EUA - DOCUMENTOS SECRETOS AGORA REVELADOS INDICAM QUE AGENTES SAUDITAS AUXILIARIAM O ATAQUE DE 11 DE SETEMBRO

"Vários" agentes da Arábia Saudita participaram no ataque terrorista, de acordo com Danny Gonzalez, que trabalhou no Departamento Federal de Investigação (FBI, na sigla em inglês) dos EUA nos meados dos anos 2000.
Pelo menos duas das 19 pessoas que sequestraram aviões a jato e os fizeram chocar-se com prédios em 11 de Setembro de 2001 receberam assistência de uma rede de apoio saudita sediada nos Estados Unidos, alegou na Vernes (3) Danny Gonzalez, ex-agente do Departamento Federal de Investigação (FBI, na sigla em inglês) dos EUA.

Gonzalez diz que trabalhou na Operação Encore, uma investigação de inteligência do FBI criada nos meados dos anos 2000. Estava encarregada de investigar as actividades prévias de Nawaf al-Hazmi e Khalid al-Mihdhar, dois sequestradores do ataque de 11 Setembro que viviam em San Diego, Califórnia, EUA. O ex-funcionário do FBI contou à CBS News que "19 sequestradores não podem cometer 3.000 assassínios em massa sozinhos".

O agente veterano, que agora trabalha para as famílias das vítimas do 11 de Setembro buscando a desclassificação de documentos que revelam a extensão do possível papel da Arábia Saudita nos ataques, disse à emissora que "você não precisa de ser um agente do FBI com 26 anos de experiência para entender" que os terroristas tinham apoio.

Segundo Gonzalez, "vários" cidadãos sauditas, incluindo Omar al-Bayoumi, um suposto agente da inteligência saudita, ajudaram Hazmi e Mihdhar. Bayoumi supostamente encontrou-os "ao acaso" num restaurante em Los Angeles, Califórnia, EUA, e os exortou a mudarem-se para San Diego.

Lá, alega o ex-agente, Bayoumi ajudou os homens a encontrar um apartamento e abrir uma conta bancária, com os futuros sequestradores a continuar o treino para pilotar aviões numa escola de voo próxima. Os dois homens tornar-se-iam dois dos cinco terroristas que pilotaram um avião para o Pentágono.
Ken Williams, outro ex-agente do FBI agora a trabalhar com as famílias do 11 de Setembro, advertiu os seus superiores em memorando anterior ao 11/9 sobre possíveis terroristas a ter aulas de voo no Arizona.

"A evidência está lá, eu vi-as. Mas não posso entrar nos detalhes por causa da ordem de protecção", explicou Williams. Gonzalez tem uma ordem de silêncio semelhante.

Os dois ex-agentes garantiram que o entendimento dos norte-americanos sobre os eventos do 11 de Setembro mudaria se os registos da Operação Encore pudessem ser divulgados.
Responsabilidade pelo 11 de Setembro
A Arábia Saudita negou fortemente qualquer envolvimento nos ataques do 11 de Setembro, e Bayoumi afirmou, incrédulo, que encontrou Hazmi e Mihdhar por acaso e ajudou-os como companheiros muçulmanos em necessidade. O relatório final da Comissão do 11 de Setembro, divulgado em 2004, ilibou o agente da inteligência saudita de qualquer ato ilícito, dizendo que não havia "nenhuma prova credível" de que ele apoiava ou ajudava intencionalmente grupos extremistas.

A Casa Branca anunciou na Vernes (3) que iniciaria um processo de revisão de documentos ainda classificados relacionados com os ataques do 11 de Setembro para uma possível desclassificação e divulgação até ao final do ano. As famílias com membros que morreram no 11/9 têm processado o governo saudita pelo seu suposto envolvimento nos actos terroristas, e têm exortado Joe Biden, presidente dos EUA, a fazer algo antes do 20º aniversário dos ataques.

O ataque terrorista, que matou 2.977 pessoas e feriu mais outras 25.000, resultou numa política externa mais assertiva por parte dos EUA, que ocupou Afeganistão em Outubro de 2001, onde permaneceu até à última Lunes (30), superando por meses o recorde de duração da Guerra do Vietname, entre 1955 e 1975. Washington também aprovou a invasão do Iraque em Março de 2003, onde permanece desde então, à excepção de um período entre 2011 e 2014.

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Fonte: https://br.sputniknews.com/americas/2021090617981620-ex-agente-do-fbi-sequestradores-do-119-tiveram-apoio-de-agentes-sauditas-dentro-dos-eua/

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«Aliados» muçulmanos dão frequentemente chatice, não é novidade - a única aliança estruturalmente durável de muçulmanos é com outros muçulmanos.