quinta-feira, outubro 09, 2008

O SECULAR DAS NUVENS - III


Terceira e última parte do artigo «O Secular das Nuvens», incluído na obra «Contribuições para uma Mitologia Popular Portuguesa e Outros Escritos Etnográficos», de Consiglieri Pedroso, que os correligionários, camaradas e amigos Inês e Silvério me enviaram (as imagens não fazem parte do artigo original):



O SECULAR DAS NUVENS E A CAÇADA SELVAGEM


«É corrente em toda a província de Trás-os-Montes a crença que no céu se presenciam batalhas nas nuvens, exércitos passando e ainda outros sinais que para o povo são a profecia de guerras e revoluções na Terra.
Que importância mítica tem a tradição que, em diversas variantes acima, deixamos indicada? Muito grande. Pode mesmo dizer-se que a nossa mitologia neste ponto conservou maior vitalidade do que a mitologia eslava, tão rica em lendas e tradições de toda a espécie, por isso que nem entre os Russos, nem entre os Polacos, nem mesmo entre os Eslavos do Sul encontramos até hoje coisa alguma de valor a tal respeito. Parece até que a lenda de que se trata é alheia absolutamente aos Eslavos e que os elementos idênticos que entre eles se encontram são devidos a uma influência germânica. Pelo menos assim o indica a circunstância de não existir palavra eslava para designar o nome do
Caçador Selvagem (é assim que se intitula o mito de que nos estamos ocupando). Em Russo, por exemplo, as expressões dikii okhotnik e dikaia okhota são simples traduções das correspondentes palavras alemãs wilder laeger e wilde Iaegd, que significam respectivamente caçador selvagem e caça selvagem. Não quer dizer isto que entre os Russos alguma coisa aqui e ali se não encontre no mito de Svietovit, que evidentemente se relaciona com a tradição do «Caçador Selvagem» ou, para empregarmos a denominação popular portuguesa, do Secular das Nuvens (a forma verdadeira do nome ainda a não pudemos averiguar, se bem que talvez nos inclinemos mais para a segunda por motivos puramente linguísticos).




Svietovit produz as tempestades vernais e combate com as nuvens sombrias.
Svietovit
combate com os demónios, nas nuvens tenebrosas.
[Clicar para ver m
oderna cena de culto em que aparece uma estátua do Deus Svietovit ou Svantovit]


Afanasiev, porem, reconhece que entre os povos eslavos a tradição do Caçador Selvagem nunca chegou a um desenvolvimento que possa comparar-se com o que entre os povos germânicos, a mesma tradição teve.
Ainda assim, como pode ver-se por algumas crenças existentes entre os diversos povos eslavónicos e que o grande investigador menciona na sua obra, os Lusácios, os Checos, os Polacos e outros conhecem certas divindades que de algum modo fazem recordar o wilder Iaeger das lendas germânicas.
Entre os Litavos encontra-se a seguinte tradição: «Uma tarde um camponês dirigia-se da terra da sua naturalidade, Polangen, para uma aldeia junto de Plunia. Nesse momento levantou-se um temível temporal, e ele viu nos ares um homem, negro como a noite, montado num cavalo escuro, que seis cães a latirem acompanhavam. Era, porém, extraordinário que tanto o homem, como o cavalo, como os cães, não tivessem cabeça. Logo que o homem negro assim passou, levantou-se um forte vento e um temível temporal se desencadeou».
Além disso são variadas e numerosas as lendas que se referem ao Pasutis Raitoris (Cavaleiro Selvagem), apresentando-se aí a tradição com bastante vitalidade.


Onde o mito, porém, do Caçador Selvagem se apresenta com um notável desenvolvimento é entre os povos germânicos, especialmente alemães. Aí a tradição reveste numerosíssimas formas e aparece-nos acompanhada dos mais variados episódios.
Não podemos, pela rapidez com que escrevemos este estudo, mencionar por agora as importantes variantes da lenda germânica. Ficará para isso uma próxima publicação em que mais detidamente nos ocuparemos do assunto. Entretanto em duas obras notáveis podem ver-se longamente descritas as tradições de que estamos tratando. É uma delas a celebre Mitologia Germânica de Grimm, e a outra vez uma dissertação especial do douto mitólogo Schwartz sobre o mesmo assunto, considerado contudo nas suas relações especiais com as crenças da Antiguidade.

Odin


o grande líder da Caçada Selvagem na tradição germânica


Nós mesmos, a propósito de um mito idêntico, já tivemos ocasião de nos referir a este ciclo de tradições. Na lenda germânica, o «Caçador Selvagem» é uma entidade mítica que quase sempre tem o seu domínio nos ares ou nas nuvens, simulando aí pelo silencio da noite uma caçada ou uma correria nocturna, onde se ouvem repetidos gritos do caçador, e um continuado latir da matilha de cães que o acompanha. Por vezes o «caçador» desce à terra e então ai! dos camponeses, que encontrando-o, dele se não sabem livrar, porque lhes aconteceria grande dano. Como num dos episódios da lenda portuguesa, também na lenda alemã se encontra a circunstância da queda de um homem das nuvens, que é o infernalis venator. Além disso, as seguintes particularidades da tradição têm, como o leitor facilmente pode verificar, grande analogia com particularidades idênticas da lenda portuguesa.
A «caçada selvagem» são as nuvens. Não se deve olhar para o «caçador selvagem», porque se pode perder a vista. O «caçador selvagem» é por vezes benfazejo e dá alguma coisa, (etc.).


Os Franceses conhecem igualmente o mito do «Caçador Selvagem» para representar a tempestade. Assim a «caçada» é denominada: l’armée furieuse, mesgnie fuieuse, chasse de Cain; e o «caçador» propriamente dito chamam-no: chasseur sauvage ou grand veneur. Na floresta de Fontainebleau, por exemplo, aparece ele diversas vezes caçando. «Andando nesta floresta um dia à caça Henrique IV, assim o conta a lenda, sentiu à distância latido de cães, ressoar de trombetas e o ruído de uma grande caçada, que rapidamente se aproximava. Henrique mandou então o conde de Soisssons a ver o que era. Adiantou-se o conde e ouviu, com efeito, um extraordinário motim, sem porém poder averiguar de onde o ruído partia. De repente apareceu-lhe no mais profundo da floresta «um homem alto e negro» que lhe disse: -ouvis o ruído que eu faço? – e desapareceu outra vez. Era o «Caçador Selvagem» (le Grand Veneur).


Ainda a tradição existe entre os Italianos, como o prova o seguinte passo de Guicelardini:
«Rissonava per tutto la fama, essere nel território de Arezzo passati visibilmente molti di per l’aria infiniti huomini armati, sopra grossissimi cavalli e com terribile strepito di suoni di trombe e di tamburi».


Desta lenda podem igualmente aproximar-se as lendas dinamarquesas do rei Klint, ou do rei Waldemar, que são apenas variantes das que se encontram pertencendo ao mesmo ciclo em todo o território escandinavo.


Conhecem também a tradição do «Caçador Selvagem», embora modificada, os Valachos.


Conta-se entre eles que Sina caça nas nuvens com grande acompanhamento de feiticeiras e fadas. E Sina possui ao mesmo tempo grande poder mágico, porque pode tornar qualquer paralítico, surdo ou cego.


Resta-nos ainda indicar a existência dos elementos da lenda, que estudámos, na Antiguidade Clássica. Encontram-se eles no mito de Hécate e mais tarde no de Artémis e de Oríon, que por agora não podemos neste luar desenvolver, mas que mais tarde serão objecto de um exame comparativo bastante minucioso.



Diana ou Ártemis




Hécate
Senhora das Bruxas e da Noite



Assim, cremos ter demonstrado, embora de um modo muito sumário que as lendas portuguesas a respeito do Secular das Nuvens ou Escolar das Nuvens têm uma grande importância mítica, e pertencem a um ciclo de tradições de que as raças germânicas conservaram melhor que as outras raças indo-europeias a recordação. Grande número das particularidades da lenda do nosso país encontra-se repetido na tradição alemã, eslava, etc. Por exemplo, a crença lituana que citamos é perfeitamente conforme a um dos aspectos da superstição em Portugal. O mito está, pois, descoberto entre o nosso povo e os elementos que dele já coligimos são bastantes para nos darem uma satisfatória restituição. Sobre este assunto devem em todo o caso existir mais lendas no País, especialmente no Norte, e essas lendas torna-se forçoso coligir, não só para se completar este interessantíssimo ciclo da tradição, que entre nós parece ainda possuir tão grande vitalidade relativa, mas para que não desapareçam pelo olvido (o que dentro em pouco lhes sucederá) elementos tão importantes da mitologia portuguesa”.»



