«MAIAS» CELEBRADAS EM BEJA
As Maias constituem um ciclo de festivais que, em Roma, se relacionavam com o despertar da natureza, lembrando antiquíssimos cultos agrários.
Para os gregos, Maia era a mais velha das Plêiades, uma das sete filhas de Atlas e que, unida a Zeus, foi mãe de Hermes, o mensageiro dos deuses, conhecido por Mercúrio entre os romanos, ancestralmente considerado uma divindade agrária e da pastorícia.
Já na mitologia romana, Maia surge-nos como uma antiga divindade itálica, filha de Fauno e esposa de Vulcano, o deus romano do fogo (Hefesto na mitologia grega). Era designada de Maia Maiesta e também de Fauna ou Bona Dea (deusa das Deusas).
Deusa da primavera, Maia deu nome ao mês de Maio, que Lhe era consagrado. No primeiro dia de Maio, o flâmine de Vulcano sacrificava-Lhe uma porca grávida.
Era essencialmente venerada por mulheres, sendo os homens excluídos do perímetro sagrado dos seus templos.
Embora não estando relacionadas originalmente, as duas Divindades de origem grega e romana acabaram por ser identificadas uma com a outra.
Muito provavelmente associando-se remotamente a esses rituais de sagração da Primavera, provém o hábito de pendurar giestas às portas e janelas, nos portões, cancelas, carros de lavoura e até nos próprios animais, em muitas localidades portuguesas, afastando o “burro”, igualmente chamado em algumas zonas o “carrapato”, ou seja, o mau agouro que possa ser nefasto para as colheitas, no início do mês de maio.
E as Maias, meninas vestidas de branco e coroadas de flores, ou as “marafonas”, as bonecas de pano ou de palha vão sentar-se à porta de casa, na esquina da rua ou na praceta, pedindo “um tostãozinho para a Maia”.
Regiões há onde se enfeitam ruas e edifícios com coroas de flores de giestas, chamadas Maia ou Maio.
Ainda hoje as Mais se podem considerar um dos rituais mais expressivos do ponto de vista da história religiosa antiga, que permaneceu, segundo alguns estudiosos, sem grandes alterações desde o século V, e que se exprime, com variantes, em vários pontos do País, celebrando, tal como acontecia na Roma Antiga, o despertar da natureza, a fertilidade vegetativa.
(...)
Aceita-se ainda que a tradição das Maias possa remontar ao episódio da fuga de Jesus para o Egipto, dada a perseguição de Herodes que ordenara a morte do Menino. Quando se identificou a porta da casa onde pernoitou, foi colocado um ramo de giesta na porta para que os soldados de Herodes a pudessem reconhecer e o fossem buscar. Milagrosamente, quando os soldados se dirigiam à cidade, foram confrontados com as casas todas enfeitadas com ramos de giesta florida, não podendo assim cumprir a sua missão. Mas há quem recorde também o caminho da sagrada família para o Egipto, quando Maria, para se orientar, terá colocado giestas no seu caminho.
Contudo, dada a altura do ano, correspondendo à época de florestação, da plenitude da Primavera, aceitamos que os seus antecedentes possam filiar-se em cultos bem mais antigos.
Derivando da palavra latina flos (flores), Flora era, por Sua vez, uma ninfa romana das flores, também intimamente ligada à Primavera. Porque um novo ciclo começa com a entrada dessa estação, Flora surge-nos assim como deusa da fertilidade. Durante os festejos que Lhe eram dedicados em Roma, atiravam-se sementes sobre a multidão para atrair a abundância, situação em que podemos encontrar algum paralelismo no hábito de deitar arroz aos recém-casados.
Eram também sacrificadas ovelhas e ofertado mel e sementes de flores. O mel era exactamente considerado um dos presentes que Flora tinha dado aos seres humanos, simbolizando, neste caso, a abelha a força feminina da natureza. Flora foi inúmeras vezes associada a Deméter, a Ceres dos Romanos de que falaremos, e o poeta Ovídio (43 a.C. — 17 ou 18 d.C.) chega mesmo a relacioná-La com a mitologia grega, identificando-A com a ninfa grega Cloris, embora a origem da divindade seja também itálica.
