ANIVERSÁRIO DE JÚLIO VERNE OU A MEMÓRIA DE UMA ALMA CÉLTICA A VISLUMBRAR O FUTURO DA MODERNIDADE...
Merece menção o aniversário do escritor bretão Júlio Verne (nascido em Nantes, ou Naoned, em Bretão...), um dos pioneiros da Ficção Científica.
A Google já nos habituou a utilizar o logótipo do browser como forma de marcar datas e temas da actualidade. Desta vez, para homenagear o aniversário do escritor francês Júlio Verne
, a Google colocou como logótipo uma animação interactiva que permite explorar o fundo do oceano.
O logótipo simula uma visão do fundo do mar a partir do Nautilus, submarino que Verne imaginou para a obra 20 Mil Léguas Submarinas, um dos mais famosos livros do escritor.
Movimentando as alavancas ao lado do logótipo é possível controlar o submarino e explorar um fundo do mar onde se podem encontrar tesouros, mergulhadores e vários exemplos de vida marinha.
Quem entre no site do Google por meio de iPhone ou outro smartphone pode guiar o Nautilus movimentando o aparelho.
O autor de 20 Mil Léguas Submarinas morreu no ano de 1905 e faria hoje 183 anos se fosse vivo.
, a Google colocou como logótipo uma animação interactiva que permite explorar o fundo do oceano.
O logótipo simula uma visão do fundo do mar a partir do Nautilus, submarino que Verne imaginou para a obra 20 Mil Léguas Submarinas, um dos mais famosos livros do escritor.
Movimentando as alavancas ao lado do logótipo é possível controlar o submarino e explorar um fundo do mar onde se podem encontrar tesouros, mergulhadores e vários exemplos de vida marinha.
Quem entre no site do Google por meio de iPhone ou outro smartphone pode guiar o Nautilus movimentando o aparelho.
O autor de 20 Mil Léguas Submarinas morreu no ano de 1905 e faria hoje 183 anos se fosse vivo.
Ficou pois mais conhecido por isso, conforme se lê na notícia acima do Expresso (texto a itálico), mas de maneira nenhuma se deve reduzir a essa obra o seu contributo para a cultura europeia. Sendo um prolífico autor, dotado de uma vívida imaginação e de uma capacidade narrativa notável, duas características que se costumam considerar como tipicamente célticas, notabilizou-se por várias outras obras, expondo as suas especulações sobre o que um dia poderia o homem fazer na sua constante escalada para o alto, ou para se sobrepôr aos semelhantes... um dos inúmeros contos tecidos pela sua característica e pitoresca encontra-se o bizarro «Os Quinhentos Milhões de Begum», no qual dois irmãos, um francês e outro alemão, herdeiros de uma colossal fortuna, que o primeiro, «bom», usaria com fins humanistas, e o segundo, «mau», procura construir mais e mais armas de rutilante sofisticação para destruir gente em larga escala... enfim, o autor é francês e, nessa altura, a hostilidade entre o seu país e o dos Teutões não era pequena...
Deve notar-se, para futura referência - positiva ou negativa - que uma das suas personagens mais marcantes, «Robur, o Conquistador», é mulato... se por bem ou por mal, é coisa que ainda terei de descobrir, depois de ler o respectivo livro...
Não pode esquecer-se entretanto uma das suas obras mais conhecidas, «A Ilha Misteriosa», cuja adaptação a série televisiva mais recente, emitida em Portugal há uns anitos, apresentava uma situação excepcionalmente similar à da Europa actual: duas estirpes, de diferentes raças, em presença, um só território, a gente branca estava lá antes e recebeu de boa vontade a de escura tez, muito mais numerosa, a qual, mercê da sua mentalidade selvática e do seu poder, começa a tomar lentamente o poder, muito por culpa da ingenuidade da gente que o recebeu, mas no seio da qual havia um «paranóico» que avisava constantemente os seus pares para o perigo que aquela outra gente, de fora, representava, até que foi tarde de mais... Ficção?... Era um grande adivinho, este Verne...
Não posso, por fim, deixar de salientar «O Raio Verde», ingénua obra, talvez um pouco sentimental, que surpreende pelo facto de, apesar de escrita por um homem voltado para a Ciência, constitui todavia uma glorificação poética e ingénua do Romantismo contra o cientismo materialista e espiritualmente mesquinho. Pelo meio há espaço para uma descrição notoriamente entusiasmante da imaginação norte-europeia, prenhe de névoa e de grandeza heróica, em contraste com o racionalismo luminoso, por vezes prosaico, da mitologia grega. Pode ser que hoje ou amanhã faça aqui a citação dessa parte do livro, que com grandiosidade, enaltece a mundivisão feérica céltica e germânica, ao melhor estilo romântico.
2 Comments:
enaltece a mundivisão feérica céltica e germânica,
pena que castraram nas ultimas decadas os povos germanicos e celticos espalhados pelo mundo por mera inveja de terem sido os povos que mais deram certo nos ultimos seculos..a inveja judia e seus residuos que o digam..
«(...) a qual, mercê da sua mentalidade selvática e do seu poder, começa a tomar lentamente o poder, muito por culpa da ingenuidade da gente que o recebeu, mas no seio da qual havia um «paranóico» que avisava constantemente os seus pares para o perigo que aquela outra gente, de fora, representava, até que foi tarde de mais... Ficção?... Era um grande adivinho, este Verne...»
Eu diria até que a afronta do multiculturalismo superou a ficção de Verne. A realidade é assim mesmo: não há conto tão fantástico que ela não possa ultrapassar. Infelizmente para nós...
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