MARCO HISTÓRICO DO TOTALITARISMO QUE SEPARA OS EUROPEUS DOS SEUS PRÓPRIOS ANCESTRAIS

O 11 de Setembro não é apenas a data do grande e simbólico ataque terrorista islâmico contra a maior potência do Ocidente. Porque, mil e setecentos anos antes, outro totalitarismo, igualmente universalista e de origem semita, marcou a sua época - a 11 de Setembro de 392 d.c. (ou 1145 a.u.c., para utilizar a datação romana pagã...), o imperador cristão Teodósio impôs a pena de morte como punição para quem adorasse os seus próprios antepassados na sua própria casa.*

Ora isto é a concretização da quinta-essência do totalitarismo: como o próprio nome indica, o totalitarismo visa o controlo total do indivíduo e a sua completa submissão a uma determinada doutrina, doutrina esta que é considerada como detentora exclusiva da verdade e capaz de criar um homem novo, em rompimento com o passado. O rompimento com o passado é aliás um ponto chave - porque só assim se consegue realmente destruir ou vergar a identidade humana à nova ordem moral que se quiser impor. Só quando o indivíduo está totalmente desenraizado, cortados rentes os seus laços sagrados aos Ancestrais, é que se consegue esvaziá-lo e preenchê-lo com o ideal da existência pária. Por isso o Cristianismo se empenhou na demonização do passado, pelo menos até certo ponto, por isso também o Islão condena tudo o que existia antes do Islão, por isso o universalismo humanista anti-racista tanto se empenha em acabar com o apego ao rosto da Estirpe.

Foi assim que se fez o «triunfo» do Cristianismo - pelo controlo ideológico da vida privada, através da ameaça e do terror da aplicação da pena capital contra quem quer que, mesmo na sua intimidade, se atrevesse a continuar espiritualmente fiel aos seus Ancestrais e não obedecesse aos ditames da nova ordem cristã.

O Ocidente entrou assim em coma profundo; mas, a partir do Renascimento, iniciou o seu despertar, lento mas progressivo; a antiga liberdade espiritual, política, individual, retorna, com mais e mais vigor, para horror dos que quereriam andar toda a vida a impor às massas os seus dogmas; e, finalmente, o culto proibido há mil e setecentos anos volta a ser praticado, aqui e ali, por toda a Europa que sabe honrar os seus mais egrégios avós. Porque, como diz o Povo, a verdade vem sempre ao de cima e o verdadeiro rosto do Ocidente assenta nos laços entre os Europeus vivos e a sua Ancestralidade pagã, relicário da mais autêntica espiritualidade europeia.

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* Esta adoração exercia-se especificamente no «Lararium», espécie de pequeno santuário caseiro, usualmente em forma de nicho na parede, onde se encontravam as imagens religiosas relacionadas com o culto dos Ancestrais e dos Espíritos do Lar, nomeadamente os Lares propriamente ditos, os Penates e o Genius familiar.