Segundo a versão do Mito de Ovídio, um certo dia de primavera, Zéfiro, o vento oeste, avistou a ninfa Cloris, apaixonou-se por ela e transformou-A em Flora. Como prova de seu amor, Zéfiro nomeou a Sua amada como rainha das flores, das árvores frutíferas e concedeu-Lhe o poder de germinar as sementes das flores de cultivo e ornamentais, entre elas o cravo.
Já em Abril, mês de Vénus e das rosas que eram Seu atributo, se elogiava na antiguidade o renascer da vida.
A rosa, considerada “a rainha das flores” pela poetisa Safo no século VI a.C., teria sido criada, segundo a mitologia grega, por Cloris, essa Deusa das flores a partir do corpo inanimado de uma ninfa.
Essa bela flor foi consagrada a Afrodite, a Vénus da época romana, que, segundo as lendas, nasceu das espumas do mar que se transformaram numa rosa branca, representando a pureza e a inocência.
Dioniso ou Baco entre os Latinos, segundo a tradição mais difundida do mito, ofereceu-lhe o Seu perfume, e as Três Graças deram-Lhe o encanto e o brilho com que ela pasmava os que a contemplavam.
Também Cupido, o Deus do Amor, filho de Marte, deus da guerra, e de Vénus, usava uma coroa de rosas, assim como Príapo, deus dos jardins e da fecundidade.
Também a mitologia nos diz que quando a apaixonada Afrodite viu o Seu amado Adónis ferido, pairando sobre ele a morte, a Deusa foi socorrê-lo, tendo-Se picado num espinho e o Seu sangue coloriu de vermelho as rosas que Lhe eram consagradas. Assim, na antiguidade, as rosas eram também usadas sobre os túmulos como símbolo de luto.
Em Roma existia um festival em honra de Flora e de Vénus chamado “Rosália”, e todos os anos, no mês de Maio, as sepulturas eram adornadas com essas flores, provavelmente em alusão à morte de Adónis.
As papoilas bailantes que ainda hoje enchem os nossos campos são, a par das espigas, atributos de Deméter-Ceres, a Deusa da fertilidade e do trigo, considerado símbolo da civilização, enquanto capacidade dos humanos moldarem a natureza.
Como era a Deusa da agricultura, fez muitas viagens em companhia de Dioniso, Deus da vinha e do vinho, para ensinar os homens a cultivarem a terra.
Teve Deméter, a Ceres romana, uma filha do Seu irmão Zeus chamada Perséfone que vivia meio ano nas profundezas da Terra e outra metade vinha ajudar a Sua mãe. Com o Seu regresso inaugurava-se a Primavera.
Também a 23 de Abril se comemoravam as Vinalia, festa dedicada à protecção das vinhas sob a protecção de Vénus que concedeu, segundo a mitologia, aos humanos o vinho corrente vinum spurcum. A Júpiter, como Deus que regulava o clima, eram-Lhe oferecidas libações com vinho benzido pelo sumo sacerdote.
Por sua vez, no templo de Venus Ericina, jovens e prostitutas reuniam-se procurando relacionamentos e ofereciam à Deusa mirto, menta e juncos entre ramos de rosas, pedindo beleza.
Vivamos assim as Maias, abençoando a Terra Mãe, cultuada desde as mais remotas alturas.
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Fonte: http://da.ambaal.pt/noticias/?id=10754
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Beja festejou, no último fim-de-semana, a festa das Maias, culto religioso que, na antiga Roma, celebrava o despertar da natureza e a fertilidade. As ruas encheram-se de meninas de branco e coroas de flores na cabeça, como as suas avós o fizeram e muitas outras antes delas. Pedem moedas que, em tempos mais duros, serviam para fazer face à pobreza, hoje mais por brincadeira. E assim se celebrou a chegada de Maio.
