IRÃO INVOCA DECLARAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS PARA DESTRUIR A LIBERDADE DE EXPRESSÃO NA HOLANDA

O Irão afirma que o governo holandês deve proibir a exibição de «Fitna», filme anti-islâmico da autoria do direitista Geert Wilders - e que esta proibição deve ser exercida em nome da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Isto tem especialmente piada vindo dum país cuja lei manda cortar mãos a simples ladrões, manda apedrejar adúlteras, permite casamentos de adultos com crianças e aplica a pena de morte a apóstatas e a homossexuais...

O governo holandês continua contudo a afirmar que não quer limitar o direito à liberdade de expressão.

O representante do governo iraniano citou o artigo número vinte e nove, segundo o qual os direitos individuais podem ser limitados para salvaguardar os direitos de outras pessoas, «indo ao encontro dos requesitos da moralidade, da ordem pública e do bem-estar geral numa sociedade democrática».

A arrogância desta gente e a sua descarada e despudorada vontade oprimir e de calar vozes contrárias bate assim um novo recorde.

Aflorando a ameaça velada, o governo iraniano diz também que, se o filme for exibido, «ninguém sabe o que pode acontecer»...

Para cúmulo, as autoridades iranianas acusam Wilders de ser um incitador da guerra...


Pode e deve de qualquer modo dizer-se que, se o governo do país dos aiatolas está assim com tanta vontade de limitar uma liberdade individual para assegurar o bem-estar geral, e se esta linha de pensamento for apoiada pela politicagem correcta de serviço, então pode-se «limitar» os alegados direitos dos imigrantes muçulmanos estarem em solo europeu para que a Europa, e, em particular, a Holanda, não venha a ter o seu bem-estar democrático perturbado pelas «reacções imprevisíveis» da hoste musla...

Aí sim, saberíamos que certas coisas não aconteceriam na Europa.