quarta-feira, julho 06, 2022

SOBRE A NECESSIDADE VISCERAL DA DEMOCRACIA - DO RESPEITO PELO POVO EUROPEU, ENQUANTO HÁ POVO EUROPEU

Um pouco por toda a Europa, o avanço nacionalista é notório:
 - em França, Marine Le Pen já tem mais de quarenta por cento nas eleições presidenciais e perto de cem deputados no parlamento nacional;
 - na Alemanha, a AfD está entre os partidos mais votados;
 - na Áustria, o FPO está neste momento na segunda posição;
 - na Suíça, o SVP/UDC continua forte;
 - em Itália, a Liga Norte continua no topo ou perto...
 - na Hungria, a supremacia de Orban é inegável;
 - na Polónia quem manda é um partido anti-imigração,
nos restantes países de leste as posições anti-imigração são politicamente dominantes... na Holanda, os partidos anti-imigração são bem visíveis... na Bélgica, o Vlaams Belang alcançou nada menos que a segunda posição na Flandres, ameaçando romper o cordão «sanitário» que os partidos das elites construíram em seu redor...

Desprezar os povos da actual Europa é, por todos os motivos e mais um, o da realidade, erro grosseiro que demasiados nacionalistas cometem, fruto da sua (de)formação ou pelo menos influência anti-democrática; às vezes nem é por mal, só por contágio ideológico, é de conversarem demasiado com anti-democratas, e depois fica-lhes sempre a ideia, inconscientemente ou não, de que «isto o povinho está perdido, todo vendido e degenerado» - com o subentendido de que «nós, os nacionalistas, que sou eu e mais meia dúzia de amigos meus, nós é que somos os bons, a elite do bem-pensar!, os últimos cavaleiros do Fim do Mundo!», o que tem a sua beleza poética mas constitui o mais monumental tiro no pé, o mais colossal míssil nuclear nos membros inferiores que imaginar se possa, é como ter atrás das costas

MILHÕES DE EUROPEUS AOS BERROS

e ignorá-los por completo, por surdez ideológica, pois que, como entretanto já se lhes virou as costas, não se tem noção de que eles existem.

Que as elites reinantes, a cavalo de partidos que só têm a força que têm porque tiveram sempre o grosso do grande capital por trás e, também, o quase monopólio da comunicação social do seu lado - os mé(r)dia, a comunicação sucial, de súcia, controlada em última análise pelos mesmos donos que controlam os partidos do sistema - pois que esta elite ignore o povo «racista», é de esperar, faz parte do seu jogo político. Esta gente é inteligente, sabe bem o que lhe convém e despreza secretamente a peixeira, a porteira, o taxista, o desempregado, o polícia de rua, o gajo do quiosque, borrifa-se portanto para o que este «povinho» realmente quer.

Agora, que militantes nacionalistas desprezem igualmente o povo, eis o que se configura como a mais espetacularmente imbecil actuação política de que há memória na História da humanidade. Se a Europa já não puder ser salva da avalanche terceiro-mundista que lhe entra pelas portas que a elite abriu, grande parte da culpa técnica, e até ética, será precisamente dos dirigentes do Nacionalismo, que acordaram tarde (os que acordaram) para a Democracia.

A situação lembra cada vez mais o mito de Hércules contra Anteu, e a comparação é muito desagradável para os Nacionalistas. Anteu era invencível porque recebia a sua força da própria terra, de Gaea, de Quem era filho; então, quando Hércules o enfrentou, Hércules reparou que, por mais que atirasse o seu oponente ao chão, este levantava-se sempre como que fortalecido, enquanto o próprio Hércules já se cansava em demasia, mas Hércules percebeu então que a maneira de vencer Anteu era levantá-lo no ar de maneira a não o deixar tocar em terra nem com um dedo. Desta maneira, Anteu, agarrado no ar, perdeu a força e foi derrotado, porque perdeu o contacto com o solo, isto é, com a Terra, sua mãe. Assim é o Nacionalismo – só ganha força em contacto com as classes populares, as mais «baixas» da hierarquia social, pelo que o papel da elite reinante, inimiga do Nacionalismo, tem sido o mesmo de Hércules, ou seja, o de controlar a comunicação social para impedir que os Nacionalistas cheguem ao povo como Anteu chegava ao solo.

Anteu perdeu… porque Hércules teve força para o levantar do solo ou porque o próprio Anteu nem percebeu que devia manter-se permanentemente em contacto com a terra? Demasiados «anteus» nacionalistas não sabem que, sem «a terra», sem as classes populares, nem têm hipótese de coisa nenhuma a menos que venha aí um ataque nuclear russo e então os chefões anti-democráticos possam formar os seus gangues do tipo Mad Max… ora se isso não suceder, se a Europa continuar a ser iminvadida por fora, e também já por dentro (devido à alta taxa de natalidade de alógenos em solo europeu), e se não aparecer nenhum vírus chinês que seja racialmente selectivo e poupe a população europeia, pois então nesse caso um momento do futuro branco poderá ser este, algures num refúgio neo-europeu da Sibéria ou no Árctico, ou se calhar na Antárctida:

 - Avô, porque é que as pessoas da tua geração deixaram entrar tanto alógeno a ponto de perderem a pátria?