Este é, ainda hoje, considerado “um dos rituais mais expressivos” do ponto de vista da história religiosa antiga que permaneceu, segundo alguns estudiosos, “sem grandes alterações desde o século V”, sublinha a arqueóloga Filomena Barata.
Há 2000 anos, as Maias apresentam-se vestidas de branco e coroadas de flores silvestres, andavam pelas ruas de Roma a chamar pela Prosérpina, uma das mais belas Deusas de Roma que, na mitologia romana, é filha de Júpiter com Ceres. Foi raptada por Plutão, enquanto colhia flores, para fazer Dela sua esposa. Simboliza pureza, a regeneração da natureza. “Era essencialmente venerada por mulheres, sendo os homens excluídos do perímetro sagrado dos Seus templos”, assinalou a arqueóloga durante uma exposição sobre o tema, realizada na biblioteca de Beja na última semana.
Nas festas de Beja, as mulheres deram lugar às meninas que se sentam num trono à porta de casa, na esquina da rua ou na praceta, a pedir uma moedinha.
O historiador Florival Baiôa, presidente da Associação para a Defesa do Património Cultural da Região de Beja (ADPCRB), entidade organizadora do evento, que tem pesquisado sobre a antiga celebração profana, explicou ao PÚBLICO que os cristãos tentaram anular as festividades ao longo de mais de 2 mil anos. Filomena Barata cita José Leite de Vasconcelos, nos seus Opúsculos, Volume V — Etnologia, publicados em 1938, onde destaca uma postura da Câmara de Lisboa de 1385: “Outrossim, estabelecemos que daqui em diante em esta Cidade e em seu termo não se cantem as Janeiras nem Maias, nem outro nenhum mês do ano”.
Mesmo assim, a festividade “atravessou todo o período medieval e até a Inquisição, resistindo às sistemáticas proibições e perseguições dos cristãos, conseguindo manter intacta a linguagem e o ritual”, reforça Baiôa. Há apenas uma diferença, salienta o historiador: Há 60, 70 anos, os níveis de pobreza falavam mais alto e o dinheiro recolhido nas colectas servia “para se divertirem na feira de Beja que se realizava durante o mês de Maio ou, como acontecia para a maioria, sempre dava para ajudar a comprar uns sapatos umas saias ou umas calças”. Ele próprio, foi “obrigado” por outros moços, por ser o mais novo, a vestir-se de Maia. “Mantive-me no trono durante horas, sem me poder mexer para ganhar moedinhas. Nós precisávamos de dinheiro para o carrocel da feira de Maio”.
A ladainha “uma moedinha para a Maia que não tem saia” repetiu-se no último sábado numa das ruas mais movimentadas de Beja. Já não é ditada pelas necessidades básicas, quando as aias e os aios (na antiga Roma eram os sacerdotes dos Deuses) interpelavam quem passava. Nem as pequenas Maias conseguiam ficar quietas nos seus tronos. Cirandavam pelo espaço da festa, rodeando quem passava e implorando sorridentes um tostãozinho ou um moedinha para colocar no cestinho de vime que foi acrescentado ao ritual.
Queremos notas
Um dos interpelados lamentou não ter mais para dar. Trocou 20 euros em moedas e “já as levaram todas”, contou com um sorriso nervoso dada a insistência das moças que não desistiam. Notaram que os seus bolsos tinham alguma coisa dentro mas eram apenas chaves e... algumas notas. Ao vê-las, o coro das Maias e dos seus aios e aias, ouviu-se sonoro: “Queremos notas, notas, notas”. Sinal dos tempos, a juntar a um outro pormenor: são, sobretudo, as avós que vestem as suas netas de Maias e as acompanham à festa.
Teresa Malveiro é um desses casos. Vestiu as suas duas netinhas de 5 e 7 anos como determina o ritual pagão. Já a mãe a vestia de Maia há 60 anos, recordando o encantamento que sentia com as vestes brancas e os malmequeres amarelos e brancos a adornarem-lhe a cabeça ou o colar que trazia ao pescoço. Tradição que manteve com as filhas e que está a ter continuidade com as netas.
