EMBLEMA EVENTUALMENTE «RACISTA» DE VILA NORTE-AMERICANA É MANTIDO POR VOTAÇÃO LOCAL

Entre princípios e meados deste mês, os residentes de Whistesboro, vila de Nova Iorque, votaram contra a alteração do selo oficial local, que mostra um europeu a estrangular um índio norte-americano.

Apenas duzentos dos cerca de três mil habitantes votaram, e votaram maciçamente a favor da preservação do emblema tal como ele é, segundo conta o presidente da câmara Patrick J. O'Connor.

Um dos votantes foi ouvido na televisão a dizer «Politicamente correcto, o que interessa isso? Esta é a nossa vila, o que é que interessa o que pensa o mundo? Quero ver isto resolvido hoje, de uma vez por todas.»

O símbolo esteve sob crítica desde que no último Verão se deu um tiroteio na igreja negra de Charleston, na Carolina do Sul, causando nove mortes. Os anti-racistas de serviço aproveitaram para bater no estandarte de Whistesboro. Os locais respondem que a imagem representa um momento de amizade entre colonos europeus e membros da nação índia local, a Oneida. Um dos autóctones brancos diz: «Sabemos que os índios e o homem branco lutaram juntos. Sabemos que ambos gostavam disso. Era algo bom. Portanto toda esta conversa de agora é só conversa, conversa.» O'Connor diz essencialmente o mesmo: a imagem é «uma representação muito apurada dos combates de luta amigáveis que aconteciam nesses tempos.»

Nos anos setenta, um grupo de nativos americanos processou a vila, o que levou as autoridades a alterarem o logótipo local, a mostrar o fundador de Whitesboro, Hugh White, com as mãos em torno do pescoço de um índio. Uma historiadora local, Judy Mallozzi, conta a conclusão do caso: «Portanto depois do processo em tribunal foi determinado que é parte da nossa história, portanto não tivemos de deixar de usá-la [à imagem]. Só tivemos de alterá-la, portanto as mãos desceram-lhe aos ombros.»

Uma minoria de moradores está contra a preservação desta representação da vila.

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Fonte: http://www.smithsonianmag.com/smart-news/new-york-village-votes-keep-official-seal-depicting-white-settler-strangling-a-native-american-180957792/?no-ist

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Compreende-se que os índios fiquem chateados com isto, dado que a terra era e é deles, embora esta versão da História se possa pôr em causa com a recente teoria que sustenta terem os brancos chegado à América por via marítima já na Pré-História, e que os ancestrais dos Índios, mongolóides (de raça mongolóide ou amarela) apareceram depois, através do estreito de Bering, e massacraram os brancos. De qualquer modo, os índios foram na História recente totalmente esmagados, quase exterminados, e a imagem em causa tem demasiada parecença com uma cena dessa índole. Torna-se desagradável. Não deixa entretanto de ser curioso como ainda há uma notória representação do branco típico «provinciano» que mantém uma postura «racista» ou pelo menos de quem está disposto a tudo - até a elaborar interpretações criativas do emblema - tudo, menos mudar a sua imagem colectiva por pressão de modernices anti-racistas...