quarta-feira, janeiro 27, 2016

GOVERNO ITALIANO TAPA ESCULTURAS COM NUDEZ E NÃO SERVE VINHO EM BANQUETE DE PRESIDENTE IRANIANO DE VISITA A ITÁLIA


Preparativos para a viagem oficial que o presidente iraniano está a fazer a Itália foram cumpridos com todo o rigor. Nada de esculturas atrevidas à sua passagem ou de álcool servido ao jantar...
Para evitar embaraços e num gesto de respeito pelo presidente iraniano Hassan Rouhani, que cumpre por estes dias uma visita oficial a Itália, todas as esculturas de nus no Museu Capitolini, em Roma, foram tapadas com painéis brancos. O museu foi o local escolhido, esta segunda-feira, para o encontro entre Rouhani e o primeiro-ministro italiano Matteo Renzi. Mas ao longo dos corredores por ambos percorridos, nenhuma das estátuas mais atrevidas ficou à vista.
Segundo o “The Guardian”, o gabinete do primeiro-ministro preferiu não comentar a decisão, mas um porta-voz do Capitolini esclareceu que todos os preparativos da visita foram delineados pelos serviços do gabinete de Matteo Renzi.
Também por respeito a Rouhani e à religião muçulmana professada no seu país, não foram servidas bebidas alcoólicas no jantar servido em sua homenagem, diz a agência Ansa.
O presidente iraniano iniciou esta segunda-feira, em Itália, a sua primeira visita oficial à Europa, numa altura marcada pelo levantamento das sanções internacionais ao Irão. Da agenda desta visita fizeram também parte encontros com o seu homólogo italiano, Sergio Mattarella, e já esta terça-feira um outro, com o Papa Francisco.
Na quarta-feira, e prosseguindo o seu périplo europeu, Hassan Rouhani viaja para França.
*
Fonte: http://expresso.sapo.pt/internacional/2016-01-26-Roma-tapou-estatuas-de-nus-em-sinal-de-respeito-pelo-presidente-do-Irao


Noutra fonte, http://br.sputniknews.com/mundo/20160126/3405107/Italia-esconde-esculturas-nuas-durante-visita-do-presidente-do-Ira.html#ixzz3yNwRPEXu, encontra-se esta passagem:

(...) a decisão de esconder obras de arte tão famosas e ricas, como o principal exemplar da Vénus Capitolina, por exemplo, não foi bem recebida por todos. 
"Não se pode esconder a sua cultura, a sua religião ou história. Foi uma decisão errada", declarou Giuliano Volpe, chefe do Conselho Superior de Herança Cultural do Ministério da Cultura da Itália. (...)

É particularmente curiosa a parte de nem sequer haver vinho à refeição... mas... nem para os infiéis?... 
Mas como pode isto ser, então não se dá por adquirido, ao nível das elites político-culturais reinantes no Ocidente, que o verdadeiro Islão é tolerante e que por isso o verdadeiro muçulmano não quer impor a sua cultura aos outros e por isso mesmo, subentende-se, não há quaisquer problemas em que um não muçulmano beba álcool, ou coma carne de porco, ao pé de um muçulmano?...
Curioso exemplo este, que aqui foi dado... servirá como precedente e/ou como exemplo para os autóctones italianos e demais europeus diante da presença de muçulmanos nas escolas, nas ruas, nos cafés, nos restaurantes?...

Enfim, é fartar vilanagem, canalhagem, miseragem. A ocultação seja do que for da cultura europeia diante de um muçulmano para não o ofender não tem hipótese de ser defendida como sinal de respeito - está inequivocamente do lado de lá da barreira que separa o respeito da subserviência. Abster-se de insultar outras culturas é sinal de respeito; alterar a sua própria posição ou esconder seja o que for em si porque o outro pode não gostar do que vê, isso é já a violação da sua própria identidade, precisamente aquilo que a elite político-cultural reinante não admite que se obrigue o alógeno a fazer a si próprio quando está em solo ocidental. A agravantezita aqui é que o Italiano está na sua própria terra...




12 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Mas a Igreja não é uma inimiga da cultura europeia?

28 de janeiro de 2016 às 01:04:00 WET  
Blogger Caturo said...

Evidentemente.

28 de janeiro de 2016 às 11:57:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

E no entanto é um repositório da cultura europeia como está bem à vista. Chatice.

28 de janeiro de 2016 às 14:04:00 WET  
Blogger Caturo said...

Sim, roubar património, território, cultura, aos pagãos, dessacralizando tudo isso e pondo-o ao serviço de um credo alógeno, e para cúmulo reivindicar tudo isso como seu, é, na melhor das hipóteses, uma chatice, para não dizer outra coisa, como por exemplo filhadaputice descarada.

28 de janeiro de 2016 às 16:12:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Ah, estas estátuas foram todas roubadas aos pagãos. Ah, bom!

28 de janeiro de 2016 às 17:44:00 WET  
Blogger Caturo said...

Todas, não sei... mas que os cristãos tentaram destruí-las, e até exigiram que uma delas fosse removida do Senado, isso foi um facto histórico. Depois, para se fazerem «herdeiros» da grande cultura, resolveram «adoptá-las», mas já sem o seu significado sagrado, pudera... é um bocado à novo-rico mas com mistura de pirata e genocida.

28 de janeiro de 2016 às 18:50:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Epá, vê-se bem que estas estátuas são renascentistas.

28 de janeiro de 2016 às 19:28:00 WET  
Blogger Caturo said...

No caso, vai dar ao mesmo - não é só uma questão de objectos em si mas de toda a cultura, material e espiritual.

28 de janeiro de 2016 às 22:24:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Pois, cristãos, durante o Renascimento, a construírem estátuas no estilo greco-romano é mesmo que a cultura europeia estar a ser destruída. facepalm

28 de janeiro de 2016 às 23:20:00 WET  
Blogger Caturo said...

Não, que ideia, construírem estátuas de Divindades que à partida são dadas como inexistentes porque são as dos verdadeiros ancestrais, enquanto o único «Deus» com autorização de existir e ser adorado é um judeu do Próximo Oriente, isso sim, é que é mesmo amar a cultura verdadeiramente europeia, olá se é...

28 de janeiro de 2016 às 23:25:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Bem, os cristãos ao construírem estátuas no estilo greco-romano faziam com que as divindades pagãs não caíssem no esquecimento dos europeus e isso protege a cultura europeia mesmo pela a tua perspectiva. Chatice.

29 de janeiro de 2016 às 00:14:00 WET  
Blogger Caturo said...

Sim, compreendo que para ti seja uma chatice - a cultura antiga era tão forte que em vez de pura e simplesmente a destruírem, como fizeram nos primeiros tempos, resolveram absorvê-la como estratégia de usurpação e neutralização - parece que nalguns casos chegou a haver quem considerasse as estátuas das Divindades como estátuas de santos... E agora até há quem queira fazer crer que assim «os cristãos» até preservaram a cultura europeia, de facto esta gentinha tem a escolinha toda...

Já agora, não era por causa das suas esculturas que as Divindades pagãs não caíam no esquecimento... a literatura havia de ser mais importante nisso do que a escultura. Aliás, Camões teve de deixar claro que não acreditava nos Deuses clássicos que evocou nos Lusíadas, para não ter precisamente aquilo a que se chama chatices.

29 de janeiro de 2016 às 23:14:00 WET  

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