Consiglieri Pedroso estabelece aqui uma equivalência convincente entre o Secular das Nuvens e as Entidades indo-europeias que conduzem a chamada Caçada Selvagem. Ainda assim, creio, pessoalmente, que a equivalência do Secular das Nuvens ao Deus do Trovão e da Guerra se afigura tanto ou mais verosímil como a que o considera a versão nacional do Caçador Selvagem, e, de resto, nem sequer a contradiz, não sendo de todo raro que na visão popular duas Entidades sobrenaturais de carácter e atribuições semelhantes acabem por Se confundir de maneira a parecerem ser apenas um.


Entretanto, já foram publicados neste blogue vários artigos que referem o mito da Caçada Selvagem ou Hoste Furiosa, sobretudo no Natal, derivando possivelmente dessa poderosa crença a figura popular do Pai Natal. Para mais detalhadas informações a respeito do tema, leia-se, entre muitos, este artigo.




Importa acima de tudo perceber que, Deus do Trovão e da Guerra ou Caçador Selvagem, o Secular das Nuvens é, no essencial, a versão folclórica portuguesa de um grande Deus indo-europeu de relevância crucial e central na herança espiritual e religiosa nos povos do Ocidente.


39 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Eu não discuto com o Tautalos - ou Caturo - e nem visito esse blogue, e se o Paulo Silva der uma vista de olhos às caixas de comentários saberá exactamente porquê: o Caturo é demasiado tolerante e aquilo parecem lixeiras em que qualquer energumeno lá vai despejar o seu ódio contra quem quer que seja.

E depois, o Caturo é defensor do sionismo e de Israel e, portanto, incapaz de ser imparcial na apreciação de opiniões diferentes no que diz respeito ao islamismo lusitano.

É um exemplo perfeito de ódio cego e islamofobia básica esse blogue, e tem orgulho nisso.

9 de outubro de 2008 às 13:43:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

O QUE SÃO PAÍSES PÓS CRISTÃOS?

Países que eram em sua maioria protestantes, e hoje com o secularismo, sofreram um declínio intensivo no evangelho. Onde qualquer manifestação religiosa é vista na pior das hipóteses, como prejudicial à plena realização humana, e na melhor das hipóteses como irrelevante. Marcados por um mundo globalizado, onde todos estão voltados para si mesmos.

Humanismo, Teologia Liberal, Racionalismo, Antropocentrismo, ecumenismo são doutrinas defendidas pelos países pós cristãos.

Sociedade Pós-Cristã

É caracterizada onde qualquer manifestação religiosa é vista, nas pior das hipóteses, como prejudicial à plena realização humana. Na melhor das hipóteses como infantil, e por tanto, desnecessária para pessoas adultas.


A religião é encarada como expressão da cultura, não como experiência de fé pessoal. Crença otimista no potencial da bondade humana. Onde não há tolerância para uma pregação de caráter conversionista. Especialmente se esta pregação afirma que Jesus Cristo é o único caminho para o perdão, a paz e o equilíbrio na vida.



Europa, Século XXI - Realidade da Igreja de Cristo

A Taxa de declínio do cristianismo está acelerada, muitos dos cristãos, não têm envolvimento significativo com a vida da igreja. Os freqüentadores regulares da igreja, são menos de 10% da população. É visível a mudança cultural, resultado de uma visão mundial pós-moderna e pós-cristã.

9 de outubro de 2008 às 13:45:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Associação Ateísta critica Igreja Católica por «peregrinação contra ateísmo na Europa»


O presidente da recém-constituída Associação Ateísta Portuguesa (AAP) lamentou, em carta enviada ao presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), o facto de a Igreja Católica ter realizado, em Fátima, uma "peregrinação contra o ateísmo na Europa".

Na carta enviada na terça-feira, a que a Lusa teve acesso, dirigida ao "Dr. Jorge Ortiga", presidente da CEP, Carlos Esperança refere que "no dia 13 de Maio, o senhor cardeal Saraiva Martins, pesquisador de milagres e criador de beatos e santos, presidiu em Fátima à 'peregrinação contra o ateísmo na Europa'".

"Sem aumento de orações ou sacrifícios", ironiza Carlos Esperança, "podia ter incluído mais quatro continentes mas, Excelência, por que motivo a peregrinação foi 'contra o ateísmo' e não a favor da fé? É o espírito belicista dos cruzados que ainda corrói a mente do vetusto cardeal da Cúria?"

A carta, segundo afirma Esperança, visou saudar a eleição do novo presidente da CEP e "expor-lhe alguns pontos de vista susceptíveis de corrigir tomadas de posição com que, talvez por desconhecimento, alguns bispos têm atacado o ateísmo e os ateus, embora lhes respeite o direito de expressão constitucionalmente consagrado".

A AAP, afirma, "revê-se na Declaração Universal dos Direitos do Homem e na Constituição da República Portuguesa, defende a liberdade, sem privilégios para qualquer religião, bem como o direito à crença, não-crença ou, mesmo, à anti-crença e exige a neutralidade do Estado em matéria confessional".

A AAP assegura que "defenderá qualquer religião que, eventualmente, venha a ser perseguida por religiões concorrentes ou por algum Estado ateu que venha a surgir, tão perverso como os confessionais", uma vez que "o Estado deve ser neutro".

Carlos Esperança sublinha as diferenças de pontos de vista - "dividem-nos profundas divergências de carácter filosófico e uma visão antagónica da Criação, pensando os ateus que foram os homens que criaram Deus e a ICAR [Igreja Católica Apostólica Romana] que foi o contrário" - mas, afirma, "nada justifica que não possamos ter uma relação urbana entre adversários que, jamais, devem ser inimigos".

O presidente da AAP insurge-se contra o facto de, recentemente, o Cardeal-Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, ter considerado o ateísmo "o maior drama da humanidade", contestando: "Para nós, ateus, homens e mulheres que vivemos bem sem Deus, os grandes dramas são a fome, as doenças, as guerras, o terrorismo, a pobreza, o analfabetismo e os cataclismos naturais. Nunca veríamos nas religiões ou numa corrente filosófica 'o maior drama da humanidade', e sabemos como as primeiras os provocaram e ainda provocam."

Por fim, Carlos Esperança declara: "Nós, ateus, somos a favor da liberdade, da democracia, do livre-pensamento e da ciência, contra o obscurantismo, a mentira, o medo e o pensamento único. Somos contra a xenofobia, o racismo, o anti-semitismo e qualquer forma de violência ou de discriminação por questões de raça, religião, nacionalidade ou sexo."

E convida: "Se V. Ex.ª partilhar algum ou alguns dos nossos pressupostos éticos ou filosóficos pode contar com a nossa solidariedade."

A AAP foi oficialmente constituída na sexta-feira, 30 de Maio, em Lisboa, por cerca de meia centena de pessoas, tendo Carlos Esperança afirmado, na ocasião, que a associação "surgiu da necessidade da defesa da laicidade do Estado e de todas as correntes religiosas".

"O direito de não ter religião, ou de ser contra, é igual ao direito inalienável de crer, deixar de crer ou mudar de crença, sem medos, perseguições ou constrangimentos", afirma o Manifesto Ateísta, divulgado na ocasião.

9 de outubro de 2008 às 13:48:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

O especialista belga em filosofias orientais e dos esoterismos, Pe. Joseph Marie Verlinde, é uma das figuras de proa, na Europa, dentro da luta contra as “sabedorias orientais”.

À Agência ECCLESIA fala sobre a importância do fenómeno da New Age, na sua incompatibilidade com o cristianismo e sobre o seu próprio percurso de vida.

Antes de se converter ao catolicismo, percorreu os caminhos da Meditação Transcendental, tendo seguido Maharshi Mahesh Yogi e sido admitido como seu discípulo nos ashrams dos Himalaias. Mesmo após a sua conversão frequentou escolas de esoterismo, na esperança de integrar a sua experiência no Oriente com a figura de Jesus, mas abandonou essa pretensão e, após o que denomina de “caminho de cura interior”, foi ordenado.
O sacerdote escreveu, entre outras obras, “A divindade sem nome e sem rosto”, “O cristianismo e o desafio das novas religiosidades”, “Cem questões sobre as novas religiosidades” e “Percursos de cura interior pela escuta da Palavra”.

Agência ECCLESIA – Tem um itinerário interior muito particular. Como é que veio encontrar Jesus Cristo?
Pe. Joseph Marie Verlinde – Fiz parte da geração de ‘68 (tinha na altura 21 anos, ndr), que contestou tudo o que era tradicional e qualquer forma de autoridade. Renunciei à Fé, não tinha nenhuma razão para abandonar Jesus Cristo a não ser obedecer aos slogans filosóficos da época.

