CLIMA DE MEDO NUMA DAS PRINCIPAIS RUAS DO COMÉRCIO TRADICIONAL LISBOETA

Um dia depois de a PSP ter andado à procura de três ladrões de uma farmácia da avenida de Roma dentro do Hospital Júlio de Matos, ocorreu novo ataque a uma farmácia na mesma artéria lisboeta.
Uma dupla armada ameaçou as funcionárias de serviço, fugindo com dinheiro. Os comerciantes estão assustados com a falta de segurança.

"Vivemos todos sob o signo do medo", assegura Raúl Garcia, dono de uma das únicas ourivesarias da avenida de Roma que ainda não foi assaltada. "Já tive roubos esporádicos de peças, mas assaltos à mão armada nunca", explicou. No entanto, o empresário denuncia que "o único policiamento visível existente na avenida de Roma é o da Polícia Municipal, de Segway", explicou.

O último estabelecimento comercial alvo de roubo violento na avenida de Roma foi a farmácia Lusitana. Pelas 20h45 de quinta-feira, a um quarto de hora de fechar portas, a farmácia foi assaltada por dois encapuzados. Um deles empunhava uma pistola, que nunca chegou a apontar directamente às duas funcionárias de serviço.

Os dois assaltantes subtraíram dinheiro das duas caixas-registadoras da farmácia, tendo fugido a pé. Recorde-se que 24 horas antes, no lado oposto da avenida de Roma, um trio de encapuzados tinha assaltado a farmácia Marbel, fugindo com centenas de euros.

"Não me espanto que as farmácias sejam agora o alvo dos assaltantes", replicou Maria José Madeira, gerente da ourivesaria Roma Jóias. Há pouco mais de um ano, um brasileiro armado atacou o estabelecimento levando milhares de euros de artigos em ouro. "Desde aí que só vendo prata", sustentou a empresária.

Idalina Fonseca, dona da Cintilatio Jóias, tem um empregado que recebe apoio psicológico em virtude das agressões sofridas num assalto à mão armada ao estabelecimento. "Precisamos urgentemente de mais policiamento", concluiu.