Assim que juntaram algumas moedas, as Maias reuniam o pecúlio e colocavam-no numa caixa que escondiam atrás de um dos “tronos”. Os cestinhos de vime apareciam sempre limpos de moedas.
As festividades das Maias só se realizam, desta forma, em Beja. Noutras regiões do país recorre-se as bonecas de palha ou pano ou, como no Minho e Trás-os-Montes, colocam-se flores nas portas. Há apenas um outro local onde a festa das Maias se assemelha à de Beja: Olivença “mas com um pormenor que a valoriza: a dança das Maias, que não acontece em Beja”, refere Florival Baiôa, lamentando que a associação de defesa do património não tenha verba para custear a deslocação das crianças oliventinas até à capital do Baixo Alentejo.
Maia, a deusa da Primavera que deu nome ao mês de Maio
Para os Gregos, Maia era a mais velha das Plêiades, uma das sete filhas de Atlas e que, unida a Zeus, foi a mãe de Hermes, o mensageiro dos deuses, conhecido por Mercúrio entre os romanos, considerado uma divindade agrária e da pastorícia.
Na mitologia romana, Maia é uma antiga divindade itálica, filha de Fauno e esposa de Vulcano, o deus do fogo. Era designada Maia Maiesta e também de Fauna ou Bona Dea (deusa das deusas).
Deusa da Primavera, Maia deu nome ao mês de Maio, que lhe era consagrado por ser a força protectora das casas, da agricultura, das flores, do mundo da ruralidade.
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Fonte: https://www.publico.pt/2017/05/09/local/noticia/uma-moedinha-para-a-maia-que-nao-tem-saia-1771365
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Maia pode inclusivamente ser uma das mais antigas Divindades indo-europeias, como já aqui foi referido a partir de um excerto da obra «Portugal e os Filhos de Caim», de João Ferreira do Amaral.
7 Comments:
Porra que isto anda mesmo pelas ruas da amargura.Já ninguém passa cavaco ao que escreves?
Querias que fosse verdade, não querias? Que chatice, o caraças da Internet dá voz a quem diz coisas opostas ao que os teus donos te meteram nos cornos...
Caturo, não precisas de publicar esta, é mesmo só para teu conhecimento, se é que ainda não viste:
http://bairrodooriente.blogspot.pt/2017/05/eleicoes-francesas-semana-seguinte.html
Mais um comentário de particular indigência vindo de um dos desgraçadinhos-à-espreita do costume (vigias caguinchas da Inquisição Anti-Racista) - e para cúmulo da incompetência ou da desonestidade idiota, o «argumento» do fulano é mesmo de quem não sabe ler ou então indica a intenção de aplicar uma falácia «homem de palha»: uma vez que se mostra incapaz de contrariar o que eu disse, atribui-me algo que eu não disse e critica esse algo como se estivesse a criticar o que eu realmente disse, isto para fazer a parte de quem está mesmo a contra-argumentar. Aliás, que ele tenha chamado «analogia esquisita» ao exemplo que eu dei mostra bem que ou está a querer criar ruído (confusão sobre a mensagem para que esta não seja entendida) ou então é ainda mais limitado do que parece, o que não se afigurava possível: a analogia que fiz mostra com clareza que se pode ser vítima de tragédias mesmo quando se é correctamente cuidadoso, mas que o perigo da tragédia aumenta exponencialmente quando não se é negligente; e, em caso de negligência, há culpa. Finalmente, que a seguir esta coisa que escreve esse blogue resolva dar um exemplo em que um dos seus queridos maometanos insulta uma francesa loira (loira, para salientar que de uma europeia se trata...) sem a conhecer de lado nenhum e diga que isso é incidente insignificante... que diriam as suas colegas do BE que queriam criminalizar o piropo, quanto mais o insulto desta natureza... mas enfim, se o insulto for de um muslo contra uma francesa loira «desavergonhada» («cueca de gola alta», diz o escriba, será que o diz com um mal disfarçado desprezo eventualmente dirigido contra as europeias «fúteis» que tenham a lata de na sua própria terra andarem vestidas como quiserem na rua, borrifando-se de alto para os muslos que disso não gostem?), isso já é «insignificante»...