AE – Disse abandonar e não perder a Fé. É diferente?
JMV – É diferente, porque foi uma decisão de romper com a minha tradição religiosa, foi um momento muito duro. Queria ser plenamente livre, como se dizia.

AE – Frutos de uma ideologia política?
JMV – Política, filosófica, a que eu era mais sensível. Eu não tinha argumentos para contestar o reducionismo de algumas correntes, a contestação teológica, pelo que procurei dar um sentido à minha vida a partir da pesquisa científica.
A dimensão espiritual, porém, estava sempre presente e decidi seguir Maharshi Mahesh Yogi, mestre da meditação transcendental, e era claro que tinha um efeito – um caminho de interioridade -, mas agora que revejo essa parte da minha vida é incontestável que estava um pouco perdido.

AE – Não havia nenhuma referência pessoal a Deus?
JMV – Bom, seria preciso perceber de que interioridade se fala quando abordamos este tipo de percursos. Encontrei um guru e tornei-me seu discípulo nos ashrams dos Himalaias, onde fiquei com ele 4 anos.
Aprofundei todos os aspectos, teóricos e práticos, do Yoga e tive a experiência de mergulhar naquilo que considerávamos como a divindade – mas ficou evidente a diferença entre a interioridade cristã e a hindu.

AE – Onde estão essas diferenças?
JMV – Penso que a interioridade hindu, segundo a expressão de Mircea Eliade, é uma “instase”, enquanto o cristianismo é sair do êxtase em direcção a Deus, que vem até mim na pessoa de Cristo.
O encontro, a comunhão de amor, são elementos fundamentais na nossa religião, enquanto que no Oriente o caminho interior não provoca o encontro com ninguém, deseja a “não-existência”.

AE – Como se fez a passagem desta sua situação para o encontro com Jesus Cristo?
JMV – Fez-se de uma maneira verdadeiramente desconcertante, porque nunca pensei que após um corte tão radical pudesse regressar ao cristianismo.
Acontece que, um dia, alguém me perguntou se tinha sido cristão e o que é que Cristo se tinha tornado para mim. Só mais tarde é que percebi que esta é a questão central dos Evangelhos, o que dizemos nós que é Jesus.
A partir daí, foi como se esta pergunta tivesse feito crescer em mim o “selo” do Baptismo, a memória de Jesus. Depois tive a experiência de sentir que Ele estava lá, ao pé de mim, e que permaneceu fiel, seguiu-me.

AE – Abandonou todos os seus planos?
JMV – O reencontro foi tão forte que não podia duvidar, por um instante, que me tinha deparado com Cristo. Portanto, encontrara o que sempre procurei e não tinha motivos para continuar longe da minha terra.

AE – Foi um encontro interior?
JMV – Um encontro interior, mas com uma alteridade. A experiência interior do Oriente não é um encontro, é um vazio; o encontro com Cristo é um encontro com uma pessoa que me ama incondicionalmente e esperava que eu me voltasse para Ele.
A conversão, percebi então, mais não é do que “voltar-se em direcção a Ele”, Deus espera que eu. Para mim foi evidente que era Jesus, mas não sei dizer porquê.

AE – Recomeçou noutro caminho, o sacerdócio?
JMV – O sacerdócio que morava no meu coração desde que era pequeno, pelo que quando reencontrei Jesus Cristo foi uma escolha evidente. Procurei alguém que me pudesse compreender, que não achasse que eu era doido pela minha experiência de via.
A determinado momento encontrei o que queria, num grupo de pessoas que falava dos Evangelhos, mas que falava de coisas que conheci nas montanhas: as energias, a reencarnação: uma escola esotérica, crística, não cristã. Achei que podia ligar o antigo e o novo, o hinduísmo e o cristianismo, mas como não conhecia o Evangelho achei que estava no bom caminho e cheguei mesmo a ser introduzido nos ritos ocultos.
Porém, quando comecei a ouvir coisas bizarras, exteriores, percebi que era necessário afastar-me. Tive a experiência de ouvir vozes, “espíritos”, mesmo durante celebrações litúrgicas, e procurei ajuda junto de um sacerdote que, curiosamente, era o exorcista da Diocese.
Reconheço que agi, pratiquei ciências ocultas, onde me fiz ajudar por entidades ocultas para obter resultados. Após abandonar tudo isso fui capaz de começar os estudos, 10 anos no seminário, para pôr as minhas ideias em ordem, foi um tempo de “cura interior” (o Pe. Verlinde foi ordenado em 1983).

CONTRA O SINCRETISMO
A corrente New Age tem assumido grande influencia na cultura actual, especialmente no que se refere à cultura dos sectores mais jovens da população e nos meios universitários, como iniciação e encorajamento aos sincretismos religiosos e aos esoterismos.

AE – A Fé tradicional está povoada, hoje em dia, de expressões esotéricas, bizarras. Que análise é possível fazer deste sincretismo?
JMV – Penso que sou um bom exemplo do que se passou nos anos60-80. Agora, passámos de um paradigma para outro, do “judeo-cristão” para um mundo que tenta misturar caminhos antigos com os modernos.
Hoje em dia há um quadro de pensamento que não se dá conta de que é incompatível crer ao mesmo tempo na reencarnação e na ressurreição!

AE – Onde está o centro do problema?
JMV – Quem diz “acredito em Jesus Cristo, Filho de Deus Salvador”, que acredita que Ele é o Verbo de Deus feito carne, que recapitula todos os homens em si, não há razão para incorporar-me noutras correntes, não se pode jogar dos dois lados.
Há alguma coisa de parasitário no “New Age”, por exemplo.

AE – A Igreja ainda não tem resposta para as questões ocultas da pessoa humana?
JMV – Para mim é claro que tem respostas, acontece é que quando se ouve na resposta da Igreja o termo “mistério”, vamos procurar no secreto.
O drama, hoje em dia, é que os nossos contemporâneos não querem voltar à Igreja depois da ruptura. Eu, quando regressei, fiquei maravilhado!
Aquilo que se propõe no cristianismo é fabuloso e eu tive de reconhecer que não o conhecia, quando me aventurei nos caminhos do hinduísmo e do budismo.

AE – Há necessidade falar do “mistério”?
JMV – Muita gente fala da Bíblia como se ela não conhecesse as “coisas ocultas”, por exemplo, mas penso que não é lógico que os autores bíblicos ignorassem o mundo oculto.
Eles conheciam as doutrinas da época, os cultos mágicos e mistéricos, se não falam deles é porque querem deixar uma mensagem: todos esses conhecimentos, secretos e esotéricos, fazem parte do nosso mundo, do mundo criado, e não é por ele que vamos chegar a Deus. É pela Revelação Divina.

AE – E é possível dialogar com os seguidores deste cultos?
JMV – As grandes tradições religiosas são caminhos por onde o homem procurou Deus, mas na plenitude dos tempos Ele manifestou-se em Jesus. Logo, o diálogo baseia-se no respeito, nos traços de verdade que possam existir nessas tradições.
Muito mais delicada é a questão da “New Age”, porque ela tem um carácter parasitário, não é filosofia nem teologia, é um movimento muito vago que assume elementos de várias tradições.
O seu problema é a “confusão”, o não saber quem é o interlocutor. Não nenhuma face claramente definida, é preciso exigir, em primeiro lugar, que ela se clarifique, senão é impossível dialogar.

9 de outubro de 2008 às 13:51:00 WEST  
Blogger Caturo said...

E depois, o Caturo é defensor do sionismo e de Israel e, portanto, incapaz de ser imparcial na apreciação de opiniões diferentes no que diz respeito ao islamismo lusitano.

Ehehehh, este mostra o seu primarismo fanático anti-judaico e a sua islamofilia «lusitana» e depois ainda fala em imparcialidade... :)

É com gente desta que o Nacionalismo morre por dentro.

9 de outubro de 2008 às 13:55:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

1 - O QUE É A MAÇONARIA?

