terça-feira, outubro 31, 2017

POLÍTICA MULTICULTURALISTA ACTUAL: BRECHA OFICIAL PARA PERMITIR A INFILTRAÇÃO MACIÇA DO ISLÃO NA EUROPA

As estatísticas oficiais da União Europeia sobre o terrorismo são impressionantes: "Em 2016 foi registado um total de 142 ataques terroristas, entre fracassados, frustrados e finalizados em oito Estados Membros da UE. Mais da metade (76) deles foi registada pelo Reino Unido. A França registou 23, Itália 17, Espanha 10, Grécia 6, Alemanha 5, Bélgica 4 e Holanda 1. Nos ataques morreram 142 pessoas e 379 ficaram feridas na UE. No mesmo ano 1.002 pessoas foram presas por crimes relacionados com terrorismo".
Todos esses países procuraram integrar as comunidades muçulmanas e todos se viram num beco sem saída. "Enquanto este estado de coisas continuar, o fracasso da integração representará uma ameaça letal para a Europa", salientou o Wall Street Journal na esteira de um atentado suicida que matou 22 pessoas em Manchester. Segundo o novo livro Partition: Chronique de la sécession islamiste en France ("Partilha: Crónica da Secessão Islamista na França") de autoria do repórter francês Alexandre Mendel, o multiculturalismo está gerando rupturas nas sociedades europeias.
Essa conjuntura também está criando infindáveis ondas de ataques terroristas. Em Agosto passado, num único dia os islamistas assassinaram 20 europeus em Barcelona e na Finlândia. Um mês depois massacraram duas meninas em Marselha e em Birmingham um menino xiita foi espancado com requintes de crueldade. Estes são os frutos fatais do multiculturalismo da Europa. É a ideologia europeia mais romântica e sedutora desde o comunismo.
Há uma "cadeia cada vez mais constante de 'comunidades suspensas' aninhadas dentro das nações ocidentais", salientou recentemente o historiador americano Andrew Michta. "O surgimento desses enclaves, reforçado pelas políticas da elite do multiculturalismo, políticas de identidade de grupos e a desconstrução da tradição ocidental, contribuíram para a ruptura das nações da Europa Ocidental".
Apenas vinte minutos separam Marais, o elegante bairro de Paris, onde estava localizada a redacção da revista Charlie Hebdo e Gennevilliers, um subúrbio que abriga 10 mil muçulmanos, onde os irmãos Kouachi, que assassinaram a tiros os cartunistas da Charlie Hebdo, nasceram e foram criados. Em Birmingham há um subúrbio chamado Sparkbrook, de onde sai um décimo dos jihadistas da Inglaterra. Todas as cidades de maior importância da Europa abrigam enclaves onde proliferam o apartheid islâmico. Lá, burcas e barbas têm um significado. A maneira de se vestir sempre simbolizou lealdade a um estilo de vida, uma civilização. Quando Mustafa Kemal Atatürk aboliu o califado na Turquia, proibiu que os homens deixassem crescer as barbas e que as mulheres usassem véus. A proliferação de símbolos islâmicos nos guetos da Europa demarca a separação desses subúrbios. O novo líder do Partido da Independência do Reino Unido (UKIP), Henry Bolton, disse recentemente que a Grã-Bretanha encontra-se "enterrada" pelo Islão e "inundada" pelo multiculturalismo.
De acordo com o ex-arcebispo de Canterbury, Lord Carey of Clifton o "multiculturalismo", "desencadeou assassinatos em nome da honra, circuncisão genital feminina e o estabelecimento da Lei Islâmica (Sharia) em bolsas das cidades em todo o Reino Unido". À luz do multiculturalismo europeu, as mulheres muçulmanas perderam inúmeros direitos que deveriam ter na Europa. Defrontam-se com "crimes em nome da honra" por se recusarem a usar o véu islâmico, por se vestirem com roupas ocidentais, por se encontrarem com amigos cristãos, por se converterem a outra religião, por pedirem o divórcio, por se recusarem a serem espancadas e por serem demasiadamente "independentes".
É uma das grandes ironias do multiculturalismo: cinco membros europeus da OTAN estão a lutar no Afeganistão contra os talibãs que escravizam as mulheres, ao mesmo tempo em que elas são escravizadas nos nossos próprios guetos na Europa.
Sob o regime do multiculturalismo, a poligamia avançou juntamente com a mutilação genital feminina (500 mil casos em toda a Europa). O multiculturalismo está, a bem da verdade, calcado na legalização de uma sociedade paralela, fundamentada na charia, que se baseia na rejeição dos valores ocidentais, acima de tudo no tocante à igualdade e à liberdade.
Além disso, o medo de "ofender" as minorias islâmicas acabou por criar uma espécie de cegueira auto-imposta. Foi o que aconteceu em Rotherham, uma cidade de 117 mil habitantes situada no norte da Inglaterra, onde o estupro em massa e o aliciamento de pelo menos 1.400 crianças por "gangues de violadores de origem paquistanesa" correu solto por anos a fio.
Sob o multiculturalismo, o anti-semitismo também disparou, principalmente em França. O semanário francês L'Express acaba de dedicar uma edição especial exclusiva ao "novo mal-estar dos judeus franceses".
Todos os recentes terremotos políticos ocorridos na Europa representam as consequências do fracasso do multiculturalismo. Conforme salienta o historiador britânico Niall Ferguson: a principal razão da vitória do Brexit foi a imigração. "Muitos no Reino Unido olhavam para a crise dos refugiados na Europa e pensavam: se eles adquirirem um passaporte alemão, virão para a Grã-Bretanha e não teremos condições de fazer nada para detê-los. Esta foi a motivação central dos votantes e, legitimamente, porque os alemães abriram as portas a um enorme influxo do mundo muçulmano. Visto a partir do Reino Unido, a reacção foi: espera aí, e se eles vierem para cá?"
Na Holanda, a ascensão de Geert Wilders é a consequência directa do assassinato do cineasta Theo van Gogh por um islamista holandês e a reacção ao multiculturalismo que se seguiu. Em França, a ascensão política de Marine Le Pen coincidiu com dois anos de ataques terroristas de grandes proporções nos quais 230 cidadãos franceses foram assassinados.
Além disso, o extraordinário sucesso do partido Alternativa para a Alemanha (AfD) nas recentes eleições gerais é consequência da decisão fatal da chanceler Angela Merkel de abrir as portas para mais de um milhão de refugiados e migrantes. Beatrix von Storch, uma das líderes do AfD, ressaltou à BBC que "não há lugar para o Islão na Alemanha". Explicou que uma coisa é permitir que os muçulmanos pratiquem a fé islâmica em recintos fechados, outra é acomodar o Islão político, que almeja mudar a democracia e a sociedade alemã.
O establishment europeu fechou os olhos enquanto os supremacistas muçulmanos violavam os direitos do seu próprio povo. Muitos islamistas então bateram às portas da Europa cada vez com mais determinação. O multiculturalismo mata e desestabiliza a Europa somente como o nazismo e o comunismo foram capazes de fazê-lo.
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Giulio Meotti, Editor Cultural do diário Il Foglio, é jornalista e escritor italiano.
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Fonte: https://pt.gatestoneinstitute.org/11225/multiculturalismo-dividindo

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O chamado «cavalo de Tróia» seria ridículo se fosse feito de vidro. Doentiamente ingénuos seriam os Troianos se o deixassem entrar mesmo vendo os soldados no seu interior e pensassem que de bailarinos ou actores se tratava. É exactamente o que a elite reinante na Europa impinge aos Europeus, sem perceber que certos riscos são em si imorais, mesmo que pareçam «remotos».