PNR OBSERVA O «NÃO» DA GRÉCIA
O “não” venceu na Grécia. O povo grego rejeitou, assim, o aumento da austeridade que a UE lhe tenta impor. A esquerda vai tentar tirar dividendos deste resultado e a direita vai continuar a agitar o papão da fome e da bancarrota.
Se hoje houve um derrotado, foi a política ou as políticas agiotas de Bruxelas.
A questão grega é muito complexa, como são complexas as questões de todos os países intervencionados pela Tróica. Grosso modo, podemos comparar Bruxelas ao agiota mais mafioso e a Grécia ao remediado, que se transformou em subsídio-dependente.
O Syriza ganhou as eleições com base em mentiras, com base em promessas eleitoralistas. Neste momento baixou a crista e passou do “não pagamos”, para a aceitação de quase tudo o que lhe é imposto por Bruxelas e vai ter dificuldade em justificar o acordo que certamente irá assinar, a todos aqueles que votaram “não” neste referendo.
Por outro lado, é preciso denunciar toda a campanha terrorista feita por Bruxelas e por muito “jornaleiro”, à ténue possibilidade de um país sair fora dos parâmetros do euro e dos tratados que nenhum europeu referendou.
A crise é financeira e caso não se negoceie a dívida, nenhum dos países que esteve intervencionado vai levantar a cabeça. Tememos mesmo que seja esse o objectivo de troicanos. Com FMIs de tratantes e “federastas”, a espada da dívida, da venda ao desbarato dos anéis e da dependência económica, vai pairar sempre sobre a nossa cabeça, empunhada pelos burocratas de Bruxelas ou pelos traidores que arregimentam nos países.
Sem o crescimento da economia, o que vai ser sempre combatido por Bruxelas, os países periféricos nunca vão sair da cepa torta, de tal forma que, já é grande o número de europeus, como comprova o referendo, que entre morrer na forca ou na cadeira eléctrica, preferem morrer lutando.
Nesta encruzilhada em que está a UE, só resta uma solução: negociar todos os tratados, voltar à Europa das Pátrias ou então acabar de vez com esta falácia, onde nos falam de igualdade, mas onde alguns são mais iguais que outros.
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Fonte: http://www.pnr.pt/noticias/internacional/nao-venceu-na-grecia/
2 Comments:
Havendo democracia quando um referendo se quero que os meus impostos sirvam para emprestar dinheiro à Grécia?
Ou um referendo para decidir se Portugal também diz «não» à obscena austeridade com que lhe esmagam a população mais desfavorecida?... Nah, isso 'tá fora de questão, é comer e calar...
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