terça-feira, maio 04, 2010

HOMEM DE FERRO 2


Surpreendeu pela positiva, «Homem de Ferro 2». O trailer que se vê na televisão não lhe faz justiça. Supera claramente «Homem de Ferro 1», que, sendo razoável, deixou todavia qualquer coisa a desejar, nem que fosse extensão de película (digo-o agora, pela impressão que dele me ficou). Este segundo salienta-se por um enredo melhorado e mais complexo, por um mais avassalador e retumbante estilo cénico, e, como brinde inesperado, pela introdução da adorável Viúva Negra, uma das mais carismáticas personagens da Marvel, aqui sobejamente bem interpretada por Scarlett Johansson, que adiciona a sua beleza à da outra estrela feminina do filme, Gwyneth Paltrow.

Pena é que uma outra personagem, o emblemático Nick Fury, agente secreto zarolho que é assim uma espécie de mistura de James Bond com veterano de guerra ianque, seja neste filme da cor do breu. Na mesma linha, o final afigura-se agourento, na medida em que parece indicar que o próximo Homem-de-Ferro será igualmente um afro-americano. É todavia estimulante, para os apreciadores da Marvel, que fique no ar a eventualidade de os «Vingadores», grupo de super-heróis menos conhecido mas mais grandioso do que os X-Men, e que integra alguma das maiores personagens Marvel, incluindo o próprio Homem-de-Ferro, virem a ter direito à sua própria película - que precisará, se for feita, de umas boas três horas de duração.

Mickey Rourke compõe um vilão que por pouco se salva da unidimensionalidade, ou do kitsch, mas não por culpa do actor; é que ainda por cima o mau da fita é russo, o que não admira, visto que o urso eslavo voltou a ser o grande rival mundial da águia ianque...

Robert Downey Jr., por seu turno, continua a convencer no papel de Tony Stark, milionário excêntrico, cínico e algo debochado, e dado aos copos, que é ao mesmo tempo um super-herói à beira do descontrolo e da morte, e por vezes de alguma parvoíce; no seu pior (raro, valha isso) Stark só é ultrapassado no ridículo do seu show-off americanóide pelo seu rival industrial, deveras nabo e caganifrates, Justin Hammer. Enfim, a respeito deste aspecto, que traduz um estilo caracteristicamente ianque talvez imbuído de uma certa negroidice, dá-se-lhe o devido desconto (ignora-se, pronto) e consegue-se ver o filme com boa disposição. Bom para quem gosta de bombásticas e velozes cenas de bordoada e raios laser com alguma intriga e beldades pelo meio, à James Bond, mas com mais fantasia. E quem achar que isto que acabei de dizer serve obviamente de sátira a este tipo de filme, estará possivelmente na faixa do caga-tacos mental com pretensões a senhor de letras, daqueles que se habituou a considerar que o cinema «a sério» é para exprimir sentimentos ou conceitos filosóficos, como se devesse o grande ecrã ficar-se ao nível do livro ou do teatro erudito, como se o reino privilegiado do cinema não fosse precisamente o de explorar as potencialidades que mais nenhum meio audiovisual possui, situáveis, naturalmente, no campo da ficção e do deslumbramento dos sentidos. O cinema não é para ser apenas o dito «cinema europeu», ou por outra, francês, que é tanto melhor quanto mais conseguir deprimir quem o vê, expressando algum tipo de nihilismo ou outra qualquer espécie de angústia intelectual, que, bem espremida, serve para nada mais do que meter nojo, com cenas dominadas ora por um olhar doente e passivamente suicida, ora por um berro repentino despropositado de algum desgraçadinho que já não se aguenta nos nervos. Depois queixam-se que o público europeu não consome cinema europeu - pois mal estaria o grosso da população europeia se preferisse ver dois urbano-deprimidos, e depressores, a dizer banalidades da moda intelectual, em vez de embelezar as vistas com imagens que falam à sua alma mais arcaica, «primitiva», diriam alguns, aquela alma que por acaso até está luminosamente expressa no maior monumento literário do Ocidente, a Ilíada. E o que será o Homem de Ferro senão uma versão moderna, plebeizada e americanada talvez, mas ainda assim um avatar, um atavismo, da antiga figura do Deus da Guerra em armadura fulgurante, ou, mais tarde, do cavaleiro andante do imaginário medieval?

14 Comments:

Anonymous Anónimo said...

