revelaram hoje fontes oficiais do Governo espanhol. A informação, avançada pelas agências noticiosas Efe e Associated Press, foi confirmada uma hora depois de o procurador-geral, José Manuel Maza, ter anunciado a acusação contra os principais membros do governo catalão por rebelião, sedição e fraude e contra a presidente do Parlamento regional e os membros da mesa que processaram a declaração de independência. Segundo os jornais espanhóis La Vanguardia e El Periodico, além de Puigdemont, encontram-se também na Bélgica “outros membros do Governo destituído”.
Esta informação colhe tracção nas declarações feitas no passado domingo pelo secretário de Estado para as Migrações e Asilo da Bélgica. Theo Francken, do partido independentista flamenco N-Va, declarou na altura que o presidente destituído do governo catalão, Carles Puigdemont, poderia solicitar “asilo político” na Bélgica caso corresse o risco de ser preso, através da sua conta no Twitter: “O presidente catalão Puigdemont pode solicitar asilo político”. O secretário de Estado também enfatizou que o seu país não busca este cenário, dizendo ainda que não iria lançar o tapete de “boas-vindas”. Francken acrescentou que, se tal pedido de asilo fosse solicitado, “entraríamos numa situação diplomática difícil com as autoridades espanholas. Isto é evidente”.
Segundo o El Periódico, foi o ex-delegado da Generalitat em Bruxelas, Amadeu Altafaj, quem organizou a viagem de Puigdemont àquele país, que terá o propósito de pedir asilo político para o próprio e mais cinco membros do governo catalão, ainda que tais governantes não sejam identificados. recorde-se que hoje de manhã o Procurador-Geral espanhol formalizou as acusações contra os membros do Governo e parlamento catalães.
O El Periódico afirma também ter contactado fontes governamentais, que asseguraram ao periódico não estar preocupados com esta viagem, referindo estar mais interessados em que o ex-governante não fosse esta Lues ao Palau de la Generalitat. Para o coordenador-geral do PP, Fernando Martínez-Maillo, a visita de Puigdemont a Bruxelas revela “o mais absoluto desespero”. “Ir [Puigdemont] a Bruxelas, sede das instituições Europeias, onde um dos grandes valores é a defesa do estado de direito, é uma contradição. Para isso, que fique em casa”, afirmou Maillo à imprensa espanhola após uma reunião dos populares espanhóis. E acrescentou: “Puigdemont é livre de ir a Bruxelas… E regressar.”
Estranhamente, a conta de Instagram de Puigdemont apresentava hoje uma foto o interior do Palau de la Generalitat, com a frase “bom dia”, indicando que o governante estaria no edifício do governo catalão, apesar de a sua destituição – que o próprio afirmou não acatar – o proibir.
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Fonte: http://www.jornaleconomico.sapo.pt/noticias/puigdemont-deixou-a-catalunha-e-estara-na-belgica-227000

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Era isto que estaria a acontecer a um Puigdemont português caso a rebelião portuguesa de 1640 tivesse falhado, como falhou, nessa mesma época, a da Catalunha. Este e os demais líderes catalães merecem por isso a solidariedade de todos os nacionalistas. O combate continua, de uma maneira ou doutra. Não há mal que sempre dure e a Espanha um dia há-de acabar. É preciso que os Nacionalistas estejam prontos nessa altura para tomarem o poder que lhes pertence por direito.
Há entretanto quem chame «cobarde» a Puigdemont. Só diz isso ou quem seja partidário do lado contrário ou quem não perceba um caralho da questão. Ao refugiar-se na Bélgica, Puigdemont reafirma a Resistência democrática e recusa submeter-se à «justiça» espanhola, deixando um escarro sem remissão no estatuto de «estado de direito» espanhol.

domingo, outubro 29, 2017

O QUE QUERIA FRANCO FAZER A PORTUGAL

Em 1940, o Alto Estado-Maior espanhol elaborou, a pedido de Franco, um plano de ataque a Portugal, com a ocupação de Lisboa e a tomada de toda a costa nacional. O documento foi descoberto pelo historiador espanhol Manuel Ros Agudo, que estará em Lisboa, na terça-feira, para dar uma palestra sobre o tema.
O plano não permitia qualquer falha. Tudo começaria com um ultimato (impossível de cumprir) e um prazo limite de 24 horas ou 48 horas, findas as quais teria início a invasão de Portugal.
