terça-feira, dezembro 03, 2024

LÍDERES NACIONALISTAS EUROPEUS APOIAM DECLARADAMENTE O PRIMEIRO-MINISTRO DE ISRAEL CONTRA O TPI

O primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán anunciou hoje [22 de Novembro] que não respeitará o mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) contra o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu e convidará o seu homólogo a visitar Budapeste. O líder holandês de Extrema-Direita Geert Wilders disse que, em vez de receber compreensão e apoio internacional, Netanyahu enfrenta um mandado de prisão. "O mundo enlouqueceu", observou, deixando entender que estava a planear uma reunião com o primeiro-ministro israelita. "Estou orgulhoso de encontrar o meu amigo @netanyahu em breve em Israel", disse ele no X. Da mesma forma, Matteo Salvini, vice-primeiro-ministro do governo italiano e chefe do parceiro de coligação minoritário Lega Nord, disse que é "desrespeitoso" chamar criminoso de guerra "ao primeiro-ministro de uma das poucas democracias do Médio Oriente".
O Fidesz húngaro, o PVV holandês e a Liga italiana são membros do grupo Patriots for Europe de Marine Le Pen . De acordo com rumores de Bruxelas, se o primeiro-ministro israelita fosse a solo húngaro e não fosse preso, a Hungria estaria “a violar as suas obrigações legais internacionais e a posição da UE no Tribunal Penal Internacional”.
No entanto, a proeza de Orbán é outra tentativa de atrair interesse internacional depois de o desempenho do seu país durante a presidência rotativa da UE ter sido um desastre. Orbán especificou que convidaria Netanyahu quando o mandado de prisão fosse retirado. “Não temos escolha a não ser contestar esta decisão . Convidarei” Netanyahu “a vir à Hungria, onde posso assegurar-lhe que a decisão do Tribunal Penal Internacional não terá efeito”, disse o Primeiro-Ministro húngaro em entrevista à rádio estatal.
Ao contrário das suas principais declarações, o porta-voz do governo húngaro Zoltán Kovács confirmou que Orbán convidou o primeiro-ministro israelita Netanyahu para visitar a Hungria. “O primeiro-ministro húngaro concedeu imunidade a Netanyahu da decisão do TPI durante a sua visita”, enfatizou, “dando prioridade às relações israelo-húngaras e garantindo a segurança de Netanyahu para discussões produtivas na Hungria”.
O porta-voz disse mais tarde que Orbán chamou ao mandado de prisão uma decisão “descarada e cínica” e “uma interferência” em “motivações políticas”.
Netanyahu agradeceu à Hungria pelo convite e elogiou a “clareza moral” do primeiro-ministro húngaro Orbán.

Governo de coligação de Itália dividido
“Os criminosos de guerra são outros” , disse Matteo Salvini, acrescentando que “Israel está sob ataque há décadas; cidadãos israelitas vivem com o pesadelo dos mísseis e com bunkers sob as suas casas há décadas. Agora, dizer que o criminoso de guerra a ser preso é o primeiro-ministro de uma das poucas democracias do Médio Oriente parece-me desrespeitoso e perigoso porque Israel não só se defende, mas também defende as liberdades, as democracias e os valores ocidentais. Parece-me claro que é uma escolha política ditada por alguns países islâmicos que são maiorias em algumas instituições internacionais”.
No entanto, o vice-primeiro-ministro e ministro das Relações Exteriores Antonio Tajani disse na Joves que a Itália respeita o TPI depois de este ter emitido mandados de prisão para Netanyahu, seu ex-ministro da defesa Yoav Gallant e o chefe militar do Hamas Mohammed Deif. Tajani especificou que o governo italiano avaliaria o que fazer sobre essa decisão com os seus aliados. “Apoiamos o TPI, lembrando sempre que o tribunal deve desempenhar um papel legal, não político” , enfatizou Tajani.
Por sua vez, a primeira-ministra Giorgia Meloni disse hoje que irá “aprofundar as razões que levaram à decisão do TPI nos próximos dias”. “Motivações que devem ser sempre objetivas e não de natureza política”, observou. Afirmou que a Presidência italiana do G7 planeia incluir esta questão na agenda da próxima Reunião Ministerial de Relações Exteriores em Fiuggi, marcada para 25 a 26 de Novembro. Um ponto permanece firme para este governo: não pode haver equivalência entre as responsabilidades do Estado de Israel e da organização terrorista Hamas”.