«O cinema não é para ser apenas o dito «cinema europeu», ou por outra, francês, que é tanto melhor quanto mais conseguir deprimir quem o vê, expressando algum tipo de nihilismo ou outra qualquer espécie de angústia intelectual, que, bem espremida, serve para nada mais do que meter nojo, com cenas dominadas ora por um olhar doente e passivamente suicida, ora por um berro repentino despropositado de algum desgraçadinho que já não se aguenta nos nervos.»

Muito bem visto, penso exactamente o mesmo. E quem mais perde com esta situação são precisamente os europeus, cuja identidade é subrepresentada no seu próprio cinema (quando não profundamente distorcida, como naquela aberração intitulada "Lisboetas"), sendo substituída por esses devaneios dos argumentistas e realizadores europeus, frequentemente multiculturalistas e assumidamente de esquerda.

Uma grande parte da identidade cultural norte-americana foi construída à custa do cinema, sobretudo na primeira metade do séc. XX.

O facto do cinema europeu não conseguir rivalizar com o cinema norte-americano só demonstra a falta de apreço e de estima que as elites europeias têm para com o seu próprio povo.

5 de maio de 2010 às 10:59:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Vão á Cinemateca descobrir o bom cinema europeu,pá!

5 de maio de 2010 às 12:32:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

«Vão á Cinemateca descobrir o bom cinema europeu,pá!»

Olha um chico-esperto... se nos desses alguns exemplos de bons filmes europeus ainda terias alguma credibilidade... mandar ir ali ou além qualquer um manda!...

5 de maio de 2010 às 13:09:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

O QUE É BREU..??

SEMPRE OUÇO ISSO DAS GERAÇÕES MAIS ANTIGAS DO BOSTIL E NEM SEI O QUE É..!!

PS: SEMPRE INFILTRAM AS MERDAS E SEMPRE COLOCAM ESSA COTISTADA EM PAPÉIS EMBLEMATICOS PRA TENTAR NOS LOBOTOMIZAR VIA CEREBRO MEDIO AOS MENOS PREPARADOS, PARA QUE ESTE ASSOCIE IRRACIONALMENTE AQUELAS MERDAS A ALGO "POSITIVO" TOTALMENTE CONTRA A VERDADE DOS DADOS CRIMINAIS EM %..!!

ESSA JUDIA ASKENAZITA POR FORA PARECE ATÉ ARIA, MAS NINGUEM SABE POR DENTRO..!!

5 de maio de 2010 às 19:27:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

«Vão á Cinemateca descobrir o bom cinema europeu,pá!»

Olha um chico-esperto... se nos desses alguns exemplos de bons filmes europeus ainda terias alguma credibilidade... mandar ir ali ou além qualquer um manda!..."


Olha um papalvo armado em sabichão da aldeia,lol...os exemplos estão aí,nos meios de comunicação para que nós os procuremos,se apreciarmos os estilos,evidentemente...
não faltam,pois,sítios onde procurar bom cinema fora do mainstream:a Cinemateca Nacional é disso exemplo cabal,mas eu não vou perder tempo a dar-te dicas,por isso faz-te à vida e vai buscar...
E sim,há muito e bom cinema europeu,para que conste,e fora do circuito dos blockusters...é preciso é ir procurá-lo...acabaste mas foi de perder uma boa oportunidade de estares caladinho,foi o que foi,mas continua tentar:um dia chegas lá...

6 de maio de 2010 às 10:07:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

«Vão á Cinemateca descobrir o bom cinema europeu,pá!»

"Olha um chico-esperto... se nos desses alguns exemplos de bons filmes europeus ainda terias alguma credibilidade... mandar ir ali ou além qualquer um manda!..."



Em vez das tiradas ocas,cultiva-te no bom cinema europeu...deixa de ser preguiçoso mental e...vai buscar.
Era para ter piada?lol.

6 de maio de 2010 às 10:09:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

«Em vez das tiradas ocas,cultiva-te no bom cinema europeu...deixa de ser preguiçoso mental e...vai buscar.
Era para ter piada?lol.»

Em vez de seres o grandessíssimo atrasado mental de sempre, que insiste em não colocar espaços a seguir à pontuação e que manda postas de pescada sem justificar, deverias ser capaz de construir argumentos sólidos e bem fundamentados, APRESENTANDO EXEMPLOS CONCRETOS DE BONS FILMES EUROPEUS. És TU quem tem que se chegar à frente, porque foste TU quem afirmou que o cinema europeu é bom.