A operação incluía intervenções por terra, ar e mar e as primeiras incursões terrestres, realizadas por um contingente de 250 mil combatentes espanhóis, avançariam em direcção a Ciudad-Rodrigo, Guarda, Celorico da Beira, Coimbra, Lisboa, Elvas, Évora e Setúbal - a ocupação da capital e a divisão do país em três parcelas constituíam os passos fundamentais para a conquista de Portugal. Ao longo de quase 70 anos, o Plano de Campanha nº 1 (34), o grande projecto de Franco para invadir Portugal, delineado em plena II Guerra Mundial (1940), esteve "adormecido" nos arquivos da Fundação Francisco Franco. Os rumores da tentação franquista de conquistar Portugal há muito que circulam no meio historiográfico - até porque uma das grandes orientações da política externa de António de Oliveira Salazar, durante o conflito mundial, consistia na independência nacional face à ameaça da anexação espanhola. Mas só recentemente foi possível confirmar que os temores de Salazar tinham justificação.
Em 2005, o historiador espanhol Manuel Ros Agudo foi o primeiro investigador a aceder às cem páginas que compõem o plano de ataque contra Portugal, elaborado pela 1ª secção do Alto Estado-Maior (AEM) espanhol no segundo semestre de 1940. O ineditismo da descoberta levou o investigador, de 47 anos, a dedicar-lhe um capítulo na sua obra A Grande Tentação - Franco, o Império Colonial e o projecto de intervenção espanhola na Segunda Guerra Mundial, recém-editada em Portugal pela Casa das Letras. Na próxima terça-feira, Ros Agudo é um dos oradores da conferênciaA Península Ibérica na II Guerra Mundial - Os planos de invasão e defesa de Portugal, a realizar no Instituto de Defesa Nacional, a partir das 14h30, numa iniciativa conjunta com o Instituto de História Contemporânea.
Devastador e célere
O projecto de invadir Portugal não configurava uma "acção isolada", como se pode ler numa das alíneas dos documentos analisados por Ros Agudo. Tratava-se de uma operação preventiva, no âmbito da ambição franquista de declarar guerra à Inglaterra. Numa altura em que França já caíra sob o domínio da Alemanha nazi, Espanha, então com o estatuto de país não-beligerante, acalentava o sonho de um império norte-africano. Nem Hitler nem Mussolini podiam, em 1940, garantir a Franco a concretização deste desejo. Mas isso não fez esmorecer as ideias expansionistas e bélicas do "Caudilho".
A guerra contra a Inglaterra teria início com a tomada de Gibraltar. Porém, os estrategas do AEM prenunciavam que a primeira resposta britânica a este ataque fosse "um desembarque em Portugal com a ideia de montar uma cabeça-de-ponte para a invasão da península". Por isso, no plano ofensivo, determinava-se o emprego dos "meios necessários para bater o Exército português e o seu Aliado; ocupação do país e defesa das suas costas".
Tudo isto seria realizado sem o conhecimento prévio de Hitler e Mussolini. Porque Franco "queria manter o carácter secreto das operações, ter liberdade de manobra e também por questões de orgulho", explicou Ros Agudo ao P2. Contudo, após iniciados os ataques a Gibraltar e a Portugal, Espanha previa o apoio da aviação alemã, "nomeadamente com o reforço de bombardeiros e caças". A participação da aviação espanhola estava também definida no plano de ataque (com as missões de "destruir a aviação inimiga e as suas bases" e de "atacar os núcleos de comunicação, especialmente nas direcções da invasão, e os transportes de tropas"). Mas Espanha receava que o vasto contingente de homens em terra se confrontasse com a superioridade luso-britânica no ar. Neste âmbito, o reforço alemão seria indispensável. Assim como se afigurava prioritário um ataque terrestre devastador e célere.
Para a Marinha, o AEM planeara um conjunto de acções de defesa ("exercer acções com os submarinos sobre as comunicações inimigas", "proteger as comunicações com o Protectorado de Marrocos e Baleares"; "efectuar acções de minagem nos próprios portos") que pressupunham uma reacção rápida da Marinha britânica.
E Salazar?
Em Dezembro de 1940, quando Franco escreveu, assessorado pelo AEM, que decidira atacar Portugal - "Decidi [...] preparar a invasão de Portugal, com o objectivo de ocupar Lisboa e o resto da costa portuguesa" -, o Tratado de Amizade e Não Agressão, firmado pelos dois países em Março de 1939, não passava de um documento sem importância para o "Caudilho". Mas foi a partir desse acordo que os franquistas intensificaram as pressões diplomáticas para Portugal deixar de respeitar os compromissos da aliança luso-britânica: fizeram-no através de Nicolau Franco, irmão do ditador espanhol e embaixador em Lisboa; e também "aconselharam" o então embaixador português em Madrid, Pedro Teotónio Pereira.
