CYMRU - MARCHA INDEPENDENTISTA GALESA

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Milhares de pessoas participaram numa manifestação em Wrexham pedindo a independência do País de Gales. Os organizadores disseram que era uma chance para as pessoas expressarem o seu desejo de "ir numa direção diferente".
O evento causou alguma controvérsia com o conselho de Wrexham dizendo inicialmente que uma marcha em Llwyn Isaf - em frente aos escritórios do Guildhall - seria uma violação da política. No entanto, disse que as autoridades não impediriam a marcha de prosseguir.
O evento, liderado pelo movimento AUOB (All Under One Banner), Yes Cymru e Indy Fest Wrexham é o primeiro desde a pandemia. A AUOB afirmou que entre 6000 e 8000 pessoas participaram na marcha. A polícia de Gales do Norte disse que "um mínimo de 5000 pessoas estavam presentes".
A conselheira Carrie Harper, uma das organizadoras do evento, disse que as pessoas estavam "mais interessadas nessa conversa constitucional... especialmente com um segundo referendo a caminho na Escócia e amplo apoio a uma Irlanda unificada". "Temos que ter esta discussão sobre que tipo de Nação queremos", disse ela.
"Chegou a hora e Wrexham é o lugar para esta conversa."
Em Maio, Wrexham tornou-se a sétima cidade do País de Gales para marcar o Jubileu de Platina da Rainha.
Apoiantes da marcha disseram que o interesse pela independência do País de Gales cresceu durante a pandemia como resposta ao "que está acontecendo em Westminster".
Embora tenha havido uma atmosfera positiva na marcha, o movimento não ficou isento de desafios nos últimos meses.
Organizadores e apoiantes admitiram que a pandemia interrompeu um pouco o ímpeto por trás das marchas realizadas no País de Gales, já que o evento de Wrexham teve de ser adiado em 2020.
O movimento Yes Cymru, que supostamente ganhou muito mais membros durante a pandemia, também esteve no centro de uma luta interna pelo poder. Em Dezembro, uma reunião extraordinária do Yes Cymru foi realizada para estabelecer um novo comité e constituição.
Também houve relatos de que lutas internas na direcção do movimento levaram os apoiantes a retirarem a sua adesão, com alguns notando que o movimento passou de 17000 para 8000 no ano passado.
Mas quando a marcha começou em Wrexham, os apoiantes disseram que era uma chance de deixar as diferenças de lado e unir-se para apoiar o movimento.
Ao som de tambores, um refrão da canção de Dafydd Iwan, Yma O Hyd, que significa "ainda aqui", activistas marcharam de Llwyn Isaf até ao centro de Wrexham.
Pai e filha, David e Ela, juntamente com a cadela Beti, disseram que aderir à marcha foi um passo importante para ambos. "Acho importante começar agora a conversa novamente e, vendo como as coisas estão indo em Westminster, estamos aqui para marchar, conversar e conhecer pessoas", disse David. Ela disse: "O momento ainda está lá. Somos de um lugar pequeno em Denbigh, mas, vindo para cá, sou jovem e acho que vir aqui é importante para que a minha voz seja ouvida".
Outros viajaram para mais longe, incluindo Paul Morris de Swansea com seu amigo de Brecon. "Estamos aqui para dar algum peso à independência como fazemos no sul", disse Paul. "Acho que é um movimento crescente. Acho que toda a gente sabe que é."
Ieuan Evans, de Nefyn, Gwynedd, disse: "Estamos aqui para apoiar o País de Gales, para que possamos ter o nosso lugar no mundo e não ficar atrás de todos".
O líder do Plaid Cymru, Adam Price, afirmou anteriormente que o País de Gales poderia ter um "caminho" para uma votação de independência se a Escócia pudesse realizar uma sem a permissão de Westminster.
Mas o primeiro-ministro Mark Drakeford disse que um partido pró-independência precisa primeiro de conquistar a maioria dos votos.
Os conservadores galeses disseram que a independência foi "derrotada de forma convincente nas urnas" na última eleição de Senedd, quando Plaid Cymru ficou em terceiro lugar, enquanto Lib Dems alertou que deixar o Reino Unido "feriria mais os mais pobres da sociedade galesa".

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Fonte: https://www.bbc.com/news/uk-wales-62020631

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Ymlaen, Cvmru, ou, em Português, Avante, Gales, ou Câmri, como se pronuncia em Galês ou Címrico, língua céltica britónica - pela Europa das Cem Nações - um continente em que todas as suas Nações sejam soberanas, dos Urais aos Açores.