A Extrema-Direita apoia Netanyahu
Geert Wilders, líder do Partido para a Liberdade (PVV), membro da coligação do governo holandês, também defendeu Netanyahu. Imagine que você lidera uma Nação democrática fortemente atacada, enfrentando uma ameaça existencial. Muitos do seu Povo são massacrados e estuprados, e feitos reféns por terroristas islâmicos. Você defende a sua Nação e o seu Povo e tenta legitimamente erradicar os terroristas bárbaros – que se escondem em hospitais e escolas – para nunca mais deixar que isso aconteça. Em vez de receber compreensão e apoio internacional, você é confrontado com um mandado de prisão. O mundo enlouqueceu. Estou orgulhoso de encontrar o meu amigo @netanyahu em breve em Israel”, escreveu Wilders em publicação no X.
Entretanto, nenhum dos outros três partidos que formam a coligação governamental fez uma declaração sobre o mandado de prisão do TPI.
Embora o ex-primeiro-ministro checo Andrej Babišlíder do partido ANO e também membro do Patriotas pela Europa de Le Pen, não tenha feito nenhuma declaração, republicou a publicação de Orbán sobre o seu convite a Netanyahu.
Por fim, Anders Vistisen, o único eurodeputado do Partido Popular Dinamarquês (DF) e também membro dos Patriotas, publicou uma declaração semelhante à de Wilder no X, afirmando que "estou 100% do lado de Israel e continuarei assim, independentemente do que o Tribunal Penal Internacional pense".

*

Fontes:
https://www.europeaninterest.eu/the-european-far-right-challenges-the-icc-orban-wilders-and-salvini-defend-netanyahu/
https://jihadwatch.org/2024/11/orban-wilders-and-salvini-defend-netanyahu-challenge-the-icc

* * *

Isto é só Nacionalismo europeu sério e coerente. Israel é uma Nação branca ocidentalizada e democrática, que tem como principal oponente imediato um credo universalista totalitário, o Islão, o qual é igualmente oposto a todas as Nações europeias bem como à Índia (e, no fundo, a todas as outras Nações propriamente ditas). É de moderada importância que os Europeus percebam a naturalidade e conveniência desta aliança. E, neste contexto, o actual procedimento de Netanyahu é genericamente exemplar, tendo como inamovível missão a salvaguarda da Nação acima de tudo o resto, não poupando por isso os seus inimigos de morte. Os Nacionalistas europeus mais atentos e funcionais estão por isso a cumprir o seu dever ideológico e político ao manifestar solidariedade para com o líder do país do Magen David. É de esperar que a recente eleição de Trump fortaleça a sua posição, logo se vê...

segunda-feira, dezembro 02, 2024

GAZA - AGÊNCIA DA ONU RESPONSABILIZA ISRAEL PELA SALVAGUARDA DOS COMBOIOS DE AUXÍLIO HUMANITÁRIO A GAZA

Uma alta autoridade da ONU afirmou na Martes [17 de Novembro] que Israel é responsável por proteger comboios de ajuda em Gaza, após o que descreveu como um incidente de "crime organizado" envolvendo suprimentos humanitários.
Em entrevista ao programa "Here and Now" da WBUR, a directora de comunicações da UNRWA, Juliette Touma, fez uma distinção clara entre os saques anteriores feitos por civis "desesperados" e "famintos" e este recente roubo "organizado".
"Como potência ocupante", insistiu Touma, as autoridades israelitas devem "proteger esses comboios durante todo o trajecto, não apenas entrando em Gaza, mas até que cheguem em segurança aos armazéns da ONU".
Há tensões crescentes sobre a distribuição de ajuda na região devastada pela guerra, onde organizações humanitárias alegam estar a ter dificuldades para manter linhas de suprimento seguras.
*
Fontes:
https://www.jfeed.com/news-israel/sn8s0j
https://jihadwatch.org/2024/11/hamas-loots-aid-convoy-un-official-says-its-israels-responsibility-to-provide-aid-and-protect-it-from-jihadis

* * *

Em suma - o Hamas ataca comboios de auxílio humanitário e a culpa é de Israel... e os capacetes azuis da ONU nem para isso servem, afinal... Israel é que tem de proteger os civis todos de todos os lados...
O que vale é que Trump parece estar em posição, e com determinação, de cortar todo o auxílio norte-americano à ONU, valha isso...

ALEMANHA - «JUIZ» APLICA PENA LEVE A VIOLADOR SÍRIO DE ADOLESCENTE, DIZ AO ALÓGENO QUE ELE «ESTÁ NO BOM CAMINHO» E CASTIGA COM PENA MAIOR UM CIDADÃO QUE INSULTA O JUIZ...

