PAPA AFIRMA QUE HÁ UMA INVASÃO «ÁRABE» DA EUROPA - E DIZ QUE ASSIM É QUE É BOM
O Papa Francisco referiu-se à actual vaga de migrantes e refugiados que chegam a território europeu com uma nova “invasão árabe”, durante um encontro no Vaticano com a organização cristã francesa Esprit Civique em que também reforçou que a Europa “sempre soube evoluir e fortalecer-se com a troca de culturas”, a ponto de se ter tornado o “único continente capaz de oferecer uma certa unidade ao mundo”.
Numa declaração citada pelo jornal oficial do Vaticano L’Osservatore Romano– e que poderá fazer correr rios de tinta –, o Papa aludiu ao fenómeno migratório que está a abrir fendas entre os países da União Europeia. “Hoje em dia podemos falar de uma invasão árabe. É um facto social”, afirmou Francisco.
Mas o Papa classifica essa “invasão” como algo positivo e benéfico. “Para a Europa rejuvenescer, deve redescobrir as suas raízes culturais: é ao esquecer a sua própria História que a Europa se enfraquece, e arrisca tornar-se um lugar vazio”, respondeu Francisco, a uma questão colocada pelo director da revista francesa La Vie, Jean-Pierre Denis, sobre as implicações da actual crise de refugiados. “Quantas invasões a Europa experimentou ao longo da sua História?”, lembrou o Papa, notando que o continente “foi sempre capaz de lidar com elas, avançando e ficando em melhor posição por causa das trocas de culturas”.
Francisco referiu-se ainda a antigos líderes europeus, fundadores da União Europeia, para criticar a postura dos actuais dirigentes que se recusam a cumprir os planos de Bruxelas para a redistribuição de refugiados pelos vários Estados-membro, ou mesmo a autorizar a entrada e passagem pelo seu território das populações em fuga da guerra da Síria ou da perseguição do Estado Islâmico no Iraque. “Às vezes pergunto-me quando vamos voltar a ver um Robert Schumann ou um Konrad Adenauer”, admitiu o Papa, aludindo o antigo ministro dos Negócios Estrangeiros da França e ao primeiro chanceler alemão do pós-guerra.
E criticou os movimentos e partidos políticos anti-imigração e anti-muçulmanos, como por exemplo os alemães do Pegida, que galgam a onda do populismo e se tornam “reféns de uma colonização ideológica” que transforma a política em “veneno”.
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Fonte: http://www.publico.pt/mundo/noticia/papa-francisco-referese-a-uma-nova-invasao-arabe-da-europa-1725333
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É mais um cúmulo de descaramento da parte da maior igreja da Cristandade, criticar uma «colonização ideológica», quando a própria existência da Igreja na Europa constitui um resultado, e também um agente, da maior colonização ideológica de que há memória em toda a História conhecida do velho continente, que foi a cristianização, entenda-se, a conversão forçada, por intermédio da pressão política, da intimidação e até da violência armada, de todas as gentes europeias ao culto de um carpinteiro semita crucificado no Próximo Oriente, implicando isto a militante e sistemática destruição ou usurpação dos altares dos Deuses Nacionais.
Assim se entende o que quer o papa dizer quando fala em «raízes históricas» da Europa - os nacionalistas e identitários europeus cristãos ou «culturalmente cristãos» (uma treta que só quem não saiba o que é o Cristianismo pode defender) que não se iludam, ou não queiram iludir ninguém, porque o papa não está com isso a referir as reais raízes identitárias europeias, isto é, as étnicas e civilizacionais, mas sim aquilo que ele e os seus consideram como o fundamento da Europa, ou por outra, o fundamento «que interessa», que é o de ver este extremo da Eurásia como plataforma primeira da Cristandade, ou plataforma segunda, depois do Império Romano... o vírus apoderou-se do organismo e depois daí partiu para contaminar outros organismos, leia-se, toda a parte do mundo onde se conseguiu impor: Áfricas, Américas, Ásia de sudeste, tendo falhado, por pura e simples impossibilidade de controlo militar, a conquista da Índia, da China e do Japão, além de ter perdido também a esmagadora maior parte do Médio Oriente e do norte de África, porque outro credo da mesma origem e igual ou maior intolerância, o Islão, aí se implantou.
Não lhe custa portanto, ao «sumo pontífice» (até este título é usurpado ao Paganismo), dar a sua bênção a uma nova invasão da Europa, «esquecendo» ou dando por esquecido que todas as invasões em solo europeu significaram incontáveis rios de sangue e desgraça para os Europeus. Evidentemente que a partir daí a Igreja estaria mais que prontíssima para se arvorar em grande mãe receptiva acolhendo nas suas igrejas os milhares ou milhões de feridos e sofridos de alguma guerra étnica na Europa... todos desgraçadinhos, todos pobrezinhos, unidos sob o amor universal do misericordioso crucifixo, pois claro...
E depois ainda fala em «veneno», o supremo vigário do Judeu Morto, quando de facto o grande veneno ideológico do Ocidente é precisamente este: o do universalismo militante imposto e fomentado em solo europeu pelo credo cristão. Contra esta sida cultural - vírus vindo de fora que destrói as defesas do Organismo Europa - só o Nacionalismo se ergue. Por isso mesmo é que o papa, que supostamente não se mete em política, elegeu apenas e exclusivamente o Nacionalismo como alvo da sua crítica.
5 Comments:
http://www.dw.com/pt/partido-anti-imigrantes-vira-terceira-for%C3%A7a-em-estado-alem%C3%A3o/a-19100296
Foi em um estado apenas, infelizmente.
Politico do partido verde alemão "católico praticante" aprova politica de Merkel para refugiados.
http://pt.euronews.com/2016/03/07/autarca-alemao-envia-fatura-a-mossad/
http://pt.euronews.com/2016/03/08/ue-e-turquia-acordam-grandes-linhas-de-plano-migratorio-submetido-aos-28-na-proxima-semana/
o tal politico alemão verde-católico:
http://www.dw.com/pt/eleições-estaduais-viram-plebiscito-sobre-política-migratória-de-merkel/a-19100233?maca=bra-rss-br-top-1029-rdf
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