quarta-feira, fevereiro 17, 2010

«PERCY JACKSON E OS LADRÕES DO OLIMPO»

Fui ver o filme cujo trailer se pode ver acima. Os efeitos especiais são magníficos, as beldades que aparecem merecem ser contempladas - Uma Thurman no papel de Medusa, talvez porque a actriz se saiu bem no papel de Poison Ivy, no Batman IV... e também, numa cena ou duas, Serinda Swan, como deusa Afrodite, creio. O tema, é dos melhores que imaginar se possa - o dos antigos Deuses Olímpicos, cerne da religião que constitui uma das bases culturais e espirituais do Ocidente. E é tudo o que há de bom para dizer sobre a película...

Diz-se por aí que a coisa é uma espécie de novo «Harry Potter». Quem lhes dera, aos gajos que fizeram o filme, chegarem a metade desse caminho... Harry Potter não é grande excelência, bem entendido, mas está a uns quantos quilómetros acima deste «Percy Jackson». É capaz de ter ver com o comportamento e as «deixas» dos «tineiges» ianques, em contraste com o dos Ingleses e outros Europeus, ou com a simplicidade do enredo norte-americano em contraste com as interssantemente intrincadas sequências das histórias britânicas, ou com a psicologia barata e estereotipadamente lamechas dos «lições de moral» dos filmes da terra do Tio Sam (as relações humanas e o afecto que os pais devem aos filhos em vez de estarem sempre a trabalhar para terem mais dinheiro e poder, etc., a enjoativa léria do costume). Em «Percy Jackson e os Ladrões do Olimpo» há uns quantos actores ingleses famosos e muito na berra, mas é só a título de chamariz. E depois a cena final, dos Deuses, deixa francamente a desejar, faltando a tão augustas Entidades o fulgor e a grandeza que se impunham. O pior de tudo é ter de gramar a presença incomodativa, esteticamente falando e não só, de actores negros, ou então o filme se calhar era «racista». Até uma Deusa negra, e um Deus negro, tiveram de arranjar, como se não bastasse o coadjuvante do herói ser também ele afro-americano. Sim, não bastava haver ali uma daquelas ridículas duplas à americana, neste caso insuficientemente disfarçada pela presença da miúda - o maior amigo do herói tinha mesmo de ser negro, e um negro de gestos e sons particularmente afro-americanos no seu tom mais estereotipado e irritante. Está bem que os Sátiros são tidos como seres notoriamente espalhafatosos, debochados e lúbricos, mas não era preciso representá-Los assim...

Apesar da espectacularidade da película, talvez seja melhor esperar que dê na televisão, sempre é menos dinheiro que se gasta, e que se dá a quem o não merece.

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

fiquei admirado ontem no compasso dourado com a nicole kidman e aquela bela rapariga, nao se via um unico preto ou mulato.

eram so europeus do norte, mediterranicos, asiaticos e alguns com aspecto cigano.

17 de fevereiro de 2010 às 16:53:00 WET  
Blogger Caturo said...

Sim, também reparei nisso, e esse é um dos motivos pelos quais se trata de um dos meus filmes favoritos. Que pequeno paraíso cinematográfico...

17 de fevereiro de 2010 às 17:51:00 WET  

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