Um homem alemão que descreveu um juiz como “obviamente mentalmente perturbado” — depois de o juiz emitir uma sentença leve para um sírio que estuprou uma menina de 15 anos — foi punido com uma multa de €5000 por “insultar” o juiz. Esta multa dada a Paul S., cujo nome foi alterado para proteger a sua identidade, foi quase o dobro da multa dada ao estuprador sírio. O sírio não só não teve de cumprir pena de prisão como foi até elogiado durante o seu julgamento pelo juiz distrital pelos seus esforços de integração.
O juiz do caso emitiu uma sentença suspensa, uma forma de liberdade condicional, para o estuprador sírio de 30 anos, e ele só teve de pagar à vítima a quantia de €3000.
Paul S. escreveu um e-mail irritado ao juiz do tribunal distrital devido à sentença, que Paul S. considerou injusta.
A pena aplicada a Paul S. foi posteriormente reduzida após uma apelação, com o homem sendo condenado a pagar um terço da multa original.
O canal de notícias alemão NIUS obteve documentos relacionados com o caso do Tribunal Distrital de Wiesbaden, que mostraram que o promotor acusou Paul S. devido ao seu e-mail, que foi supostamente escrito de "maneira difamatória". O homem descreveu o juiz como "mentalmente perturbado".
O crime inicial do sírio ocorreu em Osnabrück em 2022, quando um sírio bêbado de 30 anos estuprou uma garota de 15 anos que estava simplesmente a caminhar para casa. O juiz sentenciou o sírio apenas a dois anos de liberdade condicional sem pena de prisão. O juiz não apenas não condenou o homem a prisão, mas também o elogiou durante a sua sentença devido ao desenvolvimento "positivo" do homem na sociedade alemã. O juiz disse literalmente estas palavras no julgamento de estupro no qual o homem foi condenado: “Você está no caminho certo para se tornar aqui num cidadão completamente normal.” O juiz também disse literalmente que a intensidade do estupro estava “no limite inferior”.
A Alemanha está cada vez mais a perseguir e a processar críticos de funcionários do governo e políticos por “insultos”. Esses insultos podem ser tão simples quanto chamar «idiota» a um político ou, no caso da Ministra das Relações Exteriores Annalena Baerbock, a “pior ministro das Relações Exteriores de todos os tempos”.
Defensores da liberdade de expressão dizem que a Alemanha está-se a voltar para a autocracia, onde qualquer crítico do governo pode enfrentar batidas policiais e processos. Em alguns casos, os tribunais anularam essas multas e processos para preservar os direitos de liberdade de expressão.
*
Fontes:
https://rmx.news/article/germany-man-criticizes-judge-who-fined-syrian-for-raping-15-year-old-girl-gets-fined-twice-as-much/
https://jihadwatch.org/2024/11/germany-muslim-migrant-rapes-15-year-old-girl-is-fined-man-protests-light-sentence-gets-fined-twice-as-much
Agradecimentos a quem aqui também trouxe esta notícia: https://x.com/elonmusk/status/1861806437326053821?t=cGim9kDsmU_ka_AES9giKw&s=19

* * *

«Mentalmente perturbado»? O alemão que chamou isto ao tipo que faz papel de juiz quase merecia era pagar muito mais pela sua bananice. O juiz não parece nada mentalmente perturbado. Parece outra coisa, incomparavelmente pior. Esta «gente» é de tal modo formatada no Anti-Racismo que a sua própria sensibilidade não a faz ter vontade nenhuma de punir um alógeno, faça ele o que fizer; aplica-lhe a menor pena possível, «se calhar» mais para inglês ver, ou para o «povinho ver», do que por qualquer convicção séria de justiça; e, assim que pode, vira de imediato toda a sua fanática agressividade contra compatriotas que ousem ser ou sequer parecer racistas. 
Dizer a um violador alógeno durante o seu julgamento pela violação que ele está no bom caminho para se tornar num cidadão de pleno direito («... só tens é de violar um bocadito menos, ou pelo menos não seres apanhado a violar crianças», quase que se poderia ouvi-lo a dizer...), isto só por si já mereceria julgamento sumário no qual o dito «juiz» passaria a réu, em tribunal popular. O ofensivo requinte de ainda por cima punir um cidadão que se queixa da obscenidade que foi esse julgamento, enfim, serviria para concluir o julgamento sem margem para dúvida. Um caso destes não pode ser esquecido nem agora nem daqui a trinta ou quarenta anos - e, se não for possível que os Nacionalistas cheguem ao poder enquanto o «juiz» é vivo, permitir que os seus restos mortais continuassem inumados em território nacional seria uma ofensa à Nação.

