NEGRO A JOGAR POR ITÁLIA DIZ QUE NÃO ESCOLHEU SER ITALIANO - COMO SE ALGUÉM O OBRIGASSE A FICAR EM ITÁLIA...
Agradecimentos a quem aqui trouxe esta notícia: http://www.diariodocentrodomundo.com.br/nao-escolhi-ser-italiano-o-desabafo-epico-de-balotelli-aos-que-querem-transforma-lo-em-bode-expiatorio/
Mario Balotelli, o craque mercurial do Milan, marcou um golo no Mundial, na estreia da Itália contra a Inglaterra. O jogo é, desde já, um clássico dos mundiais, com as duas equipas suando sangue até ao último minuto no calor húmido e desumano de Manaus.
A sua participação era cercada de grandes expectativas. Mas ficou nisso. A Azzurra acabou eliminada pelo Uruguai por 1 a 0 na primeira fase no célebre encontro em que Suárez enlouqueceu.
Balotelli foi substituído no segundo tempo por um Cesare Prandelli provavelmente receoso de que ele perdesse a cabeça. Tinha levado um amarelo por ter quase escalado o pescoço do uruguaio Álvaro Pereira.
Uma vez pregado o caixão de Itália, aconteceu o que se esperava: Mario Balotelli foi rapidamente rebaixado à condição de principal culpado segundo a imprensa, os dirigentes, parte dos colegas e a imensa maioria dos torcedores, os tifosi.
“Balotelli não foi o único a perder, mas foi certamente decepcionante”, disse o presidente do Comité Olímpico Italiano Giovanni Malago, que supervisiona todos os desportos de Itália.
“Temos de levar em conta tudo isso e recomeçar com homens de verdade, não com figurinhas da Panini ou personagens: essas não servem para a selecção”, afirmou o meio-campo De Rossi. Era uma indirecta: no Facebook, Balotelli fez um post com um álbum fictício do Mundial em que ele era o único atleta da equipa.
Balotelli nasceu na Sicília, filho de imigrantes de Gana. Foi adoptado aos 3 anos por uma família italiana com condições de criá-lo. Passou a adolescência em Brescia, onde a Liga Norte, grupo de extrema direita, violentamente xenófobo, é especialmente activo.
É tudo menos submisso. Indisciplinado, arruaceiro, vaidoso. Um Simonal do calcio. Noel Gallagher, do Oasis, seu fã, o chamou de “rock-star moderno”. Anda de Ferrari, frequenta a noite, é mulherengo (teria brigado com a namorada Fanny Neguesha na véspera do confronto com o Uruguai). Só é tolerado porque faz golos. Quando não faz, quem precisa dele?
O sucesso tem vários pais e o fracasso é órfão. Mas Balotelli reagiu à tentativa de transformá-lo em bode expiatório. Um torcedor lhe deixou um recado em vídeo no Instagram: “Mario, você não é realmente italiano. Vá embora”.
Sua longa resposta foi épica. (...) eis um homem de carácter(...):
“Sou Mario Balotelli, tenho 23 anos, e não escolhi ser italiano. Mas queria jogar aqui porque nasci e sempre vivi em Itália. Quis muito ir para o Campeonato do Mundo e sinto-me triste, decepcionado comigo mesmo. Se eu tivesse marcado aquele golo contra a Costa Rica, qual seria o problema da vez? A culpa não é só minha. Dei tudo pela selecção e nem fiz nada de errado do ponto de vista do meu carácter. Estou com a consciência limpa e pronto para seguir em frente ainda mais forte, de cabeça erguida. Orgulhoso de ter dado tudo pelo país. Ou, talvez, como você diz, eu não seja italiano. Afinal, os africanos jamais tratariam um irmão assim. Nisso, nós negros, como você nos chama, estamos anos-luz à frente. Vergonha não é perder um golo ou sofrer algum. Vergonhosas são coisas como esta. Italiano de verdade! Sério?”.
Já dizia Wilson Simonal que é duro ganhar a vida, mas ‘tamos aí’. Beduíno não se curva.
Ora o negro não escolheu ser italiano, conforme diz - e, de facto, não o é. Os Italianos são europeus e ele é africano. Só a ascendência dá verdadeira nacionalidade e nada mais deveria conceder a cidadania senão a ascendência. O jogador africano acaba por se contradizer implicitamente ao afirmar que quis - ou seja, afinal sempre escolheu - jogar por Itália. Logo, não pode levar a mal que um autóctone lhe diga que não é italiano, muito menos poderia isso constituir pretexto para logo a seguir se pôr a armar em «bom selvagem» ou coisa parecida, querendo dar lição de moral ao «racista», em estilo de sermão que qualquer antirra aplaude, de baba sabuja a pingar-lhe das beiças. É efectivamente expectável que o «jornalista» que escreve o texto de imprensa acima resolva apoiar tão boçal e primariamente o futebolista, está de acordo com a mentalidade reinante na elite reinante da qual a imprensa «mainstream» é veículo de propaganda.
3 Comments:
Ah, mas aquilo era uma minoria, os afro-americanos não são todos assim, a maioria não é assim!!!, não é assim porque não!!!!!, foi só um acaso do destino que logo por acaso se encontrassem ali reunidos tantos elementos dessa pequeníssima minoria que é assim...
Pode ser que a criança branca não esqueça o que viu. E que, um dia, saiba actuar devidamente.
Desculpem lá, mas...vocês acham que ele é que redigiu aquilo ?
eu não culpo balotelli pela derrota,mas o tecnico ,que o selecionou entre os 23 para disputar o mundial,quando o mesmo não passa de um jogador mediocre .
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