A Maçonaria é uma organização fraternal que tem como princípio básico o amor fraterno, `a prática da caridade e a busca da Verdade. Existe um velho ditado que diz: "A Maçonaria escolhe homens de bem e faz deles ainda melhores".
É normal dizer-se que os homens são o produto do meio que frequentam durante as suas vidas. A Maçonaria oferece a cada um dos seus membros a oportunidade de conviver regularmente com homens ds bom carácter, o que reforça o seu próprio desenvolvimento pessoal e moral. A garantia dessa fraternal convivência é conseguida pela proibição de discussões politico-partidárias ou religioso-sectárias, visto que esses assuntos, têm dividido os homens ao longo da história. Os maçons, sem discutir as suas crenças pessoais nestes dois assuntos, incentivam os homens a serem religiosos sem particularizar uma religião e encoraja-os a serem activos nas suas comunidades, também sem particularizar o meio de expressão política. Os maçons, tambem conhecidos como "pedreiros livres", não encontram na Maçonaria ensinamentos sobre a arte da construção, como o faziam os maçons operativos da Idade Média. Assim, as ferramentas comuns que eram usadas pelos canteiros medievais, como o maço, o cinzel, o nivel, o prumo, o compasso e outros, têm cada uma um significado simbólico na Maçonaria. A Maçonaria distingue-se de outras ordens fraternais pela sua ênfase no carácter moral, no seu sistema de rituais e na sua longa tradição, com uma história que data aproximadamente do século XVII. Há três graus na Maçonaria, Aprendiz, Companheiro e Mestre. A maioria das lojas têm reuniões regulares e semanais e congregam-se em Potências Maçónicas, chamadas Grandes Lojas ou Grandes Orientes.

2 - O QUE É O RITO?

O Rito é um corpo de normas que regem os trabalhos de uma Loja, quando em reunião regular. Os ritos mais praticados são: Rito Escocês Antigo e Aceite, Rito de York ou Rito de Emulação, Rito Escocês Rectificado, Rito Francês, havendo outros. As diferenças entre eles não chegam a ser significantes.

3 - SE A MAÇONARIA NÃO É UMA RELIGIÃO, PORQUE É QUE USA UM RITUAL?

A relação entre ritual e religiam é muito frequente, mas se analisarmos o assunto vamos notar que os rituais são uma parte de nós que pouco notamos. Ritual é simplesmente a maneira como algumas coisas são feitas,uma espécie de procedimento padrão para impor ordem e disciplina aos trabalhos. Uma reunião de condóminos obedece a uma ordem determinada, da mesma forma que uma reunião de pais e professores num colégio. Sem essa sequência de actos a serem vencidos, temos a indesciplina e a perda de tempo. O resultado será sempre questionável. Há rituais sociais ou convenções que nos dizem como participar de uma conversação, esperando por uma pausa, como enfrentar uma fila, com paciência, sem empurrar ou tentar passar à frente com algum tipo de artificio. A Maçonaria usa um ritual porque é um modo efectivo para ensinar ideias importantes. Além disso, o ritual Maçónico é muito rico e muito antigo, remontando aos primórdios de sua criação.

4 - O QUÊ E COMO SE APRENDE AO SE ENTRAR PARA A MAÇONARIA?

Os maçons aprendem os seus preceitos em reuniões, que seguem liturgias, herdadas dos usos e costumes dos antigos (medievais) construtores de catedrais, utilizandos como meio de transmissão dos seus ensinamentos, os símbolos e as alegorias dos antigos pedreiros.
Entre outras coisas, nas Lojas maçónicas aprende-se a amar a pátria em que se vive, a se submeter às leis e às autoridades lagalmente constituídas e considerar o trabalho como um dever essencial ao ser humano.
A Maçonaria ensina e pratica os princípios e os ideais da decência, honestidade, gentileza, honradez, compreensão e afecto.

5 - O QUE É UM TEMPLO MAÇÓNICO

Templo é o local onde se realizam as reuniões regulares das Lojas Maçónicas. Essas reuniões, nos seus primórdios, não eram feitas em local específico. A partir de construção do Freemason's Hall, em inglaterra, em 1776, as reuniões ganharam um local fixo. Muitas Lojas, em função do tamanho de seu quadro, utilizam as instalações ou templos de outras lojas.

9 de outubro de 2008 às 13:57:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Neturei Karta

EM Beit SHemesh, Israel, uma turma de várias dúzias de Judeus ANTI - sionistas,ortodoxos marcharam nesta quarta, para, com suas próprias palavras "condenar o poder do Sionismo" e a "agressão contra os povos árabes". Eles entregaram literatura que citava o Satmar Rav de memórias que atribuia muito do sofrimento do mundo ao SIonismo.

Esta manifestação pacífica foi atacada pela polícia israelenese. Sete indivíduos foram presos. Desde o dia da sua prisão, eles foram privados de comida e de artigos religiosos.
Por favor, espalhe a informação.

O terror sionista não está limitado à Cisjordânia ou aos Palestinos. Mesmo judeus que ousam criticar se encontram vítimas de sua brutalidade.

Os nomes dos presos são: Nachman Maschiach, Don Kessler, Aharon Kessler, Avraham Ginzberg, Avraham Fisher e dois menores que não temos identificação ainda.
Rezemos por eles.
Contem ao mundo a sua situação.
Judeus e Muçulmanos juntos contra a brutalidade sionista.

Neturei Karta Intarnatinal
Visit our web site at:

URL:: http://jerusalem.indymedia.org

9 de outubro de 2008 às 14:02:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

http://www.nkusa.org/

JOIN US!

9 de outubro de 2008 às 14:04:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Irmãos, sabemos que o príncipe deste século está preparando o mundo para um grande levante contra Israel - o Armagedon. Quem ler perceberá com mais nitidez que estes dias não estão muito longe.

Eu já presenciei algumas pessoas falando mal de Israel, e quando as interrogo sobre o por quê de tanta indignação contra aquela nação, não sabem explicar. Por que odeiam tanto os judeus, mesmo sem terem um motivo fundamentado? Isto é fácil de explicar: “o mistério da injustiça”, dito por Paulo aos Tessaloniceneses é que está agindo sorrateiramente no mundo, fazendo-o odiar Israel, preparando assim, para o desfecho final naqueles dias terríveis, em que tentar-se-á dizimar os descendentes de Abraão para sempre.

Oremos pela paz de Jerusalém.

9 de outubro de 2008 às 14:07:00 WEST  
Blogger Caturo said...

"Nós, ateus, somos a favor da liberdade, da democracia, do livre-pensamento e da ciência, contra o obscurantismo, a mentira, o medo e o pensamento único.

Curiosamente, os dois principais regimes oficialmente ateus que existiram na História eram inimigos da liberdade - a União Soviética e a China maoísta.



Somos contra a xenofobia, o racismo, o anti-semitismo

Ehehheh, esta tem graça... a Inquisição Politicamente Correcta chega realmente a toda a parte... pois que sentido é que tem afirmar que o ateu é à partida anti-racista?

9 de outubro de 2008 às 14:09:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Você achava que anti-semitismo na política era coisa apenas da era nazista? Ou quem sabe, aprofundando um pouco, também de Stalin e algumas outras ditaduras esquerdistas, mas jamais imaginou que poderia acontecer no Brasil?

Pois se enganou. O ódio anti-judaico já teve força na era Vargas, e hoje aparece novamente com falácias inúmeras, desde acusações feitas com base nos Protocolos dos Sabios de Sião, caricaturas anti-semitas, até pedidos explícitos de destruição do Estado de Israel. E como tudo isto é veiculado em mídias de grande porte como sites e até no horário gratuito na TV, também se torna assunto nosso.






Em manifestação do PC do B, agitadores queimam bandeira de Israel, e proferem insultos anti-Israel/anti-judaicos.



Vamos começar pelo caso mais recente. O que aconteceu no começo de Outubro em Curitiba.

O site " A Gazeta De Novo", de posse de Guilhobel Aurélio Camargo, que faz campanha para o candidato a reeleição para governador, Roberto Requião do PMDB, usou a infâmia anti-semita denominada Protocolos dos Sábios de Sião para atacar seu adversário Osmar Dias, em cuja coligação está presente o ex-governador Jaime Lerner e mais algumas figuras proeminentes da comunidade judaica local. O título da "matéria" da "Gazeta De Novo" é " O Poder Judaico-Maçonico é Invencível".

Uma das assessoras de Osmar Dias, que descobriu o material na Internet, relata o seguinte:

"Infelizmente nosso estado tem uma triste tradição de dar abrigo a uma escumalha de há muito catalogada nos manuais da psico-patologia. De tempos em tempos sofremos ataques e somos vítimas de manifestações de ódio, muito freqüentemente dissimulados em críticas ou manifestações de ordem política, exatamente em razão da projeção de membros da comunidade local, da qual o Jaime Lerner é um dos expoentes.

No último domingo, véspera de Yom Kipur e dia das eleições, o site "Gazeta de Novo" praticou mais um desses sórdidos crimes, utilizando-se da nefanda publicação "Os Protocolos dos Sábios de Sião" para atacar o candidato Osmar Dias a pretexto de suas ligações com Jaime Lerner e Cila Schulman.