EUA - IMÃ DECLARA QUE TODO O MUÇULMANO TEM O DEVER DE LUTAR PELA IMPOSIÇÃO DO ISLÃO SOBRE AS OUTRAS RELIGIÕES, PELA FORÇA SE FOR CASO DISSO...

Tareq Allan: "É importante para nós lembrarmos estes valores da jihad. Porquê? Porque durante tempos de tribulações, muitas vezes a verdade pode ser distorcida, o mal pode ser retratado como bom, o bem pode ser retratado como mau, o genocídio é bom, a jihad e a defesa da sua terra são terrorismo. Então é importante lembrarmos estes valores, mesmo que a luta armada, por consenso dos estudiosos, não se aplique a um muçulmano a viver em país não muçulmano.
[...]
"No entanto, acreditar nas virtudes da jihad e ler estes hadiths e versículos do Alcorão é uma recompensa por si só, ter isso como parte do seu credo, saber que é verdade.
[...]
"Vocês estão a viver em segurança hoje aqui na América. Quem pode garantir que a vossa situação não mudará nos próximos dez anos, que vocês não viverão numa circunstância ou situação em que a jihad se aplicará a vocês?
[...]
"É importante que vocês tenham esse fogo no seu coração. Essa disposição de estar sempre disposto a entregar-se por Alá. Porque se vocês não forem capazes de realizar esta luta armada, vocês lutarão dentro da vossa capacidade como muçulmanos aqui, vivendo na América, espalhando o Islamismo.
[...]
"Quem morre sem ter lutado pelo caminho de Alá, ou pelo menos sem ter pensado nisto, sem ter tido este desejo de lutar pelo caminho de Alá, quem morre sem nunca ter tido este desejo, terá morrido num dos vales da hipocrisia.
[...]
"Allah diz [no Alcorão]: 'Preparem para os vossos inimigos o que puderem de força militar.' Eles têm feito isso, os inimigos do Islão. Eles têm-se preparado militar e politicamente por anos; portanto, eles podem, num piscar de olhos, invadir o Iraque, num piscar de olhos eles podem invadir Gaza e não enfrentar resistência alguma, resistência mínima. Eles têm-se preparado para este dia, aplicando este versículo melhor do que os muçulmanos.
[...]
"O Profeta disse que Alá espalhará esta questão do Islão a todos os cantos da Terra, e Alá não deixará uma única casa excepto [pela qual] esta religião entrará, honrando aqueles que merecem honra através do Islão ou humilhando aqueles que merecem humilhação através da descrença. Então Alá fez esta promessa de que esta religião reinará suprema sobre todas as religiões."
                                                        *
Fontes: https://www.memri.org/tv/imam-tareq-allan-nyc-fire-jihad-america-armed-struggle
https://jihadwatch.org/2024/11/nyc-imam-muslims-may-have-to-wage-jihad-in-us-islam-will-reign-supreme-over-other-religions

domingo, dezembro 01, 2024

SALÁCIA, PADROEIRA DE ALCÁCER DO SAL E NÃO SÓ...


Dia I de Dezembro é consagrado a SALÁCIA, Deusa ligada à água salgada, e ao culto de NEPTUNO, do Qual SALÁCIA é esposa, em reflexo latino do par divino helénico ANFITRITE-POSEIDON.
A etimologia de SALÁCIA aponta para uma ligação ao acto de saltar, pular, aludindo ao movimento das águas do mar, bem como dos rios.

Neste site há uma lenda popular interessante narrada pelo Dr. Rocha Martins em 1935 (texto a itálico):
Na verdade, ao que parece, Alcácer do Sal foi fundada pelos lusitanos no ano Vlll de César, isto é trinta anos antes de Cristo, atribuindo-a a uma lenda que reza o seguinte: Bugud, califa africano, invadiu a Lusitânia, pondo as povoações a ferro e fogo. Havia na região de Alcácer, um tempo dedicado à deusa Salácia (um dos nomes da deusa Diana), que foi profanado pelos africanos. Quando estes se faziam ao mar, porém, um grande temporal destruiu as embarcações, perecendo no naufrágio a maioria dos invasores, e perdendo-se as riquezas roubadas. Os lusitanos viram no acontecimento um milagre da Deusa, e fundaram uma vila a que deram o nome de Salácia. Há também uma corrente de opinião para quem o nome de Salácia se referia, não à Deusa, mas à abundância de sal existente na região."

