terça-feira, maio 26, 2015

PREPARA-SE NO TAJIQUISTÃO A PROIBIÇÃO DE NOMES ÁRABES/MUÇULMANOS

No Tadjiquistão surgiu há menos de um mês uma iniciativa ao mais alto nível político para proibir os nomes muçulmanos. O presidente Emomali Rahmon ordenou ao parlamento nacional que considerasse uma proposta de lei para que doravante não se possa registar no Ministério da Justiça antropónimos de origem árabe.
Um oficial do Ministério da Justiça, Jaloliddin Rahimov, explicou do que em termos práticos se trata esta nova medida: «Depois da adopção destes regulamentos, os registos civis não registarão nomes que sejam incorrectos ou alienígenas à cultura local, incluindo nomes para designar objectos, flora e fauna, bem como nomes de origem árabe». Em princípio tal alteração legislativa aplicar-se-ia apenas a recém-nascidos dados à luz apenas depois de a lei ser promulgada. Há todavia uma tendência crescente entre os parlamentares para encorajar os indivíduos com nomes árabes a mudarem para nomes de origem tradicional tadjique. 
A popularidade crescente de nomes associados com o Islão, tais como Aisha, Asiya e Sumayah, bem como a adição de sufixos tradicionalmente islâmicos como por exemplo -khalifa e -amir, parecem estar a preocupar as autoridades num país onde a esmagadora maioria da população (noventa e oito por cento, segundo a Wikipedia citando estatística oficial norte-americana de 2009) é muçulmana.
Com efeito, o governo parece ultimamente apostado em limitar o crescimento da devoção islâmica, tendo para isso tomado uma série de medidas incluindo a restrição imposta a alguns dos que querem fazer a peregrinação (haji) a Meca e à ostentação de sinais de religiosidade, tais como barbas e hijabs. Alguns devotos muçulmanos queixam-se de as forças de segurança lhes terem feito a barba à força, com as autoridades a dizerem aos detidos que ter barba é contra a «política do Estado». 
Entre os factores que motivam esta campanha parece estar o receio de que este país empobrecido se torne num manancial de recrutamento de extremistas islâmicos, sobretudo depois de ter surgido este ano um vídeo em que militantes tadjiques do Estado Islâmico da Síria e do Iraque (EISI) apelam à guerra «santa» ou jihad contra o governo. A ameaça serviu para que a Rússia tivesse recentemente anunciado que prepara uma ajuda de aproximadamente €1.12 mil milhões de euros em material militar destinada ao país tadjique para ajudar a combater o perigo crescente das forças do EISI. 
O Estado do Tajiquistão nega estar a perseguir o Islão, dizendo inclusivamente que planeia construir a maior mesquita da Ásia central, que terá lugar para cem mil adoradores.
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Fonte: https://themuslimissue.wordpress.com/2015/05/25/tajikistan-cracks-down-on-the-spread-of-islam-considers-ban-on-arabic-sounding-names/

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De notar que o Tajiquistão fez parte da União Soviética. Durante anos as autoridades soviéticas tentaram sufocar o Islão, nunca o conseguindo. Menos de oitenta anos é pouco tempo para erradicar um credo que já ali mora desde o século VII ou VIII. O esforço soviético neste sentido terá quanto muito conseguido formar uma elite político-cultural laica, um pouco como na Turquia o kemalismo criou a partir dos anos vinte uma sociedade em que o laicismo agreste - que até proibia o uso de barbas - era imposto de cima para baixo, uma imposição que de resto começaria a soçobrar a partir dos anos oitenta, com a paulatina re-islamização do Estado Turco até à actualidade, quando este país da Ásia Menor é o único do mundo a ter um consulado do Estado Islâmico...
O Islão está pois bem entrincheirado no contexto popular local e isso não se muda em três tempos. O que vive no seio do Povo acaba por vir ao de cima, até que porventura venha a morrer. A desislamização não resultou no Tajiquistão tal como no final do século XIX as elites europeias, laicas quando não ateias, não conseguiriam na altura destruir a Cristandade na Europa. 
Irónico neste caso é que a actuação anti-religiosa soviética acabou por abrir uma brecha para fazer aflorar um verdadeiro nacionalismo, um etnicismo. O Estado do Tajiquistão, nação de raiz étnica indo-europeia, prepara-se por isso para proibir os nomes trazidos pelo invasor árabe islâmico. Esta re-indo-europeização, ou re-arianização prática, já se verificava há cerca de dez anos, precisamente em 2005, conforme notícia que aqui publiquei escassos meses depois, já em 2006: http://gladio.blogspot.pt/2006/01/sustica-propsito-do-que-se-passa-no.html
Como se pode ler nesta página, o Estado do Tajiquistão declarou que 2006 seria o ano da cultura ariana...
A propósito de suástica, é curioso constatar que o estandarte presidencial do Tajiquistão tem ao centro, não demasiadamente disfarçada, uma enorme suástica, como a seguir se pode ver nos braços da cruz em torno do leão:



5 Comments:

Anonymous Anónimo said...

http://br.sputniknews.com/sociedade/20150526/1120587.html

26 de maio de 2015 às 15:53:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Caturo noticia ruim, esquerdistas vencem nacionalista em municipais para Barcelona:

http://www.diariodocentrodomundo.com.br/as-duas-mulheres-que-podem-mudar-o-mapa-politico-da-espanha/

26 de maio de 2015 às 17:00:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

MADE IN BRASIL

https://www.youtube.com/watch?v=_6kQIDbK-JY

26 de maio de 2015 às 17:21:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

E FALANDO EM ADORADORES DE MAOMÉ(OU DO DIABO SE QUISER) AS 10 CIDADES DA EUROPA MAIS ISLAMIZADAS https://youtu.be/boVMELaoyDs

26 de maio de 2015 às 20:20:00 WEST  
Blogger Caturo said...

«esquerdistas vencem nacionalista em municipais para Barcelona:

http://www.diariodocentrodomundo.com.br/as-duas-mulheres-que-podem-mudar-o-mapa-politico-da-espanha/»


Não surpreende. Ali a Esquerda promove ideias concretas, que correspondem ao sentimento de revolta popular, enquanto os Nacionalistas estão divididos entre esquerdistas anti-Castela e franquistas ou neo-franquistas que de nacionalista nada têm.

26 de maio de 2015 às 21:03:00 WEST  

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