segunda-feira, junho 15, 2015

AINDA SOBRE A ACTUAÇÃO DE PAULO PORTAS NO CASO DOS SUBMARINOS


O artigo é de há uns meses mas continua a dever ser disseminado.

Fonte: http://luso24.com/portugal/item/53-cds-recebeu-1-milhao-de-euros-2-dias-apos-negocio-dos-submarinos.html   (artigo originariamente redigido sob o acordo ortográfico de 1990 mas corrigido aqui à luz da ortografia portuguesa)
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Num debate na SIC-Notícias, na semana passada, desviando-se inesperadamente do tema do debate, Diogo Feio disse a Catarina Martins que “a bem da sanidade política, seria bom que o site Esquerda.net retirasse as referências que lá tem, e vídeos em relação aos submarinos, que vão contra uma decisão judicial que foi tomada”.
Na resposta, a porta-voz do Bloco sublinhou que “os tribunais da Alemanha declararam que houve corrupção”. O eurodeputado do CDS ripostou que estava a falar dos tribunais portugueses, e logo regressou ao tema dos indicadores económicos.
O vídeo que incomoda Diogo Feio foi publicado pelo portal esquerda.net em 2009. Trata-se de um resumo da passagem do CDS pelos governos de Durão Barroso e Santana Lopes, marcada por suspeitas de corrupção investigadas pela justiça, pelos despachos emitidos nas últimas horas do governo e pela retirada de dezenas de milhares de fotocópias de documentos do Ministério da Defesa. Desde essa altura, já foi republicado por muitos utilizadores e é provavelmente o vídeo sobre o partido de Paulo Portas com mais visualizações nas redes sociais.
Segundo o entendimento de Diogo Feio, o arquivamento do processo dos submarinos pelo Ministério Público equivale à absolvição dos envolvidos no negócio milionário das comissões. Ao invés, o bloquista João Semedo, que integrou a comissão parlamentar de inquérito aos submarinos, sublinha que o despacho confirma precisamente que o actual vice-primeiro ministro “excedeu o mandato conferido pelo Conselho de Ministros em 2003, ao celebrar um contrato de compra diferente dos termos estabelecidos na adjudicação”. Além disso, Portas conduziu as negociações que alteraram a forma de cálculo do preço e das contrapartidas e trouxe o BES para o consórcio que financiou a compra. Foi ainda Paulo Portas quem negociou directamente com Ricardo Salgado o aumento da margem de lucro para os bancos.
Também ficou provado o pagamento de 30 milhões de euros em comissões pagas pelos alemães à Escom, cuja distribuição foi parcialmente relatada nas gravações dos intervenientes das reuniões do Conselho Superior do Grupo Espírito Santo. O que falta ainda conhecer é o destino final de pelo menos 3 milhões de euros desse pagamento.
No despacho, o Ministério Público diz que foi impedido de “percepcionar o modo como se desenrolou o processo concursal que culminou com a celebração dos contratos de financiamento”, uma vez que os documentos desapareceram do ministério então ocupado por Paulo Portas.

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E ainda há quem queira «sair da Europa»... para quê, para a impunidade desta elite governativa ser «ainda mais» total, por assim dizer?
Quanto mais o povo não se revoltar e continuar a votar nos mesmos menos moral terá para se queixar da corrupção endémica que por aí grassa.