Antes de ler este texto, aqui a itálico, não tinha conhecimento de que SALÁCIA pudesse de algum modo estar relacionada com DIANA, Deusa Lunar do Bosque, que, tanto quanto sei, nunca teve nada a ver com o mar. No entanto, a menção do Seu nome nesta lenda pode indicar que havia na Lusitânia um extenso culto desta Divindade, ou, talvez, de uma Divindade lusitana que Lhe fosse de algum modo equivalente. No entanto, a menção do Seu nome nesta lenda pode testemunhar a relevância do culto a Diana na Lusitânia, ou, talvez, a uma Divindade lusitana que Lhe fosse de algum modo equivalente. Esta Divindade indígena pré-romana pode bem ser NÁBIA, no dizer do arqueólogo Cardim Ribeiro, neste seu artigo http://ifc.dpz.es/recursos/publicaciones/30/23/04cardimribeiro.pdf, do qual retiro o seguinte trecho, a itálico, referente a NÁBIA:
«Porventura estaríamos perante uma deusa triforme — e trifuncional — correspondente ao protótipo indo-europeu que poderemos designar como de tipo Ártemis, ou seja, simultaneamente celeste (sendo a Lua), vinculada à aretê (sendo uma virgem guerreira) e fecunda (a deusa também é ninfa). Esta divindade, quando consagrada em todas as vertentes da sua complexa personalidade, recebia uma oferenda composta por três diferentes animais, cada qual correspondente a um diferente nível funcional. É isto que podemos ver, por exemplo, na invocação saguntina a Diana Maxuma, a quem se oferece vaccam, ovem albam, porcam (CIL II2, 14, 292). O início da ara de Marecos traduz uma situação basicamente idêntica, constituindo aliás, na nossa opinião, um dos mais sólidos argumentos para se aceitar a hipótese expendida por Melena 1984, 244-245, quanto à inclusão de Nabia no referido arquétipo de deusa trifuncional, em paralelo com Diana e com Ártemis. Em Marecos a deusa é sucessivamente invocada como: O(ptimae) V(irgini) Co(nservatrici) et Nim(phae) Danigom, Nabiae Coronae, que recebe vacca(m) bovem; e Nabiae sem quaisquer epítetos, à qual se sacrificou agnu(m)
Tem especial interesse, digo eu, esta possibilidade de equivalência entre Nábia e Diana, uma vez que explicaria a profusão de referências folclóricas, populares, numa palavra, tradicionais, a esta última Divindade romana, isto a vários níveis sócio-culturais:
- as Janas, espíritos femininos segundo o folclore nacional, serão eventualmente derivadas, etimologicamente, de Diana;
- na «Crónica Geral de Espanha», considera-se que o nome «Lusitânia» radica em «Diana» (por causa dos jogos dedicados a Diana por Hércules, segundo o mito romano-hispânico);
- o mito de Salácia em Alcácer do Sal, considerada como outro nome de Diana;
- a atribuição do templo de Évora a Diana (não é ainda sabido a que Divindade seria consagrada o referido edifício).

É também de referir a lenda que diz ter a cidade de Castelo Branco sido fundada por Cartagineses que prestavam culto a Leucothea, ou «Deusa Branca» - palavra grega, não cartaginesa - derivando-se daí o nome da cidade. Leucothea é uma antiga Deusa do Mar, grega, não púnica, o que coloca, digo eu, a possibilidade de haver nesta narrativa uma historicização relacionada com uma Divindade feminina das águas adorada na região, baseando-se na ideia de que o Seu culto poderia ter sido trazido por gente que chegou à Ibéria através do Mediterrâneo.
Enquanto houver Portugueses está viva a cepa hispano-romana que tem na sua herança etno-religiosa o culto a esta e outras Divindades latinas e/ou autóctones pré-romanas.