Ao acessarmos o site e tomarmos conhecimento do conteúdo, procuramos contatar advogados patrícios que pudessem nos orientar, sem sucesso. Preocupados com a possibilidade de que o material fosse retirado do ar, e na impossibilidade de fazer o "Registro Notarial" em razão de estarem fechados os Cartórios, optamos por lavrar um Termo de Declaração na Polícia Federal.
Fomos assistidos pelos Drs. Paulo Roberto Gôngora Ferraz e Wagner Rocha D'Angelis, profissionais da estrutura da campanha, que se prontificaram a nos atender naquela emergência, uma vez que o site também estava sendo acionado em razão de crimes na esfera eleitoral. Hoje fomos informados de que o 1º deles teria tido sua integridade física ameaçada através de mensagem por e-mail. Os referidos estão acompanhando a evolução do caso, todavia, pela sua gravidade e implicações, esperamos que haja uma mobilização de toda a coletividade para que os responsáveis sejam punidos com o rigor da lei".

Os Protocolos dos Sábios de Sião são uma falsificação anti-semita que data do final do século XIX, época em que surgia o movimento político sionista, onde o mesmo alegava que supostamente os judeus tinham planos para dominar o mundo através da economia, das comunicações e da infiltração no poder. A "obra" era plágio de uma paródia feita sobre Luís XIV, na França. O texto chega a ser infantil e bobo, só podendo ser aceito como crível por alguém pré-disposto ao preconceito.

No entanto, divulgado como um plano secreto, que teria vazado na Rússia, por conta de uma "judia traidora" que teria revelado todos estes segredos, os Protocolos foram tomados como verdade e deram origem a uma série de massacres contra judeus em todo o leste europeu, os chamados Progroms. Mais tarde, Hitler usaria o livro como referência de sua campnha política, e hoje ele é temática de séries de TV e de publicações anti-semitas nos paises árabes. Não por acaso, o link exibido pela Gazeta para quem quiser ler na íntegra os hediondos escritos, é de um site extremista islâmico.

Além de destacar trechos na íntegra dos Protocolos (livro proibido pela legislação brasileira e já há muito catalogado como literatura anti-semita), ele reforça a suposta veracidade do mesmo ao dizer no primeiro parágrafo de seu texto:

"O Protocolo dos Sábios do Sião é uma obra prima do planejamento do povo judeu. Foi o primeiro livro que comprova a existência de uma rede muito ativa a nível mundial por eles comandada. Esta obra é a compilação (reunião de extratos de diversos escritos), cujo objetivo é propagar o sionismo, comandando a economia do mundo, a imprensa, o poder e outros pontos por eles eleitos".

E nos dois parágrafos seguintes, Guilhobel complementa:

"Saber que esses protocolos continuam férteis - apesar de escritos há mais de 100 anos - e sendo utilizados pelo povo judeu como “mandamentos” - e em campanhas políticas no Paraná contra tudo aquilo que nos é de mais caro é revoltante.

Não trazemos este assunto à baila porque o Jaime Lerner apóia o Osmar Dias, e carrega com ele a colônia judaica. Nem porque a Cila Schumann, que também é judia, é a marqueteria do Osmar Dias. O Protocolo dos Sábios do Sião foi por nós lembrado, por conta que o senador Osmar Dias tem seguido o primeiro capítulo deste livro, escondido à sete chaves pelos sionistas".

9 de outubro de 2008 às 14:10:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Por que odeiam tanto os judeus, mesmo sem terem um motivo fundamentado? Isto é fácil de explicar: “o mistério da injustiça”, dito por Paulo aos Tessaloniceneses é que está agindo sorrateiramente no mundo, fazendo-o odiar Israel,

Ah, percebo... portanto, a lavagem cerebral estupidificante anti-Israel e pró-islâmica produz opiniões sem fibra nem justificação, e a isso chama-se «acção sorrateira do mistério da injustiça», ahhahahahahahh...

Realmente, o beatério é agora o que já era há dois mil anos, sempre com tretas pseudo-espirituais a justificar o fanatismo.

9 de outubro de 2008 às 14:12:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Na passada 3ª feira teve lugar na Associação de Amizade Portugal Israel uma conferência intitulada “Judeus Portugueses de Salónica - O retorno à nacionalidade primeira (1913-1957)”, excelentemente proferida pela Dra. Manuela Franco.

A dada altura falou-se de anti-semitismo e alguém disse que Portugal não tem qualquer tipo de cultura anti-semita!

Pois, escusado será dizer a grande maioria dos judeus presentes, não concordou, mas a verdade é que não conseguiram mudar a opinião de tão ilustre “cabecinha pensadora” mesmo com variados exemplos pessoais que sofreram durante a sua vida em Portugal.

Na minha opinião não há em Portugal uma cultura de anti-semitismo... violento! (concluo-o eu). É que em Portugal não há quase nenhuns judeus ortodoxos ou ultra-ortodoxos. Assim, como a maioria passa despercebida não há exemplos graves de repúdio para com a tribo... E o segredo da não-violência é este faz de conta que são só meia dúzia... “enquanto não chatearem ninguém, não há problema!“ - Chatear entenda-se; mais de 15 minutos mensais de tempo de antena no programa “Fé dos Homens” na :2 e mais de 2 minutos semestrais com notícias sobre uma qualquer festa judaica no principal telejornal da televisão do estado.

Exagero?! Talvez... Eu pessoal espero que eu seja um exagerado. Mas para tentar perceber onde quero chegar procurem no dicionário alguns destes termos: Rabino, Semítico e Judiaria. (Por falar em judiaria passem pela Rua da Judiaria e vejam o novo artigo sobre anti-semitismo)

Eu já procurei ora vejam:

Exemplo: “É um menino muito rabino”
RABINO adj., travesso; rabugento; buliçoso.

Exemplo: “És mesmo semítico!”
SEMÌTICO adj., relativo aos Semitas. fig., avarento

Exemplo: “Não faças judiarias”
JUDIARIA fig., maus tratos; chacota; pirraça; mofa; maldade.

Para terminar um típico provérbio português: “O pé de baixo é meu o de cima é de um judeu”

Cultura anti-semita?! Nãhhhh!!!

9 de outubro de 2008 às 14:17:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

E juntar a estas jóias há a obssessão tipicamente lusa com os títulos e os graus académicos,outra herança judaica.

9 de outubro de 2008 às 14:21:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

http://www.youtube.com/watch?v=2q2RMGkp7VA

KLEZMER ROCKS!!!

9 de outubro de 2008 às 14:25:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Como Cidadão do Mundo, e, particularmente, como exilado interno lusitano, venho, através deste texto, associar este blogue a um dos momentos mais negros da nossa História Nacional.

Como está largamente documentado na Rua da Judiaria, celebram-se, no dia 19 de Abril, os 500 anos do infame massacre perpetrado pelos nossos antepassados sobre os antepassados dos nossos concidadãos de credo judaico. Um pouco por todo o lado se pede que nos associemos, e nesse dia acendamos, no Rossio, uma vela evocativa. Contudo, mais importante do que essa vela, convém que saibamos reacender a vela de uma memória interior.

Não me vou ater aqui a pormenores históricos, estão devida, e lapidarmente, descritos na Rua da Judiaria: em 1506, terão, por alto, sido chacinados e queimados vivos cerca de 4 000 dos nossos compatriotas, mais do que compatriotas, vizinhos de Lisboa, tão-só por uma diferença de credo, algumas referências de texto, e diferentes denominações daquele deus único dos 3 Monoteísmos.

Quando me falam de Judeus, de Cristãos e de Muçulmanos, imediatamente me acorre à ideia o Califado de Córdoba, onde, nos tempos intermédios da Reconquista, essas três religiões se uniram, para dar lugar a uma das mais espantosas florações culturais da Península, onde os pensares eram comuns, as sinagogas moçárabes, os príncipes cristãos versados nas línguas mouras, o filosofar árabe assimilado por todas as teologias, e as Igrejas de Cristo um lugar de cultos partilhados. Tudo o resto foi, depois, uma mera sombra cultural.

Portugal, país ingrato, mostrou-se sempre exímio em mutilar as suas melhores cabeças: num tempo de acolhimento, começou por juntar os restos dos perseguidos Templários com o ancestral Saber Judeu. Daí terá resultado a nossa única epopeia, a dos Descobrimentos, até que príncipes mal aconselhados, ao sabor das conveniências, resolveram substituir a Convivência pela Intolerância, obrigando ao exílio, à mentira da pele de uma religião forçada (o que é um cristão-novo, senão mais uma alma humilhada?...), e, por fim, a essa indesculpável hecatombe, iniciada em 19 de Abril de 1506.

Toda a nossa épica sucumbe nessa forçada Segunda Diáspora, onde as melhores mentes judaicas acabaram por levar o seu saber para as terras da tolerante Holanda, tornando-a na nova potência, que rapidamente substituiu o soçobrado Império Português.

