CATÓLICOS E NAZIS NA ALEMANHA DOS ANOS TRINTA
Agradecimentos a quem aqui trouxe esta página: http://i.imgur.com/JK67iaA.jpg, na qual se vê a seguinte imagem, que só por si diz mais que talvez mil palavras, talvez menos, mas umas quantas, seguramente:
No mapa de cima, é visível a percentagem de votos no partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães (NSDAP), mais conhecido como partido nazi, em 1932; no de baixo, a percentagem de católicos na Alemanha de acordo com o censo de 1934.
É quase o negativo um do outro - não admira que escassos anos mais tarde tivesse havido forte tensão entre a Igreja Católica e o Estado Nacional-Socialista, eleito pelo povo. Não foram poucos os padres suspeitos de subversão ideológica, e a encíclica do papa Pio XI «Mit Brennender Sorge» («Com Grande Preocupação»), escrita directamente em Alemão (caso raro no Vaticano) no ano de 1937 e rapidamente disseminada pelas igrejas católicas na Alemanha, a condenar o «racismo» como política de Estado, só confirmou a razoabilidade das suspeitas das autoridades nacional-socialistas.
Independentemente do aspecto anti-democrático e totalitário do NS - detalhe que, significativamente, não incomodou a Igreja - o que aqui está bem à vista é, mais uma vez, a incompatibilidade entre a mentalidade centrada na primazia da Estirpe, de um lado, e o universalismo cristão, do outro. A apologia que a Igreja faz, actualmente, da imigração, enquadra-se perfeitamente neste esquema e só o ignora quem quiser: o ideário cristão é visceralmente oposto ao da prioridade absoluta que o Nacionalismo confere à salvaguarda étnica do próprio Povo.
1 Comments:
Sempre julguei que o principal motivo para o NSDAP não ter tido uma maioria mais expressiva nas eleições se deveu ao seu radicalismo, radicalismo esse que Hitler não omitia (pelo menos por completo) nos seus discursos às massas. Talvez afinal o catolicismo tenha sido um dos factores, ou o factor, mais importante.
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