quarta-feira, agosto 12, 2015

NA GRÉCIA - ESTADO RECUSA RECONHECER ESTATUTO OFICIAL DA RELIGIÃO NACIONAL HELÉNICA

Comunicado de Imprensa 
do Supremo Conselho Nacional Helénico
a 2 de Agosto de 2015

Mais uma vez, o Estado Grego mostrou que ainda não se livrou dos caprichos bizantinos e medievais e, sendo incapaz de respeitar com dignidade as suas próprias leis (neste caso o Act. nº 4301/2014), rejeitou por intermédio do seu tribunal de primeira instância a moção assinada por centenas de Nacionais Helenos para obter o reconhecimento como corporação estatutária de carácter religioso pela sua ancestral, indígena e historicamente contínua apesar das cruéis perseguições pela Cristandade, Religião Étnica Grega. 
A justificação dada para esta rejeição insulta directamente a inteligência e conhecimento de História da pessoa medianamente educada. Os termos puramente religiosos Religião Étnica e Nacionais Helenos cria confusão (dizem eles) nas mentes do público. Qual público? O público que este mesmo Estado deixou às escuras a respeito da nossa religião ao ministrar abertamente uma educação que se parece com o catecismo cristão através do sistema escolar? A respeito da religião que todos os gregos costumavam seguir por muitos séculos antes da imposição do Cristianismo e que muitos gregos seguem até hoje? Uma religião que, desnecessário será dizer, não é idólatra, pagã ou dodecateísta. O nome da religião transmitida até nós é Étnica Helénica, como se consagrou que seria designada em Trieste, no ano de 1730. Até então, era simplesmente denominada Helenismo. Por conseguinte, a auto-designação Étnica Helénica aparece ANTES do termo moderno "Nação" estabelecido no contexto da Revolução Francesa, cujo significado é político e também se traduz em Grego como "Ethnos", e que, claro, aparece também antes do Estado Grego propriamente dito.
A pretensão da suposta confusão é cómica: de facto, é similar à de um ateu que se chamasse "Cristo" [nome próprio muito comum na Grécia actual - nota do blogueiro] que exigisse que o Cristianismo deixasse de ser chamado Cristianismo com base na acusação de que o nome da religião tinha sido plagiado dele próprio, ou como se o clube de futebol Ethnikos Peiraios devesse chamar-se outra coisa qualquer, para não causar confusão na mente do público caso o Estado Grego o apoie, o aprove ou o controle. Todavia, a inesperada tentativa de dar um sentido moderno, político, ao termo "étnico", diferente daquele que normalmente tem no contexto da teoria das religiões, é extremamente perigoso.
Entendemos, como é óbvio, que esta interpretação específica foi evidentemente escolhida por necessidade para servir de base para chegar à suposta confusão. No entanto, isto não torna a interpretação menos perigosa, uma vez que o problema relativamente simples de nos negar o nosso primeiro e mais básico direito de sermos reconhecidos como existentes no nosso próprio país, foi transportado para um contexto totalmente diferente, irrelevante para um caso legal que é e permanece, temos de repetir, uma questão que diz respeito apenas às religiões. Foi transportada para um novo contexto que este mesmo Estado Grego é capaz de considerar particularmente desagradável, se não tomar bem o cuidado de puxar o caso de volta ao assunto ao qual a matéria pertence propriamente.
Uma vez que somos pessoas sólidas e responsáveis, e acima de tudo patrióticas, nunca daríamos origem a tal anomalia. A Religião Étnica Helénica vai portanto levar o caso ao tribunal de apelação para seu reconhecimento à luz do Act. Nº 4301/2014, cujas pré-condições devidamente preenche, e aguarda pacificamente que o Estado Grego respeite as suas próprias leis pelo menos desta vez.
Isto é especialmente verdade, dado que nos últimos anos, à conta da recusa do dito Estado de garantir estatuto legal de personalidade à nossa religião, esta tem sido ilógica e injustamente compelida por um ministério do Estado a pagar muitos milhares de euros em impostos de negócios, apesar dos muitos protestos escritos da nossa parte. Sim, leu correctamente, impostos sobre negócios!
Apelamos aos nossos compatriotas gregos, a todos os Nacionais Helénicos, para se juntarem ao representante oficial da Religião Nacional Helénica em estado de alerta. Ignorando o custo em tempo e dinheiro, honraremos o apelo dos nossos Deuses e das nossas almas e dos nossos ancestrais, neste processo injusto, cansativo e destruidor de almas. Não recuamos. Iremos alcançar o nosso justo propósito!
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Fonte: http://ysee.gr/index.php?type=deltia_typou&f=301

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Mais uma vez, a Santa Madre Igreja Anti-Racista e Multiculturalista dos Últimos Dias do Ocidente (SMIARMUDO) faz das suas, convergindo com a sua avó, ou tia, a Cristandade: a SMIARMUDO diabolizou de tal modo o termo «étnico» que agora este tem sempre uma conotação maligna, isto quando aplicado ao que for europeu, bem entendido...
Talvez por coincidência formal mas não por coincidência ideológica, em vez disso por convergência espiritual, a Cristandade na Grécia também fica a ganhar, ou pelo menos não perde já. Resta aos helenos adoradores das Divindades da sua própria herança étnica cerrarem fileiras e continuarem o seu combate, redobrando a determinação em dar a cada qual o que é seu, e a Grécia pertence, por direito, aos seus Deuses Nacionais.


2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Isto e o que se chama de Eurasianismo. O Syriza e fruto disso. O eurasianismo quer exatamente isso "recristianizar" a Europa. Sabemos que a Russia provavelmente esteve por tras direta ou indiretamente na ascensão desse partido. Como se nao bastasse eles tb deram asilo e cidadania grega a milhares de imigrantes e refugiados. Inclusive com ameaças a Europa para facilitar o transito de ilegais pela Grecia como retaliação pela a imposição da austeridade. Alem do governo grego não ter tido a coragem de enfrentar a politica de austeridade eles tb estão traindo a raiz étnica dos gregos. Ao assumir o cargo de primeiro-ministro, Tsipras tratou de tranquilizar a igreja de que essa não perderia seus privilegios e o status de religião oficial na Grecia. Embora a Grecia tenha dificuldades econômicas a religião ortodoxa grega tem custos que são arcados pelo estado. Isto tb o Syriza não teve a coragem de acabar. Nisso que da votar na extrema esquerda. Que sirva de aviso aos que intentam votar no Podemos na Espanha.

12 de agosto de 2015 às 03:27:00 WEST  
Blogger Caturo said...

De facto, essa Extrema-Esquerda nem no seu menos mau presta para alguma coisa: ou o que promete mete nojo, em certos temas, e aí concretizam-no, ou o que prometem parece bom, noutros assuntos, mas aí falham à grande.

13 de agosto de 2015 às 00:09:00 WEST  

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