RESTAURAÇÃO


Na antiga Roma, ancestral parcialmente étnica e civilizacional de Portugal, realizava-se no Primeiro de Dezembro o culto a Pietas, que é, no sentido original do termo, não a compaixão dos cristãos, mas sim o dever pagão para com os Deuses e para com a Estirpe. Um templo de Neptuno foi nesta data restaurado por Augusto. Salácia, Deusa consorte de Neptuno, raiz do topónimo Alcácer do Sal, era também homenageada neste dia. Igualmente homenageada eram Vénus e Cupido, e Vénus é, nos Lusíadas, a Divindade mais favorável aos Portugueses, visto que os considera latinos, isto é, Seus descendentes. Iniciava-se entretanto o mês consagrado a Vesta, Deusa do Fogo Sagrado do Lar e da Pátria.
Por aprazível coincidência com esta parte do fogo sagrado pátrio, este dia é celebrado em Portugal como Restauração da Independência Nacional. Percebe, quem tiver pelo menos um mínimo de tino patriota, a real dimensão da traição que é a abolição deste feriado - a dimensão simbólica, que é, mesmo que muitas vezes se não saiba, o espelho ideológico da realidade. A propósito disto, é oportuno lembrar que o PCP falou diversas vezes contra a supressão dos feriados, considerada por este partido como um roubo aos trabalhadores, um roubo de tempo de descanso, que é transformado em tempo de trabalho a favor do patronato. Dezassete mil milhões de euros foi quanto os trabalhadores portugueses perderam, diz o «Avante»: http://www.avante.pt/pt/2191/trabalhadores/138060/
Falou bem, nestas ocasiões, a cambada da foice-e-martelo, e quando esteve no governo andou a agitar as águas, juntamente com o BE, pelo retorno dos feriados, mas parece que por burocracias legais a coisa não pôde ser de imediato discutida, e os direitinhas cêdêésses e pêéssedês todos contentes porque coisa e tal o que é preciso é concertação social em vez de tanto «parlamentarismo» (tradução: entregar a decisão da questão aos tubarões do costume, que não foram eleitos pelo povo), como aqui se pode ler: http://www.tvi24.iol.pt/politica/parlamento/ainda-nao-e-desta-que-a-reposicao-dos-feriados-e-discutida
De notar que a Esquerda parlamentar quis repor os feriados já em 2016, enquanto a «Direita» PSD/CDS o que queria fazer em 2016 era «começar a discutir a questão», com a manha saloia que caracteriza os lacaios do patronato: http://observador.pt/2015/11/16/psd-e-cds-apresentam-projeto-para-repor-quatro-feriados/
Felizmente que nisto a comunagem fez alguma coisa em condições, ao menos serviu para isso...

Restauração é, por motivo óbvio, a palavra do dia. Quem diz Restauração, que nomeia esta data, diz também Renovação. Não é por acaso que o único partido nacionalista português teve na sua designação o termo «Renovador».
Ora o símbolo desta formação partidária é precisamente a Chama – a Chama que já em Roma simbolizava a vida sagrada da Família e da Nação. O partido chama-se agora «Ergue-te», também calha bem, a chama move-se sempre para cima. Não é de olvidar que vários outros partidos nacionalistas de países latinos têm a Chama como emblema, o que constitui valiosa coincidência, como se fosse alguma espécie de memória étnica inconsciente por Vesta ser latina. No caso português, a coincidência parece dizer particularmente mais pelo facto de o Dia da Restauração se celebrar no início do mês consagrado a esta Divindade.
Em Roma, o fogo do templo de Vesta tinha de ser periodicamente reacendido e dele se reacendiam todos os fogos dos lares romanos, talvez para renovar a Estirpe no seu vigor. Renovada, no caso português, em 1640, por meio da Recuperação da sua soberania, feita por uma revolução. Revolução por reacção contra um estado de coisas de todo injusto ou prejudicial à salvaguarda e/ou à dignidade da Estirpe.
Revolução, reacção, como a Reconquista foi - a Reconquista que, de certo modo, está em grande parte na origem de Portugal como Estado.
Já antes disso, Viriato, ancestral da Portugalidade, alcançara a sua glória trágica mas acima de tudo imorredoira ao reagir contra a ocupação romana, resistindo às legiões do Lácio e declarando, segundo fontes clássicas, que «a Pátria está na Liberdade.»
Por coincidência ou não, até no Hino Nacional há versos a evocar um retorno como dever pátrio - «A Portuguesa» manda levantar hoje de novo o esplendor de Portugal, manda também, diz a letra de Henrique Lopes de Mendonça, que «o eco de uma afronta» seja «o sinal de Ressurgir», para que, apesar de tudo, a Europa e a Terra inteira saibam, pelo Brado Uníssono da Nação, que «Portugal não pereceu».
O determinante é por conseguinte a acção, ou reacção, revoltosa, de quem não se conforma com o rumo que os acontecimentos tomaram por intervenção de uma força aparentemente muito superior, e, presumivelmente, imbatível. Perante um poder avassalador, que os lacaios desse poder queiram dar como «facto consumado e inevitável», pode sempre levantar-se resistência, quanto mais não seja como imperativo ético. Há deveres cujo cumprimento está além do valor do sucesso. Porque a mais elevada virtude de quem luta é a que faz lutar independentemente dos resultados, como bem ensina o indiano Bagavad-Gita, espécie de «manual espiritual» do guerreiro ário. Há combates que devem ser levados a cabo mesmo que não se lhe vislumbre hipótese de vitória - isto não só para quem acredite que há valores superiores ao da vida humana, mas, também, para quem perceba que ninguém sabe, de facto, as reviravoltas que o Destino tem guardadas para o futuro. Os Povos que sobrevivem são os que passam por cima dos fatalismos trágicos, das evidências alegadamente «racionais» que indicam que determinado oponente é invencível, por cima também das fraquezas do próprio povo, e de todas as condicionantes nefastas.
O fulcro da questão sempre foi simples: ou se quer sobreviver ou não. Os Judeus, mesmo militarmente derrotados, não se deixaram eliminar por Babilónios, Assírios, Romanos, e hoje exercem a sua influência no Ocidente, além de possuírem o mais desenvolvido e poderoso país do médio oriente; os Parses, mesmo tendo de fugir da sua terra natal, que era o Irão, foram para a Índia e aí prosperaram. Antes disso, os seus antepassados Irânicos do século terceiro, saudosos do Império Aqueménida, foram capazes de erguer novo império, o Sassânida. Os Gregos, por sua vez, continuam a falar a sua língua, vinda de há mais de três mil anos, mesmo depois do longo e opressivo domínio turco.