E não, não era para ter piada, porque a tua argumentação é tão medíocre que nem consegue fazer rir, só deprimir.

(Irra, que este gajo deve ser primo do ex-arino!)

6 de maio de 2010 às 13:45:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

«Olha um papalvo armado em sabichão da aldeia,lol...os exemplos estão aí,nos meios de comunicação»

Burro és tu, que falas em exmplos mas é incapaz de dar um! UM SÓ QUE SEJA!!!... Cometeste o mesmo erro duas vezes e aindas te orgulhas disso! Foda-se, tu não és paenas burro, és burro ao quadrado!

«para que nós os procuremos,se apreciarmos os estilos,evidentemente...»

evidentemente, não és capaz de darf um exemplo que seja!

«não faltam,pois,sítios onde procurar bom cinema fora do mainstream:a Cinemateca Nacional é disso exemplo cabal,mas eu não vou perder tempo a dar-te dicas,por isso faz-te à vida e vai buscar...»

Não vais perder tempo porque não conheces um exemplo que seja. E ainda por cima és arrogante a ponto de pensar que os outros não vêem cinema europeu. Típica postura de tuga rasca, que manda os outros fazer sem os conehcer de lado nenhum nem fundamentar devidamente porquê.

«E sim,há muito e bom cinema europeu,para que conste,e fora do circuito dos blockusters...é preciso é ir procurá-lo...»

Continuas na mesma: mandas os outros fazer, quando TU nem sequer és capaz de dar um único exemplo. É a ignorância operacional suprema elevada a virtude. Enfim, de um gajo que diz que o sexo é nojento nem se espera outra coisa.

A tua postura é tão ridícula como eu dizer que há bons comunas e que basta ir ao PC para ver que há bons comunas. Ou que há extraterrestres e que basta ir a outros planetas para ver que há extraterrestres!...

«acabaste mas foi de perder uma boa oportunidade de estares caladinho,foi o que foi,mas continua tentar:um dia chegas lá...»

Não, sua besta acéfala e ignorante, foste TU e apenas TU quem perdeu uma oportunidade de estar calado, porque a minha pergunta ficou sem reposta: ONDE ESTÃO OS EXEMPLOS DE BOM CINEMA EUROPEU!? Conheces tantos e afinal não és capaz de citar um só que seja?! E ainda quer este animal de merda ter razão, quando toda a sua "argumentação" cai logo à partida…

Quando fores capaz de responder à minha pergunta, avisa... e não desconverses porque és TU quem tem que providenciar exemplos dado que és TU quem defende que o bom cinema europeu existe.

6 de maio de 2010 às 13:45:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

«cultiva-te no bom cinema europeu...»

LOL, na volta bom cinema europeu para este anormal deve ser aqueles filmes exasperantes do Luchino Visconti, Kusturica, Wim Wenders ou Lars von Trier... (olha, exemplos, a tal coisa que o anónimo que odeia sexo não é capaz de providenciar!)

E ainda tem esta besta a lata de escrever "cultiva-te"! Foda-se, que merda de aleijadinho hipócrita e presunçoso!

6 de maio de 2010 às 13:51:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

VC´S DEVERIAM USAR ESSA ENERGIA TODA CONTRA OS NOSSOS INIMIGOS E NÃO DENTRE SI..!!

6 de maio de 2010 às 17:07:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

VC´S DEVERIAM USAR ESSA ENERGIA TODA CONTRA OS NOSSOS INIMIGOS E NÃO DENTRE SI..!!"

Fodasse o brasileiro disse alguma coisa de jeito, parabéns.

6 de maio de 2010 às 19:46:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

"aqui sobejamente bem interpretada por Scarlett Johansson, que adiciona a sua beleza à da outra estrela feminina do filme, Gwyneth Paltrow."


ambas metade judias

6 de maio de 2010 às 22:41:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Fodasse o brasileiro disse alguma coisa de jeito, parabéns.

6 de Maio de 2010 19h46min00s WEST

AS VEZES O NOSSO EGO TENTA ESCAPAR DO CONTROLE, MAS BASTA VER O QUADRO DEMOGRAFICO DO NOSSO POVO PARA PERCEBER QUE NÃO PODEMOS NOS DAR A TAL LUXO..!!

7 de maio de 2010 às 01:09:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

ambas metade judias

O TAL HARRY POTTER TAMBEM É FILHO DE ANGLO-SAXÃO COM JUDIA..!!

7 de maio de 2010 às 01:10:00 WEST  

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