Em França, o presidente da câmara de Montfermeil, Xavier Lemoine, do partido UMP (o de Sarkozy), deu recentemente uma entrevista ao jornal France Soir, cujo proprietário anunciou há pouco tempo ir votar em Marine Le Pen, líder do partido de Extrema-Direita Frente Nacional (FN). Uma entrevista cujo teor deve ser divulgado aos quatro ventos, por todos os cantos da Europa e restante ocidente branco...
France Soir (FS): O estudo do Instituto Montaigne declara que o Islão está a tomar o poder nos subúrbios. Concorda com esta análise?
Xavier Lemoine (XL): Sim! Tenho-o andado a dizer há anos! O Islão instalou-se nos nossos distritos. Estamos finalmente a tomar consciência disso. Só que os remédios propostos pelo Instituto Montaigne - dar mais dinheiro aos distritos - não são bons. Há trinta anos que andamos a pôr imenso dinheiro nos subúrbios. O problema é que a república não exige nada às populações que acolheu. Uma vez instaladas em França, muitas delas continuam a viver e a portar-se como nos seus países de origem, com a sua própria língua e costumes, rejeitando os nossos valores, a nossa história e a nossa cultura.
F.-S. Tem exemplos?
X. L. Na minha cidade, gastámos uma avultada soma na integração de populações estrangeiras. Mas há famílias que têm vivido em França há dez, vinte ou vinte e cinco anos mas ainda não falam Francês. Não querem integrar-se e a república deixa-os ficar. Resultado: uma imensidão de comunidades étnicas vive aqui em total autarcia, entre si, fora das nossas regras e valores.
F.-S. Mas o nosso país está muito agarrado aos seus valores republicanos!
X. L. Sim, mas graças à boa samaritagem deixámos estas comunidades organizarem-se a si próprias. Sob o pretexto do respeito às suas culturas, não exigimos respeito pela nossa. Fomos tomados como reféns. O que estou a dizer não é nem racismo nem discriminação. É senso comum. Precisamos de defender os valores que fizeram de França o que ela é.
F.-S. Recusam integrar-se, o que significa isto?
X. L. Por exemplo, não falando Francês. A maioria das crianças nos distritos não fala Francês em casa. Fala a língua e vê a televisão do país de origem dos seus pais. Nos recreios da minha cidade, há de quarenta a cinquenta nacionalidades. E aí, também, cada um fala a língua da origem dos seus pais. Às quartas-feiras e sábados, estas mesmas crianças são tuteladas pelas escolas corânicas ou pelas associações mantidas pelas suas embaixadas. As instituições públicas são cada vez menos usadas.
F.-S. Quais são as consequências para as crianças?
X. L. Criadas nos seus guetos, não aderem aos nossos valores. E quando chegam ao mundo do trabalho, não são "empregáveis". Não é uma questão de treino, mas de «savoir être», de comportamento, de códigos sociais.
F.-S. Quais são as consequências para o país?
X. L. É a ruptura da República! Os políticos, as associações e os médias precisam de compreender que não estamos no país dos CareBears (ursos de peluche). Recentemente, um imã veio ter comigo e disse: «Senhor presidente da câmara, em 2014 pode ser reeleito, mas em 2020 seremos nós. É matemática, porque seremos a maioria.»
F.-S. Não percebo...
X. L. O imã estava a referir-se à modificação demográfica que, na sua perspectiva, está a ocorrer em França. Neste momento, em Seine-Saint-Denis, o que vemos nós? Do milhão e meio de habitantes registados, quinhentos mil têm residência permanente, quinhentos mil são franceses por direito de nascimento ou por naturalização e portanto sem qualquer ancestralidade francesa, os outros quinhentos mil, gente francesa de raizes francesas, são muito velhos ou «em movimento». Agora, a taxa de natalidade dos primeiros dois terços é o dobro da do último terço. É inevitável. O ponto de viragem demográfico está a ser alcançado, como Christopher Caldwell descreve muito bem no seu recente livro «Reflexões sobre a Revolução na Europa».
F.-S. Esse é um assunto tabu. O que propõe?
X. L. A França deve exigir três coisas das populações que vêm para cá: conhecimento do Francês, conhecimento e respeito pelos nossos costumes, conhecimento e respeito pela nossa História. Correntemente não é esse o caso, e é perigoso. Já nem sequer ensinamos a nossa História na escola. É tempo de ser lúcido e responsável.
F.-S. O que é que faria se algumas pessoas recusassem submeter-se às suas três exigências?
X. L. Estive recentemente na Dinamarca e na Suécia. Aí (países que culturalmente são muito de Esquerda), os estrangeiros têm seis meses para aprender a língua do país, os seus valores fundamentais e a sua História. Se não tiverem estes três elementos essenciais, não têm acesso ao número de registo que dá direito à segurança social, aos benefícios, à habitação, ao trabalho.
F.-S. É possível impor estes três critérios aos estrangeiros em França?
X. L. Claro que é possível! É até indispensável se acreditamos nos nossos valores. Quando falei em privado aos representantes eleitos da Esquerda, estes concordaram comigo. No terreno, os presidentes da câmara esquerdistas estão a fazer a mesma constatação que eu. Já alteraram o discurso dentro do PS (Partido Socialista)... mesmo que não se atrevam a dizê-lo publicamente.
Entretanto, nenhuma da maralha socialista deixou ainda de incitar os Europeus a receber mais e mais imigrantes...
Por outro lado, o optimismo de Lemoine torna-se absurdamente utópico quando se tem conhecimento de que também na Suécia e na Dinamarca se multiplicam os problemas graves de violência e intimidação islâmica e imigrante em geral, pelo que o tal programa exigente de aprendizagem e integração acaba por não servir para nada a não ser mascarar perigosamente o problema. Aliás, o fiasco da integração e da harmonização nos países nórdicos só atesta que afinal o busílis da questão não é simplesmente «cultural», como pretendem os Lemoines, mas sim a incontornável diferença étnica entre Europeus e não europeus. E, perante isto, só a solução nacionalista tem cabimento - o fim imediato da iminvasão e a deportação progressiva das massas alógenas estabelecidas em solo europeu.