 - Porque os políticos que nessa altura mandavam assim o quiseram, porque quem neles mandava queria mão-de-obra barata, ou andava agarrado ao ideal universalista do mundo sem fronteiras, tu sabes, já te expliquei donde vem aquela história do amor sem fronteiras, desde que um judeu desenraizado começou a pregar isso mesmo, depois foi crucificado mas depois o seu culto foi imposto na Europa e aquele veneno moral foi como um vírus, instalou-se, desenvolveu-se, deu frutos…

 - Então mas o povo não reagiu, avô???

 - Sim, meu neto, o povo reagiu… houve alguns que fundaram grupos para travar a imigração…

 - Então e o povo não votou neles, avô?????

 - Votou sim, meu neto, mas sabes, esses tipos que dirigiam esses grupos tinham eles próprios muito desprezo pelo povo, porque eram arrogantes e herdaram autoritarismo dos séculos anteriores, eles gostavam muito da ideia do chefe «com tomates no sítio» que esmaga quem se lhes opõe…

 - Então mas eles queriam esmagar o próprio povo, avô???????

 - Pois, meu neto, eles gostavam era de se sentir superiores, misturavam a sua noção de supremacia racial com a sua mania de superioridade relativamente ao resto da população, além disso eram muito conservadores em tudo, tão conservadores que não sabiam separar o trigo do joio, pelo que, inevitavelmente, viraram as putas das costas ao povo; o povo até era muito contra a imigração, mas eles nem queriam ouvir isso porque o que queriam era poder sentir-se superiores ao povo, e só já muito tarde é que alguns deles mandaram essa cagança elitista às urtigas e perceberam que só através do povo é que chegavam ao poder, porque afinal o povo também não queria imigrantes, mas já foram tarde…


5 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Excelente análise.
Viste isto?

https://www.youtube.com/watch?v=TrWCaDNYg1w

6 de julho de 2022 às 22:54:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Ainda não vi tudo, mas folgo em saber que o gajo já vai falando mais vezes da questão da substituição populacional, valha isso.

6 de julho de 2022 às 23:05:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Já agora, não tem nada a ver com isso, mas, de qualquer modo, este artigo merece um bocadito de atenção, ainda que não me pareça, para já, suficientemente relevante para fazer dele uma publicação:
https://gatesofvienna.net/2022/07/what-is-it-that-were-not-supposed-to-learn/

6 de julho de 2022 às 23:20:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Aliás, para já, é rapper, o que o põe muito mais facilmente na Extrema-Esquerda que em qualquer outro quadrante político, se calhar por isso é que não se ouvem guinchadelas políticas sobre esta matança, que decerto se fariam notar aos berros se o puto fosse «nazi« ou pró-Trump.
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-62048253

6 de julho de 2022 às 23:23:00 WEST  
Blogger mensagensnanett said...

ESTÃO AO NÍVEL!
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O europeu-do-sistema XX-XXI está ao nível dos vendidos aos construtores de caravelas (séculos XVI, XVII, XVII):
---> renegam o Ideal de Liberdade que esteve na origem da nacionalidade: "ter o seu espaço, prosperar ao seu ritmo";
---> ostentam ódio tiques-dos-impérios: ódio às intenções Identitárias;
---> mais, continuam a falar de economia exactamente da mesma forma:
- projectam a existência de outros como fornecedores de abundância mão-de-obra servil;
- projectam sabotagens sociológicas às intenções Identitárias que prejudicam as suas negociatas.
[ nomeadamente, negociatas de índole esclavagista (a existência de outros como fornecedores de abundância de mão-de-obra servil), negociatas de índole colonialista (substituição populacional de povos autóctones considerados economicamente pouco rentáveis) ]
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Em oposição à hipocrisia Ocidental...
CONSTRUIR UM MUNDO AONDE OS POVOS AUTÓCTONES POSSUEM A LIBERDADE DE TER O SEU ESPAÇO E PROSPERAR AO SEU RITMO
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Identitário não penses em quilómetros quadrados... pensa em LIBERDADE!
Sim:
Identitário reivindica:
--->>> LIBERDADE/DISTÂNCIA/SEPARATISMO da Europa dos vendidos ao cidadanismo de Roma!
O motivo é óbvio:
-> na origem da nacionalidade esteve o Ideal de Liberdade Identitário:
- «ter o seu espaço, prosperar ao seu ritmo».
--->>> NÃO, não foi o ódio tiques-dos-impérios: o ódio à existência de povos autóctones dotados da liberdade de ter o seu espaço e prosperar ao seu ritmo.
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SEPARATISMO 50-50:
- os globalization-lovers, UE-lovers, etc, que fiquem na sua (possuem imensos territórios ao seu jeito)... respeitem os Direitos dos outros... e vice-versa.
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-» blog http://separatismo--50--50.blogspot.com

11 de julho de 2022 às 20:15:00 WEST  

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