Perante os planos de anexação, Espanha não desprezava apenas o pacto de não agressão, mas também a intervenção activa e material do Governo de Salazar no apoio aos franquistas durante a Guerra Civil de Espanha - três a cinco mil "viriatos" combateram nas fileiras das milícias da Falange, do Exército e da Legião espanhola, muitos deles recrutados através de anúncios nos jornais pagos pelo Estado; a rádio emitia propaganda franquista; e Salazar promoveu a mobilização anticomunista (recolhendo benefícios para a sustentação do Estado Novo).
Atentando no rigor e na determinação plasmadas no Plano de Campanha nº 1 (34), urge questionar qual o destino que reservava Franco para o ditador português, na eventualidade de a ocupação ter avançado.
A documentação descoberta por Ros Agudo cinge-se aos aspectos puramente militares e não contempla a "sorte pessoal" do presidente do Conselho. Mas o historiador, professor de História Contemporânea na Universidade San Pablo, em Madrid, avançou ao P2 duas hipóteses: "O destino de Salazar e do seu Governo, no caso de Portugal não conseguir resistir à invasão, seria estabelecerem-se nas colónias (Angola ou Moçambique); ou podiam exilar o Governo em Londres, como aconteceu com alguns países europeus ocupados pelo Eixo".
Palavras encomendadas
Quanto ao futuro de Portugal, não há qualquer referência nos documentos, ficando sem resposta a pergunta sobre se a ocupação seria ou não temporária. No entanto, Ros Agudo cita no seu livro as "inquietantes" palavras de Serrano Suñer, ministro dos Assuntos Exteriores espanhol, ao seu homólogo alemão, Joachim von Ribbentrop, datadas de Setembro de 1940: "(...) ninguém pode deixar de se dar conta, ao olhar para o mapa da Europa, que, geograficamente falando, Portugal na realidade não tinha o direito de existir. Tinha apenas uma justificação moral e política para a sua independência pelo facto dos seus quase 800 anos de existência".
Ros Agudo acredita que estas palavras, proferidas em Berlim, foram "encomendadas" a Suñer por Franco, com a intenção de averiguar "a reacção de Hitler perante a ideia de um Portugal integrado num futuro grande Estado ibérico". Mas "oFührer não quis fazer qualquer compromisso sobre este assunto", nota o historiador.
Apesar das declarações de Serrano Suñer, Manuel Ros Agudo não crê que Franco pretendesse "uma integração pura e dura num Estado ibérico" Porque isso arrastaria "muitos problemas". "É possível que, sob uma Nova Ordem europeia, na eventualidade da vitória fascista e da derrota da Grã-Bretanha, Franco tivesse permitido a existência de um Portugal marioneta, fascista e inofensivo", diz. E, continuando num exercício de História virtual, acrescenta: "Se a Rússia tivesse sido eliminada por Hitler, o grande confronto, ou a Guerra Fria dos anos 50 e décadas porteriores, teria acontecido entre os EUA, por um lado, o grande bloco euro-africano fascista, pelo outro, assumindo este último um papel semelhante ao bloco soviético que conhecemos. Tanto Espanha como Portugal teria feito parte desse bloco constituído pelas potências do Eixo".
Nos últimos meses de 1940, o Plano de Campanha nº 1 (34) esteve prestes a ser realizado. Franco ordenara a prontidão militar para o ataque. Mas o que lhe sobrava em meios operacionais faltava-lhe em condições políticas, nomeadamente a garantia dos apoios alemão e italiano e a concretização das ideias imperialistas. "Os requisitos políticos para dar esse passo - as garantias de obtenção de um império em África - acabaram por não ser dados", explica Ros Agudo.
O plano foi então depositado em arquivo e tornado inacessível durante quase sete décadas.
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Fonte: https://www.publico.pt/2009/10/23/jornal/decidi-preparar-a-invasao-de-portugal-18069506

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Há 70 anos que se suspeitava que a Espanha franquista projectara invadir Portugal. Primeiro, os falangistas vitoriosos desafiaram o caudilho a "fazer um passeio triunfal até Lisboa", em Março de 1939. Depois, com a II Guerra Mundial, Franco aproximou-se perigosamente de Hitler. Contudo, faltavam provas credíveis dessas intenções.
