NACIONALISTAS DA ÁUSTRIA TIVERAM A VASTA MAIORIA DOS VOTOS DA CLASSE TRABALHADORA
O candidato derrotado nas presidenciais da Áustria, o nacionalista Norbert Hofer, analisou esta Martes os resultados das eleições de domingo com o líder do Partido da Liberdade (FPO), Heinz-Christian Strache. Os dois sublinharam a vitória moral pelos quase 50 por cento de votos conseguidos, num escrutínio com mais de 70 por cento de participação entre 6,4 milhões de eleitores.
Conotado com a Extrema-Direita austríaca e até com certos ideais nazis, a estratégia do FPO parece passar agora por se distanciar dessa categorização e aproximar-se mais do centro. Pelo menos, isso ficou numa conferência de imprensa de Hofer, em pleno parlamento de Viena quando afirmou, sem rodeios, “o FPO não é um partido de Extrema-Direita.”
O também 3.° presidente da Assembleia Nacional (a câmara baixa do parlamento austríaco) lembrou que foi candidato “pelo FPO” e defendeu que se um partido de Extrema-Direita se tivesse candidatado a eleições na Áustria, não teria mais do que dois por cento dos votos”. “A percentagem de loucos na Áustria não é, certamente, superior a isso”, atirou, suportado num resultado alcançado nestas presidenciais de 49,7 por cento dos votos.
Aos camaradas que ficaram frustrados pela derrota, Hofer pediu calma. “Não cometam o erro de se atacarem uns aos outros. Somos todos austríacos e há lugar para muitas opiniões na Áustria”, afirmou, considerando que o vencedor, Alexander van der Bellen, vai ter uma tarefa difícil.
“Não é fácil perder por alguns milhares de votos. Mas também não é fácil ser presidente com tão poucos votos a mais. É preciso ser-se Presidente de todos os austríacos e convencer esta outra grande metade da Áustria vai ser uma tarefa muito difícil”, anteviu. Ainda assim, Hofer saudou o novo Presidente e desejou-lhe felicidade nas novas funções.
Líder do FPO aponta à chancelaria
O líder do FPO, por seu turno, salientou a ascensão do partido. “Somos, hoje, mais fortes que nunca”, assumiu (publicação de Facebook em baixo). Somos o novo centro da sociedade. Conseguimos uma importante vitória contra todo o sistema esclerosado e vamos preparar-nos para os próximos sucessos eleitorais”, lançou Heinz-Christian Strache, já a apontar baterias às legislativas de 2018, nas quais o FPO agora acredita poder conquistar a chancelaria.
Alexander van der Bellen ganhou domingo, à segunda volta, as eleições presidenciais austríacas, com 72,7 por cento de participação entre 6,4 milhões de eleitores. Economista de 72 anos e apoiado pelos Verdes, partido ecologista de que chegou a ser líder, o novo chefe de Estado austríaco conseguiu 50,3 por cento dos votos.
Os resultados vão ser oficializados no dia 1 de Junho pelo Ministério do Interior austríaco. O FPO está em curso de averiguação sobre eventuais irregularidades e poderá avançar com uma contestação, mas apenas após a oficialização dos resultados. A tomada de posse de Van der Bellen foi, entretanto, marcada para 8 de Junho pelo Presidente cessante, Heinz Fischer. Os dois, por fim, também se reuniram esta Martes para iniciar o processo de passagem de testemunho.
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Fonte: http://pt.euronews.com/2016/05/24/austria-nacionalista-norbert-hofer-recusa-rotulo-de-extrema-direita-e-partido/
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Note-se que o candidato nacionalista teve o grosso da votação das classes trabalhadoras, como aqui se lê: http://blogs.spectator.co.uk/2016/05/the-working-class-vote-explains-the-rise-of-austrias-far-right/ - oitenta e seis por cento, sim, 86% da população austríaca das classes trabalhadoras votou no candidato nacionalista.
O texto diz também que essencialmente o mesmo está a ocorrer no Reino Unido, onde o Partido Trabalhista está a tornar-se «irrelevante para a maioria da classe trabalhadora» por causa da sua posição a respeito da imigração.
O texto diz também que essencialmente o mesmo está a ocorrer no Reino Unido, onde o Partido Trabalhista está a tornar-se «irrelevante para a maioria da classe trabalhadora» por causa da sua posição a respeito da imigração.
Recomendo mui vivamente a leitura de todo o texto e saliento esta passagem, cujo conteúdo tenho andado a «martelar» há não sei quantos anos e que define o que é agora o grande combate político dos tempos actuais - já não o da Direita-Esquerda por motivos especificamente sócio-económicos, mas sim entre os nacionalistas e os mundialistas:
«De um lado, a maioria da juventude com estudos universitários do Ocidente está na "Esquerda", pela qual se entende que apoiam as causas progressistas tais como o casamento gay, a justiça racial e as fronteiras abertas. Estas são as crenças de alto status, de prestígio nos dias de hoje, tal como a Cristandade Católica ou Anglicana foi em tempos, e formam o conteúdo filosófico dos partidos de Centro-Esquerda no Ocidente. Imbuindo todo este prestígio está o internacionalismo e uma aversão a tudo o que seja olhar para dentro. Os partidos de Centro-Esquerda reflectem esta mundivisão.
