SOBRE A VITÓRIA PORTUGUESA NO FESTIVAL DA EUROVISÃO
Goste-se ou não da música dos irmãos Sobral que ganhou o eurofestival, um momento destes já não se esquece e é especialmente significativo para o pessoal com mais de quarenta anos, que durante décadas considerou demasiadamente utópico e longínquo um triunfo destes, quase só o referindo jocosamente, ainda que a nossa imprensa dissesse sempre que «a nossa é favorita lá fora» (e depois tinha quase sempre pontuações baixitas). Por outro lado provou-se, com especial utilidade não só para o País mas para toda a cultura musical europeia, que não é preciso cantar em Inglês para ganhar. Portugal nisto foi sempre exemplar, mais do que praticamente todos os outros países europeus, uma vez que manteve sempre o seu idioma na sua canção candidata, mesmo nunca vencendo, até que finalmente acabou por triunfar; que não triunfasse - mais importante do que ganhar é existir e existir em pleno é sempre ser único, irrepetível. Faço votos para que a ideia pegue e, para o ano, se possa continuar a ouvir o Português na Eurovisão, e também o Grego, o Russo, o Sueco, o Holandês, o Arménio e, com sorte, porque não, até o Irlandês mesmo da Irlanda em vez do Inglês cantado por irlandeses, e não seria nada impossível uma coisa destas, dado que pela França se ouviu o Bretão em meados dos anos noventa. Salvador Sobral e sua irmã, Luísa Sobral, cujo género musical nunca foi do meu agrado, estão sem dúvida de parabéns.
2 Comments:
nao gostei da atitude dele de vir defender os refugiados. é mais um carneiro que anda por ai sem consciencia nenhuma do que defende e diz
Sim, mas com pessoal da elite político-cultural reinante já se sabe como é. E vá lá que ele nem foi tão político como poderia ter sido... de resto, também os Nacionalistas (alguns - o PNR, pelo menos) acham que os refugiados mesmo refugiados podem ser acolhidos na Europa, a massa de alógenos imigrantes composta de marmanjos em idade militar é que não.
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