É sempre uma questão de vontade colectiva. Uma vontade axial e vertical, que não tenha medo de ser desumana, inumana, eventualmente porque, mercê precisamente da sua invariabilidade e carácter condutor trans-temporal, pode ser um reflexo de uma ordem de existência superior à do devir e/ou ao que é humano. Uma vontade que, por mais grandiosamente que se la pinte, ou, contrariamente, por mais que se tente denegri-la, está sempre ao alcance do simples popular que, em dichote famoso, assevera que «antes quebrar que torcer», contra tudo, mesmo quando acompanhada pelo terror ou pelo desespero, como o marinheiro que Fernando Pessoa faz enfrentar o Adamastor. Uma vontade fatalista, seja, conquanto cumpra o seu desígnio original, e que, por cima de dores e pavores, ordena fazer das tripas coração ou o que mais for preciso para salvaguardar, ou, em casos mais drásticos, reconquistar, um direito fundamental que se encontre em perigo ou que esteja a ser desrespeitado.
Este direito é o da liberdade que toda a identidade exige. Toda a unidade de existência humana - indivíduo, família, nação, etnia, raça - tem à partida o direito ao respeito, só por existir. Uma das condições essenciais para que esse respeito se verifique é a posse da liberdade. Porque não ser livre é estar sujeito, estar submetido, estar sob o poder de outrem. Como bem dizia Viriato, e há que repetir, a Pátria está na liberdade (declaração que lhe foi atribuída pelo autor clássico Diodoro Sículo). Ao nível individual, cada pessoa tem um corpo e uma mente. A cada corpo corresponde pois uma só mente. A Justiça, como se sabe, mandar dar a cada um aquilo que é seu. Por conseguinte, só pode haver Justiça quando um corpo obedece à mente que lhe corresponde e não a outra qualquer. Se uma mente comanda dois corpos em vez dum, então uma das duas mentes está a ser subjugada.
O que se aplica ao indivíduo aplica-se igualmente às famílias, às Nações e às Raças. No que respeita à Nação em particular, que é neste contexto que se insere a comemoração de hoje, afigura-se cristalinamente evidente não dever nenhum Povo estar sob o poder de outro. É esse o motivo que faz com que todos os impérios constituam, ao fim ao cabo, uma injustiça em forma de poder político; e hoje Portugal está, ainda, no seu devido lugar: é um país livre sem império. Toda a Nação submetida é um Estado soberano abortado ou, na melhor das hipóteses, adiado.