Graças ao investigador espanhol Manuel Ros Agudo, confirma-se que, em Dezembro de 1940, Portugal esteve a um passo de ser invadido. O documento, dos arquivos da Fundação Francisco Franco, descoberto em 2005, "é precioso", comentou ao Expresso o historiador Fernando Rosas. "Prova que os espanhóis não só tinham um plano de invasão, como o tencionavam executar à margem dos alemães".
Datado de Dezembro de 1940, o "Plano de Campanha nº 1 (34)" - elaborado pelo Estado-Maior espanhol - foi, esta semana, apresentado por Ros Agudo numa conferência no Instituto de Defesa Nacional. Em 120 páginas, previa-se um ataque surpresa, levado a cabo por uma força de 250 mil homens, coordenado com uma ofensiva hispano-germânica sobre Gibraltar (operação Félix). A invasão de Portugal destinava-se a impedir que os britânicos reagissem, ocupando os portos do seu velho aliado.
PORTUGAL OPTA PELA NEUTRALIDADE
Franco parecia não ter pejo em invadir um país que o apoiara logisticamente durante a Guerra Civil (1936-1939) e com quem celebrara um Pacto de Amizade e Não-Agressão, em 1939. Anos antes, na prestação de provas para o generalato, a sua tese fora um plano de invasão de Portugal. Desde Março de 1939 que Salazar enviara o embaixador Teotónio Pereira para junto de Franco, para contrariar a influência dos falangistas pró-ibéricos junto do ditador. Quando a guerra começa, Portugal opta pela neutralidade e a Espanha pela não-beligerância.
A 23 de Outubro de 1940, após a queda da França, Franco e Hitler encontraram-se em Hendaya. Em troca da entrada na guerra, Franco pedia Gibraltar, o Marrocos francês, parte da Argélia, a ampliação da Guiné espanhola e Fernando Pó, explicou ao Expresso Ros Agudo.
As pretensões imperiais de Franco colidiam com os domínios coloniais franceses. Hitler não quis hipotecar o colaboracionismo do marechal Pétain. "Hitler salvou a Espanha de entrar na guerra e, indirectamente, salvou Portugal de ser invadido".
Para o historiador, só meia dúzia de pessoas saberia do plano: "Franco e os seus mais directos colaboradores. Nem Hitler nem Mussolini sabiam", diz o autor de "A Grande Tentação: Os Planos de Franco para Invadir Portugal" (Casa das Letras, 2009).
O DESEJO CONSTANTE DA ANEXAÇÃO
Este professor de História Contemporânea na Universidade CEU San Pablo de Madrid justifica o plano por "razões defensivas e não anexionistas, no contexto da II Guerra". Mas para Fernando Rosas, tal como o "perigo espanhol" é "uma ideia sempre presente no nosso imaginário", a anexação de Portugal é uma constante na cultura da elite espanhola, desejosa de "corrigir os lapsos que, nos séculos XIV e XVII, tinham permitido a independência de Portugal".
A Guerra Civil espanhola exacerbou estes sentimentos. Em Lisboa, o perigo espanhol foi "agitado por Salazar para dizer que o desígnio ibérico dos vermelhos era a maneira de o velho perigo espanhol, agora sob a bandeira do comunismo, engolir Portugal". Mas a propaganda anexionista da Falange também inquietava o ditador português, ao ponto de, no discurso de celebração da vitória franquista, na Assembleia Nacional, a 22 de Maio de 1939, se limitar a dizer: "Ganhámos. Eis tudo!"
Como recorda Ros Agudo no seu livro, um ano depois, os falangistas da Divisão Azul, enviada para a frente russa, cantavam: "Só esperamos a ordem / que nos dê o nosso General / para apagar a fronteira / de Espanha com Portugal".
Conclui Fernando Rosas: "Costumo dizer aos meus alunos que Portugal manteve a neutralidade por vários factores: servia à Inglaterra, serviu ao Eixo em certa altura, servia às elites económicas portuguesas. Mas tivemos sorte quando os alemães, em 1941, foram para a Jugoslávia e depois para a URSS. E porque Franco não entrou na guerra."
Texto publicado na edição do Expresso de 31 de Outubro de 2009
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Fonte: http://expresso.sapo.pt/actualidade/hitler-salvou-nos-de-ataque-espanhol=f545181

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Franco, um «nacionalista» fascista que demasiados «nacionalistas» portugueses apreciam... «afinal» não respeitava nem Portugal nem as outras Nações ibéricas. Queria fazer aos Portugueses o mesmo que fez aos Catalães - submetê-los pela força. Fascismos e outros totalitarismos dão sempre merda - só o Nacionalismo democrático oferece verdadeira dignidade a todas as Nações.