segunda-feira, janeiro 25, 2016

MINISTRA DA JUSTIÇA ISRAELITA APELA À CRIAÇÃO DE ESTADO CURDO

Fonte: http://www.timesofisrael.com/shaked-calls-for-an-independent-kurdistan/
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Em Israel, a ministra da Justiça Ayelet Shaked apelou há dias, na conferência de segurança anual de Telavive, à criação de um Curdistão independente e salientou a importância de uma política de cooperação entre Israel e os Curdos: «Devemos apelar abertamente ao estabelecimento de um Estado Curdo que separe o Irão da Turquia, um Estado que será amigável para com Israel.» Mais afirmou que «o Povo Curdo é um parceiro para o de Israel», salientando o comum interesse israelita e curdo em derrubar o poder do islamismo na região. Acrescentou que «os Curdos são um antigo Povo democrático e amante da paz que nunca atacou nenhum país.»
Não há de momento relações oficiais entre Israel e o Curdistão iraquiano, que é a única região curda semi-autónoma (e há Curdos noutras áreas do Médio Oriente: Síria, Turquia, Irão), embora pareça existir, segundo alguns, uma cooperação entre os dois governos, bem como negócios e colaboração militar.

Shaked, da Extrema-Direita judaica, tornou-se polémica devido a uma série de declarações radicais. Neste encontro mais recente, acusou os apoiantes dos grupos esquerdistas de «terrorismo de Estado» devido aos seus «esforços para caluniar o nome de Israel por fora e por dentro.»

Israel está há já algum tempo a apoiar uma futura soberania curda. De notar que, conforme aqui se diz http://www.voltairenet.org/article184574.html, a 25 de Junho, 2014, o presidente de Israel, Shimon Peres, e o ministro das Relações Exteriores, Avigdor Lieberman, reuniram-se com o presidente Barack Obama e o secretário de Estado John Kerry para ultimar o acesso do Curdistão iraquiano à independência.
O primeiro-ministro Benyamin Netanyahou anunciou, pouco depois, que Israel apoiava a criação de um Estado curdo independente no norte do Iraque, durante um discurso no Instituto para Estudos de Segurança Nacional da Universidade de Telavive.
Apesar da denúncia do governo federal iraquiano de Nouri al-Maliki, o governo local do Curdistão iraquiano conseguiu exportar para Israel o petróleo roubado em Kirkuk [1]. O petróleo transitou por um oleoduto controlado pelo EIIL, e depois pelo porto turco de Ceyhan.

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Isto de «roubado» é uma interpretação um bocado abusiva (baseada no facto de que o oleoduto é disputado: http://www.reuters.com/article/us-israel-iraq-idUSKBN0EV0X620140620), o que não admira, dado que o sítio internético do qual se retira a notícia é manifestamente anti-israelita. Kirkuk é, tenha-se em mente, uma cidade curda.

E aqui Israel presta notoriamente um bom serviço a uma nação árica, para proveito próprio, mas beneficiando-a, e beneficiando também, indirectamente, o Ocidente, que teria todo o interesse em que na região existisse um país curdo. Os interesses judaicos convergem, uma vez mais, com os dos Europeus.