«Gente» desta quanto mais fala sobre outrem mais se enterra.
«(...) ou então indica a intenção de aplicar uma falácia «homem de palha»
É assim que ele "argumenta" quase sempre, ou com essa já clássica falácia, ou com outras semelhantes como a da falsa implicação ou a da falsa premissa.
«(...) a analogia que fiz mostra com clareza que se pode ser vítima de tragédias mesmo quando se é correctamente cuidadoso, mas que o perigo da tragédia aumenta exponencialmente quando não se é negligente; e, em caso de negligência, há culpa.»
Ninguém duvida que foi isso que tu quiseste dizer. Acredita, nem mesmo ele! Qualquer um que ler o que tu escreveste, interpretará a coisa dessa forma. Mas é precisamente assim que este traste "argumenta", com mentira atrás de mentira, distorção atrás de distorção, omissão atrás de omissão.
«(«cueca de gola alta», diz o escriba, será que o diz com um mal disfarçado desprezo eventualmente dirigido contra as europeias «fúteis» que tenham a lata de na sua própria terra andarem vestidas como quiserem na rua, borrifando-se de alto para os muslos que disso não gostem?)»
Já não és a primeira pessoa a notar que há uma certa misoginia mal disfarçada nesta personagem do Montijo... talvez venha daí a sua afeição pelo Islão?
««Gente» desta quanto mais fala sobre outrem mais se enterra.»
Infelizmente, nem toda a gente vê a coisa assim, meu caro. Têm-me aparecido vários anónimos no TU, inclusivamente alguns nacionalistas, ou melhor nazionalistas, a defendê-lo! Recomendo-te que vás passando pelo Bairro do Demente de vez em quando, porque o anormal tem uma panca qualquer com os nacionalistas, mas -surpresa, surpresa- só com os nacionalistas democráticos!
Não admira, a escumalha tem muito mais medo dos Nacionalistas democráticos que dos outros. E quanto mais os Nacionalistas democráticos se entendam entre si, mais essa gentalha se acagaça. Nada os irrita e assusta tanto como ver, por exemplo, partidos nacionalistas democráticos europeus a entenderem-se no contexto da União Europeia ou no parlamento europeu. Enquanto os «racistas» se limitem a mandar bocas contra a Democracia nos seus cantos e em jantaradas e almoçaradas, prometendo ou suspirando por golpes de Estado ou, até, «marchas do povo sobre Roma!» (sim, há mesmo quem diga destas merdas, seriamente falando, há mesmo gente que embora despreze o «povinho», sonha com um dia em que o povinho resolva marchar e colocá-los no governo disto tudo, reconhecendo-lhes uma capacidade de superior liderança, olha que não estou a brincar, juro), pois enquanto os «fachos» se ficarem por aí, tudo bem; agora, quando os Nacionalistas começam a perceber que o caraças do povinho até oferece um potencial gigantesco para que o Nacionalismo chegue ao poder, aí começam a ficar verdadeiramente fodidos dos nervos. E quando isto acontece é sempre bom sinal.
«Já não és a primeira pessoa a notar que há uma certa misoginia mal disfarçada nesta personagem do Montijo... talvez venha daí a sua afeição pelo Islão?»
Parece demasiadamente merdoso para ser verdade, mas com esta espécie de «gente» nunca se sabe.
Quanto ao comentário pretensamente engraçado que o fulano deixa sair pelos dedos acima a respeito do que disse o presidente do PNR, é o costume: gracejos palermas e nada de conteúdo ideológico que se veja. Efectivamente, o presidente da república não pode falar por todos os Portugueses em matéria ideológica e tem sempre a sua piada, involuntária, que um pretenso democrata (?) não se indigne com essa pretensão de unanimidade opinativa «nacional» a fazer lembrar tempos ditatoriais...
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