Revoltam-se as entranhas ao imaginar-se que, se não fosse o sucesso da Reposição de 1668, hoje teriam os Portugueses de falar Castelhano como língua oficial, aprendido na escola por sobre a língua nacional. O mesmo devem sentir os Bascos, os Catalães, os Galegos, ainda obrigados a dar primazia, na sua própria terra, à língua de Castela. Ora tudo isto se passa entre irmãos - Galaico-Portugueses, Castelhanos, Catalães, são todos mui manos entre si, constituindo a família hispânica do grande clã europeu. E, se entre parentes próximos é assim, o que não será entre Povos sem nenhuma afinidade étnica ou racial entre si, inteiramente alienígenas, independentemente dos contactos que tenham tido no passado. É neste sentido que, pior do que falar-se Castelhano por imposição, seria a eventualidade de que em Portugal o Português viesse a ser sobrepujado pelo crioulo cabo-verdiano, ou por algum novo crioulo nascido em virtude da maciça presença de angolanos em solo português. Se o Castelhano se impôs pela via da força militar, ou dos compromissos dinásticos (ainda bem que a monarquia ficou para trás, em Portugal...), o Crioulo ou similares linguajares impor-se-ão pelo número que os ventres das mulheres negras conseguirem produzir em território luso. É por isso que urge combater e defenestrar os novos Miguéis de Vasconcelos, aqueles que colaboram com a iminvasão. E, ao mesmo tempo, preparar-se uma longa guerra política, forjando prontidão para marchar nem que seja contra os canhões, pois que também os portugueses do século XVII o fizeram, suportando e vencendo uma conflito que durou vinte e oito anos, marcado pelos grandes êxitos militares lusos do Montijo, de Ameixial, de Castelo Rodrigo e de Montes Claros, batalhas homenageadas pelo monumento da Praça dos Restauradores.
A celebração da Restauração da Independência Nacional é uma homenagem à vontade orgulhosa de uma Nação e um monumento à memória do combate por tudo aquilo que, aparentemente moribundo ou mesmo desaparecido, foi contudo recuperado – porque nem tudo o que se perdeu está perdido para sempre. A continuidade seja de que instituição for - de uma soberania, de uma religião - não é condição sine qua non para que exista em diferentes épocas. Quer isto dizer que, em havendo vontade, tudo o que foi interrompido pode ser com sucesso restaurado, assim haja vigor de alma, um vigor reacendido pela voz dos egrégios avós, ouvida entre as brumas da memória e pulsando nas veias dos de boa cepa. Fala-se de um princípio que pode conhecer diferentes versões consoante as épocas em que seja defendido, com variação de limites históricos e territoriais.
O mundo não é hoje como era há quinhentos ou seiscentos anos, mas o princípio de que se fala permanece precisamente o mesmo.
No dia 1 de Dezembro de 1640, um grupo de quarenta nobres conjurados, obedecendo a um plano preciso, engendrado na sequência de várias revoltas menores que eclodiam por todo o País, e na esteira do sentido independentista que crescia entre os Portugueses, venceu os guardas castelhanos do Terreiro do Paço e defenestrou Miguel de Vasconcellos, secretário da Duquesa de Mântua, vice-rainha de Portugal. A defenestração foi o sinal que o Povo, reunido no Terreiro do Paço, aguardava, para saber se a Revolução tinha sido bem sucedida ou não.

Castela não aceitou esta rebelião, pelo que os Portugueses tiveram de enfrentar cerca de vinte anos de guerra, a qual se marcou por episódios militares decisivos, tais como a Batalha do Montijo (1644), a Batalha das Linhas de Elvas (1659), a Batalha do Ameixial (1663), a Batalha de Castelo Rodrigo (1664) e a Batalha de Montes Claros (1665).
Também em 1640 tinha estalado uma revolta na Catalunha, a qual consumiu boa parte dos esforços do aparelho militar castelhano. É pois plausível dizer-se que a independência de Portugal teria sido ainda mais árdua de conquistar se a Espanha não tivesse no seu seio outra nação a querer alcançar a soberania, isto é, a libertação relativamente ao poder de Castela.
Urge por isso unir os Nacionalistas de toda a Europa, numa só frente contra os inimigos de todas as Nações - combater pelas Identidades e, a médio e longo prazo, pela Restauração da Verdadeira Europa, a única Europa digna de tal nome: a Europa das Estirpes Europeias, integralmente europeia, do Sangue à Religião étnica.

... COMEÇA O MÊS DE VESTA, DEUSA DO FOGO SAGRADO DO LAR E DA PÁTRIA NA LATINIDADE

«Dedicação de uma Nova Vestal», século XVIII, por Alessandro Marchesinition

Dezembro é no calendário romano consagrado a Vesta, Deusa do Fogo Sagrado do Lar e da Pátria, que era servida pelas sacerdotisas Vestais, e, de início, não tinha representação antropomórfica, o que remete para o arcaísmo indo-europeu da ausência de imagens antropomórficas no culto.
Equivalente à helénica Hestia, Vesta é por outro lado muito semelhante, em termos funcionais, à Deusa báltica Gabija (e ambas tinham consagrado a Si um corpo sacerdotal inteiramente feminino), o que indica a Sua inserção na mais arcaica e autêntica religião indo-europeia.