NO REINO UNIDO - PEQUENO AVANÇO A NÍVEL PÚBLICO DA LÍNGUA NACIONAL DA CORNUALHA

Na Cornualha - Kernow, na designação indígena - nação céltica integrada no Reino Unido, todas as esquadras de polícia terão doravante placas bilingues - em Córnico e em Inglês - apesar do facto de aparentemente apenas cerca de quinhentas pessoas, ou 01% da população, dizer que a sua língua étnica, o Córnico, é o seu principal idioma. E perto de cem destes quinhentos vive fora da Cornualha, mais concretamente na vizinha Devon, bem como na capital do RU, Londres.

O Cornish Language Board, instituição centrada no idioma étnico da Cornualha - céltico P, ou celta britónico, pertencente por isso ao subgrupo céltico do Galês e do Bretão - indica que cerca de trezentas pessoas são fluentes em Córnico, numa população total de quinhentos e trinta e dois mil habitantes, segundo censo de 2011. Graças à imigração, o Polaco é a segunda língua mais falada na Cornualha, depois do Inglês, contando-se agora em mil novecentos e oitenta e quatro os falantes deste idioma eslavo.

*

Fonte: http://www.mirror.co.uk/news/uk-news/signs-cornish-language-put-up-6160394

* * *

Um recrudescer identitário natural, que acontece quando as condições são normais no sentido rigoroso do termo «normal» - de acordo com a norma. A norma originária, a de cada Povo ter a sua própria terra, teoricamente antes de haver qualquer sobreposição de uma nação sobre outra, princípio do império. Quanto mais tempo passar depois de alguma imposição desta natureza, mais probabilidades há de que a população autóctone acabe por retornar à sua verdadeira identidade, se não for eliminada antes, quer pela violência quer pela deslocação de populações, fomentando substituições e/ou fusões, absorções étnicas...

De momento, a situação da Cornualha é daquelas que facilmente se torna palco de uma falsificação da Democracia se o critério para atribuição do direito de voto não for definido de um modo estritamente étnico. Que haja mais gente no território a falar Polaco do que Córnico só poderia ser considerado politicamente decisivo num contexto em que a legitimidade mais óbvia não estivesse assegurada e fosse substituída pela regra do número.