quarta-feira, janeiro 27, 2016

«THE LAST KINGDOM» - SÉRIE TELEVISIVA



Aconselho moderadamente o visionamento da série maioritariamente britânica «The Last Kingdom» («O Último Reino») que tanto quanto sei não foi ainda transmitida em Portugal, nem sei se o será, e que se viu na BBC América; pode ser sacada da Internet. Trata-se da passagem ao pequeno ecrã da saga saxónica de Bernard Cornwell que neste momento já vai em nove volumes - desconheço se o nono é o último - dos quais só cinco foram publicados em Portugal e estou mesmo a ver que vou ter de ler os restantes em Inglês, ficando com uma parte da colecção em Português e outra no idioma de Hengist e Horsa. Já aqui comentei os que li: http://gladio.blogspot.pt/2008/03/histrias-saxnicas.html e http://gladio.blogspot.pt/2010/12/terra-em-chamas.html
A acção passa-se no século IX, aquando da formação de Inglaterra por acção de Alfredo o Grande, monarca saxão do reino do Wessex («Saxão Ocidental», como diz o nome). O herói, Uthred de Bebbanburg, é um saxão raptado e educado pelos Daneses que passa a sua aventurosa vida entre um lado e outro da contenda, por sangue obrigado a lutar pelos Anglo-Saxões mas por formação e simpatia mais inclinado a juntar-se aos víquingues da Dinamarca, tendo de qualquer modo como grande objectivo na vida o retorno triunfal a Bebbanburg, que por direito de nascimento lhe pertence mas que lhe foi pelo seu tio usurpado. Porta-se portanto como um vira-casacas, saltitante e sanguinário, às vezes bandalho, capaz de uma série de coisas para levar a sua avante. Passa por umas quantas esposas, amigos tem alguns, inimigos também, os quais trucida sempre que pode, fazendo aos outros o que estes lhe queriam fazer a ele. Quem na série o interpreta, um actor alemão, apresenta um trabalho bastante aceitável; pessoalmente, imaginava Uthred como um fulano mais seco, ríspido e fechado, eventualmente um Sean Bean com a mesma cara com que aparece no «Pânico a Bordo», talvez pense isto porque sei que fez de «Sharpe» na passagem à televisão de outra obra de Cornwell. Há que dar sempre um desconto nestas coisas, pois que quem lê um livro e depois o vê televisionado ou cinematizado acha sempre que a imagem não corresponde ao que leu, pudera. Tendo isto em conta, não posso deixar de dizer que os actores foram todos bem escolhidos. Houve até o cuidado de ir buscar escandinavos para interpretarem o papel de víquingues (dinamarqueses) e actores de países célticos (Irlanda e Escócia) para darem corpo a personagens bretãs, ou seja, celtas. 
Os adereços e sobretudo o cenário satisfazem bem acima da média. Quem goste destas coisas não pode deixar de apreciar o modo como no ecrã aparecem cabanas bárbaras, medievais, em torno de edificações da época romana, portentosas mas já decadentes, que os bretões superficialmente romanizados perderam para as mãos dos Anglo-Saxões cristianizados. 
Uma obra destas merecia episódios mais longos do que os míseros cinquenta e quatro minutos que cabe a cada um deles, mais coisa menos coisa. Nisso é desfavorecida relativamente à famosa série «Guerra dos Tronos», mas praticamente só nisso, que, fora isso, a única coisa que esta tem de melhor que a saga saxónica é a música do genérico... os enredos complexos, até complicados, e intriguistas, da GdT ficam bem aquém da majestade de «The Last Kingdom», muito mais vital e significante. 
A questão religiosa podia ser mais vezes referida, mas enfim, oito episódios com menos de uma hora cada um não dão para demasiado. Dentro do possível, está bem representado o confronto entre o Paganismo germânico, nórdico, e o Cristianismo, metendo umas tiradas filosófico-irreverentes pelo meio, da parte do herói. 
Teria muito a ganhar, digo eu, com reconstrução linguística, como faz «Vikings», outra série que aborda o mesmo tema, mas da perspectiva dos Daneses, e que contém diversas cenas em que até a língua saxónica se ouve, até o latim germanizado dos Francos, parece-me, mas, tirando isso, há em «The Last Kingdom» uma sobriedade que «Vikings» não alcança.


7 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Afro-descendente. Enquanto pertencente a minoria, compadece-se de outras minorias e, portanto, é juiz em causa própria. Juntam-se todas (as minorias) e quem é feito passar por opressor é sempre o Branco porque as minorias só cantam de galo e acusam de racismo e discriminação em país de brancos. Seja! O que interessa é a segurança da família dentro de casa e o direito a não permitir a entrada a estranhos.

http://www.dn.pt/mundo/interior/ministra-da-justica-francesa-demitese-em-desacordo-com-politica-de-retirada-de-nacionalidade-5001188.html

28 de janeiro de 2016 às 00:54:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Menina Germano/Russa foi violada na Alemanha por Muçulmanos e ministro Russo avisa:Espero que os problemas não sejam varridos para debaixo do tapete e que não haja uma repetição do que se passou com uma das NOSSAS crianças – a Lisa – quando a notícia do seu desaparecimento foi escondida durante bastante tempo. Espero que os problemas sobre a migração não levem a tentativas para polir a realidade com o politicamente correto”.Mais uma vez,a Rússia,mostra o sangue do seu povo é sagrado,qualquer Russo,principalmente CRIANÇA que tenha sangue Russo,neste caso misturado com Alemão,terá sempre a devida atenção por parte da Nação.Mais uma vez tenho que dar os parabéns á Rússia.Um verdadeiro exemplo:


A manifestação da comunidade russa em Berlim sobre a alegada violação de uma menina de 13 anos por parte de migrantes transformou-se num protesto publico do chefe da diplomacia do Kremlin.

Mas o ministro alemão dos Negócios Estrangeiros avisou Moscovo para não utilizar aquilo que considera ser um mero caso de polícia como instrumento de propaganda.

28 de janeiro de 2016 às 09:37:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Senador francês lembra ao presidente da Bulgária que a Rússia também é Europa

Leia mais: http://br.sputniknews.com/mundo/20160127/3419341/senador-frances-russia-tambem-e-europa.html#ixzz3yXAVXsMZ

28 de janeiro de 2016 às 10:33:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Ucrânia a Caminho da "Sueciasistão" ?

Nos corredores de Kiev está sendo discutida a possibilidade de mais uma decisão surpreendente: o ex-chanceler da Suécia Carl Bildt pode se tornar o novo premiê ucraniano.



Leia mais: http://br.sputniknews.com/mundo/20160127/3415241/ucrania-premie-politica.html#ixzz3yXAwO7pE

28 de janeiro de 2016 às 10:35:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Deputado da Polónia vendida ao Ocidente reconhece :

A Rússia tem razões para considerar a OTAN como uma ameaça, de acordo com um deputado polonês do Parlamento Europeu.



Leia mais: http://br.sputniknews.com/mundo/20160127/3413684/Europa-parlamento-OTAN-Russia-Polonia.html#ixzz3yXBLygpB

28 de janeiro de 2016 às 10:37:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

O secretário do Conselho de Segurança da Rússia Nikolai Patrushev declarou que os EUA pretendem destruir a Rússia para obter os seus recursos.



Leia mais: http://br.sputniknews.com/mundo/20160126/3398914/eua-russia-politica.html#ixzz3yXD8Zbl9

28 de janeiro de 2016 às 10:43:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

https://www.facebook.com/RadioJAT/videos/10153580343951749/?fref=nf

28 de janeiro de 2016 às 11:50:00 WET  

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