O DESCONTENTAMENTO DE ISRAEL E A VISITA IRANIANA

O embaixador de Israel em Lisboa criticou esta terça-feira a decisão de Portugal de receber o ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão, considerando-a "surpreendente e decepcionante" e contrária à posição europeia de condenação do regime de Teerão.
Numa nota enviada à agência Lusa a propósito da visita a Lisboa, esta terça e quarta-feira, de Manuchehr Mottaki, o embaixador israelita, Ehud Gol, evoca a declaração aprovada em Junho pelos líderes da União Europeia condenando a falta de cooperação de Teerão em relação ao seu programa nuclear e a decisão europeia de aplicar novas sanções.
"É por esta razão que se torna extraordinariamente surpreendente e decepcionante que alguns países europeus ajam de uma forma que contraria as próprias decisões da instituição europeia de que fazem parte, abrindo as suas portas aos altos representantes daquele regime pária e transmitindo, consequentemente, uma mensagem dúbia a Teerão", afirma o embaixador na nota.
"Neste preciso momento, urge uma posição unificada da comunidade internacional por forma a assegurar o sucesso nos esforços e passos dados contra um regime que continua, sistematicamente, a violar os direitos humanos da forma mais viciosa", acrescenta.
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Fez mal, o judeu, cuja atitude confundiu-se de perto, pertinho, pertíssimo, com a tentativa de meter o bedelho em País alheio. O supracitado ministro iraniano aproveitou por isso bem essa brecha e declarou hoje que Israel tem a mania que manda no mundo.

Efectivamente, nem Portugal nem nação alguma da Europa tem de admitir a ingerência de um Estado estrangeiro, muito menos o de Israel, que nem sequer é europeu.

Isso não tira razão ao que disse o embaixador israelita - o Irão não respeita os direitos humanos e até à usualmente dimiesca Europa está ainda contra tão obviamente intolerante e repressor Estado muçulmano. Pode imaginar-se qual seria entretanto o cagaçal histérico da Esquerda, de todas as Esquerdas, e se calhar da maior parte das Direitas, se o governo português recebesse um ministro do governo de Pinochet ou de qualquer ditadura de Direita, que fizesse sequer metade disto e doutros atropelos brutais aos direitos humanos...