WILDERS CANDIDATO AO PRÉMIO SAKHAROV

No Parlamento Europeu, em Estrasburgo, o eurodeputado Barry Madlener, da formação holandesa PVV (Partido da Liberdade), nomeou o líder do seu partido Geert Wilders para candidato ao Prémio Sakharov, distinção que o Parlamento Europeu oferece a pessoas que se tenham destacado por lutarem pela Liberdade de Expressão. Explicou porquê: «É uma vergonha que alguém seja perseguido num país europeu por defender um direito fundamental à liberdade de expressão», referindo-se ao julgamento que mantém Wilders em tribunal devido ao seu filme anti-islâmico «Fitna», que pura e simplesmente se limita a expor partes da doutrina muçulmana que nem os muçulmanos nem a elite reinante no Ocidente querem ver divulgados junto dos Povos Europeus, para que os Europeus não tenham consciência da natureza da ameaça islâmica que pende sobre a liberdade da Europa.

Madlener está neste momento a recolher as requeridas quarenta assinaturas entre os seus 736 colegas do Parlamento Europeu.

O Prémio Sakharov, criado em 1988 por homenagem ao cientista soviético dissidente Andrei Sakharov, foi já concedido a Nelson Mandela, ao líder da oposição de Myanmar Aung San Suu Kyi e ao líder da oposição bielorrussa Alexander Milinkevich.

A Esquerda holandesa - D66 e PvdA - mostrou-se incomodada, alegando que não se podia comparar Wilders com as vítimas das verdadeiras ditaduras.

Ou seja, nada dizem contra a opressão descarada de que Wilders está a ser vítima no seu próprio país pelo hediondo crime de alertar contra uma ameaça personificada por gente que não é do seu país; nada dizem contra o facto de Wilders ter tido de passar a viver permanentemente guardado, visto que há ameaças de morte sobre a sua pessoa. O D66 e o PvdA, típicos representantes da elite reinante, querem que o sacrifício e o risco de vida de Wilders seja silenciado ou «esquecido», mas ao mesmo tempo querem poder continuar a dizer que o sistema que defendem é democrático.

A isto se chama, popularmente, querer ter Sol na eira e chuva no nabal... também se lhe chama uma lata do caraças, naturalmente.

O Partido Nacional Britânico (BNP) manifestou no Parlamento Europeu o seu apoio à proposta do PVV, realçando a coragem de Wilders e «o seu incansável empenhamento pela liberdade de expressão e pela luta contra a islamização (...)».

Acrescenta Griffin que «neste momento estamos em risco de perder tudo, a nossa identidade, a nossa cultura e as nossas constituições democráticas. E depois de termos perdido tudo isso, iremos perder a nossa liberdade, um homem que perdeu a sua liberdade perdeu tudo.»