Os oponentes naturais desta mundivisão não são os conservadores ou os socialistas mas os localistas - pessoas que acreditam em priorizar aqueles com quem têm mais em comum, usualmente compatriotas, e que na Europa estão cada vez mais representados pela Extrema-Direita. Os eleitores nativos da classe trabalhadora, que são os mais severamente afectados pela globalização, são muito mais logicamente parte deste lado (...)».
Ora esta classe trabalhadora branca constitui a maior parte da população europeia, pelo menos por enquanto. E é por isso que o Nacionalismo, embora tenha contra si os mais poderosos inimigos - as elites político-culturais instituídas - tem também aquele que é potencialmente o maior dos trunfos: a natural simpatia popular pela defesa da sua própria estirpe, instinto que do estado dormente tem vindo a despertar.
«De um lado, a maioria da juventude com estudos universitários do Ocidente está na "Esquerda", pela qual se entende que apoiam as causas progressistas tais como o casamento gay, a justiça racial e as fronteiras abertas. Estas são as crenças de alto status, de prestígio nos dias de hoje, tal como a Cristandade Católica ou Anglicana foi em tempos, e formam o conteúdo filosófico dos partidos de Centro-Esquerda no Ocidente. Imbuindo todo este prestígio está o internacionalismo e uma aversão a tudo o que seja olhar para dentro. Os partidos de Centro-Esquerda reflectem esta mundivisão.
Os oponentes naturais desta mundivisão não são os conservadores ou os socialistas mas os localistas - pessoas que acreditam em priorizar aqueles com quem têm mais em comum, usualmente compatriotas, e que na Europa estão cada vez mais representados pela Extrema-Direita. Os eleitores nativos da classe trabalhadora, que são os mais severamente afectados pela globalização, são muito mais logicamente parte deste lado (...)».
Ora esta classe trabalhadora branca constitui a maior parte da população europeia, pelo menos por enquanto. E é por isso que o Nacionalismo, embora tenha contra si os mais poderosos inimigos - as elites político-culturais instituídas - tem também aquele que é potencialmente o maior dos trunfos: a natural simpatia popular pela defesa da sua própria estirpe, instinto que do estado dormente tem vindo a despertar.
5 Comments:
Sim, mas se a taxa de natalidade da classe trabalhadora branca não melhorar isso pode mudar. Dai a democracia em vez de "natural aliada" do nacionalismo como costumas a dizer se tornara sua inimiga. E exatamente isso o que a elite letrada esquerdista quer. Desequilibrar essa balanca atraindo para dentro da europa esses povos estrangeiros que servirão como "gado eleitoral". Por isso, para já eh preciso travar a invasão e em seguida melhorar as taxas de natalidade. A democracia so sera boa enquanto demograficamente os autóctones forem a maioria. Sem melhoria nas taxas da nataldidade e sem limites a invasão isso vai mudar. Eu queria saber como votaram os estrangeiros com direito a voto nessa eleição na Áustria. Pois o que se deu no plebiscito do Quebec, no da Escócia, na eleição do Obama, do Francois Hollande eh que o fator "alógeno" foi decisivo para o resultados contrários ao interesse o povo autóctone. Isso eh o que compromete, a meu ver, a vitória do Trump nas eleições americanas do próximo semestre. Se Trump perder eh pq os brancos já são minoria na população americana.
enfim.. com tanta imigração e mais uma vez nao somos primeiros.
Já faltou mais.
"enfim.. com tanta imigração e mais uma vez nao somos primeiros."
E mais uma vez e outra as mulheres jovens são as maiores responsáveis por isso, já que é entre elas que mais se votou contra os nacionalistas mais uma vez. Por serem tão idiotas é que são violadas por muslos, e por isso mais e mais homens dão o foda-se a elas, pois se nem elas se importam, porque nós vamos nos importar?
http://www.dailystormer.com/wp-content/uploads/2016/05/CjJtPVIWsAEuteE.jpg
https://heartiste.wordpress.com/2016/05/23/more-evidence-supporting-the-men-invade-women-invite-theory-of-geopolitics/
«Por isso, para já eh preciso travar a invasão e em seguida melhorar as taxas de natalidade.»
O que é mesmo mais urgente para já, ou já ontem, é o combate democrático. Isso é que é mesmo mais urgente - enquanto os Europeus ainda constituem maioria na sua própria terra. É preciso deitar fora com toda a força todo e qualquer empecilho ideológico que haja nas fileiras nacionalistas contra a Democracia. Aliás, se o Movimento Nacionalista não tivesse andado décadas a ser dirigido por quem tinha pretensões e pedantismos anti-democráticos, já o Nacionalismo estaria bem mais avançado no seio da população do que na realidade está.
Se os Nacionalistas perderem a guerra na Europa, boa parte da culpa vai estar nos «líderes iluminados» anti-democratas, que fanática e imbecilmente viraram as costas precisamente à sua maior fonte potencial de poder, só porque fulano ou sicrano disseram isto ou aquilo nos seus livritos. Nesta luta, os Nacionalistas têm o maior trunfo, que é o potencial democrático, mas têm também uma das piores desvantagens, que é a imbecilidade dogmática anti-democrática de muitos dos seus militantes.
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