Faz parte da cruz judaica a régua de dois saberes: 1) a de que mais tarde, ou mais cedo, ele será perseguido; 2) a de que, posto que essa perseguição inexoravelmente virá, lhe convém estar, ao máximo, preparado para ela. Isto gerou Judeus ricos, e Judeus sábios, e à volta disto, semeou-se sempre uma infindável história de mal disfarçadas invejas.

Quando ligo a televisão, tudo o que sinto de repulsa pelo presente xadrez de ódios do Próximo e do Médio Oriente consegue estender-se até esse dia de há 500 anos atrás. Dir-se-á que estão distantes, e que são povos que nos são quase alheios; todavia para quem invoca, repetidamente, o lema do país dos brandos costumes, relembro que esses bárbaros de há meio milénio atrás, também foram nossos antepassados, ou, por palavras outras, para que conste, que todos nós, Portugueses de hoje, deles descendemos, e descendemos em linha directa de culpa.

9 de outubro de 2008 às 14:33:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Mas qual culpa qual camandro. Passou, acabou, não somos culpados pelo que os nossos antepassados alegadamente fizeram. A verdade é que a convivência prolongada de duas estirpes debaixo do mesmo tecto dá sempre chatice. E Portugal pertence aos Portugueses, a ninguém mais. Quanto as Judeus, têm hoje um Estado só seu - e que fique cada qual na sua terra.

9 de outubro de 2008 às 14:41:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Exemplo: “És mesmo semítico!”
SEMÌTICO adj., relativo aos Semitas. fig., avarento


Parece-me que estás a confundir sOmítico com sEmítico.

9 de outubro de 2008 às 14:41:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Caturo, ainda não respondeste à minha pergunta...

9 de outubro de 2008 às 16:02:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Um dia a lusitania voltara a estar unida e islamica.

9 de outubro de 2008 às 19:56:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Nunca foi islâmica.

9 de outubro de 2008 às 19:59:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Anónimo disse...
Um dia a lusitania voltara a estar unida e islamica.

Quinta-feira, Outubro 09, 2008 7:56:00 PM



Limpar-se-ia o olho do cu com a mão esquerda.


«A mão esquerda se considera “suja”, uma vez que é utilizada na higiene pessoal conforme a tradição islâmica. Portanto, evite cumprimentar, gesticular, dar e receber presentes e cartões com a mão esquerda»
http://www.faap.br/forum_2008/pdf/codigo_conduta_lea.pdf.

9 de outubro de 2008 às 20:52:00 WEST  
Blogger Oestreminis said...

A dada altura falou-se de anti-semitismo e alguém disse que Portugal não tem qualquer tipo de cultura anti-semita!

É comum: é que quando é para a parte da culpabilização - ver comentário de Gonçalo d'Orey acima - somos todos umas bestas anti-semitas... mas quando é para avançar com a "multiculturalidade inata" dos Portugueses, aí já somos os porreiraços que no fundo somos todos Judeus.

Pois, escusado será dizer a grande maioria dos judeus presentes, não concordou, mas a verdade é que não conseguiram mudar a opinião de tão ilustre “cabecinha pensadora” mesmo com variados exemplos pessoais que sofreram durante a sua vida em Portugal.

Em muitos aspectos Portugal e Espanha foram dos países mais anti-semitas da Europa.

Na minha opinião não há em Portugal uma cultura de anti-semitismo... violento! (concluo-o eu). É que em Portugal não há quase nenhuns judeus ortodoxos ou ultra-ortodoxos.

Exactamente. Não há anti-semitismo na cultura *actual* porque de uma forma ou de outro os Judeus enquanto comunidade desapareceram. É a velha questão: raramente há racismo nos países etnicamente homogéneos. Não havendo Judeus seria algo estranho haver anti-semitismo.


Assim, como a maioria passa despercebida não há exemplos graves de repúdio para com a tribo... E o segredo da não-violência é este faz de conta que são só meia dúzia... “enquanto não chatearem ninguém, não há problema!“ - Chatear entenda-se; mais de 15 minutos mensais de tempo de antena no programa “Fé dos Homens” na :2 e mais de 2 minutos semestrais com notícias sobre uma qualquer festa judaica no principal telejornal da televisão do estado.

Sim, os Judeus são vistos como um apontamento religioso interessante e honestamente não despertam grandes sentimentos, para um lado ou outro. Nem sempre foi assim, contudo.

Para qualificar o que disse acima acerca da animosidade anti-semita Ibérica não é preciso muito: qualquer pesquisa na Torre do Tombo revela que até ao século XVIII houve autos-de-fé por crimes de Judaísmos. Isto após a expulsão forçada de muitos e conversão dos cristãos-novos, que foram as vítimas das perseguições dos séculos seguintes. A restante Europa no tempo de Filipe II olhava com desconforto para as purgas e leis de pureza de sangue ibéricas porque nesses países as comunidades judaicas estavam integradas e a insistência ibérica nesses pontos despertava algum incómodo - insistência essa fruto da Reconquista que marcou boa parte dos comportamentos a esse nível. As razões eram várias:

- Deicídio, acusação grave feita pela Igreja
- Papel na invasão muçulmana
- Profissões ligadas á usura, que os faziam alvo da ira popular
- Comunidade fechada e "diferente", algo que nunca caíu bem entre o povo
- As questões da limpeza de sangue
- Papel de "judaizantes" da população

Portanto é sempre com algum surpresa que vejo as pessoas inventarem um Portugal - e Espanha - onde as comunidades eram todas felizes, quando na prática se fizeram perseguições oficiais, massacres populares, expulsões em massa e se seguiu uma política consciente de eliminação dos Judeus enquanto comunidade - não estou a fazer um juízo de valor sobre isto.

Claro está que subsistiram cristãos-novos mas considera-los Judeus é extremamente forçado. E é claro que é sempre possível ter cristãos-novos na árvore geneológica, em especial na nobreza nobilitada no século XIX, mas isso é outra questão (e reparem que nada me move contra os cristãos-novos). Mas subsisitram exactamente porque ao fim de tanta perseguição e exodo os que ficaram deixaram de ser uma comunidade.

Cultura anti-semita?! Nãhhhh!!!

Sem falar na prórpia expressão "marrano" que ainda é empregue e que designa tanto judeus como porcos. Enfim, não é exactamente uma prova de grande tolerância.

O ds3 fez a análise essencial da questão logo no início: não há cultura anti-semita em Portugal por ausência de semitas, mas o anti-semitismo dos sećulos anteriores foi muitas vezes de uma brutalidade assustadora e metódica. As habilitações "de genere" procuravam toda a possivel ascendência Judaica e o massacre dos Judeus em Lisboa foi isso mesmo, um massacre.

9 de outubro de 2008 às 21:58:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Os lusitanos enquanto povo nunca foram islamicos, mas a lusitania enquanto divisao e unidade territorial foi respeitada pelos muçulmanos, ao contario do que aconteceu depois nos tempos da reconquista, em que os Portugal e Castela dividiram o territorio da lusitania.

9 de outubro de 2008 às 22:34:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Os mouriscos da lusitania estavam mal doutrinados, e o estado portugues não teve sucesso total a doutrina-los.

Ou não se sabiam benzer, ou não se sabiam persignar, ou ignoravam as orações
na totalidade ou em parte, ou ainda desconheciam os mandamentos e
o significado das festas da Igreja; havendo ainda os que não sabiam
rigorosamente nada.
Eram, portanto, no mínimo, maus cristãos.

Por isso é que no Alentejo o povo alinha pouco em cristianismos.

9 de outubro de 2008 às 22:52:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

vocês seus nazizocas é que vaõ ver quando o novo partito da liberdade aparecer!!!! o pnr vai plo cano abaixo e vamos roubarvos os votos TODOS AHAHHAHHHAHHAHAHAH!!!! e vou ficar rico e viver á custa do povo!!!!!

10 de outubro de 2008 às 00:00:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

È só provocadores eheheheheh.

10 de outubro de 2008 às 01:37:00 WEST  
Blogger Caturo said...

É comum: é que quando é para a parte da culpabilização - ver comentário de Gonçalo d'Orey acima - somos todos umas bestas anti-semitas... mas quando é para avançar com a "multiculturalidade inata" dos Portugueses, aí já somos os porreiraços que no fundo somos todos Judeus.

Também já tinha reparado nisso, ehehhehh...

10 de outubro de 2008 às 04:05:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Os lusitanos enquanto povo nunca foram islamicos, mas a lusitania enquanto divisao e unidade territorial foi respeitada pelos muçulmanos, ao contario do que aconteceu depois nos tempos da reconquista, em que os Portugal e Castela dividiram o territorio da lusitania.

