MEMÓRIA DA IMPOSIÇÃO DO TOTALITARISMO ABRAÂMICO NO OCIDENTE

A 11 de Maio de 391 o imperador Teodósio emitiu um decreto a reforçar o que já tinha sido emitido a 24 de Fevereiro do mesmo ano, intensificando a proibição dos sacrifícios pagãos até mesmo ao nível privado - acto propriamente totalitário, ou seja, tentativa de controlo da intimidade dos cidadãos - e retirando os direitos de herança aos cristãos que retornassem ao Paganismo. Em Junho, estas prescrições foram estendidas a Alexandria, onde o Serapeum (templo de Serápis) local veio a ser destruído por uma multidão cristã, não sem que os pagãos lutassem duramente, conhecendo-se por exemplo o caso do retórico Helladius que se gabava de ter morto nove cristãos com as suas mãos. O Serapeum continha milhares de livros que foram incendiados pela referida turba do Judeu Morto. 

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Fontes:

http://sourcebooks.fordham.edu/halsall/source/codex-theod1.asp

https://books.google.pt/books?id=4sFhFuDsv1EC&pg=PA75&lpg=PA75&dq=Nemo+se+hostiis+polluat%22&source=bl&ots=IYz2Lin8UY&sig=8vMjdis2CRKEKoxGgZ7UYue3Tz4&hl=pt-PT&sa=X&ved=0ahUKEwimxvvgvObTAhVDDiwKHfHNAfsQ6AEIQTAD#v=onepage&q=Nemo%20se%20hostiis%20polluat%22&f=false

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O sucedido em Alexandria, onde a Chusma de Cristo deitou abaixo o templo (e biblioteca) de Serápis, foi magistralmente representado no filme «Ágora», do espanhol Alejandro Amenábar, com interpretação de Rachel Weisz no papel da vitimada Hipátia de Alexandria. A imagem do tópico, retirada da citada película, simboliza bem a frontal oposição ideológica entre os defensores da antiga religião pagã e os arautos do Carpinteiro Crucificado, inimigos jurados de todas as outras religiões. Foi com esta gente que o Ocidente recebeu nas suas veias o veneno do universalismo militante e totalitário, contrário à salvaguarda identitária e à liberdade que sempre foi típica dos ancestrais do mundo ocidental.