FATUA QUE PERMITE CHACINAR JUDEUS E CRISTÃOS INOCENTES

Em Gaza
, um cheque salafista, Ahed Ahmad Abd Al-Karim Al-Sa'idani, mais conhecido como Abu Al-Walid Al-Maqdisi, emitiu no passado dia 5 de Fevereiro uma fátua que legitima o assassínio de civis judeus e cristãos, considerando que estes não são inocentes.

Este pronunciamento legal islâmico foi feito na sequência de uma pergunta formulada por um muçulmano sobre a legitimadade de matar inocentes durante o combate contra os infiéis e diz o seguinte:

«A nossa charia proíbe assassinar pessoas inocentes, sejam muçulmanas ou infiéis... Sem embargo, no curso de uma operação de guerra santa, os erros podem sempre acontecer e isto de maneira nenhuma significa que a guerra santa possa ser detida ou atrasada.

Se por "gente inocente" o investigador quer dizer civis judeus ou cristãos do país [no qual a operação de guerra santa se leva a cabo], então é preciso saber-se que estas pessoas não são fundamentalmente inocentes. Pelo contrário, são parte dos combatentes agressivos [que apoiam os actos dos seus dirigentes] em dinheiro, opinião e conselho. Mesmo se alguns deles são inocentes, não se podem todavia separar dos agressores aos quais os mujahedin [guerreiros de Alá] têm por alvo - os estudiosos determinaram que, no caso de um ataque surpresa, é permitido assassinar todos eles...

Se por "inocentes" o investigador quer dizer muçulmanos que possam ser feridos acidentalmente durante uma operação militar, não é admissível abster-se de combater os infiéis por temor de ferir a alguns muçulmanos, porque isto significa deter a jihad [guerra santa]. A maioria dos países infiéis que estão a combater contra o Islão têm como cidadãos alguns muçulmanos imigrantes que aí vivem. É inconcebível [deter a jihad por causa deles], especialmente na actual situação, quando a maioria dos países muçulmanos está a levar a cabo uma jihad defensiva.»

Espera-se que no resto do mundo islâmico esta fátua seja condenada pela «imensa esmagadora maioria dos muçulmanos» que, como se sabe, é imensamente tolerante e pacífica... espera-se ansiosamente... a qualquer momento... deve estar quase, quase, quase... é só esperar mais um bocadito...

E, nos entrementes, fica um esclarecimento a quem diz que o Islão não mata inocentes... pois não mata inocentes não... resta saber quem são, aos olhos do Islão, os inocentes...

 

Aqui ao lado, no país irmão, dezoito ou vinte por cento das comunidades muçulmanas recenseadas pertencem à tendência salafista. Na Catalunha, parte de Espanha onde a percentagem de muçulmanos é maior, é igualmente maior, no seu seio, a percentagem de salafistas, que ascende aos vinte e cinco por cento. Em 2008, foi ai apanhada uma célula islamista composta de doze paquistaneses e dois indianos que pretendiam fazer explodir uma bomba no metro de Barcelona.