Claro - os Mouros conquistaram tudo junto, e era mais fácil manter as regiões administrativas anteriores, dava menos trabalho.

No caso da Reconquista, foi bem diferente - havia reinos independentes a fazê-la e os Reconquistadores vinham de norte para sul, combatendo os Mouros «na vertical» - no mapa - talvez de modo a evitar conflitos entre si. Não se podiam pois dar ao luxo de se preocuparem com divisões de outrora.

Não obstante, o grosso da Lusitânia, senão mesmo a sua totalidade (falo da Lusitânia dos Lusitanos) ficou em Portugal.

10 de outubro de 2008 às 04:11:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

ao anonimo brasileiro:qualquer partido comunista (pc do b ,entre outros ) são primeiramente influenciados pela obra de karl marx (judeu), e pelo comunismo russo que teve em toda sua existencia 95% dos altos cargos na mãos de judeus .por isso é completamente enganadora e sem fundamento querer relacionar a união soviética e os partidos de esquerda ao anti semetismo .

os progoms nada mas era do que um sistema para punir os lideres comunistas(judeus) que traiam seus superiores(judeus )

quanto ao protocolo ; se foi verdadeiro ou falso , não cabe a mim ou a voce julgar ,mas a verdade é uma só , se ele é falso então a pessoa que o elaborou é o maior adivinho de todos os tempos , pois tudo que a mesma escreveu aconteceu e acontece dia apos dia !

10 de outubro de 2008 às 05:56:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Ouvi dizer que o Caturo ia abandonar o PNR para se juntar a uma nova formação partidária. Alguém me confirma?

10 de outubro de 2008 às 11:26:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

«...deles descendemos, e descendemos em linha directa de culpa.

Quinta-feira, Outubro 09, 2008 2:33:00 PM»



«Mea culpa, mea maxima culpa» - Chicoteias-te?!

10 de outubro de 2008 às 13:02:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Antes de mais acho que devo mencionar o que é a Fé.
Fé é o acreditar incondicional em algo do qual não temos quaisquer provas da sua existência.

A perda da Fé é uma das coisas mais comum hoje em dia. E quando digo perda de Fé não falo apenas de deixar deacreditar em Deus mas em deixar de acreditar, seja no que for. Desde acreditar que um amigo ou amigo vai cumprir o que promete, a acreditar que alguem vai conseguir sobreviver a uma doença.
A sociedade de hoje é céptica em relação a tudo ( hoje em dia tambem existe mais mentira ). Vivemos no mundo da tecnologia e da ciência."A razão explica tudo...", de maneiras que ter Fé é lago que considerado pelas pessoas do nosso tempo é digno de um analfabeto.
A ingenuídade é vista pelo nosso mundo como um defeito muito grande. Costumamos olhar para uma pessoa ingénua e gozá-la, afirmando que ela se deixa enganar, que ela acredita em tudo no que lhe dizem ( acreditar em tudo o que nso dizem tambem é mau), chamamos-lhe burros e afins, mas se analisarmos esses ditos ingénuos notamos qualidades que são raríssimas entre as pessoas de hoje em dia, normalmente quando alguém é ingénuo não mente, vive pela verdade, no fundo é bem mais puro de espírito do que quem não possui ingenuidade. É claro que não devemos acreditar em tudo o que nos dizem, mas deviamos adquirar como característica a verdade e a pureza de alma.

Com a perda da Fé, ou melhor do acto de acreditar, vem a perda da esperança.
E isto de perder a esperança não algo que se deva encarar com ânimo leve, pois ela é o motor de muitas das nossas decisões.
A antiga expressão " A esperança é ultima a morrer." está a entrar em desuso.
Num mundo em que cada vez existem mais cépticos tudo o que não tem provas deixa de ser plausível, dando origem à falta de valores.

Ao não haver um acreditar que se deve fazer o mais correcto, um acreditar que se deve praticar o bem, vai-se cair numa sociedade anárquica e sem valores.

Hoje não escrevi lá muita coisa mas espero que tenha tido algum impacto. E tambem já digo que vou escrever mais sobre este tema.

10 de outubro de 2008 às 14:20:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Se um neopagão na religião Wicca afirma não ter relacionamento com Lúcifer, insiste que realmente não existe o Diabo, e crê na deusa-mãe - esse indivíduo é um feiticeiro, ou não? Além disso, aqueles que afirmavam serem feiticeiros no passado realmente professavam ou pareciam que adoravam a Lúcifer? A verdade da matéria pode ser descoberta facilmente. A religião da feitiçaria progrediu de sua posição mais antiga de lançar encantamentos, atacar utilizando forças paranormais, realizar sacrifícios de animais, realizar sacrifícios humanos, ou até a adoração a Lúcifer para uma feitiçaria mais gentil, civilizada e politicamente correta - exatamente como as igrejas protestantes tradicionais e liberais foram moldadas pela cultura moderna. O estudo da evolução da feitiçaria é muito esclarecedor.

O consenso moderno de uma feiticeira foi lançado em 1484 com a publicação de O Martelo das Feiticeiras, um livro escrito por dois monges dominicanos que pertenciam à Inquisição. De acordo com essa publicação, a bruxaria é uma heresia que conspira para derrubar a Igreja de Roma e estabelecer o reinado de Satanás na Terra. "Por sua própria confissão, elas (as bruxas) voavam montadas em cavalos demoníacos ou em vassouras, festejavam, dançavam, e copulavam entre si, com seus espíritos familiares, e algumas vezes com o próprio diabo... as bruxas faziam um pacto formal com o diabo." [4] [tradução nossa]

Essa percepção da feitiçaria chegou ao Novo Mundo e foi sucintamente registrada por testemunhas oculares nos "Julgamentos das Bruxarias de Salém", em 1692, na Nova Inglaterra. Em resumo, os testemunhos diante do tribunal revelaram diversos fatos:

Muitos dos que foram julgados, condenados e mortos pelo crime de bruxaria eram vítimas inocentes.

Entretanto, a evidência revela que todos certamente não eram inocentes, e há uma indisputável evidência de crimes, inclusive homicídios que envolviam a manipulação de forças paranormais.

A Confissão de William Barker nos Julgamentos de Salem afirmou que existiam 307 feiticeiros espalhados por toda a Nova Inglaterra, e que eles estavam envolvidos em um plano para substituir o cristianismo no Novo Mundo pela adoração ao diabo. [5]

Entretanto, a feitiçaria de Salem e da Europa pré-colonial não é igual à versão moderna e desinfetada da feitiçaria popular do século 21, publicamente exibida como Wicca. Os wiccanos geralmente apontam para os anos 1940 e atribuem a Gerald Gardner a criação de sua variedade de feitiçaria, e afirmam que essa é a verdadeira e antiga feitiçaria de todas as épocas. Na verdade, Gardner começou a estudar e escrever sobre rituais de feitiçaria dos tempos antigos e pegou pedaços daquilo que descobriu para formular o que muitos hoje chamam de Wicca. [6] No entanto, a maioria dos wiccanos desconhece totalmente o fato que muitos dos rituais de Gardner foram na verdade escritos por ninguém menos que o notório satanista praticante de "magia negra" Aleister Crowley, após Gardner ter sido iniciado na Ordem dos Templários do Oriente, de Crowley. [7]

Paradoxalmente, a grande maioria dos wiccanos insistirá que eles não acreditam em Satanás ou em um Diabo, mas que adoram a deusa-mãe, conforme revelada na natureza. A maioria adere a um estilo de religião de "Guerra nas Estrelas", que determina a unicidade, a interconexão, a imanência, e a comunidade como os aspectos da deusa (isso tudo será discutido posteriormente.) [8] Como eles (e tudo o mais) são um com a deusa, e manifestações dela, tentam ir para dentro de si mesmos e descobrir a deusa interior - e, assim, atingem seu pleno potencial humano.

