LÍDER DA FN FRANCESA EXPLICA COMO SE SALVA O ESTADO SOCIAL

Excertos particularmente interessantes e valiosos de uma entrevista a Marine Le Pen, líder da Frente Nacional francesa, concedida ao jornal France Soir:

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France Soir: Poderá a França permitir-se a si mesma, tal como a FN sugere, parar amanhã todas as formas de imigração legal?

Marine Le Pen: Claro!... Estou a propor a colocação de uma moratória completa sobre a imigração legal. Tem de ser reduzida e limitada, após cinco anos, a dez mil entradas por ano. Agora que as nossas finanças públicas estão bem fodidas («bien fodide», em Francês) e temos cinco milhões de desempregados, já não podemos permitir uma população equivalente à cidade de Rennes no nosso país todos os anos. Para os filhos dos imigrantes, a escola e a saúde são gratuitas. Mas não são gratuitas para os contribuintes franceses. Estas pessoas estão a viver graças à solidariedade da comunidade nacional. Sabia que um terço do auxílio aos idosos é entregue a imigrantes legais que, seguramente, nunca pagaram impostos em França? Uma pessoa que tenha vindo a França para trabalhar e não encontrou emprego após alguns meses, a essa pessoa temos de dizer «Senhor, não encontrou trabalho no seu país, tem de voltar para casa.»

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France Soir: Quererá, tal como a Esquerda, voltar ao sistema de pensões de reforma de Sarkozy?

Marine Le Pen: O governo escolheu sacrificar o sistema de protecção social e, portanto, os trabalhadores. Temos de fazer economias, obviamente. Mas há outras escolhas que podem ser feitas. O crime, por exemplo, custa à França 115 mil milhões euros por ano. Na imigração, na descentralização, nas nossas contribuições para a União Europeia, podem fazer-se poupanças. Isto deverá permitir-nos voltar a um sistema que nos permita garantir uma pensão plena após quarenta anos de contribuições. Com sessenta milhões de cartões Vitale [cartões de saúde que garantem acesso ao sistema de saúde francês], dez milhões dos que circulam são falsos. Mas quem os tem? Obviamente que, amanhã, se estes cartões falsos forem desactivados, um certo número de distritos nos nossos subúrbios irão explodir. A verificação do sistema deve ser muito mais rigorosa. O problema é que há um certo número de locais onde as pessoas que fazem a verificação já nem sequer lá podem entrar.

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Para ler a entrevista na íntegra (em Francês), clicar aqui.

De facto, é possível manter o Estado social, não há nenhuma necessidade de entregar tudo aos privados, os quais por sua vez estão mais e mais nas mãos do capitalismo global, apátrida por natureza. Uma outra solução é possível - mas, para isso, é preciso tirar do Estado, não os gastos com os cidadãos de direito, mas sim com aqueles que por natureza étnica não deveriam ser sustentados por esse Estado, mas por outro, noutro continente...

E, como se vê, só os Nacionalistas estão dispostos a isso.