Em outra contradição, a maioria dos wiccanos afirma que o consorte da deusa é o místico deus Pã. (A maioria das religiões pagãs e neopagãs adora ou reconhece a existência de muitos deuses como manifestação da deusa.) Pã é revelado na mitologia como metade homem e metade bode, e com chifres; ou até mesmo é retratado como um sátiro - o torso de um homem e a parte inferior do corpo de um cavalo. Pã é o deus do mundo dos mortos, o senhor das florestas, o "deus da caça". A descrição de Pã é equivalente a de Osíris nos mistérios egípcios, Baco nos mistérios babilônios, Baal, famoso no Antigo Testamento, e pode ser rastreado diretamente a Ninrode, que a Bíblia descreve como "poderoso caçador diante da face do SENHOR" [9] e construtor da Torre de Babel. David Livingstone registra:

"Nos tempos medievais, o diabo era conhecido como o Bode de Mendes... De acordo com (os mistérios egípcios e documentados por - editor) Plutarco, após Set ter desmembrado o corpo de Osíris, o pênis dele nunca foi encontrado, e Ísis fez uma réplica em ouro e o enterrou em Mendes, onde havia um templo ao deus-bode. Plutarco observou que a maioria dos feiticeiros admitia o reconhecimento de Pã como consorte da deusa, essa é uma admissão (seja percebida ou não) das origens satânicas de uma religião que paradoxal e enfaticamente nega a existência de Lúcifer." [tradução nossa]

Quando levado às suas conclusões lógicas, é preciso questionar sensatamente a correlação entre a deusa-mãe e Lúcifer. Se a deusa-mãe tem Pã como consorte, seria Pã simplesmente outra manifestação do próprio Lúcifer? Além disso, se Pã é simplesmente uma manifestação da deusa, isso também não torna a deusa a personificação do próprio Lúcifer?

Onde então a adoração à deusa-mãe se originou? A Bíblia registra no Antigo Testamento a adoração à Astarote, Astarte, Ísis, a "rainha do céu", e outras variações femininas de adoração a uma deusa. A realidade é que a feitiçaria moderna teve sua origem na Torre de Babel e a infusão da adoração à deusa-mãe e os cultos da mãe e da criança evidenciado nas religiões do mundo nos últimos 4.500 anos foram concebidos nos mistérios babilônios, que tiveram sua origem com a viúva de Ninrode, Semíramis, e "o filho da viúva", Tamuz.

Variações e cultos derivados da adoração à deusa e das religiões de mistério influenciaram até o judaísmo. Os judeus foram influenciados pelo ocultismo quando desenvolveram uma "interpretação oral mística" do Antigo Testamento, conhecida como Cabala:

"Embora seja falsamente afirmado que data de algum tempo antes do dilúvio, o sistema da Cabala representava a apropriação de doutrinas estrangeiras no judaísmo, adotadas pelos judeus na grande e antiga cidade de Babilônia, quando estiveram em cativeiro ali na parte inicial do sexto século AC." [11]

A Cabala está entre os ancestrais diretos do gnosticismo e, com os avanços dos mouros para a Europa no século IX, cultos mágicos e místicos que entraram no sul da Europa trouxeram consigo um dualismo gnóstico que levava diretamente à adoração a Lúcifer. [12] De acordo com David Livingstone:

"Eles adoravam Lúcifer, considerando o mundo material como sua obra, e afirmando que com a indulgência nos prazeres carnais, estavam acomodando seu demônio-criador. Dizia-se que um gato preto era visto em suas cerimônias como um objeto de adoração... em suas orgias noturnas, sacrifícios de crianças eram realizados e o sangue delas era usado para fabricar o pão de eucaristia da seita." [13]

10 de outubro de 2008 às 14:29:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

«Mea culpa, mea maxima culpa» - Chicoteias-te?!"

Tú lá saberás os que os teus avós fizeram aos judeus...

10 de outubro de 2008 às 14:48:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Anónimo, Sexta-feira, Outubro 10, 2008 2:48:00 PM

Vai à merd@, e, de caminho, vai ver o que andaram a fazer os teus antepassados.

:)

10 de outubro de 2008 às 18:22:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

"Vai à merd@, e, de caminho, vai ver o que andaram a fazer os teus antepassados."

Aprende mas é a escrever:era "merda" que querias escrever,não era?
Olha os rabos de palha do menino.Que furibundo que ele anda.

10 de outubro de 2008 às 18:44:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Anónimo, Sexta-feira, Outubro 10, 2008 6:44:00 PM

LOL

10 de outubro de 2008 às 19:08:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Prostituição Sagrada

Na Antiguidade, em várias civilizações do Oriente Médio também era comum a prática da prostituição sagrada, pela qual os homens visitavam templos, onde tinham relações sexuais com o objetivo de comungar com uma deusa particular. Por esta concepção a prostituta sagrada encarnava a deusa, tornando-se responsável pela felicidade sexual, "a veia através da qual os rudes instintos animais são transformados em amor e na arte de fazer amor", explica Nancy Qualls-Corbett, autora do livro "A prostituta sagrada", da Editora Paulus.

Nesse período em que existia a prostituição sagrada, as culturas constituíram-se sobre um sistema matriarcal que, muito mais do que mulheres em cargos de autoridade, significava um foco em valores culturais diferentes.

"Onde o patriarcado estabelece lei, o matriarcado estabelece costume; onde o patriarcado estabelece o poder militar, o matriarcado estabelece autoridade religiosa; onde o patriarcado encoraja a aretheia (valor, virtude, coragem) do guerreiro individual, o matriarcado encoraja a coesão do coletivo, algo que tem a ver com a tradição". (William Thompson, The Time Falling Bodies Take to Light)

Em outras palavras, o que diferencia matriarcado de patriarcado não é fato de que o poder esta na mão da mulher ou do homem, e sim uma diferente atitude.

De acordo com Nancy Qualls-Corbet, em matriarcados antigos a natureza e a fertilidade consistiam no âmago da existência. Suas divindades comandavam o destino, proporcionando ou negando abundância à terra. Desejo e resposta sexual, vivenciados como poder regenerativo, eram reconhecidos como dádiva ou bênção do divino. A natureza sexual do homem e da mulher era inseparável de sua atitude religiosa. Em seus louvores de agradecimento, ou em suas súplicas, eles ofereciam o ato sexual à deusa, reverenciada pelo amor e pela paixão. Tratava-se de ato honroso e respeitoso, que agradava tanto ao divino quanto ao mortal. A prática da prostituição sagrada surgiu dentro desse sistema religioso matriarcal e, por conseguinte, não fez separação entre sexualidade e espiritualidade.

De acordo com Heródoto, historiador grego do século III a.C., era costume babilônico que toda a mulher virgem perdesse sua virgindade no templo do amor e tivesse relações sexuais com estranhos. Não importava a quantia de dinheiro, ela nunca recusaria, pois isso é que seria pecado. Segundo ele, as mulheres altas e belas logo ficavam livres para partir, mas as feias tinham que esperar muito tempo, podendo chegar a três ou quatro anos. Todo dinheiro e o ato em si eram dedicados à deusa, e portanto, considerados santos. Para a mulher, esse ato não representava a desonra, era motivo de orgulho. Em outras localidades, tal honra só era alcançada pelas mais nobres de estirpe. O ato sexual com estranhos consagrado à deusa era considerado purificador. Mais tarde, até as matronas romanas, da mais alta aristocracia, vinham ao templo de Juno Sospita para entrar no ato da prostituição sagrada quando era necessária uma revelação.

No Egito, as deusas Hátor e Bastet eram adoradas como deusas da fertilidade. Freqüentemente são representadas nuas, acompanhadas por um coro de mulheres dançantes. No tempo das grandes festas, as mulheres permaneciam a serviço da deidade. Tendo cumprido suas obrigações na noite do ritual, elas voltavam a suas casas para reassumirem sua vida diária.

Em Hierápolis, no Líbano, a moderna Baalbek, matrona, bem como virgens, prostituíam-se a serviço da deusa Atar. Em alguns casos, mulheres que não desejavam levar vida casta, nem casar, passavam a morar nos recintos do templo. Eram elas as Virgens Vestais. Elas serviam à deusa grega ou romana Héstia ou Vesta, como encarregadas do fogo das lareira. Tinham como propósito trazer o poder fertilizante da deusa para o contato efetivo com as vidas dos seres humanos.

Em outros casos, o caminho da mulher à prostituição sagrada realizava-se através da sujeição ao conquistador guerreiro. Ramsés III atesta esse fato nos relatos de inscrição de prisioneiros que fez na guerra da Síria. Os homens foram levados para um "depósito", e suas mulheres foram feitas súditas do templo.

Independentemente de virem ao templo do amor por determinação da lei, por dedicação ou por servidão, por sua origem real ou comum, por uma noite ou por toda a vida, sabemos que as prostitutas sagradas eram muito numerosas. De acordo com Estrabão, nos templos de Afrodite em Érix e Corinto havia mais de mil.

No código de Hamurabi, uma legislação especial salvaguardava os direitos e o bom nome da prostituta sagrada; era protegida contra difamações, assim como seus filhos, através da mesma lei que preservava a reputação da mulher casada. Elas também gozavam do direito de herdar propriedades do pai e receber renda da terra trabalhada por seus irmãos.

11 de outubro de 2008 às 16:28:00 WEST  

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